Meditação, Pratique

O Mito da Mente Vazia

Um cidadão diz para outro: “meu filho está fazendo meditação”. O colega pergunta: “e o que é meditação?” O primeiro responde: “não sei, mas prefiro que ele faça meditação, a que fique sentado sem fazer nada”. Esta piada ilustra aquela visão de que fazer meditação equivale a nada fazer. Ela, por sua vez, está baseada num dos muitos mitos que circundam o folclore do Yoga.

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mito mente vazia

Um cidadão diz para outro: “meu filho está fazendo meditação”. O colega pergunta: “e o que é meditação?” O primeiro responde: “não sei, mas prefiro que ele faça meditação, a que fique sentado sem fazer nada”. Esta piada ilustra aquela visão de que fazer meditação equivale a nada fazer.

Ela está baseada num dos muitos mitos que circundam o folclore do Yoga. Muitas vezes vemos comentários sobre os textos tradicionais que nos apresentam versões curiosamente deformadas da maneira em que o Yoga funciona.

Uma dessas curiosas distorções diz respeito ao mito da mente vazia e ao que realmente acontece com a mente humana durante a meditação.

Defeito de fábrica?

O pensamento é natural. Não existe mente sem pensamento. Aliás, o corpo da mente é o próprio pensamento, ou melhor, a seqüência de pensamentos ou associações livres que surgem, aparentemente, de maneira aleatória.

Não há nada de errado em relação a isso. Supor que a mente deva ser deixada em branco equivale a supor que o psiquismo humano já veio com um defeito de fabricação, que precisa ser consertado.

mito

Não obstante as evidencias em contrário, há professores de Yoga que insistem em afirmar que é possível manter a mente vazia e que o estado de iluminação só acontece quando a mente é deixada em branco por um longo período.

É por isso que afirmamos que essa crença é um mito, uma quimera sobre a qual não vale a pena insistir sem correr o risco de fracassar rotundamente no objetivo do Yoga, que é a liberdade.

Ora, isso, não coincide com a experiencia real da imensa maioria dos praticantes de meditação, seja dentro do Yoga, seja noutros sistemas igualmente eficientes, como o budismo tibetano, ou o zen budismo.

Se o amigo leitor já tentou parar de pensar, sabe que é virtualmente impossível. Quaisquer esforços nesse sentido irão provocar uma reação mental oposta.

Um amigo disse numa ocasião que a experiência de tentar parar o pensamento foi como fazer a tentativa de fechar um gato selvagem num saco.

Cabe lembrar que o próprio Swāmi Vivekānanda, um dos maiores mestres contemporâneos de Yoga, confessou em carta a um discípulo que, depois de décadas e décadas de esforço, apenas conseguiu deixar a mente vazia de pensamentos em apenas duas breves ocasiões.

A imensa maioria dos praticantes sequer conseguirá fazer isso uma única vez na vida.

Então, podemos concluir que talvez o problema não esteja na nossa experiência como meditadores, mas na maneira em que definimos as coisas.

Ainda, na hipótese de que fosse possível deixar a mente em branco, temos outros problemas: essa proeza, por si só, seria capaz de trazer conhecimento, felicidade ou liberdade?

Não creio. O que acontece depois de um período sem pensamentos, é que a mente volta a pensar e, junto com ela, as preocupações retornam com a mesma força dantes. Portanto, nada é resolvido.

O olho não enxerga a si mesmo

Mais uma inconsistência que vemos nesta questão da mente em branco é que se isso é feito com o propósito de “ver” o Eu (atma), então, o Eu iria se tornar um objeto que é visto. Os pensamentos não “apagam” o Eu: os pensamentos vêm, o Ser é; os pensamentos vão, o Ser é.

Por outro lado, acontece que os pensamentos não podem ser equiparados ao Ser, e que o Ser não pode, por sua vez, ser reduzido a um pensamento.

Quem seria o sujeito que observa o Eu como um mero objeto, nesse caso? O Eu é o sujeito; ele nunca pode ser objeto da percepção, pois ele é, por definição, a testemunha que olha.

