Ética, Pratique

Repensando o Ashtanga Vinyasa Yoga

Este artigo vem propor a ampliação de horizontes no Ashtanga Vinyasa Yoga, questionando a ausência de meditação - essencial para se atingir profundidade no Yoga - e do estudo dos sutras e outras escrituras, a fim de trazer consistência e amadurecimento para as práticas

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Este artigo vem propor a ampliação de horizontes no Ashtanga Vinyasa Yoga, questionando a ausência de meditação, essencial para se atingir profundidade no Yoga, bem como do estudo dos sūtras e outras escrituras, a fim de trazer consistência e amadurecimento para as práticas.

Quando comecei a praticar o método ensinado por Pattabhi Jois, minha mente se encheu de questionamentos relacionados ao que eu ouvia e lia sobre o tema e o que via realmente á minha volta.

Começando pela inspiração para o nome do método, o Ashtanga Yoga de Patañjali e considerando a devoção ao estudo dos sutras que observamos em Iyengar, A.G. Mohan, T.K.V. Desikachar e outros relacionados à linhagem de Krishnamacharya.

Era de se esperar que o Yoga clássico, ou pelo menos o Yogasūtra, fosse o alicerce filosófico, a pedra fundamental onde se erigisse a construção do ensino e da prática do Ashtanga Vinyasa Yoga.

Nas publicações a respeito do método é comum ver-se a exposição de conceitos do Yogasūtra, quer dizer, em tese menciona-se algo sobre os angas, em teoria até fala-se dos valores do Yoga, mas observando o modus operandi das aulas de Ashtanga, pode-se perceber que, na prática, a coisa não funciona bem assim.

Há um distanciamento muito grande entre os ensinamentos do sábio Patañjali e o que se vê nas salas. A começar pela didática habitual que parece não deixar espaços nem dar importância para os conhecimentos da tradição do Yoga, dando uma ênfase excessiva a detalhes e tecnicismos dos asanas, contagens de respiração e ajustes.

Exclui-se a meditação sob a alegação de se manter a ‘pureza’ e a ‘fidelidade’ ao método. A falta de tempo não é desculpa, pois pode-se aumentar um pouco a duração da aula ou diminuir as repetições de posturas como navasana, urdhvadhanurasana, e até mesmo suprimir, se necessário, variações de algum asana como paschimottanasana, por exemplo.

A repetição (abhyāsa) é importante, mas não é necessário que seja aplicada em demasia numa mesma prática, pois o próprio sutra 1:14 adverte que a estabilidade (dṛḍhabhūmi, ‘solo firme’) surge quando há dedicação e desempenho correto por um ‘longo tempo’ (dīrghakala).

Quanto à ‘pureza’ do método, sabe-se que o Yoga sempre se adaptou às necessidades humanas. É nessa adaptabilidade que reside sua força e também de onde resulta sua longevidade, amplitude e eficiência.

Se o Yoga não se transformasse, estaríamos até hoje fazendo as práticas do yoga pré-clássico: mantra, meditação, controle respiratório e rituais. Além do mais, falando-se em tradição, nada é tão antigo e tradicional em Yoga como meditação, a não ser, é claro, os conhecimentos vêdicos.

Mas é evidente que estes surgiram através das revelações de origem meditativa dos sábios e ṛṣis.

Uma reflexão: É difícil acreditar que as pessoas – provavelmente apresentadas ao método através da badalação da mídia – no fim de um dia estressante – distantes de si mesmas ainda imersas no torvelinho das obrigações do dia a dia – consigam chegar á aula e ‘desligar-se’ disso tudo desempenhando uma prática adequada de Yoga, sem ter a experiência e a percepção adquiridas com a prática da meditação e da vivência dos yamas e niyamas.

Como esperar uma atitude de dhāraṇā, tapas, svādhyāya  e Īśvaraprānidhāna na prática de pessoas que ignoram estes conceitos e ainda por cima chegam à aula atordoadas pelo ritmo louco de suas rotinas, depois de enfrentarem o tráfego das cidades e vão direto praticar sem um relaxamento, reflexão ou meditação inicial que os prepare mentalmente para o Yoga?

Como fazê-las compreender que não devem buscar no Ashtanga somente saúde, um corpo esculpido ou a capacidade de fazer posturas difíceis sem lhes deixar claro que esses são meros resultados naturais de uma busca muito maior de conhecimento (vidyā), liberdade (mokṣa) e plenitude (ānanda)? Será que o Aṣṭāṅga Vinyasa Yoga e nós professores estamos cumprindo o papel de encaminharmos os praticantes em sua própria senda de auto-descoberta?

Um olhar atento pode verificar que há uma certa frivolidade no meio, pouco investimento pessoal em estudo das escrituras e auto-estudo (svādhyāya), além de um excesso de preocupação com a forma. Isso tudo demonstra que dentro da prática e ensino desta modalidade, não se utilizam todos os angas do caminho óctuplo.

O objetivo deste artigo não é fazer uma crítica estéril, mas propor a busca de novos horizontes, porém baseados em antigos pilares do Yoga: conhecimento e meditação.

Apesar de nunca ter professado a metodologia convencional, respeito todos os professores que a utilizam, por quem, aliás, tenho gratidão, pois eles me deram valiosos ensinamentos.

Não tenho a pretensão de revolucionar uma didática já difundida com sucesso, mas trazer sugestões e propostas, pois certamente não sou o único que pensa assim. Deixo a sugestão de Paulo de Tarso que diz para ‘Examinar tudo e reter o que for bom’.

O método é muito procurado por modismo, por pessoas que querem emagrecer e geralmente é visto como uma ‘malhação’ indiana.

Os professores ficam sem o direito de reclamar disso enquanto perpetuarem esses padrões de ensino e essa atitude de passividade e resistência á mudanças (que já não são apenas necessárias, são urgentes!).

Muitos praticantes de Yoga têm preconceito em relação ao Ashtanga Vinyasa, o que é compreensível diante da inconsistência conceitual e prática com que pretende representar o verdadeiro Aṣṭāṅga Yoga.

A realidade é que se defrontarmos o Ashtanga Vinyasa com o Yoga dos sutras e de seus comentários principais (bhashyas), encontraremos inúmeras incoerências. É necessário muita imaginação para encontrar rastros do Yoga clássico na prática moderna de Haṭha Yoga ensinada por Pattabhi Jois.

ashtanga

Apesar disso, não precisamos desistir do método, pois este ainda pode vir a ser um autêntico caminho de Yoga. Mas para isso acontecer, ele deve realmente basear-se no sistema proposto por Patañjali, pois deste o Ashtanga Vinyasa só utilizou o nome. Fora isso, a semelhança entre os dois é como a da água e a do azeite.

Pattabhi Jois sempre diz: ‘Pratique e tudo acontecerá’, mas para que aconteça, não é necessário apenas que a pessoa saiba como praticar de forma adequada, mas fundamental que haja discernimento (viveka).

Uma conquista impossível sem uma consciência construída no estudo, reflexão e vivência dos shastras para orientar o processo da prática. Segundo Patañjali, não se consegue a capacidade de discernir (vivekakhyatiḥ) sem meditação.

A verdade é que essa frase de Pattabhi Jois, é uma excelente desculpa para quem quer eliminar o estudo do Yoga ou evitar questionamentos dos alunos.

Técnicas do Ashtanga Vinyasa Yoga

Segue agora, uma interpretação livre das técnicas utilizadas na prática de Ashtanga Vinyasa, onde acrescentei dharana por crer que esta técnica deve permear todas as outras, servindo como base para sua execução adequada.

Dhāraṇā, o sexto anga, é a introdução no processo da meditação, o estágio inicial do que Patanjali chamou de antaranga (membros internos, chamados conjuntamente de samyama). Quando realmente concentrados, estamos também consequentemente em pratyāhāra e iniciando o caminho para o samādhi, que pode vir a ocorrer.

Dhāraṇā

Segundo a Kshurika Upaniṣad, dhāraṇā (concentração) é a adaga (kshurika) que desfaz, que corta o nó da ignorância (avidyā granthi). Quando estamos dispersos não participamos do que fazemos, perdendo a capacidade de observar a nós mesmos e às coisas, pessoas e situações à nossa volta com exatidão, captando assim apenas parcelas da realidade, dentro e fora. É como um profundo estado de alienação.

Pramāṇa, a percepção real das coisas, é o resultado de nossa concentração e esta, por sua vez, o aprofundamento da atenção. O poeta William Blake disse: ‘Quando as portas da percepção estiverem abertas, tudo parecerá ao homem tal qual é, infinito. Pois o homem se enfermou a tal ponto que não consegue enxergar senão através das fendas estreitas de sua caverna’.

Vivenciamos quase o tempo todo esse estado ‘enfermo’ de alienação, ficando impedidos de ver a realidade. ‘A vida como um domo de vidro multicolorido mancha a branca radiância da eternidade’ (Shelley).

Qual o filho pródigo da parábola, ficamos ‘perdidos’, muito distantes da ‘casa paterna’ (desidentificados com nossa própria natureza – svarupa). Inebriados pela loucura mundana, entorpecidos pelo hedonismo e pela dispersão, acabamos por nos perder de nós mesmos (‘vṛtti sarupyam itaratra‘. Yogasūtra, 1:4).

Como no mito da caverna de Platão, essa percepção parcial da realidade só nos possibilita ter uma visão indireta, na qual só enxergamos as projeções de sombras vindas do mundo exterior nas paredes da (nossa) caverna, mas nunca os seres e objetos como realmente são.

Ou como disse o apóstolo Paulo de Tarso: ‘pois agora vemos como por um espelho, em parte. (…) Mas então veremos face a face’. Quando tivermos a capacidade de nos manter constantemente concentrados, atentos ao desenvolvimento, ao fluir de nossas existências, ‘veremos’ e vivenciaremos então, somente aquilo que é real (tada drashtuh svarupe avasthanam, Yogasūtra, 1:3).

Āsana

Num estilo de Yoga que demonstra tanto envolvimento com ajustes, alinhamentos, alongamentos, tônus muscular, padrões posturais e com seqüências tão longas e variadas de posições, pode-se ter a ilusão de que o asana é um fim em si mesmo, ou que é o objetivo do Yoga.

Que a postura bem executada é aquela que se expressa numa forma perfeita, padronizada e bela em termos de plasticidade. Esse é um erro comum, mas é um grave engano, pois essa beleza plástica é apenas a parte periférica do asana, sua ‘casca’.

O mais importante acontece dentro, em níveis mais sutis e profundos, num vasto universo psicoenergético.

O grande acontecimento do asana consiste na percepção das sensações, sentimentos e emoções que ele provoca e nas reflexões que disto resultam: na observação dos fluxos de energia, sendo desobstruídos e direcionados de forma específica em cada postura; na expansão e contração da força pelo corpo e na relação existente entre todos esses fatores.

No entanto, a principal atuação dos asanas em nossa vida, está no trabalho de transformação que acontece através de um treinamento de nosso esforço e autocontrole, vontade e persistência, aceitação e paciência.

Para que haja eficiência, o praticante deve estar ciente de que os asanas são eficazes ferramentas para a busca de si mesmo, mas deve saber também que eles são caminhos e não a ‘chegada’.

Ele deve ter o mínimo de noção sobre o que é Yoga, quais são seus fundamentos, reais objetivos, enfim, no que consiste uma verdadeira prática e qual é a atitude ideal perante ela.

Vinyasa 

O vinyasa é uma técnica definida pela associação sincrônica entre movimento e respiração. Para executá-lo devemos guiar nossos movimentos pela respiração, aprendendo a expressá-los tendo esta como referencial.

Vejo-o como a arte de saber movimentar-se, pois ele facilita e ‘educa’ as conexões neurais denominadas sinapses, tornando ágil a transmissão da vontade para o sistema nervoso e sua transformação em ação.

Quando executado com a noção correta, o vinyasa torna-se uma regulação dos ritmos internos. O fluxo dos pensamentos é regulado pelo da respiração que, por sua vez, é afinada com os movimentos internos e externos do corpo.

O ritmo do coração (batimentos cardíacos, circulação), pulmão (movimentos de expansão e contração respiratória), os movimentos do fluxo de prāṇa (circulação dos vāyus), o ritmo da atividade mental e os movimentos externos do corpo devem se tornar unos, sintonizar-se no vinyasa.

Algo simples e óbvio: o ritmo dos movimentos corporais imprime uma resposta imediata na velocidade da aceleração cardíaca e na respiração. Essa, por sua vez, influenciará a mente, ajudando a definir o ‘ritmo’ e o teor dos vrtts.

Segundo a Haṭhayoga Pradīpikā e o Yoga Vasishtha existe uma relação intrínseca entre a circulação e as características do prana e os estados mentais (citta avastha).

A mente infuencia o prana e este interfere na mente, assim como as correntes e as ondas do mar se infuenciam mutuamente e dependem uma da outra. Conclui-se então que a circulação do prana responde ao processo mental e respiratório. Movimento, sangue, respiração, prana e pensamentos são integrados no vinyasa.

O vinyasa deve se transformar num movimento natural do corpo, fluido, leve e harmônico. Deve ter uma característica de facilidade e leveza, servindo como uma espécie de descanso ou intervalo entre o esforço dos asanas.

‘A natureza nunca se cansa, pois repousa em movimento’, diziam os antigos. O vinyasa deve acontecer de forma naturalmente fácil, como é quando respiramos ou caminhamos.

Porém, isso só acontecerá depois de muita prática, e a atenção deve ser plena, pois sem a devida consciência nesse processo e através da repetição e da facilidade adquirida com esta, o vinyasa acaba por se tornar mecânico, como o ato de dirigir ou mastigar, atividades que fazemos geralmente sem atenção, no ‘piloto automático’.

E é exatamente essa atenção que é o diferencial entre naturalidade e automatismo. Só ela pode transformar a prática de Ashtanga em uma ‘meditação em movimento’, como pretendem muitos.

Embora seja necessário lembrar que esta não substitui a meditação tradicional que consiste em sentar-se de forma estável e concentrar-se, colocando-se na perspectiva de observador consciente (sakshi ou drashtuh).

A concentração profunda no fluxo respiratório e em cada movimento associado torna o vinyasa natural, um movimento vivenciado pelo corpo e também pela mente atenta.

No entanto, quando não há atenção suficiente, não há vivência, nem experiência e tão pouco aprendizado real. Então, o vinyasa se torna automático, um movimento inconsciente, um condicionamento, com certeza saudável, porém apenas mais um condicionamento.

Prāṇāyāma

É comum que o termo pranayama seja traduzido como exercício respiratório. Isso ocorre devido à mesma pobreza conceitual que classifica o asana como um exercício físico e yogi como aquele que os executa com beleza e facilidade.

Pranayama é ‘expansão consciente do prana’, um exercício de domínio da energia vital que torna mais eficiente sua absorção e distribuição. Deve ser realizado com conhecimento do que se faz, pois é o aspecto mais sutil da prática de Ashtanga e, ao mesmo tempo, o mais importante do ponto de vista fisiológico.

A respiração deve fazer a ‘ponte’, a ligação entre corpo e mente. É um grande engano crer que simplesmente dominando a técnica do ujjayi, no que tange ao seu som e sensações peculiares, estamos realizando pranayama.

Esta atividade acontece muito mais no plano da mente e requer uma sensibilidade para a percepção do prana no corpo, além de treinamento da vontade e controle mental para expandir essa energia para onde houver necessidade.

O ujjayī, sobretudo, é um prāṇāyāma maravilhoso para servir como ‘foco’ de concentração e meditação, aumentando a concentração na prática de asanas. Seu som assemelha-se ao de várias manifestações naturais: o som do vento, das ondas do mar, de um contínuo e leve crepitar de chamas e até mesmo o sibilar das serpentes, lembrando-nos o tempo todo a idéia da unidade de tudo e a origem comum de todas as coisas que formam a prakriti (natureza).

Bandhas e Dṛṣṭis

Com tantos condicionamentos e superficialidades na prática dos asanas, pranayamas e vinyasas, como podemos fazer o aluno entender a devida importância dos bandhas e drishtis?

Se o enfoque está todo no externo, plasticidade, imagem, no aparente, naquilo que pode ser visto, é difícil surgir interesse em uma técnica interna, que para o leigo pode parecer desnecessária e, ainda, de difícil execução.

A verdade é que a maioria dos praticantes não realiza os bandhas ou os fazem durante uma reduzida fração da prática, quando não os fazem errado. Não sei se é solução ficar ‘martelando’ comandos para fazer os bandhas o tempo todo. Sem um ensinamento que crie um interesse real, as pessoas o farão por poucos instantes, apenas como uma obrigação ‘chata’ cobrada pelo professor.

É necessário que se ensine um rudimento de anatomia e fisiologia sutil, que se explique como funciona o bandha num âmbito energético e a importância de sua execução correta e domínio, ajudando a economizar a energia e canalizá-la, tornando a prática mais ‘leve’, reduzindo o esforço físico, estruturando a coluna, facilitando os saltos e, principalmente, vitalizando as estruturas superiores pela elevação da energia.

Os dṛṣṭis se referem à exploração de novos ângulos e perspectivas de visão. No mundo moderno olhamos demais para fora, para o outro, preocupamo-nos em demasia com a nossa imagem e com a das pessoas. Os drishtis são uma forma de mudarmos o enfoque do olhar, restringindo-o ao campo espacial do asana.

Apesar de olharmos para o próprio corpo, no olhar do drishti não deve haver espaço para avaliação ou julgamento do que estamos vendo, é um olhar de concentração.

Nele aprende-se a não se interessar e não se distrair com o cenário à sua volta, decoração da sala, roupas e corpos de outras pessoas ou o seu próprio. É ekagrata, um foco criado pelo direcionamento da atenção visual.

Conclusão

Por fim, quero dizer que não devemos apenas incluir a meditação como uma das práticas do Ashtanga Vinyasa, mas adotar uma atitude meditativa, de compreensão e contemplação durante todo o processo. Vendo todos os aspectos da prática como ‘motivos’ de meditação.

Enxergando com maior profundidade a beleza de cada técnica e concebendo-as como oportunidades de compreender as metáforas da natureza implícitas em nós: o dṛṣṭi nos ensinando que é preciso ter uma visão reta nas situações da vida; os bandhas elevando a energia e demonstrando o caminho da ascensão da força (kuṇḍalinī); a constância ininterrupta do prāṇāyāma nos recordando a eternidade; a mudança, transitoriedade, fluidez e o impermanente simbolizado e vivenciado no vinyasa; a estabilidade, a permanência que nos remete ao ser representado na firmeza e imobilidade do āsana.

Tento ensinar aos alunos que saber fazer as séries de Ashtanga não é uma meta de realização. E crescimento no Yoga é vivenciar os yamas e niyamas e estar sempre atento, como uma testemunha desperta (sakshi).

Que não há melhor ‘ajuste’ do que adaptar nossos desejos às necessidades reais, desenvolvendo simplicidade e contentamento. E que o melhor ‘alinhamento’ é o dos pensamentos com a fala e as atitudes, trazendo convicção e veracidade para a vida, tornando o yogi transparente e íntegro.

Oṁ śāntiḥ śāntiḥ śāntiḥ. 


Rodrigo ministra cursos de Yoga e Ayurveda pelo Brasil. Se quiser fazer contato com o autor, escreva para vinyasavidya@yahoo.com.br.

॥ हरिः ॐ ॥ 

Ainda no questionamento da maneira o contexto em que Ashtanga Vinyasa Yoga foi transmitido por Pattabhi Jois, recomendamos as seguintes leituras: 1) o livro Practice and All is Coming, de Matthew Remski, e 2) este artigo , do mesmo autor.

Essas leituras podem ser imensamente dolorosas para os devotos da prática mas imensamente doloroso foi igualmente o abuso e os traumas que muitas mulheres sofreram nas mãos de Pattabhi Jois. Essas feridas, muitas vezes, fecham mas não curam.

Felizmente, o movimento #metoo chegou ao Yoga como uma força de cura. Tarde, mas chegou. Não é hora de ficar guardando mais nada. Chega de cinismo, cumplicidade e silêncio. Todas as condutas abusivas devem ser denunciadas.

E antes de que alguém diga que isto é uma fofoca ou uma teoria conspiratória dos “inimigos” do Ashtanga, segue aqui a desculpa pública às vítimas de Pattabhi que Sharath Jois publicou na sua conta no Instagram.

॥ हरिः ॐ ॥ 

Aqui, um artigo do Professor Hermógenes sobre o Ashtanga de Patañjali.

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247 respostas para “Repensando o Ashtanga Vinyasa Yoga”

  1. Concordo plenamente que a dharana é muito importante pois é o preparo para a meditação ideal, pois a concentração faz toda diferença na conquista de um objetivo. Dhāraṇā, o sexto anga, é a introdução no processo da meditação, o estágio inicial do que Patanjali chamou de antaranga. Controlar os sentidos faz toda diferença na realização de uma consciência acima da mental.

  2. Antes de começar a prática tive todos esses questionamentos e fiz muitas pesquisas, encontrei textos em inglês falando sobre o abuso do Phatabi Jois. Tive duvidas antes de iniciar a pratica, por nao querer entrar em algo somente corporal.
    Conheci varios professores, hoje me identifico muito com a prática, que é uma ferramenta, a qual usamos como quisermos, mais superficial, em relação ao físico, ou mais profundo. Voce conhece todos os lados da moeda e faz suas escolhas, sem criticas, pois cada qual tem seu livre arbítrio e seus karmas e nao cabe a nós o julgamento. E podemos tracar a nossa pratica e dos nossos alunos conforme o que julgamos correto sem criticas sem julgamentos e cada um no seu processo de amadurecimento. Otimo texto! Otimo site!

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  4. Yoga é liberdade. O ser livre é dharmico. Quando percebo um professor projetar tanta ansiedade sobre seus alunos, vejo apego ao resultado da ação. Vejamos a vida de Krisnamacarya, as sementes que ele lançou e o que frutificou: https://youtu./wgscQhrlqPY
    Vejamos vida e obras de seus discípulos mais prolíficos, Iyengar e Pattabhi. Se esses não são manifestações do Yoga Clássico dentro da tradição védica, eu não sei o que mais poderia ser. Como cada praticante vai conectar-se ou não a essa linhagem fica por conta de Ísvara.

  5. Caro Rodrigo,
    parabéns pelo texto. Li 5 paginas de comentarios sobre o texto (e queria ler mais), datados desde 2007, e aparentemente o debate continua.
    Que possamos compartilhar nossas opiniões e observar opiniões opostas com amor no coração, pois pela internet é muito fácil dar um tapa e sair fora. Concordo com a colega Lydia no sobre sermos diferentes e precisarmos de caminhos diferentes.
    Pois queremos chegar em lugares diferentes. Mas confesso que criei uma certa aversão (olha o klesha) a este metodo ashtanga vinyasa, pelo excessivo foco dado ao fortalecimento muscular. Por que será que sinto isso?
    Em partes é porque no curso de formação de instrutores em Yoga que faço, o instrutor (praticante de vinyasa) do módulo de ásanas gastou 2 dias inteiros focado apenas na execução perfeita de surya namaskar B e posturas invertidas com apoio de cabeça, além de ter desconsiderado e irrelevado outros aspectos, caracteristicas e efeitos dos ásanas. Seu mote era \\\’praticar, praticar, praticar\\\’.
    Logo eu no meu desejo (mais klesha) de ter no yoga uma terapia de integração corpo-mente-espirito, criei um preconceito com àquele que usa o nome do yoga sem ter este objetivo em primeiro plano. Como ponto positivo, concordo que devemos buscar sim um corpo forte e saudável.
    Porém discordo do argumento que a pratica leva a assimilar yamas e niyamas mais rapido que outros caminhos (e que venham as críticas). Se praticar um flow de exercicios intensos e sincronizados com a respiração levasse ao aprimoramento moral mais rapido que outros caminhos, os atletas seriam exemplos avançadíssimos de moralidade.
    Eu enxergo que críticas ao vinyasa vem em sua maioria de pessoas simpatizantes dos textos classicos, como eu. Pois considerando que as práticas tinham certos objetivos e foi desenvolvida em cima de certos fundamentos, ao buscar estes objetivos durante a pratica gostaríamos de manter esses fundamentos, não é mesmo? Tudo bem que toda tradição pode ser quebrada e adaptada para trazer algum ensinamento.
    Mas se esta quebra no caminho leva a um outro destino diferente do inicialmente proposto, podemos continuar dizendo que queremos chegar no mesmo lugar? Talvez seja nesse ponto que os adeptos de vinyasa se sintam atacados e em conflito com outros. Por praticarem uma ginastica que tem a palavra yoga no nome, e serem criticados por praticantes de yoga mais classico, que buscam mais que o corpo fisico.
    Mas a metáfora me parece ser esta: posso dizer que estou comendo bolo, se eu como só a farinha e desconsidero os outros ingredientes? Não posso dizer isso enquanto comer só um ingrediente de bolo.
    Por hora é o que tenho para expressar sobre o assunto, que com certeza poderá não se limitar ou se manter ao que foi escrito. Pois somos almas em progresso e uma vida inteira é apenas uma gota no oceano das existencias.
    Namastê!

