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Os Mantras do Fogo

O homa, também chamado havana, é uma prática muito mais antiga que a pūjā. Faz parte do hinduísmo mas nasceu nos tempos vêdicos, entre 6500 e 4000 anos atrás, quando o uso do fogo era essencial na vida do ser humano.

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Os Mantras do Fogo e a cultura dos Vedas

O homa, também chamado havana, é uma prática muito mais antiga que a pūjā.

Faz parte do hinduísmo mas nasceu nos tempos védicos, entre 6500 e 4000 anos atrás, quando o uso do fogo era essencial na vida dos homens. Temos evidências de que é algo muito antigo, mas não sabemos ao certo quanto.

O altar védico era originalmente o mesmo lugar que se usava para cozinhar. O resto da casa se construía em torno desse fogo central. Tais fogos permaneciam acesos durante gerações e gerações. Aliás, isso acontece até hoje.

Na Índia, tivemos a oportunidade de participar numerosas vezes dessa prática num altar cujo fogo não se apagava há sessenta anos. Ao mesmo tempo, as sociedades de antigamente mantinham acesos fogos comunitários, que serviam para unir as pessoas, pois estabeleciam uma ligação com os ancestrais.

O fogo é um símbolo muito poderoso, porque revela a Consciência que subjaz em tudo, como a chama que se esconde na lenha. Por exemplo, o samagri, a mistura de ervas medicinais, doces e cereais que se oferece ao fogo, não tem unicamente o objetivo de purificar o ambiente.

Junto com o samagri, a pessoa precisa queimar também seu ego; junto com o ghee, precisa oferecer ao fogo seus sentidos, suas emoções, seus pensamentos, não para destruí-los, pois o fogo não destrói, senão para purificá-los, para sutilizá-los, e torná-los mais leves.

E é aí que a prática toma outra dimensão. Então, o que torna o fogo sagrado não é o ritual exterior, mas a atitude com que o fazemos. O fogo é símbolo da consciência universal.

Nem politeísmo nem monoteísmo

Após o estudo e a prática cuidadosa do homa, fica claro que os ṛṣis védicos não eram politeístas nem monoteístas. Eram panenteístas. Agni, Indra, Vāyu e Rudra não são deuses separados, senão nomes ou formas de uma mesma e única Presença.

[Entenda a diferença entre teísmo e panenteísmo olhando para o esquema abaixo. Veja um texto completo sobre o tema aqui. Depois, tire a palavra Deus e coloque no seu lugar o termo Consciência e você vai compreender o que queremos dizer. Obrigado pelo esforço.]

mantras do fogo

Assim como os prāṇas do corpo, que têm cinco configurações e cinco nomes diferentes, são um só, da mesma maneira, os deuses védicos são diferentes manifestações da Consciência única.

É impressionante a quantidade de significados que as palavras têm em sânscrito. Você pode fazê-las dizer praticamente o que quiser.

Mas está valendo a citação abaixo. Não é possível fazer uma única tradução dos mantras védicos. O melhor é lê-los no original.

Melhor ainda, é sentir a vibração e o efeito que eles têm sobre o corpo sutil e a consciência. Além do mais, está escrito nos śāstras: “quem é você para interpretar o Veda? Você sabe em que sílaba começar?”

E ainda: “o Veda tem medo de pessoas com pouco conhecimento, pois elas podem feri-lo”. Ou seja, que a tarefa é mesmo desafiante.

Tão difícil, que Swāmi Dayānanda (1824-1883), um dos maiores estudiosos dos Vedas de todos os tempos e um dos arquitetos do movimento de independência da Índia moderna, descobriu até nove camadas diferentes de significados em cada mantra.

O princípio básico de interpretação dos Vedas, segundo Swāmi Dayānanda, é que as palavras dos hinos estão em “estado fluido” (yaṅgika = derivativas). Ou seja, não têm apenas um significado único e estático (rudha). Donde, podem interpretar-se de formas muito variadas. Ele foi enfático ao afirmar que todos os nomes dos “deuses” védicos se referiam ao mesmo e único Ser.

Śrī Aurobindo disse: “no campo da interpretação dos Vedas, Swāmi Dayānanda deve ser reconhecido como a aquele que descobriu as primeiras chaves de decifração”.

Ou seja, ele foi quem vislumbrou que, por trás do monte de entulho que eram as interpretações e traduções do século passado, havia algo mais. Removeu o entulho e encontrou uma porta. Arrombou a porta e morreu. Morreu envenenado por seus inimigos, antes de poder concluir a decifração.

Os mantras são de uma beleza arrebatadora. São tão profundos quanto belos, e não é raro chorar de emoção e felicidade ao fazê-los. Se fazem com uma cadência e uma forma de respirar específica.

Precisa igualmente conhecer algumas regras básicas de sânscrito e ter a técnica de vocalizar os mantras inteiros sem respirar.

