Nyāsa: o corpo como espelho do Cosmos
Nyāsa é uma palavra sânscrita que significa “colocar”, “aplicar” ou “tocar”. Esse termo define uma série ampla de práticas tántricas. Nyāsa consiste em tocar ou colocar os dedos ou as mãos em diferentes lugares do corpo, obedecendo a uma certa seqüência ritual.
Através desse passeio sagrado pelo corpo, chamado parikrāma ou pradakṣina, cada uma das partes do corpo é “animada” e “sacralizada” por um mātrikā bīja, uma dos “mães-sementes”, ou sílabas sagradas do alfabeto sânscrito. Isto se faz associando a cada um desses sons um mantra específico.
O nyāsa cria conexões entre as diferentes dimensões dentro do ser humano, integrando e conectando as redes de neurônios com as sensações físicas, os pensamentos e sentimentos vinculados à cura, ao despertar da sacralidade, da felicidade e da própria identidade, bem como à tomada de consciência das diversas dimensões que somos enquanto humanos.
Este é um ritual de consagração e uma mentalização para restabelecer, proteger e manter a saúde, o diálogo e a integração entre todas as forças do corpo, a energia, as emoções, os pensamentos, o ego e a inteligência superior, para que o Ser possa revelar-se.
Esse ritual consiste em criar e manter “espaços sagrados” no corpo físico, e inicia-se pela tomada de consciência da dimensão divinal do corpo físico.
Essa tomada de consciência consiste em constatar no nível do próprio organismo o grande princípio da unidade do Tantra: yatabrahmande tatapiṇḍade: “Assim como é na Consciência Cósmica, da mesma forma é no corpo humano”, e ainda ao aforismo Sarvaṁ sarvātmākaṁ: “Todas as coisas que existem configuram a essência de todas as demais coisas”.
Isso é feito “infundindo” força vital no corpo, através da repetição dos bīja mantras e sua “colocação” nas diversas partes do corpo, tocando-as sucessivamente com os dedos da mão direita. Assim, o praticante “cosmiciza” – isto é, torna cósmico seu próprio corpo, ao assimilá-lo ao corpo de Devī, a Grande Deusa.
O corpo da Grande Deusa, que aliás, na visão do Tantra, é o universo inteiro, está composto pela interação da vibração das cinqüenta e uma sílabas do alfabeto sânscrito, chamadas mātrikās, ou “mãezinhas”.
Diagrama do mātrikā nyāsa
Qual é a origem desta prática?
O Gaṇeśa Mātrikā Nyāsa que apresentamos aqui é uma das seis partes de uma prática chamada Ṣoḍhana Nyāsa, que significa “Nyāsa Séxtuplo”. Ela faz parte do ritual cotidiano de adoração da deusa Lalitā Tripurasundarī.
Os mantras deste sādhana foram traduzidos de um śāstra chamado Nityotsava (“A Festa dos Seres Eternos”), que é, por sua vez, um comentário do célebre Kalpa Sūtra (“Os Aforismos dos Ciclos Cósmicos”), de Paraṣurāma.
Paraṣurāma foi um yogi iniciado pelo lendário mestre Śrī Dattatreya no culto de Tripurasundarī. A obra acima mencionada é um guia para esse culto. O diálogo entre mestre e discípulo que registra essa instrução recebida por Paraṣurāma aparece no excelente trabalho Tripura Rahasya (“O Segredo dos Três Mundos”), atribuída a Śrī Dattatreya
Śrī Dattatreya foi um mestre de Yoga pós-clássico, que ensinava um método de Yoga consistente de oito estágios, chamado Aṣṭāṅga Yoga, e claramente inspirado no sistema do sábio Patañjali, mas que, em termos práticos, parecia estar mais identificado com a tradição dos “santos loucos” (avadhūtas) da Índia.
Sua vida e obra foram tão relevantes que tanto os śaivas o consideram uma encarnação de Śiva, como os vaiṣṇavas o consideram uma encarnação de Viṣṇu. São atribuídas a ele obras como o Tripura Rahasya, a Jīvanmukti Gītā e a Avadhūta Gītā, que expõem brilhantemente os ensinamentos do Advaita Vedānta.