Quando eu não sei quem sou, o eventual silêncio da mente não poderá resolver por si só a questão da minha auto-ignorância. Durante o sono profundo, eu não tenho nenhuma atividade mental. No entanto, isso apenas dá um respiro para a minha mente, mas não me traz iluminação.

O Eu não pode enxergar a si mesmo, da mesma maneira que o olho não consegue olhar para si mesmo.

Mesmo na hipótese de usarmos um espelho para que o olho olhe para si mesmo, o que o olho enxerga é o reflexo, não o olho real. Similarmente, não há um espelho para o Ser. Como somente há Ser,

Mito: Pensar é sofrer?

Outra questão essencial nesta discussão: os pensamentos, por si sós, não produzem sofrimento. A pessoa que acha que deve parar de pensar para parar de sofrer, acredita que pensar é sofrer.

No entanto, a origem real do sofrimento é a crença de que somos o pensamento, ou de que ser é pensar.

O sofrimento é causado pela confusão que se estabelece quando, ao pensar, acredito que o conteúdo dos meus pensamentos seja o Ser. A verdade é que os pensamentos acontecem porque o Ser é.

Os pensamentos não existem separados do Ser. Assim como o ímã é a causa do campo magnético, da mesma maneira o Ser é a causa do pensamento.

O campo magnético existe por que o ímã existe. A existência do ímã não depende do campo magnético, mas a existência do campo magnético depende da presença do ímã.

O pensamento existe por que o Ser existe. Tirando-se o Ser, não pode haver pensamento.

Porém, até mesmo na hipótese de que o sofrimento fosse causado pelo pensar, a solução não estaria em parar de pensar.

Parar de pensar indefinidamente, no melhor dos casos, irá me tornar uma espécie de vegetal, incapaz de me comunicar, sentir emoções ou crescer interiormente.

Poderia eu dizer, nesse caso, que estou tendo uma vida plena? Pensamentos equivocados, como achar que somos insignificantes ou indignos de felicidade não se resolvem parando de pensar, mas corrigindo esses pensamentos e substituindo-os por outros que sejam corretos.

Será mesmo que eu sou indigno de ter felicidade? Esse tipo de questionamento, com sua resposta adequada, é o de fato que resolve o sofrimento.

Na prática, o ideal é chegar a bons termos com a nossa própria mente. Isso significa fazer, eventualmente, um acordo de paz com ela.

Trocando em miúdos, quando sentamos para meditar, damos à nossa mente a liberdade para que ela seja como é, mas nos damos o direito de nos concentrar no tema que escolhemos para aquela meditação.

Eventualmente, a agitação natural do primeiro momento dará lugar a um estado de maior tranqüilidade e estabilidade, no qual nos tornamos capazes de olhar para a mente desde a perspectiva da testemunha, que é o próprio Eu.

É questão de perseverar sem forçar, de maneira compassiva e ao mesmo tempo firme. Portanto, a solução para esta charada não está em tentar manter a mente vazia, mas em perceber o Eu invariável que somos, presente em todos os momentos, antes, durante e depois de cada pensamento.

Quando compreendemos que os pensamentos não escondem o Eu, mas que ele permeia todos os conteúdos, o conflito nascido do mito impossível  de deixar a mente em branco, simplesmente desaparece.

॥ हरिः ॐ ॥

Mais artigos sobre meditação aqui. Outro interessante artigo, em inglês, sobre este mito do Yoga: Meditation and the Myth of the Empty Mind.

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Pedro nasceu no Uruguai, 58 anos atrás. Conheceu o Yoga na adolescência e pratica desde então. Aprecia o o Yoga mais como uma visão do mundo que inclui um estilo de vida, do que uma simples prática. Escreveu e traduziu 10 livros sobre Yoga, além de editar as revistas Yoga Journal e Cadernos de Yoga e o site yoga.pro.br. Para continuar seu aprendizado, visita à Índia regularmente há mais de três décadas.
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23 respostas para “O Mito da Mente Vazia”

  1. Mente vazia, controlar a mente, ficar sozinho e ouvir a voz do silêncio é uma virtude, seu pensamento cria sua realidade, e você passa o dia inteiro só pensando problemas, criando uma realidade egoísta que sempre vai interferir na vida de alguém, ficar sozinho, sem pensar é proteger as pessoas e a si mesmo.