As traduções feitas pelos sanscritistas ingleses e alemães da época da colônia podiam fazer sentido para eles, mas não fazem para nós. Eles queriam achar nos textos mitologia, politeísmo e história e tentaram dar-lhes esse sentido.

No Veda não há história nem politeísmo. Aliás, no Veda inteiro não aparece nem sequer um nome próprio. O exemplo mais claro disto é Viśvamitra. Viśvamitra é um grande ṛṣi, mas o nome não se refere a um sábio de carne e osso. Não é um “autor” de hinos.

Nunca um ṛṣi compôs um hino. Os ṛṣis são videntes. Ṛṣi significa “aquele que vê”. Sabe quem é o ṛṣi Viśvamitra? Seus próprios ouvidos! Viśva significa, universal, “aquele que está em todas partes”. Mitra quer dizer amigo. Se refere aos ouvidos, pois o som vem de todas partes.

Na física, a gravidade é Viśvamitra, porque a gravidade é o que nos sustenta aqui na terra. Os hinos são desvelação. Os ṛṣis não são escritores nem poetas. São yogis que perceberam os mantras durante as suas contemplações.

Agni, Consciência e o fogo do altar

Agni (fogo) é a primeira palavra que aparece nos Vedas. Os ṛṣis cultuavam o fogo porque sabiam que amplifica e purifica qualquer coisa que se jogar nele. Agni representa o Sol na terra.

O yajña é um ritual simbólico: alimenta-se o Sol para alimentar a vida, pois a vida não existiria se não houvesse Sol. Entretanto, Agni é mais do que o fogo: é a inteligência viva.

Assim como quando você olha para uma pessoa na verdade não está vendo o indivíduo, mas seu corpo, aparência, expressão, etc., da mesma forma, quando seus sentidos captam o fogo, podem perceber Agni detrás dele. O fogo é símbolo da vida e da inteligência.

Agni é a vida e a inteligência. A aparência não é a pessoa, embora faça parte dela. A expressão desvela a pessoa; o gesto desvela o pensamento. Agni não é o fogo apenas. Lembre disso ao sentar frente a ele.

Porque fazer yajña? O sādhana externo serve e funciona como um guia para o iniciante. No início, as regras são úteis para nos dar orientação. Depois de algum tempo se tornam desnecessárias.

Porém, é preciso ficar muito atento a algo que pode acontecer: fazer os mantras automaticamente. Lembra do exemplo da chave de fenda que demos no início? É como diz o provérbio: “quando o sábio aponta para a lua, o tolo olha para o dedo”. Não olhe para o dedo!

Se você se flagrar fazendo os mantras automaticamente, sem ter presente o significado nem prestar atenção aos efeitos vibratórios, cuidado!

Não esqueça que para que a prática seja mesmo Yoga, você precisa estar presente, da mesma forma que você está (ou deveria estar) atento quando lê isto.

Não perca o foco. Não se distraia. Desligue o piloto automático. Observe-se: você está atento? Está lembrando neste momento da sua própria existência? Está consciente da sua respiração enquanto lê?

Enquanto o sādhana de Yoga se faz individualmente, e funciona da pele para dentro, o yajña é uma prática coletiva. Quanto mais gente, melhor. É uma prática familiar em que a presença da mulher é imprescindível.

Rāma, o herói do Rāmāyāṇa, não pôde fazer yajña durante o tempo em que sua esposa Sītā esteve seqüestrada nas mãos do demônio Rāvaṇa.

Os saṁnyasins, yogis que renunciaram à vida em sociedade, não podem fazer yajña, pois não têm casa. Não tendo casa, não podem ter cozinha. Sem cozinha, não há fogo. Nem ritual do fogo.

Pormenores práticos do Ritual

A rigor, se faz havana duas vezes por dia, ao amanhecer e ao entardecer. O yajña deve começar entre 25 minutos antes e 25 minutos depois da hora do nascer ou do pôr-do-sol. Isso, porque para os hindus, o dia não começa à meia noite, senão no horário sāndhya, quando o sol nasce.

A prática completa leva uns 40 minutos. Recomenda-se tomar banho antes de começar. Para fazer yajña se precisa um agnikunda ou havankunda; um recipiente onde você fará o fogo sem correr o risco de incendiar a sua casa.

O agnikunda pode fazer-se com cinco camadas de tijolos empilhados, caso você tenha bastante espaço. Deve estar sempre orientado para leste, ser quadrado, e medir internamente um cúbito de lado e meio cúbito de profundidade (37x37x18,5 centímetros).

Se você não tiver espaço para construir um yajñaśālā, o local onde se faz o ritual, pode usar uma bandeja de cobre. Na Índia se acham recipientes de cobre, construídos seguindo medidas específicas.

Mas como a Índia não é logo ali na esquina, e talvez você não planeje ir para lá tão cedo, faça o fogo do jeito que o seu bom senso indicar.