Neste Ṣoḍhana Nyāsa ensinado por Dattatreya, a prática consiste em perceber a manifestação da Grande Deusa das seis seguintes maneiras:
1) como as cinqüenta e uma manifestações de Gaṇeśa, o deus com cabeça de elefante;
2) como os nove planetas (navagrahas);
3) como as vinte e sete estrelas (nakṣatras) da Astrologia Hindu (jyotiśa);
4) como as sete forças elementais (yoginīs) que regulam os sete constituintes corpóreos do Āyurveda (dhatus);
5) como as doze casas do zodíaco sideral; e
6) como os cinqüenta e um lugares sagrados do Hinduísmo (pithas), no sub-continente indiano.
Esta prática está descrita em vários Tantras diferentes, como o Vāmakeśvara Tantra, o Gandharva Tantra, o Jñānarṇava, o Lalitā Sahāśranāma, o Yoginī Hṛdāya, e outros.
Qual é a intenção do nyāsa?
O ritual consiste em fazer o praticante tomar consciência da sua identidade com a Deusa, cuja natureza real é Pura Consciência (Cit Śaktī). Ela se manifesta como os três guṇas (tamas, rajas e sattva, ou estabilidade, movimento e harmonia) que, por sua vez, são as manifestações de seus três poderes: Vontade (Icchā), Conhecimento (Jñāna) e Ação (Kriyā). Esses três poderes da Deusa expressam-se como os quinze Seres Eternos (Nityas) que, por sua vez, dão existência ao espaço-tempo.
O símbolo da Deusa é o Śrī Yantra, que contém todas as letras do alfabeto sânscrito (mātrikās) em suas pétalas e linhas de força. Este símbolo representa igualmente a Unidade presente tanto na Criação, como no corpo humano. A intenção do ritual é auxiliar o (a) praticante a tomar consciência da sua identidade com a Consciência Maior, sob a forma da Grande Deusa.
Como nasceu o yoganidrā que praticamos hoje?
Os exercícios de descontração guiada que hoje em dia são chamados yoganidrā (termo que significa literalmente, “sono do Yoga”) nada mais são do que uma simplificação dos complexos nyāsas tántricos de outrora, meditações supinas nas quais o praticante “colocava” os sons mântricos nas diferentes partes do corpo, para sacralizá-las.
No início da década de 1960, Swāmi Satyānanada percebeu que a linguagem simbólico-religiosa hindu associada a esta prática poderia provocar uma rejeição nos praticantes ocidentais, por faltar a estes os elementos culturais necessários para decifrar esses símbolos.
Antes dessa inovação, no entanto, já existiam, em termos de prática deitada, técnicas de exploração do sonho consciente, conhecidas nos Tantras como Nidrā Yoga.
O nyāsa está entre as práticas espirituais mais antigas do hinduísmo, remontando sua idade aos tempos dos Brahmāṇas, anterior à era das Upaniṣads (1500 a.C.).
As formas mais conhecidas, oriundas do culto tántrico, aparecem no śāstra chamado Śrīmad Devī Bhagavātaṁ, no qual Swāmi Satyānanada inspirou-se para elaborar o yoganidrā que todos conhecemos e usamos atualmente.
Antes de começar, uma prática simplificada para compreender como funciona o nyāsa
Para fazer uma prática bem simples de nyāsa, siga as seguintes instruções. Deite confortavelmente no chão, feche os olhos e respire fundo algumas vezes, descontraíndo profunda e progressivamente, a cada expiração.
Relaxe cada parte do corpo, começando pela cabeça e o pescoço, e descendo com a atenção para os braços, o tronco, as pernas e os pés. Suavize e relaxe conscientemente cada parte do corpo. Sinta-se bem confortável na postura que você escolheu.
Agora, visualize seu coração sorrindo. Contemple esse sorriso no seu coração, até que seus lábios, e o rosto inteiro, comecem igualmente a sorrir.
Se o sorriso não subir naturalmente para seu rosto, faça um risinho amarelo. Fake and make it, dizia meu mestre, Swāmi Dayānanda. O sorriso natural virá espontaneamente. Nunca falha.
Mantendo-se deitado de olhos fechados, toque seu coração com a mão direita, para “selar” o sorriso nele. Então, faça alguns movimentos circulares com a mão sobre o peito, ao mesmo tempo em que você repete mentalmente “felicidade, felicidade, felicidade”.
Depois, repita o processo, “colocando” o sorriso sobre o abdômen e o ventre, enquanto continua repetindo mentalmente a palavra felicidade. Torne-se consciente do efeito desta prática nos níveis corpóreo, energético, emocional e mental.
Você sente sensações de calor, bem-estar, conexão consigo próprio, alegria? Repita então o mesmo processo, colocando agora o sorriso sobre outras partes do seu corpo que estejam necessitando sua atenção: articulações doloridas, músculos tensos, etc.