  6. Existem vários estilos de yoga, como existem várias religiões. Não pretendo comparar o yoga com a religião mas comentar que a diversidade existe porque somos todos diferentes, vivemos realidades diferentes, precisamos de coisas diferentes, seguimos caminhos diferentes.
    Incomoda-me um pouco quando me deparo com críticas a este estilo ou àquele professor como se fosse certo apenas aquilo em que nós acreditamos e como se apenas as nossas escolhas fossem válidas.
    Permitam-me recordar que têm sido as ?certezas absolutas? que mais têm contribuído para muitas das atrocidades que vimos neste mundo.
    Mais tolerância e respeito, por favor.
    Namasté

  7. Gostei muito do texto, meus parabéns.

    Quanto ao conteúdo, o que você disse, para mim é o que se deve buscar. Esto nos estudos do yoga por volta de um ano, e venho tentando experimentar todas as linhas para me identificar, e com o Ashtanga vinyasa yoga eu me achei, mas nunca concordei com alguns texto que falavam apenas nos asas e sua forma de fazer, mas o movimento, a disciplina e outras questões, me mostraram uma prática muito aproveitosa, mas para mim, e como para o autor, faltava a excÊncia do yoga e seus sutras.

    Gostei do texto, pois me mostrou que é possível eu permanecer no Ashtanga vinyasa yoga e praticar em conjunto todos os ensinamentos do yoga.

    Sobre o Sri Pattabhi Jois e sua conduta, não tenho o que falar. Não tenho propriedade para defende-lo ou julga-lo. Para que eu possa considerar alguém um mestre meu, essa pessoa deverá me ensinar e estar comigo, me ensinando. Sri Pattabhi Jois para mim foi um alguém que pode mostrar essa prática ao mundo, e cabe a mim, escolher defender ou acusar.
    Fora disso tudo, agradeço imensamente pelo texto, me mostrou um caminho que eu queria trilhar mas que via uma névoa de corpor estrutural que quase me afastou da prática. Esse texto me trouxe a tona uma nova chama pra continuar a prática e a busca do meu mestre.

    Namaste e obrigado.
    Om shantih, shantih, shantih.

  8. Boa tarde queridos professores, Estou de mudança para a região metropolitana de BH e gostaria de saber se Rodrigo ainda ministra aulas na cidade e, caso não, onde posso encontrar uma prática simples e professores/companheiros de bom coração. Forte abraço. Desde já obrigada! Dadí.

  9. Aconselho a todos a leitura do único livro escrito por Pattabhi Jois ” YOGA MALA” – nele, Gurugi -como era chamado pelos alunos, diz que procurou criar uma pratica de assanas, adaptada para a sociedade mais corrida moderna, que procurasse guardar o bhramacharia de jovens, e que se passasse de uma postura a outra de forma ritmada, como quando rezamos com um mala japa – daí o título de seu livro. As vinhassas e a respiração unjai como técnica de aquecimento do corpo para a eliminação das toxinas, os bandas as drixis para direcionar a concentração nos chacras e na pratica, e, o objetivo da pratica é, segundo Pättaby Joi, que a pessoa assente em lotus de forma estável e confortável para a meditação. Gurugi também sempre falou da importância dos mantras e dos ensinamento dos grandes mestres, da leitura dos textos sagrados!

  10. Cada um deve ter a liberdade de escolha, de seguir o que acredita ser melhor para encontrar a sua verdade pessoal.
    Fiquei perplexa ao ver professores de Yoga destilando maldade e violência nos seus comentários. Li uns 20 comentários e quase na sua totalidade são repletos de julgamentos, maldade, violência.
    Será que a defesa de algo que se acha importante (como a defesa da meditação e dos estudos nas práticas) permite agredir outras pessoas desta forma?
    Será que porque se estuda e se medita se pode agir com violência, mesmo que verbal? Isto é Yoga? Isto é mais Yoga do que os ásanas do Ashtanga?
    Lamentável ver tão pouco respeito e tanta violência aqui.

    1. Concordo plenamente. Pra quem defende tanto o estudos da filisofia acho que se esqueceu dos yamas, pra ser mais exata ahimsa . Coneceito que aprendi no Ashtanga.

    2. Concordo plenamente. Pra quem defende tanto o estudos da filisofia acho que se esqueceu dos yamas, pra ser mais exata ahimsa . Coneceito que aprendi no Ashtanga.

  11. Incrívelmente claro. Este vídeo não deixa lugar a dúvidas sobre o tipo de guru hipócrita, sujo e pervertido que era o Pattabhi Jois:
    https://www.youtube.com/watch?v=2B9nQ-nY2cY
    Agora quero ver alguém rebater estas imagens. Vão dizer que isto é montagem? Abram os olhos! Chega de fanatismo no yoga.

    O pior são as pessoas que defendem e/ou justificam o guru canalha nos comentários. Cito um só: “sua intenção não era a gratificação sexual”.
    Entendi, então: ele era um santo tentando despertar o muladara chacra das moças, né?
    Nenhum ajuste desses é aceitável, nem em nome do yoga, nem em nome da fisiologia, nem em nome da decência! Pelamordedeus.

    1. Asqueroso. Não tenho nenhum reparo em receber ajustes, mas esta seria uma séria exceção. Isto me faz reconsiderar a verdade do que aprendi sobre o tal Ashtanga.

    2. Você nunca praticou do jeito correto. Ashtanga é meditação em movimento!

  12. Procuro informar aos meus alunos tudo sobre yoga,
    acima de tudo que eles não acreditem no que eu digo
    e que cada pessoa é única e sinta o yoga da sua forma.

  13. Creio que conheco alguns que aqui escrevem e como pratiquei um pouco deixo tambem meu depoimento.
    O Astanga yoga me foi util em bons e péssimos momentos da minha vida. Aprendi como controlar e aprendo com transformar meu instinto em consciência, aprendo como ver a vida nos mais variados estamos mentais que consegui a agradeco ter vivenciado a professores como o Mario, Rodrigo, Gui Nascimento, Matthew, e tantos outros que minhas necessidades de movimentação existencial me levaram a conhecer.
    Para mim Ashtanga é uma reverencia, assim como o Matthew montava um cerimonial todos os dias com tres fotos das almas que lhe tinham ajudado a construi a sua pratica e a sua vida como ser humano.
    Ashtanga é mais uma ferramenta, excelente, corretiva, forte, em asanas, pranayamas, bandhas e tudo mais que sua consciência conseguir distinguir em 99% de pratica.
    Muito dificil é ver a si mesmo como objeto imperfeito em transformacao.
    Vamos olhar mais para si com humildade. E ajudar a cada um que adentrar a sua porta com grande amor conduzir quem quiser acender em que senda for.
    Grande abraço e reverencia ao Yoga.

  14. Concordo. Que cada um faça a prática que mais gosta. Se gosta de suar vai para ginástica olímpica, circo, pilates, boxe, mma, corrida e o que for. Provavelmente você pratique, pratique e tudo virá! Observe quantos iluminados temos nas olimpíadas, no Cirque de Soleil…
    E olha que eles pratiiiicam. Só não chame isso de Yoga, porque pode ser qualquer outra coisa. Fuja da meditação, retire estudo, retire o estudo dos vedas e upanishads, retire a necessidade dos valores, resta o que?
    Uma maravilha de pratica chamada Ashtanga, apaixonante pela não exigência e não coerência com o Yoga. Agora é só somar com pessoas com pouco conhecimento de yoga, com conduta vergonhosa e resulta nisso. Os comentários mais parecem de fanáticos, xiitas.

    1. Yoga, a grande integração universal, não é?
      Acho que não podemos apontar o que seja ou não Yoga quando se trata de prática.
      Tem muita gente que faz Yoga nos moldes e tudo o mais e não é Yoga.
      Assim como também tem muita gente que faz de seus trabalhos diários Yoga.
      Abra o coração, Cacá!
      Namastê!

  15. Parabéns pela excelência do texto. É difícil se deparar com a verdade. Mas é extremamente gratificante estar no caminho do Yoga e não na ilusão de uma prática que te faz amar suar e fazer lindos ásanas para publicar no facebook e ganhar aplausos.
    É maravilhoso fazer ginástica de ásana. Claro que é uma prática incrível, não? Não precisa meditar que é a parte tediosa, não precisa perder tempo para ensinar o aluno, não precisa perder tempo com o estudo e auto estudo diário.
    Workshops caríssimos, para aprender sempre a mesma coisa. Aulas susbstituíveis por dvds. Muito bom tudo isso. Tanto quanto treinamento funcional com consciência respiratória. Nem precisa de Yamas e Niyamas. Precisa? Quem ensina? Quem passa esse ensinamento para seus alunos?
    Dai resulta-se em alunos com egos afiados, competindo entre si e sem a mínima para qualquer estudo. Um mínimo de alunos tem interesse em se aprofundar nos ensinametos, claro, como são estimulados a compreender a importância de tais?
    É triste. Incomoda. Ainda bem que existem bons professores para abrir nossos olhos. Sair da loucurada da ginástica yogásana antes tarde do que nunca. E por ai vai o repertório deroses, ashtanguis…
    Vivendo às cegas, seguindo mestres que tampouco sabem para onde vão. Se fechando em nomes e marcas e se excluíndo em categorias como se yoga tivesse um objetivo de marca pra marca.

  16. Achei desnecessário todo esse burburinho em cima de um tipo de yoga ou outro. Comecei com a hatha yoga e não me encontrei, hoje pratico Ashtanga aos “modos tradicionais” e dia a dia estou compreendendo o verdadeiro significado do yoga. Há várias formas de praticar yoga para uma mesma finalidade. O que importa está interno dentro de cada um.
    Sobre o Sr. Jois: primeiro, ele não é a reencarnação de Jesus Cristo. Como todo ser humano que se encontra aqui na Terra, ele também tem falhas, como o Iyengar, eu, você, todo mundo. Eu amo a forma de aula que ele deixou aqui, e não vou mudar pq ele teve seus erros ao longo da vida.
    Se querem meditar, meditem!! Para que encaixar 20 min de meditação após a aula se vc tem o dia todo para isso em outros lugares, até mais interessantes que uma sala cheia de pessoas??
    Então a minha conclusão é que cada um faça a prática que mais gosta e ponto final. Deixem o Ashtanga Vinyasa Yoga em paz!
    Om shanti!

  17. Quem escreveu esse texto, já tem bastante tempo, talvez já tenha reformado sua opinião. O Ashtanga é completo! Você escritor que é incapacitado para entender o método! Apenas a partir da prática diária é possível atingir os primeiros benefícios do Ashtanga. Quando o praticante executa a 1ª série completa, sem roubar nas respirações entre os Vinyasas, e fechar as posturas sem fazer força em uma única respiração para cada entrada e saída de postura, ou seja, respirações exatas em cada movimento do início ao fim da prática, sem interrupção, é que se começa a entender a profundidade do método. É apenas um inicio superficial! A partir do momento que o praticante executa a série inteira sem dificuldade ou força alguma nos movimentos, com o número exato de Vinyasas é que se inicia o verdadeiro “TAO” do Ashtanga. Trata-se de meditação em movimento do início ao fim da prática. Meditação de tal profundidade que nenhum outro método é capaz de trazer com tanta rapidez. Não existe meditação sem que o corpo esteja preparado para atingir esse estado, ou seja, forte, alinhado, desintoxicado e saudável. 99% dos “gurus” vendem meditação e entregam no máximo relaxamento (quer lugar melhor pra relaxar do que ficar na rede? Para que ficar de pernas cruzadas tentando apagar a mente? Que loucura!). 99% desses alunos que buscam meditação desse tipo jamais a apreciarão e passarão anos sendo enganados e incentivados a, inutilmente, tentar relaxar. A prática do Ashtanga deve ser executada pela manhã, à noite os benefícios são limitados! “Do your practice and all is coming” S.K.P.J

  18. Agora que a poeira sentou de vez e aestrada de barro está bem socada e batida, quero dizer que fui aluno do Rodrigo e que, depois que ele voltou da Índia, se mudou para um roçado com sua família e deixou de dar aula.
    Desde então, tenho visitado diversos locais de prática, tanto de asthanga quanto de hatta, mas não consigo ficar em nenhum deles. As aulas de asthanga que vejo são padronizadas, de acordo com o método do Pattabhi Jois.
    Os professores não sabem fazer de outra forma; não tem nada a acrescentar. Há aulas de hatta que o professor faz os ásanas e todos imitam. Depois fazem um yoganidrá guiado sempre com as mesmas palavras e vão embora porque tem outra turma esperando para entrar. Esse tipo de professores são perfeitamente substituíveis por aulas em DVD.
    O Rodrigo caminhava por entre nós enquanto praticávamos, e falava sobre yoga (conceito, princípios, angas, etc.). Só interrompia sua narrativa, ao dar o comando de mudança para outro ásana, fazer a postura se preciso fosse ou corrigir a postura de alguém. Sua aula era, portanto, original.
    Nascida e desenvolvida do fruto da sua experiêcia pessoal. Não era um enlatado como eu vi por aí. Não precisei fazer cursos nem workshops para aprender pranayama, meditação, yamas, nyamas, etc. Eu vivenciei cada item destes na minha prática guiada pelo professor Rodrigo.
    Por essas e outras eu afirmo que o Rodrigo não é um professor. Ele é um mestre. E leva uma vida de yogui. Obrigado Rodrigo por seus valiosos ensinamentos e Deus queira que você viva feliz e em paz com sua bela esposa (Cris) e seus maravilhosos filhos.
    Grande abraço, Paulo.

  19. quanta agressão!!
    quanta incoerência na forma como se referem ao método, à guruji, aos professores!
    sou professora de ashtanga, pratico há 5 anos! da forma mais sincera q posso, yamas, nyamas, pranayamas, asanas […]

    de todas acusações, só me resta sentir pelo teu desrespeito!

    pratiq e tudo virá!

    (( ( namastê )) )

    !!!-_-!!!

  20. Pratico Ashtanga Yoga, e não vi nada dessa natureza. Acho que antes de, pelo simples fato de ler um artigo e sair dizendo: – nossa nao vou fazer isso, etc, deveriam primeiro conhecer e praticar. Afinal acredito que cada um pode chegar a uma conclusão por sim só! Abraço.
    NAMASTE!

  21. Voltei para fazer mais algumas considerações… Acho de certa forma um pouco “injusto” o artigo. Não sou praticante de Ashtanga, mas o Yoga que pratico tampouco tem meditação, e também e centrada no ásana. Então, de certa forma, esse é um mal não do Ashtanga, mas da MAIORIA dos Yogas ensinados, principalmente aqui no ocidente. Essa é minha opinião. Que todos os professores que lerem esse comentário passem urgentemente a incluir mais 10 a 20 minutos em suas aulas para prática de concentração e meditação. Que lembrem-se que os mais reconhecidos livros sobre Yoga são os Sutras de Patanjali, a Hatha Yoga Prapidika e a Gheranda Samhita (independente do tipo de Yoga que vc pratica) e que esses textos TEM tradução em portugues e alias ESTÃO aqui nesse ótimo site. Que os professores tomem VERGONHA NA CARA e L E I AM esses textos, imprimam, estudem, estudem e passem os conhecimentos para seus alunos.

    1. Fiquei impressionada com minha total desinformação, ministro aulas de yoga tem alguns aninhos aí e nunca vi nenhuma prática sem a meditação ou sem pelo menos uma prática mais “demorada” de pranayamas. Inclusive por se tratar de uma academia, onde o padrão é aula de 1 hora e nada mais que isso, uma vez a cada 15 dias nós fazemos uma espécie de satsang onde lemos algum texto ou artigo, muitas vezes até o próprio yoga sutra e conversamos a respeito. é comum também usar aquele momento inicial da prática em que os alunos estão de acomodando pra falarmos sobre o cotidiano, linkando os temas à nossa prática. Yoga sem meditação? Estranho!

    2. Fiquei impressionada com minha total desinformação, ministro aulas de yoga tem alguns aninhos aí e nunca vi nenhuma prática sem a meditação ou sem pelo menos uma prática mais “demorada” de pranayamas. Inclusive por se tratar de uma academia, onde o padrão é aula de 1 hora e nada mais que isso, uma vez a cada 15 dias nós fazemos uma espécie de satsang onde lemos algum texto ou artigo, muitas vezes até o próprio yoga sutra e conversamos a respeito. é comum também usar aquele momento inicial da prática em que os alunos estão de acomodando pra falarmos sobre o cotidiano, linkando os temas à nossa prática. Yoga sem meditação? Estranho!

  22. Ola Pedro e Rodrigo.
    Primeiramente obrigado pelo site e pelo artigo. Li as coisas sobre o Jois que vcs falaram e realmente fiquei chocado. Gostaria de saber se vcs ja estudaram com o Iyengar. O que acham dele? Ele também é mais um “guru” (vcs entenderam as aspas)? Abraços.

  23. “Todos os tipos de Yoga são todos verdadeiros e necessários, todos apontam para um determinado nível de consciência sem o qual ela não poderia existir; níveis esses que são constitutivos da própria personalidade de cada indivíduo.

    E a razão que vejo para a existência destes pontos de vista divergentes é que cada um deles está tentando transformar seu próprio caminho no único real ou importante, no único digno de ser seguido pelos demais, pois somente ele levaria ao autoconhecimento.

    A visão total nos mostra que cada uma dessas linhas de Yoga é parte de uma série de verdades que vão se encaixando num contexto. Cada uma é verdadeira quando enfatiza o seu próprio contexto, mas falsa quando tenta negar a realidade, a importância ou o significado das outras”

    Paulo Murilo Rosas

  24. Depois me perguntam porque eu opto por um caminho solitário. Depois me perguntam porque eu não frequento os cursos caríssimos das “deidades”, ou os encontros que eles promovem.
    Está aqui a cara da comunidade yogue do Brasil!!!
    Resolvam seus problemas pessoais em casa, pelo amor de qualquer coisa.
    Sinceramente só me acrescentou o artigo do Rodrigo mesmo, o que achei a mais pura verdade, os comentários… sem palavras, para não cair na violência, como tantos fizeram e outros tantos consentiram.

    E não fiquem bravos com as mudanças que acontecem no yoga… estudem a fundo e verão que yoga é mudança constante. Leiam os shastras. PEsquisem o yoga das upanishads e os escritos após a influência tântrica. Existe yoga para todos os paladares.

    Ah, e recitem muitas, muitas vezes o Shanti Om.

  25. Namastê Rodrigo e Pedro

    Namastê amigos!

    Ontem eu aproveitei o feriadão em casa, para atualizar-me sobre o debate e vi que continua acontecendo, embora com um número mais restrito de pessoas.

    Várias situações simultâneas, entrevistas que foram colocadas, comentários e mais uma vez os grotescos comentários da anônima.

    Acho que a tônica dominante desse final de debate, deveria ser uma discussão sobre como o yoga pode estar sob o controle de pssoas assim.

    Não podemos deixar comentários assim como coisa corriqueira ou como mais um comentário desastrado de professores. É uma coisa uma séria quando pessoas assim, que pensam dessa maneira, tem a possibilidade de coordenar aulas e centros e alunos e professores.

    O mais assustador, é que pessoas assim, estão escondidas detrás de atitudes dissimuladas.Quer dizer, são pessoas calmas e gentis como a grande maioria que conhecemos no Yoga, que tem um diálogo de realização espiritual, mas que no fundo querem mesmo é realização financeira.

    Não podemos perder nossa capacidade de ficar perplexos e indignados, quando sabemos que pessoas assim podem estar nos dando aula, e nem temos a condição de saber quem são. Embora a intuição aponte para os grandes centros de Yoga, e lógico, para as professoras.

    Mas pensar grande em termos financeiros porém com uma concepção de Yoga minúscula, não é exclusividade de mulheres, é só ver o texto desse tal Bruno. Que coisa mais horrorizante. Isso é hipocrisia, ele age de forma hipócrita para defender Pattabhi Jois e o Ashtanga Vinyasa, por querer no fundo salvar os próprios negócios. É um mercenário, do mesmo jeito que a anônima, mas não tem coragem de assumir, porque preferiu usar sua coragem em assinar e isso obriga a manter máscaras.

    O pior de tudo, é que muitos professores tem magnetismo, e ele certamente deve ter levado os seus próprios alunos na conversa fácil e macia.

    Ou ele acredita no que escreveu e não é um professor confiável por isso, ou ele não acredita e é falso e manipulador. De qualquer forma, é mais uma dessas pessoas de fala mansa e bons modos que estraga as estruturas do Yoga.

    Muita gente está pedindo coisas para o Pedro e o Rodrigo. Uns pedem debate no Sangam, outros que comentem a entrevista do tal Bruno e eu também tenho minha sugestão.

    Quando eu estava debatendo com a Karla, ela mencionou uma matéria do “Cadernos de Yoga”, com um professor dela chamado Michael Rawlinson.

    Fui ler a matéria com calma e pude averiguar que se ele não é o protótipo de professor que Rodrigo sugeriru, pelo menos também está longe dos outros tipos tradicionais se mostrando bem mais consciente que os professores que tive naquele país.

    Li também um artigo da própria Karla, sobre ser aluna de Yoga e gostei muito, ela também é uma pessoa consciente, talvez a única que entrou nesse debate como opositora. Apesar de que sua oposição não estava em relação a crítica que o debate faz ao Ashtanga Vinyasa, mas em relação a uma crítica generalizada aos professores de Ashtanga dos EUA.

    Os problemas dos professores de lá são tantos, que necessitaria um debate específico, então não é sobre esse tema que quero sugerir.

    Gostaria de sugerir que o Rodrigo respondesse um comentário que Karla fez direcionado para ele, pedindo que esclarecesse sobre como um professor de Ashtanga Vinyasa pode dar a aula que ele propôs, já que ninguém a não ser o próprio Rodrigo parece dar.

    Responder esse comentário seria interessante, porque poderia trazer esclarecimentos para muitos de nós, praticantes, apreciantes do tema e professores, sobre como seria um tipo de aula diferente. Não encontrei uma resposta do Rodrigo para esse pedido da Karla.

    Logo depois do pedido de desculpas do Thiago, mandei para ele um e-mail, perguntando sua opinião sobre os professores que estavam mudando de opinião.

    Ele me respondeu que esperava que as mudanças de concepções fossem sinceras e trouxessem modificações no ensino, mas que certamente surgiriam “cristãos novos”.

    Só explicando para quem não souber, mas “cristãos novos”, foram judeus convertidos ao catolicismo na marra, na Idade Média. Tinham que virar cristãos para poupar a própria vida e de suas famílias. Viravam cristãos por medo, não por mudança de ideais religiosos.

    Espero também e acho que todo mundo espera, que essas mudanças sejam sinceras, que os professores de Ashtanga Vinyasa não continuem sustentando mentiras, assim como está fazendo o professor dessa texto vergonhoso.

    Se não puder fazer o comentário, mesmo assim fico agradecida por tudo.

  26. E aí pessoal!

    Já estavam comemorando prematuramente minha saída de cena, né?

    Se enganaram, Titio ainda vai ficar um pouquinho.