A madeira que se queima deve ser aromática e estar bem seca. Não use madeira pintada, ou de caixas ou móveis desmontados.

Na Índia se usam madeiras como tulsi, rudrākṣa, banyam ou pippal, mas, sendo impossível achá-las aqui, pode usar sem problemas galhos de pinheiro, mangueira ou eucalipto.

Prepare a lenha cuidadosamente antes de acender o fogo. Entretanto, se você não tiver agnikunda, nem lenha, nem ghee, nem samagri, nem companhia para praticá-lo, poderá mesmo assim fazer yajña.

Só basta ter vontade de fazer os mantras e praticá-los com o coração aberto. Pessoalmente, já fiz yajña mentalmente sobre aviões, barcos, trens e carros.

Obviamente não se compara à sensação de estar presente frente ao fogo, sentindo aquele calor e aquela vibração, mas mesmo assim é uma experiência muito forte. O que realmente interessa é a atitude como que se faz:

Quando, no fogo da Suprema Realidade, no qual até o mais absoluto vazio se dissolve, os cinco elementos, os objetos dos sentidos e a mente são vertidos, usando a consciência como colher, isso é o homa (yajña) verdadeiro. Vijñānabhairava Tantra, verso 149, p. 137.

O fogo simboliza a presença da luz e do sagrado. É um verdadeiro ser vivente que você alimenta com três tipos de oferenda: gravetos, ghee e samagri.

O samagri é uma mistura cuja composição varia, mas que contém cereais, ervas medicinais, flores, frutos, resina de incenso, perfume, açúcar e ghee, ou pelo menos alguns desses ingredientes.

Mas não esqueça que, junto com as oferendas, e ainda muito mais importante que elas, é oferecer, como já dissemos, os sentimentos, os órgãos dos sentidos e da ação, o pensamento e a consciência, não para queimá-los no fogo, senão para purificá-los, para torná-los mais sutis, de maneira que eles nos ajudem a nos aproximar da meta, que é mokṣa, a liberdade.

Ao mesmo tempo, visualize que na presença do fogo você desintegra tudo o que não quiser guardar consigo: emoções, pensamentos ou lembranças de experiências que não forem desejáveis.

Uma pequena lista de sugestões das coisas que você pode purificar no fogo do homa: o ambiente em que você vive. Os relacionamentos com os seus pais, amigos, filhos, cônjuge e com você mesmo.

Os elementos do seu próprio corpo. A sua prática e a sua meditação. As suas emoções e pensamentos.

Precisamos presente o significado dos mantras, pois eles têm esse objetivo: limpar, purificar e fazer uma resignificação dos conteúdos da mente.

Pois a cada vez que você diz svāḥ, que significa entre outras coisas tudo está perfeitamente bem, você se reprograma para que, de fato, tudo fique perfeitamente bem. Svāḥ também significa ofereço a oblação.

Os mantras devem pronunciar-se lenta e claramente: uma só exalação para cada mantra, respeitando as vogais curtas e longas, estas últimas representadas pelo acento.

As oferendas se vertem no fogo a cada vez que se diz svāḥ. Quando se faz mantra mentalmente durante o prāṇāyāma, a prática recebe o nome de prāṇayajña, ou sacralização do prāṇa.

Esses mantras são expressão da lei e da verdade universal (dharma e ta) e servem para harmonizar-nos com elas.

Formam parte da essência do ser humano e todos podem fazê-los, pois não estão limitados por fronteiras temporais ou culturais. Valem para todos os homens em todos os tempos, e nos revelam a nossa mais profunda natureza.

Os mantras

I – Ācamanasūtra

Antes de começar, sentado em posição de meditação frente ao agnikunda, se fazem três libações junto com estes mantras. Pegue um pouco de água na palma da mão direita.

Faça o primeiro mantra e beba essa água. Proceda da mesma forma com os outros dois mantras. Depois, lave a mão.

1. Om amṛtopastaranamasi svāḥ.
2. Om amṛtāpidhānamasi svāḥ.
3. Om satyam yaśaḥ śrī mayi śrī śrayatām svāḥ.

Tradução
1. O Om imortal é o meu sustentador (minha cama). Svāḥ.
2. O Om imortal é o meu cobertor. Svāḥ.
3. Que estejamos sempre repletos de verdade, glória e prosperidade. Svāḥ.
Taittirīyāraṇyaka, X:32-35

Significado

Om, protetor de todo o existente, que estejamos protegidos da dor exterior e da dor interior. Que alcancemos o conhecimento verdadeiro, a prosperidade e o crescimento interior.

II – Aṅgasparśasūtra

Em seguida, fazem-se as sete abluções. Coloque um pouco de água na palma da mão esquerda. Molhando os dedos médio e anular da mão direita a cada mantra, toque as diferentes partes do corpo sucessivamente, começando sempre pelo lado direito.

