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A verdade sobre a puja

Você sabe o que significa pūjā? Alguns praticantes acreditam que pūjā seja uma espécie de transferência de energia, uma saudação esquisita, onde quem 'dá' a pūjā perde alguma coisa, e quem o 'recebe' ganha energia e longevidade, força e mais alguma coisa nebulosa, arrancada à força do doador.

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Você sabe o que significa é pūjā? Alguns praticantes acreditam que pūjā seja uma espécie de transferência de energia, uma saudação esquisita onde quem ‘dá’ a pūjā perde alguma coisa, e quem o ‘recebe’, ganha energia e longevidade, força e mais alguma coisa nebulosa, arrancada meio que à força do doador.

A palavra sânscrita pūjā significa literalmente adoração. Na Índia, a palavra pūjā é usada para descrever as diferentes formas de adoração aos deuses, seja no templo, seja em casa.

Uma pūjā é um ato de reverência do devoto em relação a uma determinada representação do divino, indicado pela presença de um símbolo (uma escultura, uma imagem, uma fogueira sagrada, etc.) que não é venerado em si mesmo, mas aponta para aquela forma específica de Īśvara.

Entre os procedimentos da pūjā estão a invocação inicial ao Iśta devattā, a deidade eleita, chamada vāhana, o convite para sentar, a lavagem dos pés e atos de adoração mediante o oferecimento de flores, incenso, luz e alimento.

A pūjā é precedida pelo sankalpa, a resolução interior de levá-lo a cabo. Na continuação se faz o múla mantra, o mantra invocatório, e se dá o nome da deidade à qual o ritual é dirigido. Depois se oferecem os elementos rituais e se fazem os mantras propiciatórios. O ritual conclui com o visarjana, o convite para que a deidade se recolha.

Conforme o tipo de pūjā, se usam tradicionalmente grupos de vinte e um, dezesseis, dez ou cinco elementos rituais, chamados upachāra. Dentre eles, os cinco elementos que constituem a matéria (pañchatattva), aparecem simbolizados por oferendas de flores (puṣpa), incenso (dhūpa), luz (dīpa), alimentos (naivedya) e sândalo (chandana), significando éter, ar, fogo, água e terra respectivamente.

Esses procedimentos formais prescritos para a pūjā buscam venerar uma das representações de Deus, na forma de um hóspede que se recebe dentro de casa. Estes atos são feitos em estado de meditação e vão acompanhados pela recitação de certos mantras e textos escriturais que variam conforme a tradição do pūjāri (aquele que faz pūjā).

O ritual da pūjā conclui com a distribuição de prasāda, alimento que foi oferecido à deidade. A aceitação do prasáda é um ato de reconhecimento da deidade como a fonte de toda a felicidade, a realização espiritual, a paz e a prosperidade de que desfrutamos.

Outros sinônimos de pūjā são vandanā, saparyyā, namasya, arhanā e bhajan. A pūjā do Bhakti Yoga se faz diariamente, dirigido à deidade de culto pessoal, Ishta devattā: Viṣṇu se a pessoa for vaishnava, Shiva ou Ganesha se for śaiva, Devī no caso de um śākta. É um tipo de prática chamada kāmya, que se faz para realizar algum objetivo.

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Pedro nasceu no Uruguai, 58 anos atrás. Conheceu o Yoga na adolescência e pratica desde então. Aprecia o o Yoga mais como uma visão do mundo que inclui um estilo de vida, do que uma simples prática. Escreveu e traduziu 10 livros sobre Yoga, além de editar as revistas Yoga Journal e Cadernos de Yoga e o site yoga.pro.br. Para continuar seu aprendizado, visita à Índia regularmente há mais de três décadas.
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Pedro Kupfer em Conheça, Literatura
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3 respostas para “A verdade sobre a puja”

  1. No verdadeiro puja, vc entrega sua devoção sem exigir nada em troca… Vc apenas oferece seu amor a divindade. Muitos hindus cultuam semideuses e as vezes fazem permuta em troca de favores, outros cultuam a deidade que representa o Deus supremo, nesse caso fazem por amor…

  2. como que se pode doar uma coisa que não tem, se a pessoa tiver energias negativas e nebulosas vão para o doador. Que espécie de práticas são essas….eu hein.
    pūjā seja uma espécie de transferência de energia, uma saudação esquisita, onde quem ‘dá’ a pūjā perde alguma coisa, e quem o ‘recebe’ ganha energia e longevidade, força e mais alguma coisa nebulosa, arrancada à força do doador.
    Eu não aceito!
    Está feito!

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