Conclua a prática levando lentamente a atenção para a respiração, fazendo algumas inspirações profundas, movimentando o corpo no chão, espreguiçando e bocejando.
Observe o efeito desta breve prática sobre seu corpo físico, sobre sua vitalidade e sobre sua paisagem interior.
Gaṇeśa Mātrikā Nyāsa: como proceder
Escolha um lugar adequado para praticar, onde você tenha tranquilidade. Desligue o telefone e certifique-se de que não existam interferências no ambiente que possam distrair você. Uma vez iniciada a prática, evite interrompê-la e mantenha-se focado nela.
Para uma melhor compreensão, e para uma maior agilidade na prática, os diferentes nomes de Gaṇeśa e da Deusa foram traduzidos literalmente. Se não estiver fazendo uma prática guiada, você precisará manter este texto por perto para poder ler a lista dos mantras.
Uma palavra sobre a pronúncia: lembre que a letra ṁ , chamada anusvāra em sânscrito, pronuncia-se como uma nasalização da vogal anterior: a base da língua bloqueia a passagem de ar pela garganta e o som precedente transforma-se nessa nasalização.
Esta nasalização se chama anunāsika em sânscrito, que significa literalmente “com o nariz”, e deriva da palavra nāsika, que quer dizer “nariz”.
Quando o ar flui pelo nariz, expande a vibração para dentro do crânio, fazendo-a ressoar na hipófise e na glândula pineal, que se relacionam com os cakras da cabeça e que regulam entre outras coisas o ritmo da respiração e segregam numerosos hormônios como a melatonina e a serotonina, as chamadas “drogas de felicidade”, que produzem estados duradouros de paz e alegria. Neste ponto da vocalização, o som vibra com mais intensidade no crânio.
Existem três possibilidades para se fazer esta prática:
1) Usando os mantras completos, inclusive a tradução dos nomes de Gaṇeśa e as formas da Deusa (Devī), conforme a lista que segue a continuação.
2) Usando apenas as mātrikās, associadas ao mantra Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ. Por exemplo, Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Aṁ. Para iniciar, recomendamos esta, que é mais simples porém não menos eficiente.
3) Usando somente as mātrikās. Nesse caso, você irá repetir oito vezes cada uma das mātrikās, numa única expiração. Por exemplo: Aṁ, Aṁ, Aṁ, Aṁ, Aṁ, Aṁ, Aṁ, Aṁ.
Faça uma pausa para inspirar lentamente pelo nariz e depois continue: Āṁ, Āṁ, Āṁ, Āṁ, Āṁ, Āṁ, Āṁ, Āṁ, outra pausa para inspirar e prossiga: Iṁ, Iṁ, Iṁ, Iṁ, Iṁ, Iṁ, Iṁ, Iṁ, etc. Se você tiver dificuldade para pronunciar ou lembrar do mantra Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ, poderá iniciar sua prática de mātrikā nyāsa com esta opção, que é mais simples ainda.
Use os dedos mediano e anular da mão direita para “colocar” as mātrikās nos diferentes pontos do corpo. Use os mesmos dedos da mão esquerda para fazer o nyāsa no braço e na mão do lado direito, bem como na perna e no pé direitos também. Há formas de nyāsa nas quais cada mātrikā se coloca em seu devido lugar através de gestos (mudrās) específicos.
A meditação introdutória
A meditação introdutória deve ser feita sobre esta imagem de Gaṇeśa: brilhando como o Sol nascente, com rosto de elefante, olhos compassivos, portador da lança, do laço, e fazendo o gesto de outorgar bênçãos (abhāya), protegendo sua Śaktī no colo, cuja pele brilha com a cor vermelha, e cujo corpo é decorado por toda espécie de pedras preciosas.
A tromba do deus está curvada para o lado esquerdo. A Śaktī sustenta uma flor de lótus em sua mão esquerda, enquanto que com a direita toca o liṅgam de Gaṇeśa.
Havendo meditado nesta imagem por alguns minutos, o nyāsa começa, plasmando as mātrikās nas diferentes parte do corpo, de acordo com a seqüência a seguir.
A seqüência dos mantras
I) Na cabeça
1. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Aṁ namaḥ, reverências ao Senhor dos Obstáculos, com a Senhora da Prosperidade e da Graça, Śrī. No topo da cabeça.
2. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ ṇṁ namaḥ, saudações ao Rei dos Obstáculos, com a Senhora da Modéstia, Hrī. Na testa.
3. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Iṁ namaḥ ao Guia, com a Senhora do Contentamento, Tuṣṭī. No olho direito.
4. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Īṁ namaḥ ao Mais Auspicioso, com a Senhora da Paz, Śāntī. No olho esquerdo.
5. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Uṁ namaḥ para o Coração dos Obstáculos, com a Senhora da Opulência e do Crescimento, Pustī. No ouvido direito.
6. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Ūṁ namaḥ para o Fazedor dos Obstáculos, com a Deusa da Sabedoria, Sarasvatī. No ouvido esquerdo.
7. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Ṛṁ namaḥ para o Chefe dos Obstáculos, com a Senhora do Desfrute e do Prazer, Ratī. Na narina direita.
8. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Ṝṁ namaḥ ao Senhor dos Gaṇas, com a Senhora da Vigor Mental e da Prudência, Medhā. Na narina esquerda.
9. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Lṛṁ namaḥ para Aquele com Uma Presa, com a Deusa do Amor, Kaṇṭī. Na face direita.
10. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Lṝṁ namaḥ para o de Duas Presas, com a Senhora do Desejo, Kāminī. Na face esquerda.
11. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Eṁ namaḥ ao Cabeça de Elefante, com a Encantadora, Mohinī. No lábio superior.
12. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Aiṁ namaḥ para O Honesto, com Aquela do Cabelo Trançado, Jaṭā. No lábio inferior.
13. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Oṁ namaḥ para Aquele com o Cabelo Trançado como um Caracol, com Aquela que é Intensa, Tīvrā. Nos dentes superiores.
14. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Auṁ namaḥ para O de Rosto Grande, com a Senhora do Resplendor, Jvalinī. Nos dentes inferiores.
15. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Aṁ namaḥ para Aquele de Orelhas Pontudas, com a Senhora da Felicidade, Nandā. Na língua.
16. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Aḥaṁ namaḥ para Aquele que leva o Touro como Bandeira, com a Encantadora, Surasā. Na garganta.
II) Nos braços
17. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Kaṁ namaḥ ao Senhor dos Números, com Aquela que tem a Forma do Desejo, Kāmarūpinī. No ombro direito.
18. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Khaṁ namaḥ para o Elefante de Indra, com a Senhora do Brilho, Subhrā. No cotovelo direito.
19. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Gaṁ namaḥ para Aquele com Orelhas como Bandejas de escolher Trigo, com a Senhora da Vitória, Jayinī. No punho direito.
20. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Ghaṁ namaḥ para O de Três Olhos, com a Senhora da Verdade, Satyā. Nas bases dos dedos da mão direita.
21. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Ṅaṁ namaḥ para O que tem Barriga de Pote, com Aquela que Elimina os Obstáculos, Vighneṣī. Nas pontas dos dedos da mão direita.
22. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Chaṁ namaḥ para o Grande e Sonoro, com Aquela que tem Forma Elegante, Surūpā. No ombro esquerdo.
23. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Chhaṁ namaḥ para Aquele dos Quatro Braços, com a Deusa do Desejo, Kāmadā. No cotovelo esquerdo.
24. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Jaṁ namaḥ para Sadaśiva, com a Senhora da Paixão, Madavihvalā. No punho esquerdo.
25. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Jhaṁ namaḥ para o Feliz, com Aquela que é Extraordinariamente Bela, Vikaṭā. Nas bases dos dedos da mão esquerda.
26. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Ñaṁ namaḥ para Aquele de Rosto Engraçado, com a Senhora dos Homens, Pumā. Nas pontas dos dedos da mão esquerda.
III) Nas pernas
27. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Ṭaṁ namaḥ para Aquele de Rosto Atraente, com a Senhora da Compreensao, Bhūtidā. Na coxa direita.
28. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Ṭhaṁ namaḥ para Aquele que produz deleite, com a Deusa da Terra, Bhumī. No joelho direito.
29. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Ḍaṁ namaḥ para Aquele com um Só Pé, com a Senhora do Poder, Śaktī. Na canela direita.
30. Aiṁ Hrīṁ Ḍhaṁ namaḥ para Aquele de Língua Dupla, com a Encantadora, Ramā. No pé direito.
31. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Ṇaṁ namaḥ para o Herói, com a Senhora da Humanidade, Manuṣī. Nos dedos do pé direito.
32. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Taṁ namaḥ para o Guerreiro, com a Senhora do Rio Ganges, Makārādhvajā. Na coxa esquerda.
33. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Thaṁ namaḥ para O de Rosto Pacífico, com a Esposa do Criador, ViriṆī. No joelho esquerdo.
34. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Daṁ namaḥ para o Doador de Bênçãos, com a Senhora de Cabelo Castanho, Bhrūkuṭī. Na canela esquerda.
35. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Dhaṁ namaḥ para o Deus da Mão Esquerda, com a Senhora da Timidez, Lajjā. No pé esquerdo.
36. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Naṁ namaḥ para Aquele da Tromba Curvada, com Aquela das Roupas Longas, DīrghagoṆā. Nos dedos do pé esquerdo.
IV) No tronco
37. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Paṁ namaḥ para Aquele com Duas Presas, com a Portadora do Arco, Dhanurdharā. No flanco direito.
38. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Phaṁ namaḥ para o Chefe dos Exércitos, com a Senhora do Karma, Yaminī. No flanco esquerdo.
39. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Baṁ namaḥ para o Senhor dos Vilarejos, com a Senhora da Noite, Ratrī. Nas costas.
40. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Bhaṁ namaḥ para o Extático, com a Senhora da Lua, Chandrikā. No umbigo.
41. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Maṁ namaḥ para o de Cabeça Clara, com Aquela que Brilha como a Lua, Saṣiprabhā. No ventre.
42. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Yaṁ namaḥ para o Veículo do Êxtase, com a Senhora da Mudança, Lolā. No coração.
43. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Raṁ namaḥ para o Asceta, com a Senhora da Fortuna, Chapalā. Na clavícula direita.
44. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Laṁ namaḥ para Aquele com o Cabelo em Tranças, com a Senhora da Prosperidade, Ṛddhī. Na parte posterior dos ombros, cruzando os antebraços frente ao pescoço.
45. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Vaṁ namaḥ para Aquele com Uma Presa, com a Senhora da Boa Fortuna, Durbhagā. Na clavícula esquerda.
V) Os movimentos
46. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Śaṁ namaḥ ao Proeminente, com Aquela que é Prazerosa, Subhagā. Desde o coração à palma da mão direita.
47. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Ṣaṁ namaḥ para Aquele que Leva o Touro como Bandeira, com a Consorte de Śiva, Śivanī. Desde o coração à palma esquerda.
48. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Saṁ namaḥ para o Senhor de Tudo, com a Inacessível, Durgā. Desde o coração ao pé direito.
49. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Haṁ namaḥ para Gaṇeśa, com a Senhora do Tempo, Kālī. Desde o coração ao pé esquerdo.
50. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Ḹaṁ namaḥ para Aquele que é como o Trovão, com Aquela de Voz Encantadora, Kālākubjikā. Desde o coração aos genitais.
51. Aiṁ Hrīṁ Śrīṁ Kṣaṁ namaḥ ao Senhor dos Obstáculos, com a Destruidora dos Obstáculos. Desde o coração até o topo da cabeça.
॥ हरिः ॐ ॥
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॥ हरिः ॐ ॥
Pedro nasceu no Uruguai, 58 anos atrás. Conheceu o Yoga na adolescência e pratica desde então. Aprecia o o Yoga mais como uma visão do mundo que inclui um estilo de vida, do que uma simples prática. Escreveu e traduziu 10 livros sobre Yoga, além de editar as revistas Yoga Journal e Cadernos de Yoga e o site yoga.pro.br. Para continuar seu aprendizado, visita à Índia regularmente há mais de três décadas.
Biografia completa | Artigos
Conexões espirituais indiana deve ser levada a serio
gratidão yoga pura enetgia do ser Wagner xavier
As imagens não estão aparecendo amado Professor
Prezado Paulo,
नमस्ते Namaste. Obrigado pela mensagem.
Olhei tanto no computador quanto nos dispositivos móveis e percebo que as imagens estão de fato no texto.
Reparei no entanto que no celular elas demoraram bastante para carregar. Vou verificar isso.
Obrigado pelo toque. Tudo de bom!
॥ हरिः ॐ ॥
Conexão lovativa espiritualWagne. Xavier
se les agradece muchismo y esto empieza a llegar a quienes quieren hacer mas completas sus practicas, es bueno que se publiquen tecnicas en las que convergen cuerpo y mente y se muestre el aspecto mas profundo del yoga (ultimamente en medios de comunicacion el yoga que se muestra empieza a confundirse con una simple gimnasia).
esto si se aproxima a lo que se llamaria una armadura de dios
saludos desde colombia
Precioso!
Camila.