Ao concluir, lave as mãos com um pouco de água. Estes mantras eqüivalem à circunvalação do corpo que se faz durante o kaya sthairyam. Concentre-se no sentido do mantra e em cada parte do corpo ao vocalizar.

1. Oṁ vāṅg ma āsye astu (boca).
2. Oṁ nasor me prāṇo astu (narinas).
3. Oṁ akṣnor me cakṣur astu (olhos).
4. Oṁ karayor me śrotram astu (orelhas).
5. Oṁ bhāvor me balam astu (braços).
6. Oṁ ūrvor me ojo astu (pernas).
7. Oṁ aristāṇemi aṅgāni tanūstanvā me saha santu (o corpo inteiro).

Tradução

1. Oṁ. Que eu tenha sempre palavras claras na minha boca.
2. Oṁ. Que tenha sempre energia nas minhas narinas.
3. Oṁ. Que tenha sempre visão penetrante nos olhos.
4. Oṁ. Que tenha sempre audição apurada nos ouvidos.
5. Oṁ. Que tenha sempre força nos braços.
6. Oṁ. Que tenha sempre vigor e resistência nas pernas.
7. Oṁ. Que todo o meu corpo esteja sempre saudável e livre de doenças.
Pāraskara Gṛhastasūtra, II:3-25

III – Agni ādhāna

Havendo colocado a madeira no agnikunda, acende-se o fogo recitando este mantra:

Om bhúr bhuvah svāḥ
Om bhúr bhuvah svardyaūriva
bhúmná prithivíva varimná tasyāste
prithivi devayajani prishthe
agnimanna adamanna dyāya adadhe.

Tradução

O Om é Ser, Transformação e Bem-aventurança.
O Om é vasto como o céu e amplo como a terra.
Ó terra, altar do sacrifício da Natureza, sobre ti coloco a lenha,
para que possamos ganhar boas colheitas (boa alimentação).
Yajurveda, III:63.11

Significado

O fogo representa a energia que anima os três planos da existência (bhūr bhuva, svāḥ): céu, atmosfera e terra. O Om é vida e bem-aventurança, é aquele que elimina a dor. O agnikunda, lugar onde arde o fogo, representa o próprio universo. O fogo consume as oferendas e purifica o ambiente e as pessoas.

IV – Agni pradīpana

Coloque mais alguns gravetos finos na fogueira para alimentá-la. Enquanto o fogo começa a arder, se faz este mantra:

Om udbudhya svāgne pratijāgrhi
tvamishtāpūrte samsrijethām ayam ca
asmin tasadhasthe adhyttar asmin
viśvedevā yaja mānaśca sīdata.
Tradução

Om. Que o fogo desperte e se eleve.
Que o Ser, junto com o purohit e estas pessoas,
realizem trabalhos pelo bem-estar individual e pelo de todos.
Que as pessoas que estão aqui sentem junto com o purohit.
Yajurveda, XV:54

Significado

Om. Que o fogo, símbolo da inteligência e a realização, cresça no interior das pessoas. Que os nossos amigos trabalhem junto conosco pelo interesse social e pessoal. Que nos apoiemos incondicionalmente no caminho do crescimento. O purohit é o oficiante da cerimônia.

V – Tri samidādhāna

Oferecem-se ao fogo três gravetos finos molhados em ghee. O primeiro, com este mantra:

Om ayam ta idhma ātmā
jata vedastene dhyasva
vardhasva cheddha vardhaya
cāsmán prajaya pashubhir
brahma varca senānnā dyena
samedhaya sváhá
idam agnaye jāta vedase idam na mama.

Tradução

Om. Fogo, iluminador e senhor de todo o existente,
este graveto é teu corpo.
Que possas crescer e alimentar tua luz com ele.
Ilumine-nos e enriqueça-nos com uma boa prole,
gado, glória e alimento saudável.
Mentalizamos por todos (svāḥ).
Esta oblação é para o fogo. Não para mim.
Āśvalāyana Gṛhastasūtra, I:10.12

Significado

Oṁ, fonte da energia simbolizada pelo fogo, expressamos aqui o nosso desejo de abandonar nossos objetivos egoístas oferecendo combustível ao fogo e negando nossa possessividade. Trabalhemos pelo bem de todos os seres vivos. Que nunca falte o necessário para vivermos uma vida feliz.

O segundo graveto, com estes dois mantras, no segundo svāḥ:

Oṁ samidhāgnim duvasyat ghṛtairbodhayat
atithim āsmin havyā juhotana svāḥ
idam agnaye idam na mama.

Oṁ susamiddhvāya śociśe ghṛtam
tīvram juhotana agnaye jāta vedase svāḥ
idam agnaye jāta vedase idam na mama.

Tradução

Oṁ. Alimente o fogo com madeira seca.
Receba o convidado (Agni) com manteiga clarificada.
Coloque depois as oferendas.
Tudo está perfeitamente bem.
Isto é para o fogo. Não para mim.

