Quando comeceia a praticar não existia algo chamado “carreira de professor de Yoga”. Meu professor era engenheiro agrônomo e dava aula nas horas vagas, por devoção ao seu guru, Swāmi Satyānanda, que se tornou a minha referência em termos de Yoga por muito tempo. A ideia do professor de Yoga nos moldes que se compreende atualmente é algo novo, que deve ter surgido nas últimas décadas.
Não vejo mal algum em constatar que o Yoga ganhou, de fato, uma "popularidade" e que tem sido usado como uma forma de manter o corpo saudável e de adquirir bem-estar. No entanto, não mencionar o seu real propósito e ainda dizer que meditação e espiritualidade é passado e o que importa mesmo é a perda de alguns quilinhos, é não levar em consideração que a prática física do Yoga tem uma finalidade muito mais profunda e legítima do que simplesmente ganhar flexibilidade e massa muscular.
Nyāsa é uma palavra sânscrita que significa “colocar”, “aplicar” ou “tocar”. Esse termo define uma série ampla de práticas tántricas. Nyāsa consiste em tocar ou colocar os dedos ou as mãos em diferentes lugares do corpo, obedecendo a uma certa seqüência ritual. Através desse passeio sagrado pelo corpo, chamado parikrāma ou pradakṣina, cada uma das partes do corpo é “animada” e “sacralizada” por um mātrikā bīja, uma dos “mães-sementes”, ou sílabas sagradas do alfabeto sânscrito. Isto se faz associando a cada um desses sons um mantra específico.
Há pessoas tão sensíveis, mas tão sensíveis, que são incapazes de lembrar que existe gente que sofre. Assim, a melhor solução que concebem é ignorar por completo a dor alheia, para não sofrer elas mesmas. Esse tipo de indiferença e passividade, infelizmente, é visto com alguma frequência no meio do Yoga.
Temos uma recomendação muito importante que nos vem da Bhagavadgītā, nas palavras de Kṛṣṇa, bahyaṁ sparśaṁ bahiḥ kṛtvaṁ: “mantenha externo aquilo que é externo”. Rigorosamente falando, tudo é externo. Mas Kṛṣṇa faz essa precisão no sentido de nos ajudar a não internalizar, não trazer para dentro de nós, coisas que inadvertidamente possamos carregar, sem necessidade.
Sinopse: a meditação no sexto chakra começa com kaya sthairyaṁ, segue com ākāśa prāṇāyāma,bhrūmadhya dṛṣṭi, bīja mantra, visualização do yantra e respiração pelo chakra. O ājña corresponde aostattvas manas, buddhi e ahaṁkāra (mente, inteligência e ego). Meditando sobre ele, conseguimos estabelecer o desapego e a não-identificação com dualidades e desejos.
O mestre aceita o menino sem reservas, e lhe propõe uma provação: ficar morando no mato sozinho por um tempo, cuidando do gado. Nesse período, ele será instruído pelos animais selvagens, bem como pelo próprio fogo sagrado, Agni. Finda essa provação, ele recebe a instrução da boca do próprio mestre.
Coloque a atenção no svādhiṣṭhāna chakra, na raiz dos genitais. Ao mesmo tempo, faça mentalmente o bīja mantra Vaṁ. Repita o mantra de maneira contínua, associado ao ritmo com a respiração.Sinta a vibração do mantra ressoando no chakra. Para revelar seu poder, o bīja mantra precisa fazer-se junto com visualizações.
Precisamos aprender a lidar de maneira equánime com o autojulgamento. Se pudermos fazer isso inteligentemente estaremos preparados para viver a vida. Noutras palavras, lidar com equanimidade com todos os problemas centrados na pessoa. Se pudermos lidar com isso tudo de maneira inteligente e tranquila, aceitando a ordem psicológica como ela é, seremos mais felizes e poderemos dizer que há uma direção significativa em nossas vidas.
Compreendendo que os desejos não têm a capacidade de me tornar feliz, simplesmente abro mão do apego que nutri por eles e estes perdem a força que tinham sobre mim. Quando sei quem sou, quando me vejo como a pessoa simples e tranquila que sou, e reconheço que nada pode ser acrescido ou tirado de mim, o apego e o sofrimento se enfraquecem e cessam. Isso é mokṣa, a libertação, objetivo final de todo Yoga.
Categorias