    Fiz uma grande seleção nos textos do nosso digníssimo B.B., e eles são impagáveis. Uma sátira ou caricatura de um confronto paralelo com este debate.

    Eu vi no texto do Rodrigo dizendo em algum trecho, que tinha que ter muita imaginação para achar Yoga no Ashtanga Vinyasa Yoga, e o professor B.B cumpre os pré-requisitos. Ele é um inventor nato, um gênio da imaginação, deveria escrever contos infantis também.

    Já sei que vocês devem estar pensando o que é B.B. Eu digo que são as iniciais do professor que escreveu aquela cômica entrevista. E aviso que não é Big Brother, embora ele tenha agido como o Big Brother, o tempo todo observando e agindo apenas nos bastidores, por trás do pano.

    Tive que usar minha imaginação também para pensar numa forma de dar essa dica para vocês sem o Pedrão cortar meu barato por estar divulgando nomes.

    Vou dar também algumas outras dicas sobre minha suspeita de quem é a anônima. Não sei como posso ter ficado tão ligado a esta mulher. Isso é que é a tal paixão platônica né?

    Tenho muitas suspeitas mas, da prinicipal de todas vou dar só as iniciais: C.R.

    Já estão pensando besteiras não é? Isso é calúnia viu? É muito feio acusar e pensar mal dos outros assim. C. R. quer dizer “Corrupta Rebelde”, porque ela é rebelde mesmo. Não quer nem saber se estão falando mal dela ou a opinião dos outros, está se lixando, como disse no comentário. Não quer que deixem falar os professores de Ashtanga Vinyasa Yoga bola murcha, porque ela só tem consideração para os grandões.

    E é rebelde porque reclama do Pedro, dos Ashtangis, do Rodrigo e só poupa o Guruji. Corrupta eu não preciso explicar, o Pedro já disse porquê.

    C.R quer dizer também “Candidata Reprovada”. Ela tomou pau (bomba) nos yamas e niyamas e em qualquer outro tipo de moral, pelo menos nesse debate.

    C. R. também quer dizer “Cartelista Rainha”. Embora cartel seja outra coisa, aqui eu vou usar essa palavra como um símbolo de agrupamento de poder. Ela quer todo o poder e todos os alunos para ela, porque ninguém mais tem a preparação e o investimento que ela fez em viagens.

    Ninguém tem uma equipe como a sua, nem seus conhecimentos poderosos que poderiam destruir esse debate e esse artigo. Saiam da frente! Deixem a empresária anônima tomar conta desse mercado, ó professores despreparados, ou ela os esmagará como Sharath fez com a coluna do Pedro. Saiam da frente também Rodrigo e Pedro.

    Bom, chega de deduções. Cada um que tenha a anônima de sua imaginação, a musa do Yoga corrupto que achar melhor. A minha predileta eu já sei quem é, e não vou dizer para ninguém porque eu já errei antes em minhas deduções.

    Mas compus um poema para ela, que serve também para todos os outros professores de Ashtanga Vinyasa Yoga, tive essa idéia depois de visitar alguns sites de Ashtanga Vinyasa Yoga e Yoga de alguns professores.

    Qualquer semelhança com a realidade (não) é mera coincidência :

    Sue. Loucamente.

    Esforce-se. Ilimitadamente.

    Aja. Inconsequentemente.

    Esfregue-se. De forma indecente.

    Entre de gaiato, mas não processe.

    Entregue-se, ao movimento.

    Sinte com que prazer, com que alegria,
    enriqueci sem continência.

    Adeus pessoal, não pensem muito sobre quem é, para não queimar os neurônios.

  27. Olá Pedro.

    Sobre aquele assunto do Manju Jois e do VIshwanatha, gostaria apenas de justificar-me, porque não tive a intenção de fazer uma generalização, talvez não pelo menos no sentido que você entendeu.

    Não quis dizer, que os dois são molestadores de mulheres como Pattabhi Jois, mas que certamente seguem seu estilo mentiroso, de dizer que há uma relação entre o Ashtanga dos sutras e o Ashtanga que conhecemos hoje em dia.

    Se eles reverenciam o Pattabhi Jois, como um mestre, certamente sua avaliação do que é um mestre já é bem duvidosa, e devem ter bastante traços de seu trabalho no deles. O fato de eles serem como são, como Pattabhi é ou não, não tira a seriedade de quem os trará,porque eles podem não saber dessas coisas, mas seria legal de sua parte se você conhece essas pessoas, fazer como eu farei e dar um aviso.

    Se nós sabemos aqui no Brasil, das falcatruas de Pattabhi Jois, eles também certamente sabem, afinal todos sabemos das coisas feias que acontecem em nossas famílias, eu sei do que acontece na minha pelo menos, e você sabe que meio artístico…

    Se eles também ensinam com aqueles ajustes pesados, sem nenhum respeito com a filososofia do Yoga, também é um mal sinal.

    Vou avisar meus amigos, porque não acho justo que eles deêm um voto de confiança pagando caro por isso, apesar de que todos tem direito a uma avaliação .

    Fiquei sabendo que o workshop do Manju Jois completo custa quase o preço de um pequeno curso de formação em yoga, e não acredito que as pessoas vão aprender muito sobre filosofia Yoga, o mais fácil de acontecer é que fiquem fazendo uma semana de asanas, com alguma palavrinha no final das aulas. Pelo menos foram assim os dois workshops que fiz até hoje. Num deles até teve meditação, mas logo percebi que era uma meditação como você diz, bem “mequefetre”.

    Acho que esse debate, tem que trazer uma mudança de atitude nas pessoas, senão não serviu para nada. Não posso impedir que o Ashtanga siga seu curso natural, mas posso avisar as pessoas, pelo menos próximas, para agora fazerem exatamente o oposto do que você sugeriu, ficarem de olho em todo mundo do Ashtanga, ficarem com um pé atrás com os professores, avaliarem suas atitudes e conversas, suas frases que forem soltas e vagas , suas explicações duvidosas.

    Olha esse Bruno, fala bonito, mas é um farsante das palavras, usou um belas palavras para tentar tirar a importância do que você falou, logo você que todos sabemos que é pessoa honesta. Se estamos distraídos caímos na conversa dele facilmente.

    Aliás, você ou Rodrigo podiam despachar essa entrevista dele igual fizeram com o Pattabhi, assim as pessoas descobrem que ele é um grande “político” também.

    Não podemos consentir com tanta mentira e falsidade, com tantos abusos. Acho que devemos dar um crédito para os professores de Ashtanga sim, mas só quando eles mudarem, e de verdade, pois não acredito agora nessas mudanças bruscas de ideais que alguns dizem estar tendo. Acho forçado demais, todo mundo agora dizendo que já pensava, que já fazia isso e aquilo etc.

    Acho que já demos, muitos de nós, muitas chances, muito crédito para o Ashtanga, e eu pelo menos tive grandes decepções.

    Agora acho que vem a hora, de apertar eles um “tiquinho” para uma mudança sincera e que seja apropriada.

    As pessoas tem que cobrar e exigir um ensino de Ashtanga de mais qualidade. Como temos em muitos centros de Yoga no Brasil.

    Embora tenha discordado de você, Pedro, saiba que ainda lhe considero o máximo em Yoga no Brasil, só que a paciência com a hipocrisia e a safadeza acabou. Desculpe o desbafo e obrigada por autorizar a utlização do texto.

    Um abraço.

  28. Olá!

    Gostaria de saber do Rodrigo, se tenho dele a autorização de enviar o artigo e o comentário que ele fez para a entrevista do Pattabhi Jois para alguns conhecidos e três centros de Yoga de amigos.

    Quero também agradecer ao Rodrigo e Pedro, por fazerem algo tão nobre pelas pessoas e darem a cara a tapa assim. O Yoga não precisa apenas de pessoas que ficam pregando coisas bonitas, mas principalmente de verdade, e ela nesse caso é bem feia e dolorida.

    Vocês não são simplesmente yogis, mas também guerreiros da justiça, como Arjuna do livro Bhagavad Gita, porque isso que fizeram é muito nobre e justo com as pessoas.

    Não tiveram medo de ninguém e de nada, e ainda assim, fizeram tudo de forma muito bela, elegante, eloquente e principalmente irônica, o que tornou o debate especial até aqui .

    Namastê, Pedro e Rodrigo. Se mais pessoas como vocês existissem, o Yoga não estaria tão deteriorado, tão degradado pela kali yuga.

    ===================================================

    Cara Roberta,

    É claro que você tem a nossa autorização para reproduzir esse artigo. Não só ele, como qualquer outro dos textos que estão disponíveis neste website. A nossa idéia é que a informação (sobre a filosofia, a prática ou sobre os outros aspectos da vida do Yoga) circule livremente, e que chegue a todos, gratuitamente. A única coisa que pedimos em troca é que você dê um beijo nos seus pais.

    Ouvi falar muito bem do trabalho do Vishwanatha através de amigos professores, mas não o conheço pessoalmente. Não me apressaria a colocar ele no mesmo saco dos professores mequetrefes. Todos merecem o benefício da dúvida e, se ele veio a convite de pessoas sérias, deve ser sério também. A anfitriã dele, Maria Helena Bastos Freire, é uma yogini digna do maior respeito, além de ser uma professora muito séria.

    Não conheco pessoalmente o Manju Jois, mas também daria a ele o benefício da dúvida. Só posso falar da minha experiência pessoal e ter o cuidado de evitar generalizações, para não ser injusto.

    Boas práticas e namastê!

  29. O meu Deus

    Que pasmaceira é essa, ninguém vai defender o Guruji? Estou ficando entediado, mas estou juntando inspiração para escrever uma ode para a anônima, ela não pode nos deixar.

    O debate só existe, quando há pessoas loucas para combater. Se todo mundo virar bonzinho perde a graça, não quero ficar trocando elogios com os outros aqui.

    Por favor, Ashtangis de meu Brasil varonil, voltem! Eu estava brincando. Descobri que amo vocês. Voltem, a vida não é a mesma sem os seus comentários.

  30. Outra coisa que esqueci de dizer foi que Bruno, o companheiro que escreveu aquele texto justificando os abusos de Pattabhi Jois, tem uma coluna de perguntas e respostas no Prana Yoga Journal.

    Chama-se yogi responde, e no final ele diz que estuda com Pattabhi Jois e Swami Dayananda.

    Como se vê, não é o professor que faz o aluno, ele estuda com o guru da Professora de Vedanta Glória Arieira, mas parece que não aprendeu absolutamente nada. Inclusive prefere o Pattabhi, pelo visto.

    Que adianta estudar e não entender nada, se o aluno não tem nenhuma perspicácia, pode estudar com Patanjali, Shiva, Krishna, com qualquer mestre, porque não capta nada, o guru não pode fazer todo o serviço, ele só pode ensinar. Mas o Pattabhi é mais fácil de entender, e bem mais fácil de se seguir também.

  31. Olá para todos!

    Descobri uma outra entrevista recente sobre Ashtanga em que levanta-se novemente a história sobre a relação entre o Ashtanga de Pattabhi Jois e o Ashtanga de Patanjali.

    Logo dá para perceber que falar coisas erradas não é exclsuvidade do tal do Bruno, nem da anônima, nem do Pattabhi. Esse professor Fabio também capricha na lorota.

    Leiam um trecho da entrevista retirada do prana yoga journal e tirem suas conclusões

    Como você explica a diferença entre Ashtanga Yoga e Ashtanga Vinyasa Yoga?
    Sempre que questionado a esse respeito, o Guruji, Pattabhi Jois, diz que o Ashtanga Vinyasa Yoga é o Ashtanga Yoga de Patañjali. Mas se na sala de prática basicamente aprendemos as exigentes séries de asanas, onde foram parar as outras sete partes do Ashtanga Yoga? Vale lembrar que o Ashtanga Yoga descrito no texto clássico Yogasutra possui oito (ashta) partes (anga), a saber: yama (códigos morais), niyama (disciplinas purificatórias e estudo), asana (posições), pranayama (controle do prana através de exercícios respiratórios), pratyahara (controle dos sentidos), dharana (concentração), dhyana (meditação) e samadhi (o objetivo final, meditação em seu mais alto grau).

    Segundo Pattabhi Jois, o terceiro anga (asana) é o fundamento, o que irá nos permitir, após muita prática, a compreensão dos yamas e nyamas, e é o que nos prepara para os angas seguintes: pranayama, pratyahara, etc. A prática constante de asana fortalece e purifica o corpo e o sistema nervoso, além de trazer a clareza mental e disciplina que permitem ao praticante, de maneira natural, integrar em sua vida os valores (yamas) e práticas purificatórias (niyamas), como a não-violência, não-possessividade, contentamento, auto-estudo etc.

    Esse fortalecimento que o asana dá após muitos anos de prática diária é condição imprescindível, por exemplo, para que Pattabhi Jois comece a ensinar pranayama e meditação a seus alunos avançados. Não é à toa sua famosa frase, repetida inúmeras vezes: ?pratique, pratique, pratique e tudo virá?. Uma maneira de interpretá-la é a de que a prática diligente de asana por anos a fio dá acesso aos demais angas do Ashtanga Yoga. A identificação que Pattabhi Jois faz entre o Ashtanga Vinyasa Yoga e o Ashtanga Yoga de Patañjali não deve ser entendida, porém, como se a única expressão possível do yoga descrito no Yogasutra seja o método ensinado por Jois.

    Qual é o aspecto dessa prática que você mais gosta?
    Sua simplicidade. Notar que as famosas frases do Guruji: ?Yoga é 99% prática e 1% teoria?, e ?pratique, pratique, pratique e tudo virá? fazem muito sentido. O método está aí, basta segui-lo corretamente para ver que funciona!

    Coisas que o Rodrigo provou no comentário serem ignorância de Pattabhi Jois ele afirma nessa entrevista novamente.

    Além do mais, é muito feia essa história de fazer propaganda de Ashtanga e das frases do Pattabhi dizendo que é simples. As coisas simples são boas, o que Pattabhi Jopis diz é ignorante, não é simples. É vazio e simplório, como o Rodrigo disse certa vez

    Vou arriscar responder uma pergunta que alguém fez com a seguinte resposta:

    Quem segue o Pattabhi só pode ser mais ignorante que ele, ou mal-intencionado, por se aproveitar de seu lucrativo e vendável sistema de ensino.

    Agora depois deste debate ninguém tem mais desculpa para continuar vendendo esse peixe. Como disse o Pedro, é tampar o sol com a peneira .

    Faltou um adjetivo para o Pattabhi Jois, PREVARICADOR.

  32. Andei pesquisando muito tempo antes de ousar escrever alguma “besteira”, como algumas vezes foram chamados os equívocos e enganos.

    Não sou grande estudiosa de Yoga, mas sou livre para escolher o que quero praticar e o que vou pesquisar.

    Busquei muito na internet respostas para minhas dúvidas, e para confirmar se o ponto de vista daqueles que criticaram o Ashtanga estava errado ou certo.

    Cheguei na mesma conclusão várias vezes . Pattabhi Jois vem enganando as pessoas por décadas, usando a credibilidade de seu guru e de Patanjali.

    Como o Rodrigo mostrou no comentário da entrevista, nada que Pattabhi Jois fala corresponde ao que lemos no Coração do Yoga, livro recém lançado no Brasil. Nada do que ele fala tem fundo verdadeiro. Quando não está mentindo, ele erra por não saber.

    Também não encaixa no que pude ler disponível nos websites com material sobre Shri Krishnamacharya.

    Pattabhi Jois está manchando o nome desse respeitável Yogi, que é responsável pelo renascimento do Hatha Yoga. Esse homem fez muito para que esse Yoga tivesse credibilidade outra vez, entre os indianos dominados pela Inglaterra e sua cultura.

    Rodrigo disse que a semelhança entre Pattabhi e Patanjali é como a da água e azeite. Só que podemos dizer o mesmo em relação ao Pattabhi e seu mestre. O Pattabhi Jois está envergonhando a tradição de Shri Krishnamacharya, usando os vinyasas e o conhecimento de seu mestre sobre variedade de posturas para enriquecer vendendo asanas, corpos esculpidos e mentiras.

    Vocês poderiam fazer um outro artigo agora descortinando essa outra mentira que são os paralelos entre os ensinamentos desse grande yogi e de Pattabhi Jois.Ou fazerem um comentário explicativo como esses que fizeram.

    Falando nisso, gostaria de parabenizer o Pedro pelos seus brilhantes comentários sobre a empresária. Pessoas como ela envergonham o Yoga, e não sei como ela pode ter ficado assim, afinal, todo mundo quando entra no Yoga, entra por um bom motivo.

    Como ela disse, esse Bruno, que é uma pessoa que tem um web-site só sobre Ashtanga,coisa que descobri fuçando no google o termo “Ashtanga vinyasa yoga” deve ser bem intencionado, não aparenta a pilantragem dela e de Pattabhi Jois, mas nada que escreve corresponde a verdade, são apenas mais “bobagens” escritas para tentar elevar um sistema de Yoga falido moralmente.

    Essa anônima é alguém com cisma pessoal com o Pedro, uma mulher amargurada, posso estar sendo maldosa nessa sugestão e suspeita, mas Pedro também já deve ter suas suspeitas.

    As pessoas tem que tentar descobrir sim, quem são aqueles que tornam o Yoga um negócio lucrativo, e enxergam os alunos como “cifrões”, que podem ser perdidos como moedas que caem de um bolso furado.

    Esse furo no bolso chama-se “Repensando o Ashtanga Vinyasa Yoga”, e deve estar doendo muito em quem tem uma concepção como essa.

  33. Olá amados (ainda estou na onda do amor),

    Legal essa observação que você fez Vanderson. Eu já li outra coisa tua, acho que aqui está virando nossa sala de estar hahaha. Esse debate virou um terrtório marcado anti-malhação yogi, e eu queria só aproveitar a deixa e colocar outra observação por cima da sua.

    Tá legal, tá todo mundo tão careca quanto o Pattabhi Jois de saber que ele é ignorante, mas alguém já parou para pensar na situação de quem segue ele ?

    Se o guru é ignorante, o que é seu seguidor?

  34. Eu disse que vocês metem os pés pelas mãos. Olha só o rapaz que enviou essa entrevista. Ele podia ter a melhor intenção do mundo, mas acabou colocando Shri Pattabhi Jois num paredão de fuzilamento, comprometendo mais a imagem dele com as manipulações de palavras do Rodrigo.

    Antes de colocar qualquer coisa aqui neste debate, tem que pensar primeiro, porque isso aqui funciona como um tribunal injusto, qualquer coisa dita pode ser usada contra você.

    Se fosse menos ocupada faria o mesmo com esse texto primário do Rodrigo, basta ser tendenciosa também.

    Bruno também tem boa intenção, mas pecou pelo excesso de desculpismo. Eu falei desde o início para deixarem esses tolos falar bastante e continuar fazendo nosso trabalho em silêncio.

    O debate nem teria existido se ninguém tivesse reclamado, agora não adianta mais dizer nada, vocês criaram heróis e monstros com sua imprudência.

    Não importa o que falem de mim neste debate, logo ninguém lembrará disso tudo, e as coisas voltarão ao normal. Esse é meu último comentário.

    Os inexperientes professores de Ashtanga foram quem deram lenha para eles queimarem tudo, e depois foram pulando dentro do fogo como suicidas.

    Foi muita estupidez colocar essa entrevista defendendo Pattabhi Jois logo depois da outra porque acabou reforçando ainda mais a gozação.

    Vou fazer tudo que puder para consertar as coisas, mas não vai ser neste debate, e sim com trabalho sério, depois que as coisas se normalizarem.

    Fico satisfeita de ver que Pedro tomou juízo e fez o melhor, seria indigno levar isso adiante.

    Cansei desse debate, vocês merecem ficar sem alunos mesmo.

    ==================================================

    Este comentário foi editado. Como o Pedro cansou de ser insultado por esta pessoa, os impropérios, desta vez, foram apagados.

    Numa das frases insultantes que foi apagada deste comentário, a pessoa disse que seria invencionice nossa “esse papo de empresária”. Se optamos por chamar esta pessoa de Empresária Anônima, foi porque assim ficaria mais fácil para os participantes do debate identificá-la, dentre os demais anônimos.

    É justamente usando a palavra “empresária” que esta pessoa qualifica si mesma quando escreve artigos sobre Yoga na internet. Ela vê a si mesma como empresária. A escolha foi dela.

    Tem dois tipos de anônimos neste debate:

    1) praticantes professores de Ashtanga Vinyasa Yoga que preferem não assinar por temerem retaliação dos seus empregadores, ou por se sentirem inseguros, e

    2) professores-empresários que podem vir a ter prejuízo financeiro que, desde o anonimato, sentem-se totalmente à vontade para usar linguajar vulgar, agredir e ofender àqueles que pensam diferente, como a pessoa aqui em questão.

    O resto deste comentário permanece intacto, mostrando mais uma vez a peculiar visão que pessoa ostenta sobre a ética, e a forma em que ela distorce os argumentos dos demais. Ao que parece, a pior maldição que esta pessoa é capaz de imaginar é “vocês merecem ficar sem alunos”.

    Repetimos o que já dizemos anteriormente: aqui, houve a oportunidade de uma troca de pontos de vista, um diâlogo aberto. O artigo do Rodrigo nunca teve a intenção de acabar com o Ashtanga Vinyasa Yoga.

    A proposta era a de buscar caminhos que aproximassem o Ashtanga Vinyasa Yoga do Ashtanga Yoga de Patañjali, do qual, pela opção do Pattabhi e de muitos professores, permanece tão distante.

    Curiosamente, alguns dos que entraram no debate de forma anônima, partiram para a agressão e depois se queixaram, como esta pessoa faz aqui, de que houve um “julgamento injusto” ou uma “caçada às bruxas”.

    Não é bem assim. Qualquer pessoa pode colocar seus pontos de vista, assinando ou nao seus comentários. Se a argumentação é fraca, se abismo entre o Ashtanga Vinyasa Yoga e o Ashtanga Yoga de Patañjali é tão evidente, o problema não é de quem aponta para as inconsistências, mas de quem as sustenta.

    Não creio que possamos chamar isso de “julgamento injusto”. As coisas são como são, independentemente da vontade individual de cada um. Que prevaleça o bom-senso.

    Esta pessoa alega estar ocupada demais para rebater os argumentos do Rodrigo, e que seria muito fácil para ela fazer isso. Também critica os “inexperientes professores” de Ashtanga Vinyasa que ela, com seus apelos, tentou silenciar.

    Porém, se tivesse usado seu tempo e energia, não para nos cobrir de insultos, senão para argumentar ou rebater os questionamentos expostos no texto, quem sabe, as coisas teriam sido diferentes.

    Nossa impressão é que esta empresária, assim como os “inexperientes” que ela critica, não tem tais argumentos. É tarefa dura, defender o indefensável. Parece o futuro ex-senador Renan Calheiros, tentando tampar o sol com uma peneira.

    Obrigado pela compreensão e atenção. Namastê!

    Pedro Kupfer.

  35. Sobre o comentário de Rodrigo, em relação à entrevista de Pattabhi Jois, acho que está tudo respondido e esclarecido. Tomara que o homem afastado de Deus que escreveu essa entrevista defendendo o Pattabhi, possa enxergar.

    Realmente quem falou tem razão, essa entrevista que defende o Pattabhi é mais hilária que a do próprio.

    O cara que colocou a entrevista do Pattabhi no comentário disse que ignorante ele não é, mas o resto…
    O comentário deixou explícito demais que além do resto…quer dizer, molestador, mercenário, inescrupuloso, ele é também incoerente, enrolador, e muito ignorante.

  36. Bom, so para deixar registrado que minha sugestao de fazer um debate sobre o assunto nao e para “vender” o Yoga Sangam, como o disse o Pedro Kupfer, e sim para deixar o assunto em questao mais claro a todos. Obrigado. Paz e saude.
    Om Gam Ganapataye namah!

