Tradução do nome desta postura:
Paschima = ocidental (oeste, neste caso, são as costas, pois se pratica asana de frente para o leste, onde nasce o sol; uttana = alongamento intenso ==> “postura de alongamento intenso das costas”
Esta é uma das mais antigas e importantes posições do Hatha Yoga, pois aparece em textos antigos, como a Hatha Yoga Pradípika, de mais de cinco séculos atrás.
Dicas de execução:
Partindo de dandasana, sentado com as pernas estendidas e unidas, tracione o tronco na posição vertical, fazendo jalandara bandha, a contração da garganta, associada aos bandhas na base do tronco, mula e uddiyana.
Exale e flexione o tronco para a frente, mantendo o espaço no abdômen que você criou no dandasana.
Estenda a coluna sobre as pernas, a partir da região lombar. Ative os pés.
Pressione as partes externas dos quadris e as partes posteriores dos joelhos em direção ao chão.
Se for preciso, flexione os joelhos ou apoie-os sobre um bloco de madeira.
Se tiver dificuldade com o alongamento da parte posterior das pernas, inicie a postura com os joelhos flexionados e depois, estendenda as pernas devagar e cuidadosamente.
Use o truque de fechar os punhos por 40 segundos se for preciso (veja as instruções no artigo sobre o padangushthasana).
Para alongar e melhor as costas, trabalhe por alguns segundos com duas forças opostas: segure os pés com as mãos (se for preciso, com os joelhos flexionados), e depois faça força como se quisesse elevar o tronco, mas sem deixar de segurar os pés.
Sinta o alongamento intenso que acontece nos músculos superficiais e profundos das costas.
Rotacione a bacia para trás, de maneira que o cóccix fique voltado para trás.
Coloque as mãos nas pernas ou nos pés, conforme for mais fácil e confortável.
Preocupe-se mais em aproximar o alto da cabeça dos pés do que em tocar com a testa nos joelhos.
Os ombros ficam na mesma altura, evitando tensionar o pescoço.
Lembre que os quadris devem ficar paralelos ao chão.
Mantenha a mesma distância entre os flancos e as axilas.
O esterno fica voltado para a frente.
O pescoço permanece alongado e relaxado.
Os ombros ficam para trás e para baixo, abertos. As axilas estão afastadas.
Relaxe e perceba a entrega que a posição sugere. Centre a atenção na região entre o plexo solar e a garganta.
Atenção:
Essas dicas não substituem um professor de Yoga. São disponibilizadas apenas para que o praticante possa aprimorar sua técnica e sua prática pessoal. No início, a prática sob a supervisão cuidadosa de um instrutor preparado e competente é essencial para o sucesso na prática, bem como para evitar lesões. O autor não se responsabiliza pelo mal uso que possa ser feito destes textos.
Pedro nasceu no Uruguai, 58 anos atrás. Conheceu o Yoga na adolescência e pratica desde então. Aprecia o o Yoga mais como uma visão do mundo que inclui um estilo de vida, do que uma simples prática. Escreveu e traduziu 10 livros sobre Yoga, além de editar as revistas Yoga Journal e Cadernos de Yoga e o site yoga.pro.br. Para continuar seu aprendizado, visita à Índia regularmente há mais de três décadas.
Biografia completa | Artigos
Yoga preenche a mente de paz Wagner xavier
O paschimottanasana é um clássico asana de energização do manipura chakra. Deve ser indicado para pessoas com baixa auto-estima. Porém, como todo asana que se fecha, é introversor. Assim, se a pessoa é timida, deve energizar seu manipura chakra com outro asana, como naukasana, meru vakrasana etc.