Oṁ. Ofereça manteiga clarificada
e quente ao fogo onipresente.
Tudo está perfeitamente bem.
Isto é para o fogo. Não para mim.
Yajurveda, III:1-2

Significado

Alimentamos o fogo resplandescente, não para atingir os nossos fins egoístas, senão para beneficiar todos os seres vivos. Que tenhamos sucesso nessa tarefa. As oferendas são um símbolo dessa nossa disposição. Elas queimam e se dispersam no ambiente para purificar a atmosfera e concretizar as nossas intenções. Que possamos dedicar o melhor de nós para o bem-estar coletivo.

O fogo envolve as partículas sutis das substâncias oferecidas e as desintegra. Essas partículas se misturam à energia vital do ambiente, para purificá-lo. Que este ato possa trazer saúde, prosperidade e felicidade para todos.

O terceiro, com este mantra:

Oṁ tantvā samidhbhir agniro
ghritena varddhaya amasi
bṛhacochā yaviṣṭhya svāḥ
idam agnaye agnirase idam na mama.

Tradução

Oṁ. Ó fogo vivificante, te alimentamos
com madeira seca e ghee para que possas brilhar.
Tudo está perfeitamente bem.
Esta oferenda é para o fogo. Não para mim.
Yajurveda, III:3

Significado

O fogo envolve as partículas sutis das substâncias oferecidas e as desintegra. Essas partículas se misturam à energia vital do ambiente, para purificá-lo. Que este ato possa trazer saúde, prosperidade e felicidade para todos.

VI – Pañca ājyāhuti

Depois fazem-se cinco oferendas de ghee, repetindo cinco vezes este mantra:

Oṁ ayam ta idhma ātmā
jāta veda stene dhyasva
vardhasva ceddha vardhaya
cāsmān prajayā paśubhir
brahma varcha senān na
adyena samedhaya svāḥ
idam agnaye jāta vedase
idam na mama.

Tradução

Oṁ. Fogo, iluminador e senhor de todo o existente,
esta manteiga é teu sangue.
Que possas crescer e alimentar tua luz com ela.
Ilumine-nos e enriqueça-nos com uma boa prole,
gado, glória e alimento saudável.
Mentalizamos por todos (svāḥ).
Esta oblação é para o fogo. Não para mim.
Āśvalāyana Gṛhastasūtra, I:10.12

Significado

Este mantra se repete, com a diferença que antes idhma significava graveto, e neste contexto significa ghee. Esta palavra encaixa nos dois contextos, pois idhma significa etimologicamente inflamar, e ambos os elementos, madeira e manteiga, servem para esse propósito.

VII – Jalaprasecana

Se fazem estes quatro mantras aspergindo água em torno do altar.

No lado leste:
1. Oṁ adite anumanyasva.

No lado oeste:
2. Oṁ anumate anumanyasva.

No norte:
3. Oṁ sarasvati anumanyasva.

Em todos os lados:

4. Oṁ deva savitaḥ prasuva yajñam
pra suva yajñapatim bhagāya
divyo gandharvaḥ ketapuḥ ketannaḥ
punātu vācaspatir vācam nah svadatu.

Tradução
1. Oṁ. Ó Mãe infinita, favoreça-nos.
2. Oṁ. Ó Mãe reconciliação, favoreça-nos.
3. Oṁ. Ó Mãe iluminadora, favoreça-nos.
Gobhila Gṛhastasūtra, I:31-33 4.

4. Oṁ. Aceite o nosso sacrifício
e leve o sacrificador para a prosperidade.
Que o resplandecente sustentador da terra,
o purificador dos pensamentos, purifique os nossos.
Que o Senhor da Palavra torne doces (eloqüentes)
as nossas línguas (os nossos discursos).
Yajurveda, XXX:1

Significado

Que a água, que tem o poder da coesão, guarde o nosso fogo sacrifical no leste.
Que a água, que beneficia a todos, proteja o nosso fogo no oeste.
Que a água que flui conserve o fogo no norte.
Que as águas nos motivem a agir corretamente.
Que purifiquem os nossos corpos e os nossos pensamentos.

VIII – Āghārāvāhuti

Duas oferendas de ghee para o fogo, junto com estes mantras. A primeira no norte (lado esquerdo do agnikunda), a segunda no sul (lado direito):

1. Oṁ agnaye svāḥ idam agnaye idam na mama.
2. Oṁ somāya svāḥ idam somāya idam na mama.

Duas oferendas de ghee no centro do fogo:
3. Oṁ prajapataye svāḥ idam prajapataye idam na mama.
4. Oṁ indraya svāḥ idam indraya idam na mama.