  37. Amado Rodrigo

    Desculpe não dar atenção ao seu comentário sobre a entrevista do amado guruji safadinho, acontece que novamente esse debate virou um palco de emoções desmedidas. A anônima com essas comunicações esplêndidas e agora essa mina de ouro que encontrei (mentira de novo, foi outro garimpeiro)

    Acontece que um amado amigo do AVY, criou um debate a parte, paralelo ao daqui, com inúmeros artigos e comentários, o detalhe mais interessante é que o debate dele é só com uma pessoa, ele escreve e ele mesmo responde.

    Inacreditavel!!! Tá tudo lá, tudo que discutimos aqui no debate, mas o nosso nobre e amado companheiro de jornada no yoga (nossa estou uma moça em educação agora), discutiu sozinho, sem dar chance a ninguém de tirar a propriedade das coisas que ele disse. Eu falei que vaia de bêbado não vale. Mas esse é comediante. Por favor pessoas deste debate, vale a pena conferir, é a primeira vez que encontro um site de comédia com assunto de yoga. Ainda estou enebriado!!! Vocês vão rir adoidado.

  38. Esta é a resposta de um professor de Ashtanga Vinyasa Yoga aos questionamentos que foram feitos neste debate sobre Sri Pattabhi Jois e seu método.

    :: Pergunta do Aluno nº 4 ::

    Assunto: Libro
    Mensagem: Já ouvi declarações que acusam Sri K. Pattabhi Jois [principal difusor do Ashtanga Vinyasa] a desde ajustes desastrados a até molestamento sexual. Qual sua opinião a respeito?

    Enviado em: 19/07/2007 / Postado em 09/08/2007

    Bruno responde: Caro aluno,

    Muito obrigado por sua participação. Apesar de me afastar de polêmicas, {ver artigo: Polêmicas e a sociedade de consumo} sua dúvida me parece ser de interesse público, por isso decidi atender seu pedido. Meu comentário deverá ser longo, pois, o assunto é delicado, peço sua compreensão. Não pude responder antes, pois estava ministrando curso de formação.

    Antes de qualquer coisa, seria preciso sabermos de onde vem tais declarações. Infelizmente, é muito comum um professor com tantos seguidores causar inveja e ser difamado. Por isso, não me surpreenderia que essas declarações possam ter partido de quem pode estar tendo prejuízos com o sucesso de Sri K. Pattabhi Jois.

    Antes de qualquer comentário, acho muito oportuno algumas palavras sobre professores de yoga. Respeito muito esse trabalho, que considero de relevância nacional e mesmo mundial. Considero-os amigos e companheiros de caminhada, não importando qual linha de yoga pratiquem ou ensinem.

    É muito importante relembrarmos que todos nós professores de yoga, ainda somos seres humanos. Portanto, ainda cheios de emoções, impulsividades, falhas e imperfeições. Parece que há uma crença ou um preconceito de que professores de yoga já são sábios iluminados, que estão acima do bem e do mal, de que não comentem erros e etc. Isso não é real, com a prática dedicada de yoga podemos constatar justamente, que nossas latências e humanidades estão ativas e que todo o trabalho yogui serve justamente para ajudar não agirmos impulsivamente.

    Por essa razão, devemos, antes de tudo, levar essa humanidade em conta e não tomarmos cegamente tudo que este ou aquele professor de yoga diz como verdade. É preciso senso crítico e discernimento para absorvermos tudo aquilo que é conhecimento e compreendermos tudo aquilo que é impulsividade.

    Por fim, seria perspicaz percebermos que não é saudável e nem útil a nós mesmos, julgar as atitudes dos outros ? sejam professores de yoga ou não. Mais auspicioso seria refletirmos e buscarmos consciência antes de nossas próprias ações.

    Emotividade

    Em primeiro lugar vale considerar que comentários difamatórios do gênero são normalmente deselegantes e com excessivo tom emocional, o que pode levar a excessos. Essas declarações podem ser fruto desde telefone sem fio, boatos que vão se transformando e crescendo. Como pode ser também fruto de sentimentos de medo ou inveja de alguém que esteja se sentindo prejudicado de alguma maneira, ou de mágoa, de alguém que tenha sofrido um acidente em ajustes, ou ainda vingança, de alguém que tenha se sentido (com ou sem razão) invadido e desrespeitado.

    Sobre ajustes

    Em em relação a ajustes desastrados, das vezes que fui à Índia praticar com o Guruji e família, não recebi, vi, ou ouvi falar de algum ajuste desastrado por parte de qualquer membro da família Jois. Pelo contrário, em meu caso todos os ajustes foram muito saudáveis e precisos. Pessoalmente, só conheço um professor de yoga brasileiro que afirma ter se lesionado lá.

    Não posso partir do princípio da desconfiança e duvidar de alguém que afirma ter sofrido ajustes nocivos, uma vez que acredito em idoneidade até que se prove o contrário. O que posso, a titulo de reflexão, é especular:

    1- Pode ter acontecido um acidente, pois realmente é possível que qualquer professor erre, uma vez que é humano.

    2- O suposto acusante poderia já ter um problema anteriormente e não saber. O ajuste nocivo nessa hipótese, pode então ter agravado uma lesão pré-existente ou tê-la trazido a conhecimento. Digo que o problema poderia ser pré-existente, devido ao grande número de praticantes que além de yoga, fazem atividades esportivas extremas, bem como quem vos escreve. Excessos cometidos em escalada, surfe, futebol ou mesmo em algumas posturas yogis extremas, podem ser mais agressivos do que ajustes desalinhados. Normalmente a prática do yoga promove a cura de lesões e não o contrário.

    Sobre o significado tradicional de professor de yoga

    Uma das palavras para professor de yoga, além de Guru (professor) é Baba, que significa vovô ou pai, o que inegavelmente, Sri K. Pattabhi Jois o é, pelo menos para aqueles que o consideram como seu Guru, como seu Baba. Pessoalmente, o que vi por lá, foi uma verdadeira atenção fraternal do Guruji, como é carinhosamente chamado, para com seus ?filhos?. Lembro que ele acaba de completar 92 anos e tem muita experiência. Ensina há quase 70 anos.

    Verificação do mula bandha

    Em relação a acusação de molestamento sexual. Confesso que das vezes que fui a Mysore praticar, fiquei tão concentrado em minha própria prática e em meus drishtis, que não tive a oportunidade de observar algo parecido. Mas, se alguém, por qualquer razão, nos diz que viu isso, devemos acreditar, uma vez que não devemos duvidar de sua idoneidade. Entretanto, há sempre uma grande possibilidade de interpretarmos os fatos que vemos de diferentes maneiras. Em minha opinião pessoal, por isso, não acredito que tenha havido por parte do Guruji molestamento sexual.

    Já tinha ouvido boatos falando de algo como a verificação do mula bandha. Contudo, mesmo que alguém afirme ter visto algo, precisamos ter muito cuidado em julgar e condenar alguém.

    O que podem ter visto, pode ter sido o apalpar, por cima da roupa, da região do assoalho pélvico (períneo e ânus). Isso pode ser considerado constrangedor sim, para muitos.

    Diferentes contextos, costumes e valores

    É imprescindível contextualizarmos os fatos. Se tivermos um olhar antropológico sobre outra cultura, ajuda. É importante lembrarmos que a cultura na Índia é totalmente distinta da nossa. O corpo físico para eles tem uma significação totalmente diferente. Significação igualmente diferente para o toque, a nudez e sexualidade.

    É muito comum, para dar breves exemplos, vermos dois homens abraçados ou andando de mãos dadas, ou ainda, sentados um no colo do outro se fazendo carinho mutuamente, sem que isso se configure homossexualismo por lá. Imagens como essas são quase impossíveis de observarmos publicamente no Brasil ou no ocidente. Outro exemplo, que é também possível de se ver, mas com menos freqüência que o anterior, é de pessoas tomando banho ou defecando em público sem menor intimidação.

    Por ai percebemos já as grandes diferenças de valores. Daí, percebemos que julgar ações de indivíduos de outra cultura com olhos de nossa própria cultura, não faz sentido.

    Quanto ao consentimento

    Os seus alunos, assim como fazem diante de qualquer médico de confiança, põem a saúde em suas mãos. Os alunos sabem que serão tocados e consentem. É claro que não consentem em ser desrespeitados, mas lembro que o que pode ser desrespeito para um pode não ser para outro.

    Quando vamos a um urologista, ginecologista ou proctologista, ou qualquer outro médico, confiamos em seu trabalho e na sua postura ética, apesar de suas ações serem muito mais invasivas do que qualquer ajuste do Guruji. O professor de yoga não deve, a meu ver, receber respeito e consideração menores do que as de um médico, uma vez que seu trabalho também é de cura.

    Mula Bandha

    O mula bandha é uma das ações mais importantes durante a prática. Significa fecho da raiz e permite maior retenção de prana. Sem essa contração, (dos músculos do períneo, assoalho pélvico e ânus), a prática de ásanas pode ser perigosa. É importantíssimo que ativemos esse bandha durante toda a prática.

    Uma outra significação possível

    Levando em conta: o contexto, a cultura, a diferente significação para corpo e sexualidade na Índia, a importância para a saúde do mula bandha e a preocupação fraternal do Guruji, é provável então, que se ele tenha apalpado alguém (como já afirmaram ter visto) provavelmente deve ter sido para ressaltar a importância dessa ação e proteger a integridade física do praticante.

    Pessoalmente não recebi esse ajuste e nem conheci ninguém que o tenha recebido. De qualquer maneira, entendo que não devemos ter tabus em relação a nenhuma parte do corpo, o yoga nos liberta de tabus e preconceitos. Da mesma maneira que um dia irei a um proctologista quando for fazer exame de próstata e confiarei em sua intenção profissional, se um dia em Mysore tiver meu assoalho pélvico apalpado por cima da roupa, não me sentirei nem invadido e nem molestado sexualmente, pois também confiarei na intenção profissional nessa ação.

    Aqui no ocidente essa verificação é impensável. Tenho certeza que nenhum professor de yoga minimamente sério faria esse tipo de verificação por aqui, uma vez que há outros valores, tanta malícia, tantos tabus e preconceitos, é outra cultura. Aliás, uma cultura muitas vezes cheia de ignorância: Quantos homens deixam de ir ao proctologista por medo de serem considerados homossexuais e morrem de câncer na próstata?

    Por outro lado, por vezes podemos observar médicos e outros profissionais que não agem de forma ética. Quem se sente molestado por qualquer médico ou outro profissional deve procurar seus direitos. Talvez quem fez essas declarações pode ter visto algo que considerou como atitude desrespeitosa. Mas repito, há a possibilidade de interpretarmos o mesmo fato de maneiras diferentes. A cena de uma filha adulta sentada no colo de um pai, aos olhos de um estranho, pode parecer outra coisa do que carinho fraternal.

    Gurus e polêmicas

    De qualquer forma é mesmo difícil nossa mente ocidental compreender um Guru indiano e o fascínio que ele causa. Todos fazendo reverência, tocando seus pés, ou beijando-o. Tem Guru que fala mal de outros. Tem Guru que fuma (Nisargadatta Maharaj). Tem Guru que dá até chutes como darshana espiritual (RamaKrishna).

    Por último, o que tenho a dizer é que: observando as infinidades de tipos de Gurus que há na Índia, o que sei, é que há Gurus para todo estilo de pessoas. Acho muitíssimo arriscado nos auto conceder-nos a capacidade de denominarmos quem é ou não Guru, pois podemos, uma vez que somos humanos, errar.

    Conclusão

    Não cabe a mim, julgar Pattabhi Jois, algum outro professor de yoga ou qualquer outra pessoa. Meu amor e respeito por esses não mudam em nada mesmo caso eles venham, a meu ver, cometer erros ou excessos. Com isso não quero dizer que não devam responder por suas ações. O que entendo é que eles, mesmo sendo humanos e imperfeitos são, além disso, instrumentos do divino e por isso tem muito a me ensinar.

    Saúdo os pés de lótus dos meus Gurus. OM Sri Gurubhyo Namaha!

  39. Sobre o debate no Yoga Sangam
    Gente querida,

    Obrigado pela sugestão. No entanto, não acho uma boa idéia termos esse debate no contexto do nosso evento de outubro, pois acredito que seria um debate vazio. Se algum professor de Ashtanga Vinyasa concordasse em aparecer em Mariscal para debater, não iria certamente repetir as baixarias que vimos aqui. A questão é que as pessoas com quem nós gostariamos mesmo de debater essas idéias, não iriam cometer o erro tático de comparecer a esse tipo de encontro.
    Em verdade, gente, temos que considerar que, ausentes a este debate, temos dois grupos de pessoas:
    1) o dos praticantes e professores sinceros, estudiosos, devotos, que acreditam no Ashtanga Vinyasa como um caminho para a iluminação, e
    2) o dos ?empresários? xiitas, inescrupulosos, que dispensam apresentações.

    O primeiro grupo tem todo o nosso respeito. Nós compreendemos a opção que estas pessoas fizeram em não se apresentar ao debate. Da mesma forma, compreenderiamos que elas optassem por se ausentar se o debate fosse ao vivo. É que, algumas das verdades que foram colocadas aqui, dóem no fundo da alma.

    Sobre o grupo dos empresários: lembram daquele mágico, James Randi (www.randi.org) que desafia os charlatães que alegam ter poderes paranormais para fazerem uma demonstração pública em troca de um milhão de dólares? Aqui, iria se criar uma situação parecida. A convocação seria feita, mas ficariam vazias algumas cadeiras importantes, pois os convidados não iriam comparecer alegando ?outros compromissos? ou que o evento é algo sem importância.

    Se ninguém da linha de frente do Ashtanga Vinyasa (com a muito honrosa exceção do Rafael) deu as caras no debate virtual, vocês acreditam que eles iriam aparecer para falar ao vivo? Seria um opróbrio para esses empresários xiitas. Veja o que esta palavra significa no Houaiss: ?grande desonra pública; degradação social; ignomínia, vergonha, vexame. Caráter daquilo que humilha, degrada; estado ou condição que revela alto grau de baixeza, torpeza; abjeção, degradação?. Ninguém com dois dedos de testa iria aparecer num debate assim, concordam?

    Se algum colega do Ashtanga Vinyasa viesse nos visitar durante o evento, certamente viria disposto ao diálogo e concordaria com as incoerências apontadas pelo artigo do Rodrigo e os comentários posteriores. Seria, portanto, como pregar para os convertidos.

    Rodrigo acabou de jogar a pá de cal sobre a pretensa associação entre o Ashtanga de Patañjali e o Ashtanga Vinyasa ao analisar brilhantemente as palavras do Pattabhi naquela entrevista. Seus argumentos são irrefutáveis.

    Portanto, na eventualidade desse diálogo vir de fato a acontecer, acredito que todos os participantes iriam concordar com a validade dos questionamentos que Rodrigo lançou neste seu texto.

    Como esses questionamentos partem do bom-senso e estão firmemente alicerçados na tradição do Yoga, ir contra eles num debate deste gênero equivaleria a mostrar as verdadeiras intenções dos ?ortodoxos? defensores do Ashtanga Vinyasa. Essas intenções, claramente demonstradas nos últimos comentários daquela ambiciosa empresária, são o interesse financeiro, o corporativismo e a sede de poder.

    A pessoa acima citada demonstra medo e uma tremenda insegurança, além de um óbvio desequilíbrio emocional. Ela nos acusa de termos ?emporcalhado? a imagem do Ashtanga e do Pattabhi, mas quem fez isso foi quem agrediu gratuitamente e sem argumentos.

    Curiosamente esta inversão de valores lembra a questão da escravidão no Brasil colonial: os escravagistas alegavam que a abolição iria tirar a mão de obra necessária para o progresso do Império. Certamente, alguns deles perderam suas sinecuras, mas a sociedade ganhou, e muito.

    Aqui, a questão se resume a como lidar com os ?clientes?: se eles merecem algum respeito, e se têm o direito de questionar se o que está sendo ensinado para eles é de fato Yoga. O se é de fato o Yoga que se afirma ser.

    Felizmente, apesar de nosso ?departamento de marketing? ser inexistente, o Sangam sempre dá certo porque a intenção é pura. Então, agradecemos a sugestão de que o Ashtanga Vinyasa ajudaria a “vender” o evento, mas não a acataremos. Preferimos praticar e trabalhar em paz.

    Se prestarem atenção, os rótulos foram removidos do evento faz um tempinho. Não há aqui Iyengar, nem Ashtanga Vinyasa, nem nenhuma daquelas “marcas famosas”. Só Yoga. Sem rótulos. Então, gente, obrigado pela compreensão e namastê!

  40. Esse comentário do Rodrigo sobre a entrevista vale por outro artigo. Incrível como somos desatentos e comemos mosca mesmo.

    Eu já tinha lido essa entrevista duas vezes e não tinha percebido nada, parece que quando lemos algo que vem de autoridades ficamos abobalhados, ouvimos mas não ouvimos, vemos mas não enxergamos.

    Esse cara do artigo enxerga cabelo em ovo e, o pior, é que o cabelo está lá mesmo, um baita de um fio feioso.

    Podem dizer que não acreditam no que Pedro viu, podem dizer que é uma falsa interpretação (viparyaya), como eu li num artigo que está no site do Ashtanga Yoga Studio, mas ninguém vai poder dizer que os comentaristas inventaram, por que são as respostas de Pattabhi Jois. E ninguém pode negar isso.
    A descoberta dessa “farsa” é um fato consumado.

  41. Olá amigos,

    Tinha um tempo que não acompanhava e não via o que estava rolando no debate. Quando voltei, vi que não estava mais na página inicial e resolvi procurar, para satisfazer minha curiosidade.

    Incrível! Este debate não vai terminar? Caramba, mas continua espetacular. Só que virou conversa de comadre, um grupinho seleto que já sabia do debate (risos). Tinha perdido essa entrevista do Pattabhi Jois, e quando li o comentário do Rodrigo corri para ler a entrevista. Impressionei-me, o sujeito não é simplesmente pervertido, ele é um ignorante completo, então dá para entender tanta ignorância nos dizeres de quem o segue e o ouve. O comentário do Rodrigo é primoroso, a desconstrução de um guru safado.

    Mais dois assuntos: essa anônima é uma personalidade escabrosa, sórdida, uma vilã típica de novela. Pedro, acho que seria uma obrigação de sua parte atropelar um pouco a ética e publicar o e-mail dessa mulher, para que possamos correr atrás de saber quem ela é, e evitar o contato.

    Isso é uma coisa horrorosa, que não tenhamos como nos proteger de pessoas assim no Yoga, já é assim em tudo, política, negócios, etc, mas até no Yoga?

    Outra coisa é sobre essa conversa de debate no Sangam. Se algo assim ocorrer, vocês terão que dopar o pessoal do Ashtanga, amarrar , amordaçar, etc. É impossível algo assim dar certo sem estabelecer umas regras antes. Mesmo que alguns estejam mudando de idéia.

    Ok, vou indo e mando saudações e paz a todos, de todos os lados, se é que existe isso.

  42. Sobre a entrevista de Pattabhi Jois
    A entrevista de Pattabhi Jois só nos confirma o quanto ele é incoerente. Digo isto, pois afirma que é muito importante aprender a filosofia do Yoga, mas não se ocupa em ensiná-la e, aparentemente, não a aplica nem para si próprio.

    Pode haver prática sem teoria ou conhecimento que a fundamente? São colocações estranhas. Também é incoerente citar o Yoga Sutra a respeito de ásanas quando todo mundo sabe que, na abordagem de Pattabhi Jois, para a prática de ásanas, você deve se esforçar, se esforçar mais um pouco e, ao chegar no limite, o professor ainda irá forçar você um pouco mais.

    Creio que o objetivo de se fazer ásanas ultrapassa em muito o objetivo de desenvolver a capacidade de ficar paralisado por horas sem impedimento, como ele afirma. A prática de ásanas é um meio para que possamos nos conhecer melhor, fortalecer nossa vontade e “refinar” a matéria densa do corpo. Obviamente, se praticada da maneira adequada.

    No passado praticava-se com o objetivo de transmutar ou “transubstanciar” a matéria do corpo denso, e para atingir a iluminação utilizando o corpo como instrumento. Mas ainda assim, Pattabhi Jois, criador ou organizador de um método completamente baseado na prática de ásanas, diz que o ideal do ásana (asanajaya) é adquirir a capacidade de ficar parado por três horas e manter o bem-estar.

    Existem pessoas que fazem apresentações públicas como ?homens-estátua? que facilmente conseguem paralizar o corpo em permanências longas assim. Em oito horas de expediente, trocam apenas umas três vezes de posição, quando recebem algum ?trocadinho? dos passantes.

    Quando era artesão e expunha meu trabalho na praça, conheci um profissional que tinha essa aptidão. Passava a manhã toda basicamente em uma posição e a tarde em outra. Como aquilo me intrigava muito, lhe perguntei certa vez como fazia isso por tanto tempo sem ao menos piscar?

    Ele me respondeu que ?desligava? do corpo, esquecia que estava ali, como que ficando ?semi-inconsciente? e depois ficava usando a imaginação para se ?distrair? e passar o tempo , criando histórias, imaginando situações, viagens e aventuras. No final do dia, ele dava umas longas espreguiçadas e coincidentemente (com a descrição de Pattabhi), ia feliz da vida para casa com seus trocados no bolso. Já que isso se enquadra na concepção de asanas e hathayogis de Pattabhi, é provável que esse meu antigo conhecido esteja preparado para ser um eventualo ?guru? de Ashtanga Vinyasa.

    Pena que não tenho seu contato, poderia divulga-lo e deixar felizes muitos praticantes e professores. Como ele reside no Brasil, seria perfeito, pois os grandes centros de Ashtanga Vinyasa nem teriam grandes despesas para custear suas passagens e organizar workshops.

    Não consigo compreender a relação que ele faz entre “corpo fraco e princípios igualmente fracos”. Homens de constituição física frágil e saúde ? por vezes ? débil como Francisco de Assis, Paulo de Tarso e também Gandhi, Ramakrishna, Teresa de Calcutá, Diógenes, aparentemente eram franzinos e nunca praticaram ásanas, mas todos eles pareciam ?fortalezas morais?, baluartes de princípios éticos, só para citar alguns.

    Swami Dayananda Sarasvati tem a saúde fragilizada. Seus princípios são frágeis também? O professor Hermógenes, aos seus 87 anos, talvez não tenha o vigor físico que homens como Pattabhi Jois, Iyengar e Krishnamacharya apresentavam em idade avançada, mas alguém poderia pôr em dúvida seus valores? Mas eu me esqueci, Hermógenes é nordestino e não indiano. Então, não conta…

    Investir nos asanas e pranayamas sem antes ou simultâneamente, trabalhar com os valores, só pode dar nisso tudo que estamos vendo, nas denúncias de Pedro e de outros e na insensatez demonstrada por alguns neste debate.

    Pattabhi Jois cita também o Yoga Sutra (II:14), justificando sua ?ideologia? de praticar apenas ásana epranayama durante a vida toda. Só acho necessário lembrar que nesse sutra, Patañjali apenas recomenda praticar com estes requisitos, não deixa claro sobre o que está especificando praticar (é lógico que serve para ásanas e pranayamas também).

    No entanto, é pouco provável que se referisse especificamente aos ásanas e pranayamas, primeiro porque ainda não tinha apresentado formalmente no texto suas explicações sobre as duas técnicas (mesmo que talvez os sutras fossem para ?iniciados?), e depois porque Patanjali não parece dar tanta importância especial a estes dois angas (principalmente pelo contexto em que estava inserido), priorizando seus ensinamentos na especulação sobre os meios de se conhecer e controlar a ?mente? (citta).

    As palavras que Pattabhi Jois diz sobre meditação deixam clara a intenção de evasão da pergunta e a tergiversação. Ele desconversa descaradamante, deixando de responder a primeira parte da pergunta, que lhe questiona se ensina os outros angas.

    Depois, ele foge da segunda pergunta sobre meditação e dá uma resposta desconexa, sem sentido. Deixando ainda evidente sua ingênua visão sobre uma necessidade obrigatória de se dar um passo primeiro e depois o outro, se referindo aos angas.
    Ele diz que devemos praticar ?todos os passos, um por um?, pois assim ?o Yoga é possível?. Então por que negligencia vários desses ?passos? em seu método? Sendo ele um mestre da incoerência, talvez essa seja a explicação para tantos discípulos agirem e se expressarem da mesma forma.