  2. Realmente nunca consegui ficar sem pensar. No entanto a maioria das técnicas de meditação yogui, visam a cessação das ondas mentais para na visão de patanjali, atingir o samadhi. Aí temos yantra dhyana; mantra dhyana; ajapamantras, nada dhyana e outras. Todas com objetivo claro da cessação da mente , num truque para enganarmos o cerebro. Focando num único ponto, e com disciplina conseguimos desligar o cerebro do ego e deixamos de nos sentirmos seres condicionados e vislumbramos a natureza de atman incondicionado. Essas técnicas estão claras nos shastras. No Shiva samhita é indicado com nada dhyana. Saber que já sou a plenitude por argumentos logicos , o Vedanta me dá, porém não me dá o sentimento e a sensação da unicidade, isso o yoga me dá nestas técnicas, que ainda acho o melhor caminho.

  3. namaste! o Antar Mauna é uma prática q respeita o processo de evolução d sadhaka. SAKSHI. Testemunha o q se passa na mente. Muito particular as experiências. Grata pelo texto.

  4. MUCHÍSIMAS GRACIAS!!!

    Siempre es tan interesante y enriquecedor leer los artículos, ademas de esclarecedor!! Esta es una de las cuestiones que mas me costaba aceptar de lo que se suponía que me habían dicho que era la meditación.  No tenía lógica alguna, y durante mucho tiempo me frustró muchísimo!

    Es un gran ejercicio leer los artículos, al estar en portugués, aunque los entiendo prácticamente en su totalidad, pero me encantaría compartirlos con mas gente y la mayoría de mis alumnos (soy profe también) es de habla hispana y se pierden de estas sabias palabras.

    ¿Existe la posibilidad de publicar algo en español? Sobre todo acerca de cuestiones clave o fundamentales!!! Se que es doble trabajo, pero….

    Muchisimas Gracias nuevamente Pedro!!! Un saludo desde Mar del Plata, Argentina para vos y para Angela. Y espero con ansias su paso por Buenos Aires en Noviembre en la escuela de Vero.

    Atentamente,

    Edelmira.

    ————-

    Hola Edelmira.

    Gracias por tus lindas palabras. Tenemos algunos amigos que están en proceso de traducir algunos textos importantes como este. Cuando el trabajo esté más avanzado, disponibilizaremos los links correspondientes.

    Nos vemos en Buenos Aires!

    Namaste.

    Pedro.

  5. Muito bom!!
    Pensar é essencial, porém nosso pensamento é influenciado por fatores externos a todo momento. Creio que esvaziar a mente seja um estado onde só temos pensamentos, que pertencem ao nosso Ser.
    Assim, como tentamos dominar os sentidos, é valido buscar do domínio da mente, em termos de nos concentrar em nossa essência.
    Não concentrando a mente no vazio, mas apenas se dando conta de que saímos dele e lembrar de voltar. Todo mundo já se pegou em pensamentos que não concorda, e até se questionar o porquê de tal pensamento dentro do seu Ser.
    Portanto, creio que a mente vazia seja uma forma de conseguirmos obter o controle da mente e assim encontrarmos o que faz parte da nossa essência. A partir desse ponto ir atrás dos porquês.
    Namastê.

  6. Boa noite a todos, queridos irmãos!

    Necessito compartilhar uma experiência com vocês, a respeito da necessidade, não do silenciamento utópico da mente, mas pelo menos uma aliviada na torrente de pensamentos que surgem, fluem e possivelmente causam problemas à percepção de coisas mais sutis.