Tradução
1. Oṁ. Para Agni. Svāḥ. Isto é para o fogo. Não para mim.
2. Oṁ. Para o Abençoado. Svāḥ. Isto é para Soma. Não para mim.
3. Oṁ. Para o Senhor das Criaturas. Svāḥ. Isto é para Prajapati. Não para mim.
4. Oṁ. Para o Senhor Resplandecente. Svāḥ. Isto é para Indra. Não para mim.
Gobhila Gṛhastasūtra, I:8,24; I:8,4-5

Significado

Que todas as criaturas alcancem a felicidade através deste ato. Oferecemos estas oblações às forças da natureza como um símbolo da nossa intenção de aniquilar o egoísmo.

IX – Homakāraṇa mantras

Quatro oblações de ghee, doces e samagri (mistura de ervas medicinais), oferecidas com os dedos polegar, médio e anular da mão direita, junto com os quatro seguintes mantras. Para o homa matinal:

1. Oṁ sūryojyotir jyotirsūrya svāḥ.
2. Oṁ sūryovarcho jyotirvarcah svāḥ.
3. Oṁ jyotihsūryah sūryojyotih svāḥ.
4. Oṁ sajūrdevena savitrā sajūr
uṣasendra vatyā juṣānaḥ sūryovetu svāḥ.

Tradução
1. Oṁ. Sol, a Luz. Luz, o Sol. Svāḥ.
2. Oṁ. Sol, o Brilho. Luz, o Brilho. Svāḥ.
3. Oṁ. Luz, o Sol. Sol, a Luz. Svāḥ.
4. Oṁ. Que o Sol que ilumina, junto com a Força criadora
e a aurora, se sintam felizes de vir aqui e desfrutar. Svāḥ.
Yajurveda, III:7-8

Significado
O sol representa a luz e o resplandor da Consciência. Ele é a fonte da luz e da vida que anima o mundo. O mundo do que se move e o do que permanece imóvel dependem dele. Ele é a fonte da ação e do movimento. Que através destas oferendas nunca nos faltem ação e movimento. Que o sol e a aurora resplandescente aceitem essas oferendas. Que este seja um ótimo dia para todos.

Para o homa vespertino:
1. Oṁ agnir-jyotir jyotih-agnir svāḥ.
2. Oṁ agnir-varcho jyotir-varchah svāḥ.
3. Oṁ agnir-jyotir jyotir-agnir svāḥ.
4. Oṁ sajūrdevena savitrā sajū ratryendra vatyā juśāno agnirvetu svāḥ.

Tradução
1. Oṁ. Fogo, a Luz. Luz, o Fogo. Svāḥ.
2. Oṁ. Fogo, o Brilho. Luz, o Brilho. Svāḥ.
3. Oṁ. Fogo, a Luz. Luz, o Fogo. Svāḥ.
4. Oṁ. Que o fogo, junto com a Força criadora
e a noite, se sintam felizes de vir aqui e desfrutar. Svāḥ.
Yajurveda, III:9-10

Significado

O fogo representa a luz da Inteligência. O resplandor do fogo representa o brilho da Consciência. As três fontes de luz e energia são o sol no céu, a energia dos trovões na atmosfera e o fogo sobre a terra. À noite, dependemos do fogo e do calor. Que este fogo sagrado aceite as nossas oferendas e as esparja na atmosfera. Que esta seja uma ótima noite para todos. O terceiro mantra se faz mentalmente. Só se pronuncia o Om e o svāḥ.

X – Ubhaykālika mantraḥ

Estes são os oito mantras finais, que se fazem em ambos os agnihotras, matutino e vespertino, oferecendo samāgri e ghee ao fogo a cada vez que se repete a interjeição svāḥ (tudo está bem).

1. Oṁ bhūr agnaye prāṇāya svāḥ
idam agnaye prāṇāya idam na mama.

2. Oṁ bhuvar vāyave apānāya svāḥ
idam vāyave apānāya idam na mama.

3. Oṁ svārādityāya vyānaya svāḥ
idam svārādityāya vyānaya idam na mama.

4. Oṁ bhūr bhuvah svar agni vāyvāditye
bhyaḥ prāṇa apāna vyāne bhyah svāḥ
idam agnaye vāy váditye bhyah
prāṇa apāna vyāne bhyah idam na mama.

5. Oṁ apo jyotī raso amṛtam
brahma bhúr bhuvah svar Om svāḥ.

6. Oṁ yām medhám devaganáh pitaraś
copāsate taya māmadya medhaya
agne medhāvinam kuru svāḥ.

7. Oṁ viśvāni deva savitar duritāni parā
suva yad bhadram tannā suva svāḥ.

8. Oṁ agne naya supathā rāye asmān
viṣvāni deva vayunāni vidvān yuyo
dhyāsmajjuhura anameno bhūyīṣṭhām
te nama uktim vidhema svāḥ.

Tradução
1. Oṁ. Para a causa da existência (bhūr),
para Agni. Para o prāṇa. Svāhā.
Isto é para Agni e o prāṇa. Não para mim.