    Não parece ser esse o ensino de Krishnamacarya , que pelo pouco que sei, achava que uma prática de yoga tem que ter presentes todos os angas. Tenho a impressão que ele não tinha tanto apreço por esse modelo ?escada? de interpretação dos angas, apostando num modelo onde todos os angas devem sempre estar presentes na prática, como um mandala , onde o centro seria o estado de Yoga, e em volta ?orbitariam? os oito angas.

    Pelo menos foi essa a forma que entendi a visão de Ashtanga Yoga de Krishanamacharya. Talvez tenha sido partindo dessa idéia de uma prática com todos os angas integrados que Pattabhi Jois criou essa farsa de dizer que seu método é uma prática de Ashtanga Yoga. Se ele não tivesse divulgado essa informação falsa durante sua vida toda, eu acreditaria que isso é resultado de senilidade.

    Sempre entendi que o mula bandha ?acontece? num plano mais sutil. Existe a contração física, mas a realização do ?bloqueio? e a inversão do fluxo de apana vayu não acontecem no corpo denso (annamayakosha). Além do mais, essa contração física se dá na musculatura do períneo, ?cruzamento?, ou ?feixe? muscular no assoalho pélvico, entre o ânus e os genitais, onde seriam ativados os esfíncteres da uretra e do anûs.

    Mas existe a possibilidade, depois de um bom treino de se fazer mula bandha sem contração forte do ânus, ?isolando-se? a contração nos músculos do períneo. Pattabhi Jois reduz a técnica falando em controle do ânus, uma simplificação muito grosseira.

    O isolamento sensorial, pratyahara, não ?vem? para depois acontecer o estado de concentração (dharana). Esses são estados simultâneos, um é dependente do outro, eles acontecem juntos. Krishnamacharya deixou isso claro em seus ensinamentos. Extremamente peculiar e pitoresca é a explicação que ele dá de pratyahara. Difícil associa-la às outras explicações que se vê em shastras como o Yoga Sutra, os Bhashyas, a Gita e o Mokshadharma, além de autores modernos.

    Sem querer parecer implicante, pensei que pratyahara se referisse a diminuir os estímulos, as conexões com vishaya (os objetos do mundo), em vez de ?olhar em volta? – mesmo que buscando atman ou Brahman. Em pratyahara, devemos olhar para aquilo que somos.

    Também é difícil crer, sem um raciocínio mirabolante e fantasioso, como podem se ?seguir automaticamente? os outros membros ?restantes?, ?quando os quatro primeiros foram aprendidos?. Se for assim, todos aqueles que souberem a teoria (sem vivenciar na realidade) dos yamas e niyamas e conseguirem executar as seis séries com perfeição, são iluminados. Pessoas sábias e libertas (jivanmuktas) que estão vivenciando constantemente moksha.

    Por fim, quero voltar a primeira pergunta, a mais ?especial?, porque ela põe fim à essa polêmica sobre o ensino de Ashtanga dentro do método, com as próprias palavras do ?guru?.

    O entrevistador pergunta : ? O senhor ensina sânscrito aos seus alunos ocidentais?? e Pattabhi responde : ?Não. Apenas ásana e pranayama?. É mais uma de suas incoerências, pois o método tem o nome ?Ashtanga? e ele diz que só ensina dois angas, negligenciando os outros seis.

    Pattabhi Jois sempre disse que ensinava o Ashtanga Yoga, ?como aprendeu de seu guru?, mas estranhamente contradiz constantemente os ensinamentos de Patañjali, de seu mestre Krishnamacharya, e até contradiz suas próprias palavras.

  43. Pedro,

    Não sei o que você pretende, nem sei onde quer levar isso tudo e ninguém tira de minha cabeça que isso é uma vingança pessoal sua, algo típico de sua agressividade.
    Mas sei que essa palhaçada já foi longe demais. Já disse que estou me lixando para o que você diz, e para o que esse seu animal de estimação fala sobre mim. Sou muito segura de mim mesma, para dar atenção a isso.
    Essa idéia sobre o Sangam é patética. Você sabe muito bem que esse tipo de evento é muito sério e não comporta esse tipo de manifestação desrespeitosa.
    Lembre-se que Sangam é uma confluência, um tratado de paz. Não envergonhe esse tipo de eventos no país com esse tipo de conduta. O que vocês fizeram com a imagem do Ashtanga, dos professores e de Shri Pattabhi Jois foi vergonhoso, algo que não combina com alguém que diz viver o Yoga.
    Você sabe muito bem como foi difícil esse tipo de realização no país. Agora que vários eventos como o Sangam estão acontecendo, seria uma mancha se isso ocorresse.
    Lembre-se que o Sangam não é seu, você tem uma responsabilidade com várias pessoas envolvidas. Páre de brincar esse joguinho de poder como um adolescente. Cresça e se torne um homem mais maduro emocionalmente.
    Não seja estúpido de colocar essa mensagem. Você é uma pessoa de bom senso. Isso só estimularia mais ainda as pessoas a pedir esse absurdo.

  44. Sobre essa história de debate no Sangam, podem puxar o freio de mão. Sem chance, eu não vou estar no Brasil na época do Sangam e um debate destes sem Tio Mário não pode acontecer; o melhor da festa rolando quando o síndico chato está fora ? Na-na-ni-na-não!

    Falando na minha chaturanga. Agora serei um novo Mário. “Na presença de ahimsa cessam as hostilidades”. O nível desse debate está mudando, todo mundo está virando bonzinho e vou entrar na onda também. Tio Pedro conversou comigo sobre essa necessidade e percebi que a turma de lá está engrossando a turma de cá.

    O Thiago já fez uma repensagem e recolocação, a Karla já disse que concorda cem por cento se não tacharmos como malvados os professores ianques.

    Com o Rafael, cometi uma injustiça pegando no pé dele, e já pedi desculpas por e-mail. Ele é um cara legal e consciente, também já questionava a prática e agora está questionando mais ainda. Disse que está até se comunicando com Rodrigo, pediu desculpas e está correndo atrás. Eu sou o último a reclamar de alguém nervoso, pois sou o mais raivoso desse debate.

    Como viram, a terapia de casais está funcionando. Só resta a empresária anônima (essa nem Deus perdoa), dizer quem é, e pedir perdão publicamente pelos seus pecados de lesa-Yoga e tudo acabará em comida vegetariana (erc!).

    Enquanto isso, enquanto não der as caras, vou desfilando nela o resto de minha himsa, que ninguém é de ferro. O resto, se não quiser se emendar, não importa, não faz falta. Ainda estou na sua cola, mulher. Se você piscar, estou do seu lado, como um fantasma. Tio Mário ainda tem muito pique!

    E esqueçam essa história de debate sem mim. Shanti, shanti, shanti (hahaha, não exagerem, que ninguém muda tão rápido assim).

  45. Pedro Kupfer, você acredita em sincronicidade?
    Eu estava para mandar para vocês nesse final de semana uma sugestão de colocar um debate sobre isso no Yoga Sangam, mas acabei indo para a praia, e só agora vi que o Thiago deu a mesma idéia.

    Eu ia dizer que seria algo espetacular esse debate ao vivo e a cores, pois muito mais gente poderia ver.
    Teria várias vantagens em relação a um debate em internet:

    1) Não teria jeito de haver anônimos. Os professores de Ashtanga teriam que se identificar, se fossem participar e enfrentar ao vivo e a cores essa situação.

    2) Não teriam como dizer que estão fora, ignorando e alegando ser um debate pequeno, pois ninguém poderia negar a força do Sangam.

    3) Não teria espaço para baixaria, pois os professores não seriam doidos de enfrentar respostas como essas que vocês dão com as habituais grosseiras.

    Não iriam queimar o filme na frente do Brasil todo. Teriam que explicar o por que de terem fugido o tempo todo de explicar, ou teriam que aceitar os erros no ensino. Além do mais, por ser uma confraternização de Yoga, inibiria também hostilidades.

    4) Essa iniciativa seria única, uma onda de moralização no Ashtanga, como nunca se viu em lugar algum. Que começaria no Brasil, onde poderia surgir um movimento paralelo de professores interessados em mudar o Ashtanga, em moralizar, e nos emancipar desses professores estrangeiros ignorantes e mercenários.

    O Yoga no Brasil faria a diferença, e nunca mais veríamos preconceitos como que vimos aqui, contra professores brasileiros (já que vários professores locais, parecem ser muito mais conscientes que os visitantes do exterior).

    5) Esse final, seria o Grand Finale para este nobre debate, sem baixarias, pelo impedimento da situação, sem jeito de fugir das respostas e enrolar, e seria complicado para os professores não irem, dando a desculpa que não era do interesse deles. Afinal, seria o maior debate sobre Ashtanga já criado.

    6) Mesmo pelo aspecto financeiro, seria algo importante para o sangam, pois o nome Ashtanga Vinyasa Yoga vende, isso é inegável. Mas não seria capitalismo barato, pois tem um fim nobre. Esse debate vai dar muita gente, se for divulgado com antecedência, e não vai ter jeito de dar confusão, pois vai deixar todo mundo controlado com medo da má publicidade.

  46. Olá galera! Bom, só gostaria de esclarecer que eu não sou a Mari que está no meio do debate. Muitos alunos meus estâo me confundindo… Cada um pratica o que quer e o que ama!
    Mariana Kayatt
    Namaste!

  47. Bom, como estão comentando que existe uma caça de bruxas, uma manipulação de palavras para encobrir um trabalho sério de denúncia de engodos e perversão, vou como se diz no dito popular, deitar na cama da fama :

    Estou caçando bruxas, quem puder me dê algum sinal de vassouras viajando nos céus de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte ou Floripa, vamos por eliminação. Esses são os “grandes pólos de Yoga” do Brasil. Agora só me falta encontrar as donas de grandes centros, que são professoras-empresárias de AVY, que tem muito a perder com esse debate.

    Uma pessoa com um alto nível intelectual, muito acima dos professorezinhos de AVY ralé que ainda não foram para Mysore receber a benção do Guruji. Que estudou muito e gastou muito em viagens e estudos.

    PROCURA-SE ANÔNIMA DESESPERADAMENTE! Favor avisar para Mário, o Caçador de Bruxas Empresárias.

  48. Bom, besteiras se fazem (eu fiz uma bem grande), e as consequências nos ensinam sempre algo de bom. E manter a equanimidade na vitoria e na derrota e estar no estado de Yoga, li num livro de Iyengar (sei que sou chatinho com citaçoes no inicio do texto, mas e o que veio no momento, e espero ser digno do Yoga ate o final desse texto, nao escrever mais mesquinharias, latir sem terem pisado no meu pé…).

    Meu nome realmente é Thiago Goulart, nao tenho motivos para me esconder, e quem quiser me mandar um e-mail, podem enviar ao thiago76_ganapati@hotmail.com.

    Meu centro de Yoga fica na Ilha de Itaparica, na Bahia, e voces me acham tambem na pagina http://samadhiyogashala.blogspot.com, um blog que esta incompleto, ou ainda no site http://www.ilhaitaparica.com, onde tem algumas informaçoes sobre mim, ou digitem Thiago Goulart no buscador do YAHOO,no do google eu nunca consegui.

    Pelos erros gravissimos que fiz, mais nocivos a mim mesmo, venho me esclarecer no debate. Vai ser duro, mas aqui vou eu.

    Realmente e um texto de grande sabedoria o seu Rodrigo Carvalho, fui muito desastrado em comentar sobre o seu texto, dizendo que voce realmente ainda nao teve acesso a sintonia que eu tanto exacerbei no meu infeliz comentario.

    Voce e de uma profundidade e valor inestimaveis para o universo do Yoga que se instaurou aqui no Brasil, pais que agrega tantos modismos do Tio Sam e outros recantos do mundo. Pode acreditar que ja faz muito tempo que questiono a pratica do Ashtanga vinyasa Yoga, e algumas vezes pensei em deixa-lo de lado para me dedicar a um metodo que nao seja tao duro e exigente, seja no plano fisico ou psicologico.

    Na minha visao, e um metodo que deve ser, como voce ja expos, repensado na forma de praticar, nao ser tao vazio, mas acredito que mesmo aqueles que procuram o metodo so por malhaçao, sem pensarem em auto-conhecimento, meditaçao e filosofia oriental, tenderao, se forem bem orientados por dissipadores de trevas como voce (desculpe por ter lhe chamado de guerreiro das trevas da ignorancia, foi algo absurdo, realmente se eu tivesse lido mais uma vez e comentado sobre seu artigo, e nao sobre os comentarios que se seguiram, eu nao teria tido esse lapso, esse no de ignorancia, realmente nao e o que penso sobre voce.

    E ridiculo o que fiz, criei um sentimento de revolta dentro de mim por um dos comentarios que li, um erro gravissimo de alguem que queira evoluir em uma senda espiritual, e me voltei contra voce, totalmente cego, um sentimento que nao e nada agradavel para mim, deparar-me com essa minha faceta absurda), continuando… tenderao a seguir a senda do Yoga mais profundamente, com uma vida mais consciente, meditativa, plena, sem artificialismos, tudo o que realmente procuro seguir em minha vida.

    Procuro seguir o caminho do Yoga a cada instante em que estou acordado, e sou grato a cada manha por ter em meu caminho alguns conhecimentos sobre tao nobre filosofia, e um pouco mais consciente do que devo trabalhar a partir de agora.

    Nao tive “acesso” aos 196 aforismos dos Yoga sutras de Patanjali, realmente e muita pertensao minha. Voce, Rodrigo, esta muito mais conectado aos aforismos de Patanjali, e admiro sua posiçao de questionamento e abordagem sobre o metodo.

    Resumindo , e isso:
    1°: Rodrigo Carvalho, desculpe-me por te-lo chamado de nao sei o que das trevas da ignorancia, devo admitir que quem esta na escuridao sou eu ainda, da para notar comparando o seu texto, sabio e altamente congruente, com meu comentario vazio e sem sentido, onde fui disperso e com a mente turva. Espero ainda assistir uma aula sua de AVY, vou aprender muito, mas muito mesmo, e vou finalizando minhas humildes desculpas,indo para meu quarto estudar muito, mas muito mais mesmo, para tentar contribui, como voce o fez, meditando sobre minha pratica pessoal e no encaminhamento de minhas aulas.
    Acredite, na proxima vez que for dar aula, tudo o que aqui foi ventilado, por alguns, fara a diferença em minha didatica.

    2° Contrario ao que muitos pensam, nao defendo o modus operandi que se instalou em aulas de Ashtanga por ai, concordo em grau e genero com Rodrigo, que se manifestou e criticou inteligentemente, e tampouco engulo tudo com que me deparo como conhecimento, procuro reter tudo o que for bom.

    Pena que nao retive apenas o texto de Rodrigo, realmente os comentarios e tudo o que foi declarado pelo Pedro e outros me deixou sem chao, as declaraçoes me chocaram e me fizeram (sim, eu penso!) pensar em muitas coisas, e que culminaram com a publicaçao do meu desastrado comentario.

    3°: Bem, por enquanto e isso, houveram muitos comentarios sobre o meu comentario, foi chocante e desagradavel para mim ler todos de uma so vez, me incomoda ser rotulado como alguem tosco e boçal, talvez agressivo, e tentar me explicar a todos vai ser talvez mais um desastre.

    4°: Ja pensaram em fazer uma mesa redonda no Yoga Sangam sobre esse assunto? Seria legal, nao? Varias autoridades de Ashtanga reunidas para falar sobre o que pensam da pratica, o que seria meditaçao em movimento, AVY e AYP, etc.
    Obrigado a todos, estejam em paz e harmonia.
    Om Gam Ganapatayenamah!

  49. Caros amigos,

    Andei afastado desse debate por muitos dias, por necessidades pessoais. Estou com acúmulo de situações para resolver. O debate não é a prioridade de minha vida.

    Algumas pessoas me cobraram por e-mail respostas e participação no debate, e com certeza devo alguma satisfação e respostas, pelo fato de ter iniciado tudo isso ao escrever o artigo.

    Vou responder alguns comentários, mesmo bem atrasados, embora não vá mais responder detalhadamente e diretamente comentários com o teor ingênuo do enviado pelo debatente Thiago. Já passei muito tempo na frente do computador respondendo comentários improdutivos, cansativos e incoerentes como esse. Notadamente, os de João José e Melissa.

    Encontrar uma “brecha” em tais comentários, para tornar as respostas à eles úteis para esclarecimento das pessoas, é um exercício exigente de criatividade. Como uma pessoa disse num comentário – vou tomar sua frase emprestada – é como tirar leite de pedras.

    São comentários repetitivos, como já disseram outros, que não trazem nada de novo, a não ser polêmica estéril. Não posso passar a vida toda respondendo pessoas ingênuas que não tem mínima capacidade de compreender coisas simples.

    O artigo está aí, os comentários de Pedro, os meus e de outras pessoas também, para esclarecimento geral. Basta ler com atenção, que fica fácil de entender as denúncias que fizemos e também os questionamentos.

    Vou procurar a partir de agora, que estou com dificuldades de ter acesso ao computador, só responder com mais atenção aos comentários pertinentes, no que incluo qualquer comentário de teor contrário às minhas idéias que sejam inteligentes e coerentes. Espero que entendam.

    Vou responder em outra oportunidade, pois o tempo ficou curto, mas devo antes agradecer a todas as pessoas que estão participando do debate, parece que finalmente está surgindo uma compreensão sobre nossos objetivos.

    É preferível que as pessoas participem do debate trocando idéias e fortalecendo esses questionamentos do que elogiando a mim e ao Pedro, o objetivo deste debate é fazer com que essas reflexões se tornem sólidas, não há a intenção de agraciar o ego de ninguém. Agradecemos mesmo assim por tudo.

  50. Caríssima Empresária Anônima,

    Não se preocupe, pois Mário, o yogi mais carinhoso deste debate, não esqueceu de você. Apenas estava respondendo a um fã anônimo e a um tal Thiago Goulart.

    Já estou usando meus super-poderes telepáticos para descobrir sua personalidade secreta. Logo, logo, conversaremos usando nossos nomes verdadeiros.

    De qualquer forma, se não funcionar, já estou procurando no Google quais são os grandes centros de AVY no Brasil que tem uma mulher, empresária de pulso firme tomando conta, que tenha professores, e que tenha muito a perder com este debate ($$$).

    Não vai ser tão difícil assim: são raras as personalidades com estes predicados. Além do mais, é só procurar no Prana Yoga Journal, na revista Yoga e Vida ou em qualquer evento de Yoga que tenha bastante publicidade. Já estou iniciando as especulações:

    Mário casado procura: MULHER MADURA (nem tanto), PROFESSORA DE “EKANGA VINYASA YOGA (AVY)” , DONA DE ALGUM CENTRO DE GRANDE PORTE (como você disse, que tem muito a perder), QUE CONTA COM MUITOS PROFESSORES NO SEU ESPECIALÍSSIMO TIME, COMERCIALMENTE ESTABELECIDA NUM “GRANDE PÓLO DO YOGA”.

    Quem tiver notícias, ou opiniões me dê por favor no e-mail que coloquei neste site.

  51. Para Thiago Goulart — Samadhi Yogashala

    Já que você ficou tão incomodado com a publicidade eletrônica do Rodrigo, pelo fato de que ele usa o mesmo nome de yoga que você , tenho uma solução que vai resolver todo o problema.

    O s professores de AVY podem mudar o nome do método, e tornar mais real a situação como um todo, podendo ainda patentear o novo nome sem ter que pagar royalties para o “carequinha gordinho safadinho” (viu como estou no clima de ahimsa, olha como estou carinhoso, minha mulher também me chama assim ) Olha aí minha proposta para o novo nome:

    EKANGA VINYASA YOGA

    Vai ficar perfeito, na medida. Assim ninguém briga mais, a partir de agora vamos divulgar todo mundo o novo nome (não cobrarei nada de vocês pelo novo rótulo, apenas que vocês deixem em paz o Ashtanga de Patanjali ou comecem a respeitá-lo, é uma troca de cebolas hahaha). A partir de agora, vocês podem devolver o nome AShtanga para quem gosta de Yoga de verdade.

  52. Caro Thiago,

    Estou entrando agora neste debate que já venho acompanhando desde o começo. Acho que não há problema nisso .

    Você não me conhece e eu muito menos conheço você, mas como é um debate livre, e já vi mais pessoas se comunicando, vou então escrever sobre seu comentário.

    Parece que já ficou bem claro em vários comentários do Rodrigo e de gente séria, que não deve haver uma forma de se conseguir alcançar discernimento nessa prática, nem muito menos conseguir, ahimsa, desapego e contentamento, se vocês professores não nos ensinam isso nas aulas, só falam em ajustes e em manter atenção na respiração e nos bandhas.

    Parece que também ficou bem marcado sobre a ilusão que é praticarmos meditação nessas aulas, sem aprendermos como é que se medita, sem uma introdução teórica ao assunto, ou pelo menos dez minutinhos diários de prática, até onde sei, nenhum professor tradicional ensina. Já fiz inúmeras aulas de Ashtanga em São Paulo, Belo Horizonte e Rio.

    Assuntos como esses, já foram exaustivamente “ventilados” , de forma que você não trouxe nada novo, está sendo muito repetitivo e cansativo. Essa história já passou, vários comentários já mostraram ser esses alguns dos mitos do Ashtanga Vinyasa Yoga, pelo que este debate está mostrando, esses mitos são muitos, yogamithyam, poderia ser outro nome do Ashtanga .

    Você não ajuda nem traz nada de novo, principalmente insistindo de forma tão chata em tentar criar uma relação entre Patanjali e Pattabhi.

    Também é muito nociva essa tentativa de empurrar a responsabilidade deste método para cima de Krishnamacharya, todo mundo pode averiguar que isso é muito suspeito, já fiz essa pergunta para o Kaushtub Desikachar e ele disse para avaliarmos o que seu avô ensinou e buscar aquilo que for parecido com o que ele ensinava.

    O que o avô dele ensinou está em livros e na voz de outros discípulos sérios.Krishnamacharya ensinou em algumas épocas um Yoga forte, mas nunca ensinou Yoga sem filosofia e sem teoria, , nunca ensinou a fazer exercício físico.

    Não é muito estranho que o que Pattabhi Jois ensina seja tão diferente e degrade tanto a imagem de seu guru?

    Pare de tampar o sol com a peneira, pois como diz o texto, a semelhança entre os dois métodos é como a de água e óleo, ou azeite.

    Pratico Ashtanga, mas já estou há seis meses em casa, para poder meditar sem ter que ser ajustada de 15 em 15 segundos, para poder buscar algo mais verdadeiro na prática, algo mais consistente do que vocês professores ensinam.

    Estou usando como base, o livro de Pedro Kupfer Guia de meditação, excelente e perfeito para alguém que fez 5 anos de aulas de Ashtanga e não ouviu mais que três palavras sobre o assunto. Essas três palavras são “meditação em movimento”.

    Já que você pode se dar ao luxo de ser tão repetitivo, vou ser também : explique o que é meditação em movimento e como devemos conduzir a mente nela, mas explique sem enrolar, como faz o Pedro, de forma expositiva e simples. Acho que não vai dar!

    O que o professor Rodrigo escreveu sobre as técnicas do Ashtanga demonstra a experiência de alguém que compreendeu profundamente, na verdade completamente a prática de Ashtanga, e tentou integrá-la ao Yoga de Patanjali. Algo como tirar leite de pedras.

    Na verdade acho que ele foi muito além, talvez o motivo de tanta indignação. Num Yoga tão competitivo (alguém disse num comentário que vai virar esporte olímpico, não sei se é verdade, mas dá para acreditar fácil) como é o Ashtanga, deve ser muito incômodo ver alguém “passar na nossa frente”.

    Rodrigo passou na frente de vocês, em Yoga em educação e em debate, pois dá vontade de rir quando se lê as respostas que ele dá pra vocês. Vocês só tem a cara dura de continuar mandando porque poucos tem a coragem de assinar de verdade, com o próprio nome. Se colocassem o próprio nome, não teriam coragem de passar uma vergonha dessas na frente dos seus alunos que estão acompanhando.