    Eu sempre fui uma criança hiperativa, ansiosa e com um pensamento muito acelerado, aprendia as coisas numa velocidade absurda, falava numa velocidade absurda e tinha uma inquietação mental, simplesmente minha mente não parava de trabalhar e eu dormia por esgotamento.
    No começo do ginásio eu perguntei a professora da escola, o que aconteceria com uma pessoa se ela parasse de pensar (no sentido de silenciar a mente, sentir o vazio, o som do ar, pássaros, o seu próprio corpo), e ela me respondeu da seguinte forma, quando paramos de pensar morremos. Não era a resposta que eu queria ouvir, não tinha perguntado sobre a morte, queria saber como é passar um dia sem ser atormentado por um zilhão de pensamentos que não se calavam.
    Vinte anos depois, comecei a tratar a ansiedade e maravilhosamente eu passei a ter uma mente mais calma, menos turbulenta e senti como era importante ter alguns instantes de silencio dentro de mim.
    Talvez seja pura utopia o silenciamento completo da mente, como se fosse um copo vazio, inerte, como se momentaneamente estivéssemos mortos, o ser pensante em nossos corpos é o espírito, e ele está se agitando e interagindo o tempo todo, contudo, há formas e momentos de reduzir a marcha dos pensamentos e sentir um pouco de paz.

    abraços e boa noite a todos!

    1. Jhean, você acabou de contar a história da minha vida. Namaste!

  7. ah ah ah , estava a escrever um texto enorme, mas demorei tanto tempo que a pagina reiniciou e apagou tudo XD.
    aaa bem mas sendo assim só vou dizer umas palavrinhas. Sou o Luís que comentou a uns meses sobre a mente vazia, que consegui esse estado de estar sem pensamentos, eu normalmente até estou o dia todo sem um único pensamento.
    Claro que posso ter pensamentos mas “vejo-os” e analiso como algo separado, ou seja n os identifico como sendo meus e a minha opinião… sendo assim não aceito tudo como a maior parte das pessoas faz e ai penso que “erradamente” por causa do julgamento…
    Eu tenho alguns pensamentos quando quero, basta querer… pensar… mas tenho controlo quase sempre apesar de naturalmente n pensar. Mas claro que tenho o raciocínio que penso ser mais rápido pois não tenho de ouvir mentalmente as palavras…. enfim..
    Já passou mais de um ano e eu estou assim e até noto que começo a sentir mais, como que ter a intuição e sentir e perceber as coisas de forma diferente, enfim sentir…
    Esse estado levou-me a um maior equilibro e paz interiores, e realmente é algo muito muito bom estar em pleno silêncio e conosco mesmo, e eu noto que após algum tempo sinto umas vibrações no meu corpo (não é no físico) e logo sinto-me muito bem e relaxado….
    Não falo com o objetivo de convencer ninguem nem nada parecido, apenas queria colocar o meu ponto de vista , pois ouço sempre que isso é impossível …. e claro que para mim n à maior prova do que a realidade, ou aaa a consciência, a consciência é uma percepção real que não tem como esconder, eu sinto eu vejo….
    Mas cada um irá acreditar ou não conforme o estado em que esteja e aquilo que precise, não como sendo melhor ou pior nem nada disso mas como aquilo que precisa e que veio cá fazer se encaixa ou não nessa visão….
    Mas enfim já estou a enrolar lol É como aquela venha história do Buda, onde 3 pessoas lhe perguntaram a mesma pergunta “Buda, Deus existe?” e ele a uma responder “Sim” a outra “Não sei” e a outra “Não”…
    Penso que já sabem o resto, mas cada pessoas precisa ouvir aquilo que encaixar nas verdades dela caso contrário não vai aceitar e perceber nada, e cada um tem a sua experiência/vida e vai precisar de coisas diferente umas das outras.. Espero que tenha ajudado de alguma forma.
    Abração a todos.