2. Oṁ. Para a causa do devir (bhuva),
para Vāyu. Para apána. Svāḥ.
Isto é para Vāyu e apāna. Não para mim.

3. Oṁ. Para a causa da felicidade (svāḥ),
para Āditya (o Sol). E para vyāna (o ar vital). Svāḥ.
É para o Sol e para vyāna. Não para mim.

4. Oṁ. Para bhūr, bhuva e svah;
para Agni, Vāyu e Āditya; portadores da natureza
do prāṇa, do apāna e do vyāna. Svāḥ.
Isto é para Agni, Vāyu e Āditya.
E para prāṇa, apāna e vyāna. Não para mim.

5. Oṁ. Para as águas, a luz e a doçura (o amor).
Para a imortalidade, para Brahma.
Para bhūr, bhuva e svah. Om. Svāḥ.

6. Oṁ. Dê-nos sabedoria hoje.
Dê-nos o conhecimento que os sábios e ancestrais
tanto valoram e desejam.
Yajurveda, XXXII:14

7. Oṁ. Que possamos ver-nos livres de doenças e maldade.
Que tenhamos tudo o que for bom e benéfico. Sváhá.
Yajurveda, XXX:3

8. Oṁ, que possas nos conduzir no caminho da prosperidade.
Que possamos nos manter afastados do mal.
Com humildade, te oferecemos esta respeitosa homenagem. Sváhá.
Yajurveda, XL:16

Significado
1. Que estas oblações, dirigidas ao fogo terrestre, possam dar vitalidade para todos os seres. Que todas as criaturas do universo se beneficiem com este ato.

2. Que estas oferendas alcancem o ar vital, que elimina o sofrimento dos seres vivos. Que o vento carregue as substâncias purificadoras para levar saúde e prazer a todos os organismos vivos. Este ato é para o benefício de todos, não apenas o nosso.

3. Que estas oblações oferecidas por nós alcancem o sol que nos dá vida, calor e felicidade. Que as substâncias purificadoras cheguem até ele e se combinem com a energia solar para purificar o espaço inteiro. Este ato é para o benefício de todo o universo.

4. Estas oferendas são para o fogo terrestre, o ar da atmosfera e o sol celestial, para que todos respirem com vitalidade, para que todos eliminem as aflições e sejam felizes. Que os agentes naturais levem a minha oferenda para os quatro cantos do universo. Que todos e cada um se beneficiem dela.

Humildemente ofereço esta oblação (svāḥ) para o benefício da humanidade. Isto é para a humanidade, não para mim. O poder da vida onipresente, o prána, se manifesta em todos os planos da criação (bhūr, bhuva, svāhā): na terra, ele aparece como o fogo que aquece, nutre e anima. Na região atmosférica se manifesta como o ar que sustenta a vida. No céu, é visível na forma do sol, fonte de calor e energia.

5. O Om é onipresente, é a causa de todas as formas de vida, o aniquilador da dor e a fonte de toda felicidade. Oferecemos esta oblação ao Om eterno, como retribuição pela vida que temos.

6. Assim como os ṛṣis e os protetores da sociedade da antiguidade obtiveram iluminação e sabedoria eternas através da prática, que nós possamos igualmente tê-las e afastar as trevas da ignorância.

7. O Om é a força geratriz do universo. Através dessa concientização dissipam-se a miséria existencial e o mal. Que obtenhamos todas as virtudes e que possamos continuar no caminho do crescimento.

8. Que através desta prática agucemos as nossas faculdades intelectuais para que elas possam nos ajudar a continuar no caminho da verdade e afastados da maldade. Que fiquemos a cada dia mais próximos da emancipação.

Aqui se fazem um (ou vários) japamālā(s) de 11, 54 ou 108 repetições de Gāyatrī e/ou Triyambaka mantra:

Oṁ bhūr bhuva svāḥ
tat savitur vareṇyam
bhargo devasya dhīmahi
dhyo yo naḥ pracodayāt.
Svāḥ.

Tradução

Oṁ. Contemplemos o excelente esplendor
de Savitri, o divino Sol vivificante
presente na terra, na atmosfera e no céu.
Que ele inspire a nossa visão.
Svāḥ.
Ṛgveda, III:62

Significado

Bhūr, bhuva e svāḥ são os três planos da existência. Na teoria vêdica das equivalências (bandhu), esta divisão tripartida do universo tem muitos níveis de significados.

Refere-se aos três mundos: o do infinitamente grande, o humano, e o do infinitamente pequeno; aos três gunas, as três qualidades da natureza: inércia, ação e equilíbrio (tamas, rajas e sattva); ou ainda, ao paralelo que existe entre as estruturas da consciência e da Natureza.

Ou seja, assim como é acima, assim é embaixo; o macrocosmos reflete o microcosmos, etc. Savitr, o Sol, é símbolo da consciência que, como a luz do astro rei, brilha por si mesma.

O Gāyatrī mantra se faz para celebrar a existência e harmonizar-nos com o poder de transformação presente na natureza. Este mantra é um convite à contemplação da força que move o macrocosmos, o microcosmos e o homem.