    Nunca li uma explicação sobre as técnicas de Ashtanga, que seja tão homogênea e ética como essa, nunca pelo menos em matérias sobre Ashtanga. Vai levar um bom tempo para pessoas como você e todos os outros professores de Ashtanga que conheci caírem a ficha sobre o que ele escreveu.

    Muito tempo, pois está claro que quem não entendeu nada foi você, sobre nada, visto que ensina Hatha também e tenta convencer com nomes de livros e citações do nome de Patanjali, mas parece que não enxerga muito além dos drishts que faz na prática.Isso é uma falsa erudição de sua parte, suas explicações são vazias e sem fundo verdadeiro.

    O Yoga que Rodrigo ensina ou divulga, não sei ao certo pois não fiz suas aulas, não pode ser comparado com essa prática tão artificial que o Ashtanga se transformou. Ele fala de um Yoga que pessoas como vocês professores não conseguem compreender, afinal, não sabem nem fazer cálculos de matemática, como disse ontem o tal Mario, dono do debate.

    Ou são oito angas ou não são, se só praticamos asanas no Ashtanga e um pranayama, não pode ser Ashtanga. Parem de mentir para si mesmos e para os alunos, isso é MÁ FÉ, pelo menos agora que todos tivemos a chance de ser esclarecidos por este debate.

    Esse debate tem outra utilidade, que é de mostrar quem são os professores e centros de Ashtanga que devemos evitar, você parece ser mais um destes enroladore de plantão, que querem bagunçar, alegando querer ajudar.

    Se quer ajudar, mude suas aulas e pare de ENROLAR as pessoas. Mude o Ashtanga que ensina, acrescente meditação de verdade, coloque um pouco de yamas e niyamas, adapte a prática para as pessoas, pare de preocupar em tentar provar que fumaça é nuvem

    Não se preocupe em me responder, dispenso ler sua resposta pois acho que será tão inútil para minha vida e para este debate quanto o que você escreveu neste comentário alegando querer ajudar ou esclarecer. Provavelmente será inútil também para todas as pessoas sérias deste debate e só vai agradar os outros professores que pensam da mesma forma tacanha.

    Obrigado por assinar, se for verdade seu nome e de seu centro, sabemos então de mais um divulgador do Yoga vazio, a lista só vai engrossando.

    E todo mundo pode ir anotando os nomes de QUEM DEVEMOS EVITAR.

  53. Namastê Thiago!

    Gostaria de fazer algumas observações sobre o seu comentário que está no site. Espero que você não fique com mágoa, não quero criar inimizades, o único comentário que fiz até agora, no comecinho do debate, foi elogioso.
    Li nele (no seu) que você falou em pretensão, referindo-se ao fato de dizer que consegue sintonizar-se com os 196 aforismos de Patanjali, através da prática. Parece que foi um momento de auto-crítica racional de sua parte, porque é realmente uma grande pretensão.

    Pareceu evidente em seu comentário, pela confusão de suas palavras, a mesma dialética confusa que tem irritado muitas pessoas neste debate, notadamente um homem chamado Mário, que parece dono do debate, entulhando de comentários cansativos, por vezes.

    Mesmo assim, no meio de suas palavras jocosas, dá para encontrar mais razão do que em comentários como este seu.

    Se você não teve condições de entender nem mesmo um artigo claro e objetivo como esse de seu colega de profissão (que você tenta desmoralizar questionando o fato dele dar aulas), não entendo como quer citar Svatmarama, e ainda ter a pretensão de conectá-lo aos Sutras.

    Bom, você apenas disse que havia uma conexão, não a demonstrou. Que tipo de raciocínio é esse, eu não sei, pois é lógico que existe uma conexão ou uma interação sim, você não descobriu a pólvora, devo lhe informar sem querer ofendê-lo.

    Acho que é bem evidente que existe essa relação, o que não implica que por isso deva-se acreditar que praticando asanas de Hatha-Yoga, consiga-se atingir os graus de discernimento discriminativo, os samadhis de Patanjali. Seu comentário não tem motivo de ser.

    Se você não conseguiu entender um simples artigo, como ousa querer fazer conexões mais complexas entre textos de períodos tão díspares?

    Essas conexões existem obviamente, muita gente já fez essas conexões. Só acho precipitado de sua parte, que obviamente não compreendeu a coisa mais simples dos sutras: a questão de uma prática que agregue oito níveis de caminhos e possibilidades, querer fazer num comentário sem a mínima clareza, dar uma explicação sobre algo que não entendeu.

    Considerando o que Rodrigo disse num comentário que lí, sobre o fato de Pattabhi Jois ter interpretado de forma equívoca, a Hatha-Pradipika, acho pretensão sua querer também interpretar.

    Acho também evidente que Pattabhi Jois não só não entendeu a Pradipika de Svatmarama, como não entendeu nada do Yoga Sutra de Patanjali. Isso é claro para qualquer iniciante nos estudos enxergar. Basta ler uma coisa e ver a outra.

    Se o seu mestre não entendeu, não seria prudente abaixar também a bola? Afinal, você não segueele, assim como também todos os que fazem Ashtanga Vinyasa?

    Ou as declarações de Pedro sobre sua conduta imoral já fizeram efeito?

    Vamos por partes, não é? Primeiro compreenda esse belíssimo artigo e os esforços desse trabalho espetacular que o Pedro e o Rodrigo estão fazendo, depois, com mais humildade, comece a querer entrar em textos mais complicados. Um pouco de humildade não faz mal a ninguém.

  54. Ah, acabo de ver outra coisa engraçada,

    O tal Thiago disse no final: “das duas uma”, e listou três possibilidades.
    Não sei como querem progredir assim, se os professores de AVy não sabem nem fazer contas básicas de matemática.
    É a mesma dificuldade de entender o cálculo matemático dos angas, 8(angas) -7 (os outros angas) = 1 (o anga asana, o único realmente praticado, mas mal).

    Quer dizer, bem mobral 8-7=1. Mesmo assim, eles insistem nessa marmotagem de que estão praticando Ashtanga.

    Thiago, assim fica difícil o samadhi (Samadhi Yogashala). Aprenda primeiro a fazer contas.

  55. Pedro,

    Você é uma pessoa muito engraçada, porque não coloca o comentário que mandei.

    Estou pouco me lixando se você vai publicar o que estou escrevendo agora ou não. Eu desconsidero sua importância

    Esse debate para mim é coisa de moleques, de gente sem o que fazer.

    É importante que esse monte de professores imbecis cale a boca, para essa idiotice acabar logo.

    Nã quero saber se essas pessoas são boas professoras ou não. Pelo que vi, são imbecis. Não estou do lado delas, mas elas me atrapalham. Jogam fora anos de prática e investimento em viagens. Todo o meu trabalho e o dos profissionais preparados que estão comigo.

    Não venha com cinismo, acho você um grande aproveitador de estar fazendo isso. No mínimo devia ter gratidão ao Pattabhi Jois e seu neto. Ganhou uma grana grossa e agora os condena assim.
    Se você publicar isso aqui, saiba que não muda nada para mim. Que se dane, ninguém sabe meu nome ou de meu centro.

    Só quero que esses imbecis despreparados, professorezinhos de meia tijela que devem ter feito apens um cursinho mequetrefe no Brasil calem a boca. Eles não tem muito a perder, devem estar até gostando da publicidade.
    Publique meu comentário anterior. É só o que peço.

    ========================================

    Cara Empresária Anônima,

    Como já disse antes, viajo bastante e nem sempre tenho tempo para atualizar o site na velocidade que alguns comentaristas gostariam. Queira novamente desculpar o fato de ter estado ausente nos últimos dois dias.

    São curiosos seus comentários. Parece que você perdeu o controle. Se você usasse menos insultos por linha na sua próxima mensagem, ajudaria a manter o nível da conversação. Fica aqui a sugestão. Obrigado.

    A sua postura nos remete à velha questão da ética, que tão esquecida anda na nossa sociedade, mas tão necessária é, se quisermos sair do vazio onde pairamos, como yogis, como nação, e como gente humana.

    Dizer ?o brasileiro tem memória curta? e ?logo tudo isto se esquece?, pode ser conveniente para um político que esteja tentando dar um golpe, ludibriando o povo ou roubando o erário público. Entretanto, não deveria ser um argumento válido para alguém que, supostamente, está interessado(a) em fazer um trabalho ?sério? e ?profissional?, como você alega estar fazendo.

    Lendo suas palavras, fica claro que essa questão da ética não tem a menor importância para você. O que importa é o faturamento, né? Nesse sentido, podemos dizer que você esqueceu a base do Ashtanga Yoga, que é a ética. Nesse caso, de que serviram todas suas viagens e cursos?

    Se, de fato, você tivesse tanta certeza sobre a autenticidade daquilo que você vende sob o nome Ashtanga Yoga, não estaria perdendo seu tempo em debater com estes ?moleques imbecis?.

    Suas palavras evidenciam um imenso vazio moral e ético, uma desmedida sede de se dar bem, de aplicar a Lei de Gerson ao ?mercado? de Yoga. Para variar, você não contribui com absolutamente nenhum argumento em favor do Ashtanga Vinyasa.

    Aquilo que você pretende defender está sendo destruído justamente pela amoralidade que suas palavras carregam. Você não está interessada em defender o Ashtanga Vinyasa. Está preocupada em defender seu bolso.

    Você disse no seu comentário anterior que ?o Pedro e o Rodrigo usam nossas palavras para pisotear nossa moral?. Em verdade, quem está afundando na infâmia são as pessoas que atacam sem argumentos, que insultam gratuitamente os questionadores dos dogmas e daqueles que lucram com esses dogmas, como você. Nós não precisamos fazer nada: seus argumentos falam por si mesmos.

    A indignidade que você menciona é de quem, perante a falta de argumentos, opta por agredir gratuitamente. Nós não aceitamos seus insultos. Eles voltam para você, da mesma forma que uma carta volta para o remetente se o destinatário a recusar.

    Estamos aguardando a moda passar e o pessoal terminar de migrar para o Pilates e as novas modalidades corpomente que forem surgindo, para podermos nos concentrar novamente no que é, ao invés de perder tempo falando sobre o que não é.

    Mas, enquanto houver gente como você no mundo do Yoga, nós continuaremos fazendo este trabalho depurativo e esclarecedor. Pessoas como você são uma poderosa inspiração para continuarmos esta tarefa. Depois deste seu depoimento, fica de vez desnudada a verdadeira intenção por trás dos belos textos daqueles folhetos de divulgação.

    Obrigado por nos mostrar a mentalidade de uma ?empresária do Ashtanga Vinyasa?. Imaginávamos que fosse assim, mas ninguém melhor que você mesma para nos mostrar como pensam de fato os ?empresários? do Yoga.

    Você disse: ?que se dane, ninguém sabe meu nome ou de meu centro?. Isso, aliado à insistência em não assinar suas palavras, mostra de fato que você sabe que está errada ao teimar no lucro e justificar os atropelos e distorções que este artigo e seus comentários expõem. Lembre que a base do dharma é evitar fazer aos demais o que não gostariamos que fizessem conosco.

    Você pode não suspeitar, confortavelmente refugiada no anonimato, mas todos nós sabemos perfeitamente quem você é e qual é o nome do seu centro, que fica naquele ?grande pólo de Yoga?, como você mesma colocou no seu comentário de 18 de julho. Seu nome não está aqui, mas o estilo é inconfundível.

    Nossa esperança é sim, que o brasileiro adquira mais memória, que as coisas não se esqueçam, para não continuarmos repetindo os mesmos erros.
    Namastê!

    Pedro Kupfer.

  56. Rodrigo,
    seu artigo parte de premissas equivocadas! Dessa maneira todo seu raciocinio, nelas baseado, passou a não valer nada. Por isso, infelizmente, não vem ao caso discutir o que você escreveu! Talvez um professor autorizado possa te apontar um caminho.
    Estude os textos com mais calma sem partir de premissas disparatadas e aí, talvez, você perceba que as coisas funcionam de maneira bem diferente do que você imagina.
    R-E-P-E-N-S-E!
    Atenciosamente,
    Alcides.
    ======================================================

    Caro Alcides,
    Obrigado pela sua contribuição. Gostaríamos que nos esclarecesse, por favor, onde está o erro nas premissas do artigo. Você diz que há um erro básico e que nossas premissas sao disparatadas, mas não aponta qual seria esse erro.
    O que seria exatamente um “professor autorizado”? Poderia solicitar em nosso nome, por favor, para algum deles entrar no debate e nos esclarecer? Estamos ansiosos para ouvir alguém que possa nos “apontar um caminho”. Obrigado!
    Namastê!
    Rodrigo.

  57. Gente, vamos parar de dar corda, de deixar essa brincadeira continuar. Será que não percebem que o Pedro e o Rodrigo usam nossas palavras para pisotear nossa moral?

    Foi assim desde que começou esse indigno debate. Um festival de humilhações para nós. Façamos nosso trabalho seriamente e vamos reconstruir a séria imagem do Ashtanga. Deixem de ser inocentes, respeitem os oponentes.

    Esse Rodrigo nao é flor que se cheire; ele é muito arisco e o Pedro ajuda ele. Alguém esta apto a enfrentar o conhecimento do Pedro?

    A única coisa certa que aquele imbecil do Mário disse foi isso, foi um massacre. Mas a culpa e de vocês que são bobos, e entram nessa de ficar dando munição.

    Vocês, professores de AVY, envergonharam de vez nosso nome, porque foram inaptos ao escrever. Não ouviram dizer que silêncio é ouro.

    Que estupidez: vocês não perceberam que muitos dos professores que entraram elogiando são de Hatha? Não mudaria nada em nossa vida.
    Se vocês falassem menos, esse debate nem existiria. Esses dois velhacos pegaram vocês como se pega a presa mais fácil do mundo. Surrá-los então, virou uma diversão para eles.

    PAREM MESMO. PAREM DE SER INOCENTES, PAREM DE ESCREVER, DEIXEM ESSA HISTORIA MORRER.

    BRASILEIRO TEM MEMÓRIA CURTA, LOGO TUDO ISSO SE ESQUECE.

    Thiago, seja lá quem você for, pare por aqui, você esta ajudando sim, a emporcalhar ainda mais a situacao dando armas para eles. O SILÊNCIO E A MAIOR ARMA.

  58. Logo no começo do debate, mandei uns e-mails para o Rodrigo Carvalho. Num deles, ele me sugeriu que o melhor comentario aos sutras eram de Vyasa.
    Comprei na internet um que nem sei se a tradução é boa o suficiente, mas lá eu li que (algo assim, esse livro é difícil) o yogi já nasce com uma predisposição para o Yoga.
    Quer dizer, depende das práticas anteriores, a sua predisposição para envolver-se com a prática e como envolver-se nesta vida.
    Talvez o pessoal do AVY tenha alguma sintonia direta especial que nós não temos, adquirida em outra vida como atletas olímpicos ou guerreiros espartanos.
    Sei que essa sintonia está diretamente ligada a uma novelinha do horário das seis na rede Globo.

  59. Thiago,
    Especialmente pensando em pessoas como você e outros AVY people, enviei um e-mail para a assessoria de imprensa da revista da Cia Atlethica. Fique contente (santosha), pois eles disseram que têm espaço para pessoas como vocês se manifestarem por lá.
    A turma da malhação está ávida por um exercício que faz suar mas que dá espaço para fingir que está fazendo Yoga.
    Você não ventilou nada, apenas repetiu a mesma ladainha, o mesmo chorororo: “meditação em movimento”, ou “AVY é ponte para o Yoga de Patanjali”, sem falar coisa com coisa.
    Nós simples praticantes de um Yoga sem graça, baseado em filosofia milenar, que não prestigia suor e esfregação, não temos a sintonia direta (que papo mais The Secret, hein?), a conexão especial, mágica que vocês malhadores do Yoga têm.

    Essa sintonia só acontece com quem tem uma conversinha estilo novela Malhação, quem não gosta de meditar, quem gosta de um Yoga sarado, onde as pessoas tem uma comunhão especial e todo mundo se esfrega a vontade.

    Essa sintonia com a prática física só acontece com atletas, pessoas que vivem de se superar, viciadas em litros de ácido lático.

    Talvez seja isso, ácido lático, o cérebro da galerinha ashtangi está tão encharcado de ácido lático, açaí, diet shake e outras morfinas cerebrais pós-ginástica, que vivencia estados mentais na prática desconecidos para pessoas velhas, pessoas barrigudas, pessoas com vértebras destruídas, ou pessoas que estejam ocupadas demais se preocupando em buscar esse papo chato de auto-conhecimento e meditação.

    Acho que entendi, todo final de guerra é assim, vem os abutres, os chacais, os cães vadios buscar alguma esperança nos escombros.
    Depois que o artigo saiu da linha de frente, e Pedro e Rodrigo pararam de comentar, os “AVY people”, a turma da maromba-zen resolveu por as manguinhas de fora e vir para o debate de novo nos metralhar com seus comentários sem sentido. Mas eu estou aqui ainda. E aqui vou ficar até ter que apagar a luz e fechar a porta.
    Terão que se esforçar mais, turminha.

  60. Caro Anônimo,

    Não sei porque você está me respondendo se eu nada lhe perguntei, apenas afirmei. Muito menos para alguém que não assina. Eu não deveria responder algúem que tem medo de colocar o próprio nome, mas vou dizer apenas uma coisa.

    Chorem o que for, lamuriem-se, mas não existe possibilidade de não dar em nada como vc disse. Esse artigo levantou um movimento.
    Repare os outros artigos daqui. Você já viu algum gerar um debate com duzentos comentários, alguns quilométricos?

    Eu nunca vi, sou assíduo frequentador desta página, e nunca tinha comentado antes, foi a primeira vez que algo mexeu comigo, e mexeu muito.

    Repare que 80% dos comentários são completamente favoráveis, e outros são da galerinha da bagunça, que vem aqui falar de coisas que não tem nada a ver ou ficar falando shanti, shanti.

    Nesses vinte por cento, houveram comentarios tão estúpidos (como o de um tal Thiago Yogashala), que só serviram de escada para Pedro e Rodrigo massacrarem ainda mais esse método furado. Não conseguiram dizer uma coisa sequer que não fosse desmoralizada pela razão.

    Mas acho que Pedro e Rodrigo abandonaram o debate, o nível intelectual dos debatentes é de chorar e quem concorda, concorda, não precisa dos dois. Tem dias que nenhum dos dois escreve nada, mas eu continuo aqui, doa a quem doer.
    Esse artigo criou uma repercussão imensa no Orkut e nas salas e centros de Ashtanga, um amigo meu professor de Hatha, que já foi meu professor, disse que o colega dele que dá aula de Ashtanga está passando um baita perrengue para se explicar com os alunos.

    As coisas não acontecem da noite para o dia, mas a confiança de vocês está abalada, seriamente, o crédito caiu na praça. O culpado não é Rodrigo, nem Pedro, nem o safado do Pattabhi, nem o artigo, nem o debate, mas a propria ignorância dos professores de AVY, que só falam asneiras e se complicam, até gente do lado de vcs implorou como anonima que calam-se a boca.

    Nem tudo está perdido, vocês podem sair desse marasmo, estudando, mudando, fazendo cursos decentes de yoga, em vez desses cursos de esfregação e suor.
    A primeira pessoa que reclama de meus comentários é você anônimo, o Pedro já cortou uns pedacinhos deles também, porque não tenho limites no que falo, mas também estou legal, como eu disse “vaia de bêbado não vale”. Minha avó dizia que certas coisas que certas pessoas falam, não se deve escrever.

    Nada daquilo que vocês falaram aqui tocou ninguém, galerinha malhação!

  61. Ignorância,

    É a única coisa que posso dizer sobre o comentário de Thiago, muita ignorância, e petulância também, muita petulância.

    Como todos os comentários desfavoráveis que li de nossos colegas, esse é mais um protesto da ignorância.

    Thiago, você não ventila nada em seu comentário, absolutamente nada, apenas repete a lamúria de sempre, ficar dizendo que o AVY é ponte para o Yoga de Patanjali, mas sem explicar por que.

    Ainda por cima, caiu no grave erro de acusar seu colega de não ter entendido, ou não ter alcançado um certo nível de prática. Que petulância, e o pior,amparada em uma grande ignorância.

    Seu comentário não disse nada para ninguém. Estou muito cansada de professores de AVY, de Pattabhi Jois, dessa mentirada, de abusos. Como disse, não me sinto à vontade nem mesmo para assinar meu nome, com medo de repressão de colegas.

    Busquei ajuda com o professor que escreveu esse artigo, o Rodrigo, através de e-mails, pois estava muito decepcionada, me sentindo lesada, por professores que me deram cursos, por matérias mensais tendenciosas no prana yoga journal, por todas as pessoas que nos enganam com essas histórias do Ashtanga.

    Já fui enganada no De Rose, por que era inocente, continuei sendo e fui enganada no meu curso de formação de Ashtanga. Não vou falar com quem fiz, pois gosto da professora, apesar de sua ignorância ou conivência com essa mentirada para se dar bem.

    Minha professora é pessoa ligada ao Yoga por anos, anos, difícil crer que ela não soubesse dessa mentirada. Mas o curso estava lotado…

    Eu estava prestes a desistir de dar aulas de Ashtanga, quase decidida, depois de ler este artigo, e ver este debate, que graças ao Pedro Kupfer, ventilou várias sujeiras deste método, deste meio e também a ignorância geral das pessoas que o sustentam.

    Como disse, fui inocente, mas não sou ignorante, muito menos conivente com sujeira, por isso larguei o De rose. Então, resolvi mandar alguns e-mails para o Rodrigo, para sair de minha ignorância sobre o assunto.
    Ele me recomendou leituras e me deu orientações valiosíssimas de como ir alterando minhas aulas, de como conversar com os alunos, de como acrescentar outras técnicas na prática, sem alterar a sequência.

    Teve a paciência e a gentileza de um pai para explicar, dispondo de muita atenção, e ainda estou me instruindo de como fazer a mudança com ele, através de correspondência.

    Diariamente percebo, através de observação e das dicas que ele tem me dado, como o método tem falhas grosseiras, como está distante do Yoga do Yoga sutra, como faz falta acrescentar outras técnicas.

    Parece que eu estava sonhando um pesadelo disfarçado de sonho, e esse artigo e esses professores me acordaram. Como não gosto de Htha-Yoga , estava prestes a desistir de dar aulas de Yoga, depois deste debate ter começado.

    Tinha vergonha dos alunos, por tê-los enganado também, mesmo que sem saber. Mas sentei e conversei de forma franca com eles, disse que ia mudar, disse para eles lerem o artigo,e estou passando noites acordadas estudando, como disse um comentário que li aqui no debate,estou “correndo atrás do prejuízo”.

    Esse professor que você acusa de não ter alcançado sintonia direta com a prática, é a pessoa mais lúcida que já me falou sobre Ashtanga Vinyasa Yoga. Alguém que entrou de cabeça nessa estrutura, praticou as séries, viu coisas erradas e mudou.

    É a pessoa que tem mais conhecimentos sobre assunto no Brasil, pelo que vejo. Tudo que pergunto para ele sobre adaptações, ele já pensou nos prós e contras.
    Logo que tiver chance, vou tentar ir praticar uma semana com ele, para ver como colocar minhas aulas no rumo do Ashtanga Yoga, como ele disse, o verdadeiro.

    E você, com esse comentário mais boçal, vem dizer que ele não tem sintonia com a prática. Realmente, pelo que percebi, a sintonia dele, é outra, é a sintonia do conhecimento, da tradição, da verdade, a SINTONIA COM O YOGA DE PATANJALI.

    Esse professor que você tenta desrespeitar, está muito fora da sua sintonia, onde eu estava também, da sintonia da mentira, dos abusos, do Yoga mentiroso, do Yoga malhação disfarçado de tradição. Na verdade ele está, como o Pedro também, numa sintonia inalcançável para pessoas como você.