  8. ”A ausencia de pensamentos como doutrina significa não ser levado pelo pensamento no processo do pensamento, não ser conrrompido por influencias externas; ter pensamentos mas ser desprovido deles”.
    Bruce Lee

  9. Peço desculpas em dizer o contrário, apenas quero dar a minha opinião.

    É possivel sim estar com a mente vazia, e ao contrário do que disse é algo muito bom e que nos permeti estar praticamente sempre felizes alegres, e também nos permite resolver mais facilmente os problemas e apenas pelo sentido sa palabra “pensar” melhor, pois nem todo o que pensamos (os pensamentos que conseguimos perceber) são todos os pensamentos que temos, pois qunado limpamos nossa mente ela simplesmente trabalha sem ter de exprimir o pensamento, sendo assim trabalha muito melhor.

    E sobre o que disse de defeito de fabrico, acho tem uma ideia errada, pois não é defeito de fabrico, mas sim a programação que temos e que nos é dade pelos nossos pais professores e pela sociedade em geral que nós fazem criar esse tipo metologia e que naturalmente nos faz istar inquietos e priocupados, sendo assum simplesmento um estado de desiquilibrio, e sendo que sempre assim permanecemos pensamos que isso é natural.

    Peço desculpas mas acho que não é verdade o que disse sobre que nenhum mestre consegue estar num estado de mente vazia, pois mesmo eu que não sou nenhum mestre, com dedicação e muito trabalho pessoa e sem ajuda de niguem, nem usando nenhu metodo consegui em 4 meses estar nesse estado de mente vazia, e já estou nesse estado á mais de 5meses sendo que ainda não notei nenhum estado de recaida nem de fadiga nem de nenhum estado contraditótio ao equilibrio e á felicidade ou á lucidez. Simplesmente estou mais feliz do que qualquer momento da minha vida e continuamente, estou mais disperto e lucido, mais feliz, notei até desenbolvi a inteligência.

    Bem não quero pense que estou apenas lhe contradizendo, só quero dizer que sim é possibel. E que ninguem desista de ser feliz e de estar nesse estado apenas por um texto.
    Mas cláro que é muito bom ter postado esse texto, e é prova que estudou e analizou o assunto.

  10. Eu acho que dá, sim, para ficar sem pensar, numa meditação, pelo menos, por alguns segundos ou, talvez para outros, por alguns minutos. Eu falo por experiência, pois já consegui ficar sem pensar durante algumas práticas meditativas. No meu caso, foram segundos.
    Eu não sei explicar exatamente o que se passa nesse momento em nível de mente ou cérebro, mas a gente perde o contato com o mundo, com a vida. Eu também não sei se isso traz ou não benefícios espirituais para a pessoa, mas que se pode ficar sem pensar por alguns instantes, isso pode sim. Também quero dizer que eu não tenho praticado muito meditação. Muito obrigado.

  11. Muito a calhar o texto, muito esclarecedor, nas minhas aulas tenho recomendado seu blog para os praticantes.
    A questão é extremamente pertinente já que mesmo que o observador pudesse de fato “enxergar o próprio olho” ainda assim ele precisaria de instrução de alguém (no caso um instrutor habilitado) para poder perceber se, esse olho visto estivesse triste ou chorando.
    Quer dizer que a condução para que o “olho visto” pudesse “melhorar” ou “ascender” precisaria vir de fora já que o obsevador já está envolvido numa tarefa árdua que é a de ver o próprio olho…
    Namastê!
    Marcela.

  12. Boa noite, gente,
    O pensamento existe por que o Ser existe. Tirando-se o Ser, não pode haver pensamento?
    Desde Descartes, com a imagem da vela, abordamos esta importante questão buscando luz, e que assim seja.
    Obrigado, Pedro e galera, por mais uma esforço para nos conhecer melhor, e um abraço,
    Diego.

  13. Oi Pedro,
    Como me sinto bem ao ler teus textos! Eles exalam libertação de padrões pré-concebidos, da ansiedade de se aceitar, de procurar a felicidade lá fora em algum lugar que não se sabe onde, da tristeza de não ser o que quer ser, de “fórmulas mágicas” para o tão desejado equilíbrio.
    Este texto como tantos outros parece um oásis no deserto das minhas buscas. Uma água pura que mata a minha sede sem fim, que me acalma e me restaura do cansaço de tão longa caminhada em busca de mim mesma. Aos poucos vou acreditando que já sou o bem e a felicidade que desejo. Um bom final de ano.
    Namastê!