Oṁ triyambakam yajāmahe
sugāndhim puṣṭivardhanam
urvārukāmiva bandhanān
mṛtyor mukṣīya māmṛtāt.
Svāḥ.

Tradução

Oṁ. Peço àquele que tem três olhos (Śiva),
o mestre dos sentidos e sustentador de tudo o que cresce,
que me liberte do ciclo de condicionamentos e mortes.
Assim como a fruta cai quando está madura,
me leve da morte à imortalidade.
Svāḥ.
Ṛgveda, VII:59-12

As oblações finais.

Ao fazer estes três últimos mantras, verta o resto do samāgri e o ghee no fogo:

9. Oṁ sarvam vai pūrṇam svāḥ
Oṁ sarvam vai pūrṇam svāḥ
Oṁ sarvam vai pūrṇam svāḥ.
10. Oṁ śāntiḥ śāntiḥ śāntiḥ. Hariḥ Oṁ.

Tradução
9. Tudo está perfeitamente bem.
10. Oṁ paz, paz, paz. Hariḥ Oṁ.

Com essas últimas três oblações conclui-se o homa. Entretanto, após o final, se faz ainda o śāntipāṭhaḥ, invocação de paz. Path significa repetição em voz alta, invocação ou recitação. Existem vários shántipathas nos Vedas e nas Upanishads.

Apresentamos aqui os mais conhecidos e largamente usados. Como os outros mantras, o śāntipāṭhaḥ deve fazer-se com os olhos fechados, concentrando-se na vibração do som no interior da cabeça, no significado do mantra e, principalmente, na intenção e no que você quer obter dele. No caso, paz. Muita paz para todos.

Asato ma sadgamaya
tamaso ma jyotirgamaya
mṛtyor ma amṛtam gamaya
sarveṣam svasti bhavatu
sarveṣam shántir bhavatu
sarveṣam púrnam bhavatu
sarveṣam mangalam bhavatu
loka samasta sukhino bhavantu.

Tradução

Conduza-me da equivocação à verdade.
Da escuridão (ignorância) à luz.
Da morte à imortalidade.
Que todos tenham saúde.
Que todos vivam em paz.
Que todos vivam em plenitude.
Que todos tenham uma vida auspiciosa.
Que o universo viva em estado de felicidade.
Bṛhadāraṇyakopaniṣad, I:3, 28

Om dyauh śāntir antarikṣa
śāntiḥ prithivī śāntir apaḥ
śāntir aushadhayah śāntiḥ
vanaspatayah śāntir viśvedeva
śāntir brahma śāntir sarvam
śāntiḥ śāntir eva śāntir sa ma
śāntir edhi.
Tradução

Om. Que haja paz no céu.
Que haja paz na atmosfera.
Que haja paz na terra.
Que as águas tragam paz para todos.
Que as ervas medicinais tragam paz para todos.
Que as plantas tragam paz para todos.
Que as forças da natureza e os sábios dêem paz para todos.
Que a paz e a harmonia reinem no universo inteiro.
Que a paz, somente a paz, prevaleça em todos os lugares.
Que eu também tenha essa paz.
Yajurveda, XXXVI:17

Ou ainda pode fazer-se o śāntimantra:

Oṁ saha nāvavatu |
saha nau bhunaktu |
sahavīryaṁ karavāvahai |
tejasvi nāvadhītamastu |
mā vidviṣāvahai ||
Oṁ śāntiḥ śāntiḥ śāntiḥ ||

Tradução

Oṁ. Que Ele [Īśvara, o Ilimitado], proteja nós dois. Que Ele esteja feliz conosco. Que possamos trabalhar juntos com vigor. Que o conhecimento nos ilumine. Que nunca confundamos o que somos com o que fazemos. Oṁ. Que haja paz, paz, paz. Taittiriyopaniṣad, Brahmavalli

॥ हरिः ॐ ॥

No final da prática, com as palmas das mãos voltadas para as chamas, mentalize que você recolhe de volta tudo o que foi purificado no fogo. Lembre que yajña é o mesmo que Yoga. Homa é sacralização, consagração. O trabalho do Yoga passa por sacrificar tudo o que for exterior e inferior, facilitando o caminho para que se manifeste a nossa natureza real.

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॥ हरिः ॐ ॥

Extraído do livro Yoga Prático.

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॥ हरिः ॐ ॥

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Pedro nasceu no Uruguai, 58 anos atrás. Conheceu o Yoga na adolescência e pratica desde então. Aprecia o o Yoga mais como uma visão do mundo que inclui um estilo de vida, do que uma simples prática. Escreveu e traduziu 10 livros sobre Yoga, além de editar as revistas Yoga Journal e Cadernos de Yoga e o site yoga.pro.br. Para continuar seu aprendizado, visita à Índia regularmente há mais de três décadas.
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2 respostas para “Os Mantras do Fogo”

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