    Você disse que era professor de Ashtanga e Hatha, eu procurei no Google, o nome de tua sala e o teu nome e não encontrei nada. Meu palpite é que você é o professor Rafael, pois seu texto é muito parecido, e suas frases idem. Se não tem nada a temer, como eu tenho, coloque seu nome e endereço de e-mail de verdade, para que possamos ver.
    Mostre que se não tem conhecimentos nem muito menos humildade para reconhecer, pelo menos tem honestidade para assumir sua verdadeira identidade.

    Você não tem nada a temer, pelo que falou já deu para perceber que é mais um dos professores comuns de Ashtanga, onde ainda me enquadro pois só comecei a mudar AGORA, com uma concepção medíocre da prática.

    Você pode dizer quem é, as pessoas em grande maioria, preferem a mediocridade deste método e de pessoas que pensam como você, pois só querem emagrecer e estar na moda, serem “cool”. Vocês ganharam, o método não vai mudar. Um ou outro vai acordar, como estou fazendo.
    Você pode até aproveitar para fazer propaganda de sua aula, dar aqui seu currículo, dizer com quais professores famosos fez aulas, tudo isso vai ser bom. Pode revelar quem você é. Como o Rodrigo disse, num dos primeiros comentários (quando li fiquei triste, mas depois vi que era verdade), os caminhos do Ashtanga ficam nas mãos de pessoas vazias, ocas. Não se preocupe em dizer quem você é, o Ashtanga de Pattabhi Jois segue vitorioso, a vitória é dos medíocres.

    Você não precisa querer tirar o moral do professor Rodrigo, vocês venceram.

  62. Amigos do Yoga.pro

    Sei que voltei só agora no final para este debate, mas é difícil ficar calada, quando se lê coisas tão absurdas.

    Como disse, esse artigo é a coisa mais bela que já li sobre Ashtanga, na verdade, a única coisa bela, pois os textos de Ashtanga primam pela falta de beleza e por não convencerem muito com aquela propaganda maciça.

    Se eu fosse um pouco menos racional, e misturasse as coisas, como estão fazendo as pessoas ao ofenderem Pedro e Rodrigo, eu juro que me arrependeria de um dia ter praticado Ashtanga, de “ter entrado nessa”.

    Que pessoas mais sem sensibilidade, sensatez e conhecimento. Que comentário foi esse desse rapaz, Thiago?

    Parece que pegou o bonde andando, pois foi exposto aqui duzentas mil vezes porque que não dá para comparar os dois . Que são coisas diferentes, e ele age como se não tivesse lido nada, ou não entendido (coincidência, mais um professor de Ashtanga com problemas de compreensão, será que é uma realidade única, uma marca ? ).

    Está colocado em mil comentários não só do Pedro, do Rodrigo, mas de várias pessoas sensatas porque não dá para comparar. Um é um método de Hatha, prática pura de ásanas, outro é um sistema de filosofia. Que teimosia infantil !

    De novo veio questionar o fato do Rodrigo dar aulas de Ashtanga. Será que é difícil entender ? É cristalino, não só ele deve dar aulas, como devem ser umas das melhores.Talvez a melhor, já que pelo que vejo, mesmo os melhores professores de Ashtanga do mundo ficam emparedados nessa fórmula que todos conhecemos. Certamente melhor que de meus professores-mecanicos, super homens de ásanas.

    Nunca vi tanta insensibilidade. Já disse, se tivesse idade, praticaria com Rodrigo, ou com Pedro, talvez o único pensador no Ashtanga antes do Rodrigo.Este foi a única pessoa que vi até hoje que explicou o Ashtanga de uma forma integrada aos valores do Yoga. O único que ví que teve coragem de denunciar essas mentiras, estimulando professores de renome nacional como Pedro a denunciar também.
    Cada vez fico mais decepcionada com o que leio aqui. Que mentalidade pobre é essa minha gente ?

    Thiago, já que você não foi agressivo, só posso entender que foi a inveja o seu motivo a escrever esse comentário infeliz. Certamente a inveja de não ter a mesma compreensão nem a mesma coragem que o autor deste artigo.

    O mesmo conhecimento, não preciso nem falar, está evidente que você não tem, no que escreveu deixa isso bem claro. Que coisa pobre de espírito.

    Pratiquei dez anos de Ahtanga, mas não fiquei “seca” dessa forma. Certos comentários que os professores põem aqui doem na vista e na cabeça na hora de ler. Que pobreza de espírito…

  63. Escrevo este comentario com a vontade de ajudar a esclarecer, ou ventilar, como queiram, ainda mais esse assunto.
    Sou professor de Yoga, ensino Hatha e Ashtanga Vinyasa Yoga(uma forma de Hatha Yoga, é claro), sendo que pratico Yoga desde 1999, através de um livro de Indra Devi (“Ioga, paz e saúde”), discípula de Sri T. Krisnamacharya, assim como foram Pattabhi Jois e BKS Iyengar. Através da prática e leitura diária, onde a autora aborda de forma simples mas solida a filosofia e a pratica do Hatha Yoga (yamas, niyamas, sistema glandular, chakras, dietas, filosofia, experiências pessoais),vieram os bons efeitos do Yoga.

    Quero abordar o seguinte:
    1.°: O Astanga Vinyasa Yoga, ou como preferem, AVY, é uma abordagem de Hatha Yoga, que utiliza o corpo fisico para ter acesso à uniao do corpo e do espirito para que o praticante experiencie a realizaçao ou iluminaçao(uma das coisas que me euforiza ao escrever agora é começar a sentir o sentimento de realizaçao, talvez algo do ego mas acho q devo postar minha opiniao a essa forma de inquisiçao que acontece aqui, depois medito sobre isso, e corri no quarto pegar o que tinha escrito apos ler o ultimo comentario, e pensei… ah, nao! isso nao! hehehe), logo, sendo uma forma de hatha Yoga, como escreveu o yogi Swatmarama, no Hatha Yoga Pradipika(muito obrigado Pedro Kupfer pela traduçao e disponibilizaçao em seu site) “…é a escada que conduz ao mais nobre, o Raja Yoga”, com a culminaçao no estado de samadhi, que foi explicado minuciosamentenos Yoga sutras de Patanjali(abençoado seja) atha samadhi padah.
    2.° O AVY tem uma relaçao direta, unida, com o Astanga Yoga de Patanjali, pelo fato que, através da pratica constante( regular, com muito auto-esforço, discernimento, desapego, contentamento, sem praticar violencia, nem consigo proprio nem com outras formas de vida, alem dos outros angas) seu sàdhana diàrio de àsanas, feito com muita, mas muita cautela mesmo, o praticante entra em sintonia direta com o pensamento de Patanjali(que pretensao,hein?), com o Astanga Yoga de Patanjali, e seus 196 aforismos( uma grande intuiçao me ocorreu, mas deve-se estuda-los concomitantemente com a pratica, marombeiros zen de plantao…)
    Rodrigo Carvalho, ao escrever em seu abençoado texto (assim, com um debate eletronico, cheio de emoçoes, posso conhecer ainda mais a galera da comunidade OM) mostrou que realmente ainda nao teve acesso a essa sintonia direta entre a pratica fisica, abordada por Krisnamacharya, que como todos nos, tambem foi um sadhaka um dia, e a pratica filosofica, tao belamente exposta e difundida pelo sabio Patanjali.

    Mais incongruente ainda (li uma passagem de Vivekananda que falava sobre nao criticar os outros, mas isso ainda nao canalizei totalmente), é aparecer em sua publicidade eletronica(assobiando bem belo e faceiro) que ele ensina AVY! Bom, das duas uma, ja dizia o malandro: ou ele concorda com essa informaçao, de que AVY e Astanga Yoga de Patanjali( AYP, me desculpem…) nao tem nada em comum, e continua dando aula e:ou praticando algo sem fundamento para alcançar o Yoga(yogar-se), de acordo com sua declaraçao, e continua nas trevas da ignorancia (entrei no clima de inquisiçao, da caçada as bruxas, que reina aqui), sendo um apostolo das trevas, ou deve praticar muito, mas muito mesmo, para sentir, intuir essa uniao entre os dois, AVY e AYP.
    Agora tenho que ir, mas meu texto continua, ainda nao acabei de expor meu comentario sobre o assunto, ha muitos assuntos em pauta que quero comentar. Obrigado, estejam em paz e harmonia!

  64. Em resposta ao Mário
    Mário, lendo todos os argumentos colocados aqui, alguns a favor e outros contra ao AVY, vi que indiferentemente do que praticam, todos procuraram manter seu ponto de vista, alguns mais incisivos, outros não.
    Contudo, você, Mário, foi o único até agora que não fez ABSOLUTAMENTE NADA que não fosse ficar repetindo, como um papagaio, coisas do tipo: “é o fim do AVY”, “é malhação” “é farsa”, etc. Como alguém postou anteriormente, 99% dos professores de YOga no Brasil não incluem em suas aulas outros angas que não sejam o asana ou o pranayama, tanto no Iyengar, AVY, Power, Clássico, Vini, etc.

    Além disso, generalizar toda uma classe — isso é totalmente non-sense. Isto é, só porque conheço alguns praticantes de Iyengar que se consideram os “melhores”, isso não significa que todos assim o sejam.
    Dizer o mesmo para quem pratica AVY revela a sua grande falta de tato. Veja bem, o próprio Rodrigo que escreveu o texto dá aula de AVY, e assim como ele, muitos praticantes desse estilo procuram fazer o melhor para seus alunos compreenderem toda a filosofia do Yoga.
    Já pratiquei anos com professores de Hatha e raramente estes faziam menção ao Yoga Sutra ou usavam meditação em todas as aulas normais.

    Além disso, Mário, conheço muitos professores de AVY que simplesmente não quiseram comentar aqui porque sabem que isso não vai dar em nada. Se você não aceita uma idéia, não significa que ela está errada. Leia algo mais sobre o Zen-budismo, o Osho, o Shivaismo da Caxemira, todos vão dizer o ESTADO de meditação pode ser alcançado por qualquer um, em QUALQUER forma e maneira, e não somente sentado em lótus.

    A propósito, você pratica alguma forma de Yoga: Hatha, Iyengar, Raja, Bhakti? Por favor, então, seja mais humilde, e se não conseguir ao menos expor uma idéia claramente, então não crie tumulto. O que o Rodrigo, o Pedro e muitos outros escreveram aqui vale para todos os estilos de Yoga.

  65. Rodrigo e Pedro,

    Muito obrigado a vocês pela oportunidade deste debate e por causa desse artigo, e também das denúncias. É muito importante que as pessoas tenham oportunidades de saber. O AVY se tornou uma farsa do Yoga. Uma “aeróbica-zen para baixo impacto”. É importantíssimo que mentiras como “meditação em movimento” ou “pratique e tudo acontecerá” sejam ventiladas como foram neste debate.
    Nenhum professor ou praticante de AVY conseguiu emplacar um comentário a favor dessas coisas que não fosse massacrado pela razão, pela lógica e pelo conhecimento. Ficou muito clara a falta de preparação dessas pessoas para ensinar uma filosofia tão maravilhosa quanto o Yoga. Talvez essas pessoas que tentaram criar baderna por aqui e provar esse monte de falsidades, consiga se sobressair, ou convencer alguém em algum debate sobre ginástica, educação física, esportes, competição. Sobre Yoga, está mais do que documentado aqui o fracasso do AVY como um caminho para a consciência.

    Espero que o debate continue. Muita gente ainda está cega, comprando passagens para Mysore e pingando suor em poças, achando que isso é praticar Yoga.

  66. Oi Rodrigo,
    Sou yogi e cristão. Você fez como Jesus, expulsou os vendilhões do templo. Mas o texto está dando “pano prá manga” no Orkut.
    Lá, as pessoas estão defendendo aqueles jargões antigos como “pratique e tudo virá ou Ashtanga é meditação em movimento”. Mas creio que aos poucos, as coisas vão acontecer é para quem mudar o jeito de praticar.
    Dizem que a curiosidade matou o gato, mas não custa perguntar. Uma pessoa que pratica com você disse que o texto foi censurado na imprensa. Perguntei-lhe onde e ele respondeu que também foi “censurado” por você de dizer.
    Aproveitando as revelações de Pedro Kupfer no site, não quer também você fazer sua confissão? Parabéns pela sua franqueza.
    Adorei as citações das epístolas de São Paulo. Muito legal de sua parte utilizar duas tradições que são tão importantes em minha vida. Quem tiver olhos para ver, que veja!

  67. Este artigo sobre o Ashtanga é a coisa mais maravilhosa que já li sobre o tema Parabéns!

  68. Rodrigo,
    Você é a mesma pessoa que deu uma entrevista sobre meditação na TV Minas, no programa Brasil das Geraes? Um cabeludo? Lí seu artigo e gostei muito, fiz umas aulas na Maria José Marinho e duas aulas experimentais no Centro de Yoga Integral, e constatei nessa breve experiencia tudo o que você colocou sabiamente no artigo.
    As pessoas abordam Ashtanga como ginástica. Não tem nenhum respeito pela tradição que dizem ensinar. Não há espiritualidade, nem filosofia alguma nas aulas. Parece uma ginástica na qual colocaram alguns nomes dificeis para disfarçar de outra coisa.

  69. Cara Sandra,

    Eu já tinha desistido de participar do debate porque achei que para uma comunidade de Yoga estava ficando muito agressivo. Aliás, fiquei impressionada com a animosidade de alguns comentários!
    Mas como você postou duas vezes achei que seria indelicado não te responder. Não tenho a pretensão que todos comunguem das minhas idéias, só espero uma dicussão com respeito.

    Sandra, vou tentar esclarecer o meu ponto de vista novamente. Mas, por favor, tente ler com atenção: escrevo embasada na minha experiência pessoal. Veja bem, desde o inicio deixei claro que pratico Yoga há apenas dois anos e que estava defendendo os meus professores e alguns colegas de Ashtanga.
    Já me disseram para parar de ser insistente e deixar de defendê-los, como se isso representasse a defesa de todos os professores e praticantes de Ashtanga. Jamais quis fazer isso, pois não tenho conhecimento para assumir esse papel.
    Nem conheço os professores americanos citados aqui. Me tirem desse papel que me colocaram ou eu, com os meus argumentos, me coloquei.
    Dentro da proposta do artigo, não mereço toda essa atenção!
    Deixei claro para o Rodrigo (espero) que não concordava com as generalizações em relação ao ensino do Ashtanga porque a MINHA EXPERIÊNCIA aqui estava sendo diferente.
    A proposta dele no artigo e aprofundar o ensino dos angas e eu tenho isso nas minhas aulas. Talvez não da maneira ideal, como ele propõe, mas por outro lado, eu tenho consciência que não são aulas “malhação” ou apenas com pratica de asanas.
    Gostaria de levar o Rodrigo numa dessas aulas para ouvir o parecer dele.
    Quanto ao Ashtanga não ser tão popular aqui, me refiro APENAS à cidade de Denver. Dois estudios que ensinavam apenas Ashtanga fecharam. As aulas populares são justamente as que você citou como derivadas do Ashtanga, Vinyasa e Power Yoga. Estão sempre lotadas.
    Eu ja fui nessas aulas e, com certeza, elas não seguem so o estilo Ashtanga (que eu conheço). Os professores fazem adaptações do Surya Namaskara 1 e 2 e os asanas são completamente imprevisiveis.
    Você fica dois ou três minutos sentadinha no inicio e no final e “malha” no tapetinho. Ate tem ásanas da Primeira e Segunda serie, mas sem sequência definida e com varias poses de outros estilos.

    Quanto as aulas de Ashtanga, nenhum dos professores que frequento tem tempo suficiente para fazer a primeira serie na aula. Um deles, nas quase duas horas de aula, usa uns 45 minutos para mantras, meditação e conversas sobre o Yoga Sutra.
    Eu não discordo das idéias propostas no artigo do Rodrigo. Nem tenho base para tal. Alias, seria muito bom, se os professores de todos os estilos, procurassem dar uma aula como ele propõe.

    Quanto ao Pedro, muito antes de frequentar aulas de Yoga, comecei a ler os artigos dele na Internet. Admiro o trabalho dele desde quando ele praticava Ashtanga.
    Em hipótese alguma quero desrespeitar o Rodrigo ou o Pedro com a minha defesa ou meus questionamentos. Não me coloquem tambem nessa posição so porque não disse “amem” para todos os argumentos deles.
    Sandra, amigos já tinham me avisado que era preciso tomar muito cuidado para fazer elogios, mesmo que especificos, aos Estados Unidos para brasileiros.

    Não levei a sério o comentário e jamais imaginei que numa comunidade de Yoga encontraria essa hostilidade. Não sou nenhuma ingênua e nenhuma moça, como ja me chamaram aqui.

    Sou mãe de dois filhos e um ja tem 19 anos. Eu sei que esse pais tem varios problemas. Sei que e uma sociedade consumista é bélica. Mas generalizar a população americana dessa forma seria como dizer que somos todos corruptos por sermos brasileiros.
    E olha Sandra, podemos sim estar falando de diferentes paises.. A VERDADE NUNCA É ABSOLUTA, SEMPRE DEPENDE DO PONTO DE VISTA DO OBSERVADOR.

    Não costumo mais vestir bandeiras. Passei da fase. Aliás, os que me conhecem sabem que uma das minhas caracteristicas é a ponderação e a crítica a qualquer tipo de preconceito.

    Espero que tenha sido clara e vamos permitir que a discussão possa continuar em torno do artigo do Rodrigo.
    Tudo de bom para você! Namastê,
    Karla

  70. Karla,
    Perdoe a insistência, mas já que parece que você está vestindo as cores da bandeira americana, acho que posso trazer algum conselho útil.

    Primeiro direi o mesmo que Rodrigo, leia meu depoimento sobre práticas nos Usa, com atenção. Não estou citando professores de pouco renome, mas alguns dos maiores discípulos de Pattabhi.
    Segundo, quero lhe dar um conselho, de amiga, como aqueles bons conselhos que avós nos dão. Perca suas ilusões sobre esse país Karla, é a própria Babilônia, as coisas aí são meio mágicas, nos seduzem, nos compram. Não perca seu tempo defendendo tal soberania. Você certamente vai se arrepender quando acordar. As pessoas nesse país, parecem especiais, mas tudo por aí é ilusão.

    Esse país, onde incrivelmente vivi anos muito felizes, está acabando com o Yoga, Ashtanga, Iyengar, Hatha, não importa, tudo por aí acaba em ?Big Mac?. É de dar medo que os destinos do mundo estejam em mãos tão mal intencionadas e despreparadas.

    Outra coisa, você disse que o Ashtanga não é tão popular por aí, informação que´soa muito estranha. Muito facilmente rebatível. Iyengar e Ashtanga são tão populares por aí, que são quase obrigações, como fazer ginástica. Inclusive os novos Yogas, como Vinyasa e até Power saíram dele. Será que moramos no mesmo país?

    Como você sabe que saiu aqui no Brasil uma matéria de seu professor? As informações que você passa soam muito estranhas realmente, dá impressão de que não são de alguém que está vivendo nesse país.

    Bom, não vou acusar sem saber, seria injusto e de mau gosto. acho estranho acreditar que ashtanga não é popular aí, e que há tantos professores formidáveis como você diz. Não foi isso que vi, não é isso que as pessoas estão vendo.

    Acho que você idealizou, coisas que não existem. Seus professores podem estar acima da média, pelo que você demonstra, não nego. Mas é muito importante deixar claro que a média aí é muito baixa, medíocre para falar a verdade. Toda generalização é perigosa, toda regra tem exceção, mas a maioria sempre conta mais.A maioria por aí vende e pratica um Yoga enlatado.

    Desculpe se pareço implicar com você, mas não posso deixar que as pessoas aqui acreditem nessa idealização que não é real. Este país é um deserto de Yoga, você nâo pode querer negar isso por ter encontrado um ou dois cactozinhos com flor. Li a matéria com Michael Rawlinson e nâo o conheço, mas parece claro estar muito aquém do tipo de professor que esse movimento está sugerindo.

    Você devia estar muito orgulhosa que de seu país saíram dois professores fazendo uma reforma nessa lambança criada por Pattabhi e espalhada principalmente por seus discípulos dos USA.

    Tudo bem que Pedro é uruguaio, pelo que me disseram, mas não importa, é “hermano”. Além do mais está aqui transformando o Yoga numa referência. As coisas reais acontecendo aqui e você defendendo migalhas por aí, não dá para entender.

    Devia estar feliz por ter idade para participar dessas mudanças. Tenho quase cinqüenta, para mim só dá para agradecer para os filhos e netos.

    Namastê!

  71. Gostaria de parabenizar o Rodrigo pelo artigo, realmente lindo.
    O foco desse artigo foi o Ashtanga Vinyasa Yoga , mas acredito que todos os professores e alunos deveriam repensar suas práticas e o que buscam com ela.
    Sempre que viajo gosto de procurar novos professores e fazer prática com eles, fiz pratica com uns 15 professores em São Paulo, mais uns 20 professores em floripa e quase todos os professores da minha cidade das mais diversas modalidades possiveis.
    De todos esses somente o Marco Shultz e o Pedro Kupfer incluiram meditações na suas praticas, o resto são aulas de asanas com nome de Yoga.
    Claro que não estou considerando meditação os professores que deixam os alunos 3 minutos sentado em silêncio e chamam isso de meditação.
    Mas entendo essa postura dos professores , na verdade as pessoas pensam que Asana é Yoga, a midia mostra o Yoga com fotos de posturas e a velha promessa de saude perfeita.
    Se você tenta incluir meditação , pranayamas ou tenta ensinar Yamas e Niyamas você corre o risco de ficar sem alunos, primeiramente que para dar uma aula assim seriam necessarios pelo menos 2 horas de aula e as pessoas não tem tempo pra isso , e em segundo lugar o numero de pessoas que realmente querem apronfundar no Yoga é pequeno e vc teria uma sala com poucas pessoas, o que te faria repensar na hora de pagar o aluguel ou as contas no final do mês.
    Se realmente quer ensinar Yoga , primeiramente acredito que as aulas não deveriam ser sua fonte de renda, mas sua pratica de Karma Yoga.
    Caro leitor, observe se as informações deste artigo e faça uma análise do seu professor independente da modalidade que ele ensina , porque isso faz do mundo do Yoga em geral , tanto no Brasil , EUA , Europa e mesmo na India.
    Namastê.

  72. Quero deixar registrado minha grata surpresa e admiração com o texto “Repensando o Ashtanga Vinyasa Yoga”… Há aproximadamente 10 anos envolvido com Yoga e já tendo vivenciado algumas linhagens/estilos, o Ashtanga me impressionou.
    Ainda assim, após quase um ano nesta prática e paralelamente envolvido com a sabedoria milenar da medicina Ayurvédica, passei a me questionar como “adaptar” minha prática de forma a suavisar, respeitar meu corpo, provocar menos (ou nenhuma) dor.
    Acredito, também, que posso experimentar de forma mais profunda um prazeroso estado de centramento durante e após as aulas… espero ser possível pois seria lamentável ter de abandonar o Ashtanga, já que identifico aspectos igualmente benéficos na sua forma intensa de ser. Vejamos, agora, como será..?
    Obrigado, Rodrigo!
    Jorge Guedes – Brasília/DF

  73. A entrevista com Pattabhi Jois, em inglês (incompleta).

    Gente, gostaria de frisar que em momento algum enviei o texto com o intuito de desmoralizar a Ashtanga, nem conheco o Pedro. Inclusive, ressaltei que muitos dos conceitos apresentados, se assemelham aos de Iyengar. Acho que as oscilações da mente estão impedindo alguns de ler com clareza. Para mim é claro. O próprio Yoga Sutra diz que os 8 passos do Yoga devem ser trilhados um a um.

    Mário, como admirador do trabalho de Iyengar, você sabe muito bem que o mesmo recomenda primeiro um corpo forte, depois o pranayama e, por último, a meditação.

    Practice Makes Perfect

    An Interview with Sri K. Pattabhi Jois, from Yoga International, Jan/Feb 1994.

    Where did you learn Yoga?

