Este extenso artigo é um comentário do sūtra I:17, no qual o sábio Patañjali explica as modalidades de samādhi, a absorção meditativa do Yoga.
Yoga é estar livre de distrações. Uma mente livre de distrações nos alivia do medo, da raiva e das outras emoções que poluem a paisagem interior.
"O Ser está além de nome e de forma, além dos sentidos. Sem início, nem fim, estando além do tempo, do espaço e da causalidade, ele é eterno e imutável. Aquele que percebe o Ser livra-se das garras da morte". Nesta passagem da Kaṭhopaniṣad está o real sentido do Yoga: a busca pela imortalidade. Este é um tema recorrente tanto nesta mesma Upanṣhad quanto em outros śāstras.
O desapego é algo totalmente natural no homem. Todos queremos viver com o mínimo. Ninguém, a menos que tenha alguma compulsão por acumular ou algum outro problema psicológico, tem prazer em acumular coisas que não têm valor
É muito interessante pensar que um tema tão atual já era alvo de reflexões pelo menos 200 anos antes da nossa era. Trata-se então de uma questão atemporal, que faz parte do caminho humano em direção ao seu autoconhecimento. Através da reflexão sobre os sūtras citados, concluí que para alcançarmos uma mente estável e equilibrada, Patañjali nos diz que o primeiro passo é nos darmos conta de que temos uma mente, mas não somos a mente. A partir daí podemos observá-la e fazer os ajustes necessários para que esta possa manifestar mais apropriadamente o nosso Ser.
Primeiro cuide-se e então você entenderá a si mesmo. O autocuidado é igual ao amor próprio. Amor próprio é tão bom quanto o amor que você tem pelos outros. Fugir do mundo não vai adiantar. Quanto mais você foge do mundo, mais você foge de si mesmo. Swami Chinmayanandaji uma vez disse: "Quanto mais você quer fugir, mais você precisa ficar aqui."
Você já escutou a frase do título dentro da sala de prática, pronunciada por um professor que supostamente deveria ser equânime? Acontece que alguns têm o hábito de agredir os colegas com chavões desse tipo. Esses professores, que felizmente são minoria, acreditam piamente que o sistema que eles defendem seja o melhor, o mais autêntico ou o “original”.
Muito se fala a respeito do Yoga. Diversas definições foram dadas, mas sempre temos a sensação de que alguma coisa fica faltando; de que ele se recusa a ficar aprisionado num conceito teórico, pois essas quatro letras juntas significam muitas coisas. Porém, o Yoga acaba sendo sempre mais do que as palavras podem dizer.
Those who praise the simplification of Yoga do not try, necessarily, to make Yoga available to all. Let us remember that the use of Sanskrit does not make Yoga incomprehensible. The fear of the culture of “the Other” is what makes Yoga incomprehensible. That fear is a form of xenophobia, the dislike of lack of confidence about everything that comes from another place or people.
Fui-me apercebendo que, de facto, ao longo da nossa vida, desde bem cedo, a sociedade nos ensina a dizer “meu” como um direito começando nós a fortalecer essa possessividade sem real consciência do que ela representa. A própria educação é orientada para a competição e a comparação, e não para a cooperação e construção. Na minha vida isso aconteceu também e só o Yoga veio criar espaço em mim para esta reflexão e mudança.
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