  14. Olá Amigo, namaste!
    Todos os mitos, sejam do Yoga ou não, induzem a viver o místico. Como diz Svaamii Dayaananda, “we are reality people!”. Quanto mais as pessoas focarem na objetividade em viver, mais se libertarão dos altos e baixos que a mente carrega como qualidade. Nada mais que o samsaara. A mente purificada é a mente objetiva. Se alguém afirmar que meditar é esvaziar a mente, basta opor que para “experenciar” o vazio tem que haver um pensamento de vazio. Ou seja, até o “não-pensar” é um pensamento de “não pensar”
    Harih Om!

  15. A questão pensamento e mente, ainda é muito complexa, pois o principalmente no ocidente não fomos educados a pensar, mais sim cobrados a ter resultados desde pequenos, com a pratica meditativa vamos aprendemos a administrar melhor os pensamentos, e reduzindo os nossos condicionamentos. Com a pratica e disciplina os pensamentos diminuem de forma natural podendo chegar à neutralidade, e é verdade pode levar uma vida inteira.
    Muita Paz Om!

  16. Obrigada Pedro!!!
    Descobri Yoga recentemente, estava justamente na busca da mente vazia, cansada de tanta perturbação. Já estava percebendo que isto não aconteceria assim tão facilmente, mas não queria acreditar até que alguém me contasse.
    Namaste!

  17. Olá Pedro e Bom dia a todo o pessoal…
    Sim, referente ao seu texto… também tenho uma visão similar: para conseguirmos uma evolução, devemos permanecer em paz conosco e nos conhecer cada vez melhor. Acredito que a meditação e seus recursos, são métodos de centralização (nós já nos conhecemos, porém estamos nos realinhando com o nosso Eu) . Mas esta é apenas uma opinião.
    Um grande abraço.

  18. Há um paradigma duvidoso, a milhares delas nas informações e na propria duvida sobre o conteudo de pensar e agir em mim a informação revelada. Mas do que repetir ruidos no instante de causar otro ruido ao meio ambiente . Sei lá ah milhares de ruidos em cada esquina da minha cidade e a tanta informação na qual da para se notar isso. Então a mente é um tormento para mim , a cada momento da para ver que meus sentidos em minha mente forma e deforma a real informação. E parar de viver tanta informação , de tantas as vezes que estou na rua da minha cidade é a real prova de que nem durante o percuso do sono tenho sussego. Talvez durmir na provação da realidade será menos intensa. Sem esta experiencia de emitar o som vindo do vidro que fecha , e caiu e se quebrou . Talvez devo alcamar o ambiente e ficar longe de tantos estimulos, em um rtiro espiritual. A na verdade um ambiente silencioso, sera que o real silencio habita as formas da natureza, entre sons e ruido inteligentes sei que tem plantas e bixos na mente que ve e escuta o som natural de mentirinha.. não sei por que a mente cria tantas informações , por que a mente cria elas:! se o silencio do sono transforma-se em conteudo de um proximo sonho , e assim existe na vida cai em tantas associações livres.. Mas a correntesas na mente da natureza eu estou dentro, em sistemas psico fisicos que me assustam eu estar dentro desse lugar sem saida.. bem sair daqui desses estimulos , e buscar o neutro fora do tamasico mundo , eh.. parece que existe a palavra desconexa ao contexto da vida .. Mas parabens por motivar a ter mais e mais informações e reflexoes em associações livres. hari bol!

  19. Olá, Pedro!
    Estou acompanhando o site há pouco tempo, estou gostando. Reflexão, ação, aprender, corresponder. Legal. Muito bom. Há um mundo no yôga. E tudo me interessa, não busco apenas, agora estudo.
    Namastê!

  20. Finalmente, alguém com experiência derrubou este mito! Parabéns pelo texto.

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