Nova edição digital da Haṭhayoga Pradīpikā para download livre. Esta edição da Pradīpikā é a nossa oferenda à comunidade do Yoga. Portanto, fique à vontade para inspirar-se, duplicar, imprimir, divulgar, compartilhar com seus amigos e desfrutar livremente destes ensinamentos. Boas práticas!
Este conto faz parte do Mahabhārata, o grande épico indiano, e fala sobre Sukha Maharāja, um grande sábio no corpo de um garoto de dezesseis anos. Ele era uno com as florestas, as montanhas, os mares e o todo. Andava nu, totalmente alheio às coisas do corpo. Quando Vyāsa, seu pai, perguntava onde ele estava, as árvores da floresta respondiam, "estou aqui, estou aqui, estou aqui".
Yoga é estar livre de distrações. Uma mente livre de distrações nos alivia do medo, da raiva e das outras emoções que poluem a paisagem interior.
"O Ser está além de nome e de forma, além dos sentidos. Sem início, nem fim, estando além do tempo, do espaço e da causalidade, ele é eterno e imutável. Aquele que percebe o Ser livra-se das garras da morte". Nesta passagem da Kaṭhopaniṣad está o real sentido do Yoga: a busca pela imortalidade. Este é um tema recorrente tanto nesta mesma Upanṣhad quanto em outros śāstras.
O desapego é algo totalmente natural no homem. Todos queremos viver com o mínimo. Ninguém, a menos que tenha alguma compulsão por acumular ou algum outro problema psicológico, tem prazer em acumular coisas que não têm valor
Tempos atrás, escrevi um texto cujo título era “Yoga para que?” Agora, depois de ter respondido algumas vezes para amigos praticantes o que há no Vedānta que fascina tantos yogis, e que nos leva ano após ano de volta para a Índia para continuar estudando, escrevo este outro texto, complementar àquele, para tentar responder a essa questão.
O nome Nirvāṇa Ṣaṭkaṁ significa em sânscrito “Seis Estrofes do Nirvāṇa”. Em apenas 24 versos, o autor resume de maneira magistral todas as dúvidas existenciais, todas as identificações com os papéis desempenhados na vida de um ser humano, bem como oferece as soluções para cada uma das charadas que surgem naturalmente no cotidiano.
Este é um stotram que não se encaixa exatamente dentro da definição de stotram como mantra de louvor, pois não louva ninguém. É mais um nidhidhyāsana um texto que expõe o ensinamento como tema para a meditação, usando a forma de stotram. Trata sobre a natureza de Ātma, sobre a identidade entre jīva e Brahman, o indivíduo e o Todo.
Primeiro cuide-se e então você entenderá a si mesmo. O autocuidado é igual ao amor próprio. Amor próprio é tão bom quanto o amor que você tem pelos outros. Fugir do mundo não vai adiantar. Quanto mais você foge do mundo, mais você foge de si mesmo. Swami Chinmayanandaji uma vez disse: "Quanto mais você quer fugir, mais você precisa ficar aqui."
A palavra sânscrita kṣānti freqüentemente é traduzida como "tolerância" ou "capacidade de suportar". Mas essas duas expressões portuguesas trazem um sabor negativo de "sofrimento resignado", quando, ao contrário, kṣānti é uma atitude positiva - não uma resignação dolorosa. Uma tradução melhor seria "acomodação".
Sivaprakasam Pillai foi o afortunado devoto de Śrī Rāmaṇa que, em 1902, postulou a pergunta “Quem sou Eu?” junto com outras igualmente importantes para o mestre, e preservou e contemplou a vida inteira sobre as suas respostas. Esse tesouro de Sabedoria guia e inspira hoje em dia inúmeros buscadores do mundo inteiro.
Antes do Yoga, precisamos viver todas as experiências possíveis? Algumas pessoas pensam que é preciso viver todos os prazeres possíveis antes de dedicar-se à espiritualidade. Essa é uma crença bastante espalhada e comum. Isso acontece porque algumas pessoas que começam essa caminhada acabam fazendo exatamente o contrário do que pregam: deixam-se levar pelas paixões exacerbadas quando supostamente deveriam ser contidos, acumulam imensas fortunas quando deveriam cultivar a simplicidade e coisas do gênero.
Temos, entre as principais dez Upaniṣads, a Māṇḍukya, que pertence ao Athārvaveda. Ela segue um prakriyā, um método de investigação que inclui um modo de resolver um problema que em verdade não existe. Na visão da Upaniṣad, não há problema. Quando se diz que você já é aquilo que quer ser, é porque não há problema algum para ser resolvido.
O Ser é o sol que brilha no céu, o vento que sopra no espaço, o fogo no altar e o hóspede no lar. Ele vive nos seres humanos, nos deuses, na verdade e no vasto firmamento. Ele está no peixe nascido das águas, na planta que cresce na terra, no rio que flui desde a montanha.
Não há maturidade sem obstáculos. A virtude deles é que nos preparam, forjando o carácter e fortalecendo o foco, ao mesmo tempo em que aprendemos a manter a calma e o contentamente na frente dos desafios que a vida nos coloca. Se conseguirmos olhar de maneira equânime para as situações em que as dificuldades surgem, não apenas iremos amadurecer emocionalmente: também estaremos tornando o mundo à nossa volta um lugar melhor.
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