    From my guru, Krishnamacharya. I started studying with him in 1927, when I was 12 years old. First he taught me asana and pranayama. Later I studied Sanskrit and Advaita philosophy at the Sanskrit College in Mysore and began teaching yoga there in 1937. I became a professor and taught Sanskrit and philosophy at the College for 36 years. I first taught in America in Encinitas, California, in 1975. Now I?m going all over America. I will teach anyone who wants the perfect Yoga method ? Ashtanga Yoga ? just as my guru taught me.

    Do you also teach your Western students Sanskrit?

    No, only asana and pranayama. You need Sanskrit to understand the yoga method, but many people, even though they would like to learn Sanskrit, say they have no time. It is very important to understand yoga philosophy: without philosophy, practice is not good, and yoga practice is the starting place for yoga philosophy. Mixing both is actually the best.

    What method do you use to teach asana and pranayama?

    I teach only Ashtanga Yoga, the original method given in Patanjali?s Yoga Sutra. Ashtanga means ?eight-step? Yoga: yama, niyama, asana, pranayama, pratyahara, dharana, dhyana, samadhi.
    The Yoga Sutra says ?Tasmin sati svasa prasvasayor gati vicchedah pranayamah (2.49).? First you perfect asana, and then you practice pranayama: you control the inhalation and the exhalation, you regulate the breath, you retain and restrain the breath. After asana is perfected, then pranayama can be perfected. That is the Yoga method.

    What is perfect asana, and how do you perfect asana?

    ?Sthira sukham asanam (YS 2.46).? Perfect asana means you can sit for three hours with steadiness and happiness, with no trouble. After you take the legs out of the asana, the body is still happy. In the method I teach, there are many asanas, and they work with blood circulation, the breathing system, and the focus of the eyes (to develop concentration). In this method you must be completely flexible and keep the three parts of the body ? head, neck, and trunk ? in a straight line. If the spinal cord bends, the breathing system is affected. If you want to practice the correct breathing system, you must have a straight spine.

    From the muladhara [the chakra at the base of the spine] 72,000 nadis [channels through which prana travels in the subtle body] originate. The nervous system grows from here. All these nadis are dirty and need cleaning. With the yoga method, you use asana and the breathing system to clean the nadis every day. You purify the nadis by sitting in the right posture and practicing every day, inhaling and exhaling, until finally, after a long time, your whole body is strong and your nervous system is perfectly cured. When the nervous system is perfect, the body is strong.

    Once all the nadis are clean, prana enters the central nadi, called sushumna. For this to happen, you must completely control the anus. You must carefully practice the bandhas ? mulabandha, uddiyana bandha, and the others ? during asana and pranayama practice. If you practice the method I teach, automatically the bandhas will come. This is the original teaching, the Ashtanga Yoga method. I?ve not added anything else. These modern teachings, I don?t know? I?m an old man!

  74. Querido Rodrigo!

    Muito bom o teu artigo. Tb penso o mesmo a respeito, muitas pessoas praticam para ficar com corpo bonito e foge-se à meta do Yoga. Não consigo chamar de yoga uma pratica que não tem meditação, pranayama, yama e niyama. espero que seu artigo não cause uma polemica mas sim uma reflexão…Namaste!

  75. Como disse antes, não quero ser repreendida por ninguém, mas tenho que dizer que nunca me senti tão decepcionada e ao mesmo tempo tão feliz.

    Decepcionada de ter perdido tanto tempo investindo nessa prática, feliz porque esse artigo, trouxe uma esperança de recuperar meu tempo perdido, usando o que adquiri com meu corpo e adequando agora as coisas a uma nova-velha realidade: o Asthanga Yoga de verdade, como disseram Pedro e Rodrigo.

    Fui enganada sim, eu era inocente, como fui enganada no Derose. Mas nunca mais serei idiota. Quero distância do mundinho ashtangi.

    Karla, pare, por favor essa história de professores americanos maravilhosos está cansando, não convence ninguém. Fiz aulas com Clayton Horton, com Corigliano, com Michael Gannon.

    Estou mais arrependida que nunca, eles não são apenas tão enroladores quanto o Pattabhi, eles também são tão sem-vergonhas como ele, e acham que nós brasileiras somos mulheres fáceis. Estou cansada de ler essa sua defesa.

    Prove, nos dê o endereço das páginas desses professores incríveis americanos.

    Não é suficiente o Rodrigo ter provado que eles não ensinam Ashtanga Yoga. VAMOS PARAR DE PATROCINAR MENTIRAS.

  76. Cara Sandra,
    Eu realmente não vi o teu comentário. Apesar de gostar de defender o meu ponto de vista, me esforço para olhar a realidade por outros ângulos. Jamais deixaria uma informação de lado simplesmente por ser conveniente para mim.
    Como você, escrevo baseada na minha experiência pessoal. Não tive oportunidade de praticar Ashtanga Yoga com professores renomados internacionalmente, mas respeito e admiro os meus professores e acho que a pratica deles e profunda. Como ja disse, acho que eles não se enquadram no estereótipo que foi citado aqui, nos depoimentos.

    Quanto aos americanos, não comungo dessa visão generalizada. Acho que, tanto aqui, como no Brasil, existem pessoas extremamente materialistas e outras despreendidas e espiritualizadas. Tenho queridos, bons e conscientes amigos nos Estados Unidos, que combatem o consumo exacerbado, a politica americana internacional (e sei que uma parcela considerável da sociedade também) e seria hipocrisia da minha parte se simplesmente consentisse com esssas generalizações.
    Mas vou tirar o meu time de campo nessa dicussão porque o objetivo aqui e discutir o artido do Rodrigo e eu acho que já colaborei (um pouquinho) para sair do foco do debate.

    Namastê!
    Karla.

  77. Rodrigo você é mentiroso, disse que não estudou. É mentira, você fez foi advocacia, é um desperdício, você não ser advogado. Pedro também, vocês deviam sair do Yoga, virarem debatedores, negociadores, sei lá. Estou brincando, por favor nunca saiam do Yoga!

    Acabo de ler tua resposta a João José, isso é que eu chamo de enforcar a pessoa com as próprias palavras. Aconselho a todos lerem com atenção. O Pedro já tinha mostrado algumas vezes quantas desmiolices eram faladas por ele, mas essa resposta foi uma aula. No lugar dele, pensaria em suicídio (tô de brincadeira). As respostas para a tal de Mari, e essa moça chamada Karla também, não deixam pedra sobre pedra, não passa nada batido.

    Essa moça Karla é a pessoa mais corajosa que já vi, ou mais sem noção, não conseguiu emplacar uma opinião sequer que não fosse desconstruida, desmantelada, desarticulada. Foi uma puxada de mat (outra das expressões da onda )atrás da outra, tapas mortais em luva de pelica. E ela continua, não desiste, tentando salavar os professores americanos de AVY do juízo final.

    Uma amiga minha fez aulas com um chamado Joseph Page e a esposa dele Lila, lá do Sul, falou que o homem e a mulher são “bons de com força”. Tem o David Frawley, também, que é especialista nos Vedas e ayurveda, mas que poderia dar aula de Yoga para todos os professores que essa moça citou. Devem ter outros, mas o funil vai apertando, .

    God save america, in god we trust(como sou burro, isso não é na Inglaterra?), mas Yoga por aí, nas terras do tio sam, vou citar o filósofo morto brasileiro bussunda: “fala sério”.

    Moça, queria ter sua coragem, você não cansa de ver as coisas que diz serem jogadas por terra. Isso sim é suicídio, tática kamikaze de proteção do AVY, mas infelizmente você errou o alvo em todas. está morrendo a toa pela causa, vai ter que melhorar muito a mira.

    Esse artigo, e os comentários que foram trazidos pelos cabeças, redefiniu o AVY, aliás trouxe o AVY para o mundo do Yoga, bem vindos AVYpeople, só falta mudarem agora para entrarem no paraíso. Aposto que gostarão mais que a Disneylandia, Yoga não é diversão, nem aeróbica espiritual, aceitem esse artigo em seus corações e se batizem novamente, renasçam para o Yoga de verdade,. Aliás, bem vindos a verdade, ela dói mesmo.

    Me despedindo agora, Pedro e Rodrigo,

    Vocês criaram a CPI do AVY, não vai sobrar pedra sobre pedra, apenas moralidade e bom senso. Quero ser um humilde bobo da corte do novo reino. Taí, é a CPI

  78. Caro Mangusto, Li a entrevista que você colocou. Só não entendi o seguinte: e os outros membros do Ashtanga Yoga? O senhor ensina algum método de meditação?

    Meditação é dhyana, o sétimo passo no sistema ashtanga. Depois que um passo está perfeito, você dá o próximo.

    Então só deveria ensinar asana quando yamas e niyamas estiver perfeito, certo?
    Pelo que posso observar nesses comentários é que a maioria que defende o Patthabi não aprendeu nem ahimsa ainda, e já estão praticando os ásanas. Acho que por isso não funciona.
    Alias acho que o próprio Patthabi e família não aprenderam ainda sobre o ahimsa, pelo que podemos ver na quebração de pessoas nos depoimentos aqui citados.

  79. Apenas ventilando (ventilando, que termo legal que o Pedro trouxe, sugere tirar do abafamento, do esconderijo, do sufoco, é exatamente isso que esse debate está fazendo), algumas coisas que li nos comentários.

    Acho muito importante, que Rodrigo tenha ventilado sobre aulas tipo “Mysore Style”, elas são realmente a cara do Pattabhi Jois e desse Yoga vazio que está se comentando. O Rodrigo chamou de absurdo e vou mais longe : é aproveitar-se da boa vontade e inocência dos outros. É lógico que é bom praticar sozinho em casa, ou num lugar adequado, como na natureza(ops, esqueci que Pattabhi Jois, nos aconselha sufocar e fugir do vento como o diabo foge da cruz), mas isso só é bom realmente se você sabe praticar e compreende o que isso implica, foi isso que entendi do texto, é isso que tenho visto ser debatido. Só tem jeito de meditar se se souber meditar, só é prática de Yoga se parecer com Yoga ou se se souber o que é Yoga. Aula Mysore é uma coisa muito esquisita, prinicpalente quando o cara fez umas poucas aulas e usa da velha função da “decoreba” para saber logo a série e aí chega numa aula dessas, e começa a praticar. Já ouvi muitas justificativas sobre a importante funçao desse tipo de prática, nada que descesse bem goela abaixo. Nunca me convenci, mas não vou me alongar nisso pois isso foge do assunto, vou tentar manter-me nos trilhos.
    O Mangusto disse que vários dos conceitos da entrevista do Pattabhi Jois estão no livro Light on Life. Li o livro e devo ser muito burro porque li no capítulo sobre ásanas (como em todos os outros livros desse verdadeiro mestre de Hatha-Yoga) uma visaõ muito diferente do que falou Pattabhi. Diferente demais, Mangusto, não confunda alhos com bugalhos. Pattabhi Jois é tosco para descrever ensinar e praticar asanas, Iyengar é considerado o Michelangelo do Yoga, um artista. Não tem nada a ver uma coisa com outra, a não ser o fato de Iyengar dizer que tudo começa no corpo, resumindo de forma simples o que Iyengar diz. Iyengar diz que precisamos de um corpo forte e sadio para estarmos aptos para a jornada espiritual, não diz que devemos parar no corpo e ficar a vida inteira só praticando asanas. A idéia de corpo e ásana de Iyengar está anos-luz à frente do que pode sonhar Pattabhi.

    O Murillo fez um discurso sobre o ser real, falando um monte de coisas que não entendi se queriam elogiar o autor ou discordar, devo ser burro mesmo. No final deixou uma frase solta falando sobre falsa hipocrisia e humildade, insinuando que alguns não tem. Não entendi se fala dos condutores do debate ou dos professores de AVY. Vamos tentar chegar num acordo, hipocrisia já é falsidade, como por exemplo das pessoas que sabem que o AVY tem muita coisa esquisita mas fingem que não têm, que é um Yoga nobre como falou o português João José (essa foi outra PÉROLA de frase, como a do Pattabhi). Ou como quem sabe que Pattabhi alisa todas as moças e finge que não viu, ou que é só brincadeirinha de um pobre velhinho desapegado da matéria. Não tem jeito de existir falsa hipocrisia. Falsa hipocrisia é a verdade, que é o contrário da falsidade. Sobre humildade, não acredito que se refira a ficar beijando os pés de lótus do guru e aceitar calado sem pensar tudo que ele fala, principalmente pessoas como Pattabhi. Nem muito menos achar que por que ele é idoso tem sabedoria e tem que acreditar ou aceitar,esse papo parece mesmo de missa :respeite os mais velhos, eles sabem tudo”. Os políticos são velhos, muitos crápulas do mundo também, o tempo não escolhe ninguém, chega para os sábios e os maus e ignorantes. Humildade é a capacidade de saber quem você realmente é, sem exagero nem diminuição. Entender quem é você com todas os seus defeitos e coisas boas. Não é humildade ficar falando que é ruim e nem muito menos ferí-la quando se mostra o que se sabe ou oque se tem de bom. Os condutores deste debate parecem saber quem são, o que é uma função do Yoga, eles tem controle sobre os próprios egos, com absoluta noção e propriedade do que falam. Humildade não é ficar aceitando bobagens, nem fingindo nada. Eles sabem e pronto, mostram para auxiliar todo o mundo. Essa disorção de Vedanta de falar de ser real sem ego não tem sentido nehum, todos nós somos a cara do nosso ego. Alguns estão na coleira, como o dos dois debatentes, outros estão mordendo, como o meu ego, e outros estão se escondendo para atacar de surpresa como estão fazendo algumas pessoas do AVY. E outros, finalmente, estão fingindo que são cordeirinhos mansos, mas no fundo são os piores egos, os egos de lobo em pele de cordeiro. Isso, eu acho hipocrisia.

  80. Não publiquem isto. É apenas uma reclamação.

    Pedro, posso suspeitar que você ou um amigo seu tenha colocado essa entrevista de Sri Pattabhi Jois, para continuar desmoralizando.

    EU sei que Sri Pattabhi, não liga para a teoria, já deixou várias vezes claro que não dá ensinamentos para qualquer um. Talvez seja essa a razão de sua mágoa, não ter sido iniciado em nenhum mistério, tendo que ser humilde e se transformar num humilde batalhador dos ásanas até estar pronto.

    Mesmo sabendo que ele não liga para entrevistas, não posso acreditar que palavras tão estúpidas possam vir dele. Por que vocês não publicam em inglês hein, para a gente poder saber se foi isso mesmo que foi dito?

    É muito triste o que vocês estão fazendo, você não deveria ter dado ouvidos a esse professor (se é que ele é mesmo, não formou na escola, será que formou como professor?), ele deve ter te persuadido, hipnotizado ou coisa parecida.

    O Ashtanga Vinyasa Yoga está de luto.

    ———————————————————————-

    Cara Anônima,Desculpe, mas não podiamos deixar de colocar no ar seu comentário, já que suas perguntas e colocações contribuem de fato para este debate. Como você não assinou mesmo, esperamos que não se importe.
    Não há nenhum comentário forjado neste artigo, assim como não há comentários forjados ou informações falsas em nenhum outro lugar deste website.

    A entrevista com Pattabhi Jois foi traduzida e enviada por um leitor que assina com o pseudônimo Mangusto. Nós não o conhecemos e não temos o contato dele, mas se ele ler este comentário, talvez queira nos enviar a entrevista original em inglês, a data e a fonte onde ela foi publicada. Fica aqui registrado seu apelo.

    O professor Rodrigo foi formado em Ashtanga Vinyasa Yoga por amigos meus, muito competentes, por sinal. Conheço bem os professores dele e garanto a idoneidade de todos. Os professores do Rodrigo optaram por não entrar neste debate e nós obviamente respeitamos a posição deles.

    Não sofri nenhum tipo de hipnotismo, acredite. Você afirma que eu poderia estar magoado com Pattabhi por ele não ter considerado que eu estivesse preparado para alguma iniciação em algum “mistério”.
    Em verdade, tendo conhecido pessoalmente vários mestres ao longo destes anos de estudo e prática, percebo que aqueles que são mais autênticos e convincentes são justamente os mais generosos, os que não escondem o que sabem e estão sempre compassivamente disponíveis para tirar aspirantes como nós das trevas da ignorância. Humildemente, devo dizer que tenho minhas dúvidas sobre se Pattabhi está nessa lista dos mestres generosos.

    Certamente, me considero um soldado raso da prática de ásana. Já estou praticando ásanas quase diariamente há 25 anos e sempre tenho algo a aprender. Procuro me manter atento e aberto para aprender em todas as situações e não perco a chance de praticar com amigos e alunos, pois sempre aprendo com eles. Não tenho nenhuma pretensão de entrar para a “nobreza” dos praticanes de ásana, já que descobri faz um tempinho que a iluminação não depende de colocar o pé atrás do pescoço. Sou da turma do fundo, aquela que fica praticando mais devagar, ouvindo seu próprio ritmo.
    Namastê!
    Pedro Kupfer.

  81. Namastê amigos do yoga.pro

    Gostaria de registrar também uma opinião sobre a entrevista com Pattabhi Jois.

    Acho que a entrevista já diz tudo. Ele simplifica tanto, tanto, tanto o Yoga, que fica banalizado, sem graça.

    Achava que a forma de meus professores ensinarem era pelo fato da cultura americana gostar das “coisas” rápidas, sem entrar muito na filosofia, algo meio “fast-food”, mas pelo visto, essa forma superficial de abordar o Yoga vem de Pattabhi Jois, mesmo. Ignorância que vem do berço….

  82. Perdoe-me por minha ignorância desde já! Sou apenas uma praticante. Adorei o artigo como todos os outros que tenha lido, é sempre uma fonte confiável de aprendizado!
    Mas muito me surpreendi com os comentários! Respeitando a forma como cada um conduziu esses debates aqui listados, me veio um dos ensinamentos do sutra, que fala sobre a importância do sentido que damos a todas as coisas, e como isso está vulnerável as flutuações da mente, e suas distrações!Esse artigo propiciou diferentes reflexões, mas acho que todas se afunilam nessa reflexão.
    Independente de quem ensine ou de quem aprenda, todos somos feitos da mesma substância e sujeitos ás mesmas oscilações…Cabe a cada um conduzir todo e qualquer movimento externo ou interno para um conforto universal!Para isso me utilizo do Dharma…Prefiro conduzir essa leitura rica em diversidade, de forma a me trazer tranquilidade e responsabilidade para com minhas ações: palavras, pensamentos e sentimentos. Entendo que o Yoga é um instrumento de auto-estudo que nos possibilita gerenciar a melhor forma de interpretarmos às ações externas e internas!
    Obrigada a todos por me possibilitar essa auto-reflexão.
    Nasmastê!

  83. Este comentário responde ao comentário de João Mendes.
    Penso que todos ganharíamos se o João tivesse relido o seu comentário antes de o publicar, uma vez que se o tivesse feito com certeza teria desistido de o enviar ou, pelo menos, talvez tivesse eliminado dele as críticas e objecções já gastas que faz, e que já foram exaustivamente e exemplarmente respondidas pelo Professor Pedro noutros comentários.
    O primeiro erro cometido por este comentarista reside na sua definição de calúnia: João, uma calúnia não provada é um pleonasmo.

    E não me parece que o Professor Pedro tenha o ónus de apresentar mais provas das suas afirmações além das que já apresentou. Relatou situações presenciadas por ele, que testemunhou na primeira pessoa (o que é em si prova suficiente, pelo menos para quem conhece a sua honestidade e rectidão de carácter), e convidou todos os interessados a obter mais informações sobre o tema na Internet, onde muitas outras pessoas apresentaram as suas denúncias, ou então a dirigirem-se a Mysore para verificar in loco a veracidade das suas afirmações. Mais do que isto, só se o Pedro se dispusesse a ir a Mysore fotografar Pattabhi com a mão na massa (ou, melhor, na virilha de alguma aluna).

    Por outro lado, João acusa Pedro de ser precipitado por contar o que viu, e ao mesmo tempo critica-o por ter esperado 6 anos pela altura adequada para o fazer. É difícil não ver a falta de coerência entre as suas várias afirmações.

    Uma última nota sobre esta afirmação de João ?Asana não é feito para o bem do corpo, e sim para moldar o corpo para bem do Yoga.? Felizmente que os meus professores não entendem assim, caso contrário não estaria disposta a ceder o meu corpo para ser ?moldado?, sem qualquer cuidado nem respeito pelos seus limites, para bem do Yoga, por mais que aprecie esta filosofia milenar? 🙂

    Namaste!

    Maria.

  84. Rodrigo,

    Namastê!

    Estou horrorizada com tanta confusão. Eu li o artigo logo que saiu, e desde este momento tenho pensado em formas de mexer na minhas aulas de um jeito que não incomode ou não deixe os alunos assustados com alterações, você disse que era apertado de dinheiro e eu também sou, não posso perder alunos. Tentei te contactar pelo endereço que vocês forneceram e não consegui.

    Vc diz que ainda tem muito mais sujeira debaixo do tapete, gostaria muito de saber o que é essa sujeira. Esse artigo mexeu profundamente comigo e com minha maneira de praticar, inicialmente pensei até em parar, mas o debate me fez mudar de idéia sobre isso também. Se você for menos enigmático, saberei oque é preciso mexer primeiro.

    Vou continuar tentando uma resposta sua, mas não quero dizer meu nome, porque também moro em Minas e tenho medo de repressão de “amigos”.Vou tentar de novo direto no seu endereço

    Pedro, você só demonstra sua seriedade colaborando com movimentos como esse.

    Saudações!

  85. Caro João José,

    Se você ler o comentário que escrevi para Karla, vai constatar que não estou apostando em generalizações.

    Gostaria de entender o que você chama de ?barulho mental?. Esse é um conceito bem relativo. Minha esposa, ao ler mensagens do debate, me disse várias vezes que eu não deveria ficar respondendo vários dos comentários enviados, que deveria ignorar, evocando uma pretensa atitude de superioridade como esta dos professores que você citou. Minha filha de dez anos, que também fica incomodada de ser privada do pai algumas vezes, por causa desse debate, certa vez, na casa de parente que visitávamos, sentada ao meu colo quando eu lia, falou que alguns comentários que chegaram para mim e para o Pedro eram ?coisa de gente doida?.

    Para elas talvez o ?barulho mental? e a ?consciência periférica? esteja sendo utilizada pelas pessoas que nos enviam comentários improdutivos. Fiz várias vezes pedidos para mantermos o foco do debate, mas parece que poucos querem.

    Recebi no trabalho mensagens agressivas depois que critiquei as aulas Mysore, provavelmente de professores. Mensagens que não faziam o mínimo sentido, eram apenas agressões diretas a mim. Talvez para estes ?barulho mental? seja minha crítica.

    Como vê, não tenho computador em casa, e tenho que ir a lan-houses ou aproveitar visitas a casas de quem tem computador. Muitas pessoas estão considerando este debate como válido para seu próprio crescimento e esclarecimento. O que você chama de exagero da minha parte, chamo de dever, esforço e consideração. Se eu não tivesse consideração não responderia grande parte dos comentários que chegam. Mas não acho correto desconsiderar ninguém, independente do que escreveu ser pertinente ou não.

    Quanto à ?guerra santa?, se você nos acusa, ao meu ver é uma inversão de papéis. ?Guerra santa? é coisa de fundamentalistas, gente extremada, de orientação fanática. Com um mínimo de discernimento e paciência para reler os comentários e nossas respostas, você vai poder constatar que essa postura coube perfeitamente nas atitudes de muitos dos professores e praticantes (aqueles que não são ?nobres? o suficiente para se manter isentos).

    O que você deve considerar absurdo é o fato de que eu e Pedro nos defendemos dos ataques pessoais, muitas vezes usando as próprias palavras do agressor, para mostrar sua incoerência. O fato de termos consideração não implica que tenhamos que coadunar com opinões sem fundamento moral, lógico ou ético. O termo ?disputa de egos?, ao que me consta fui eu mesmo que utilizei quando um professor me fez a absurda proposta de ?discutir? os shastras como num duelo.

    Apesar de minha esposa ter pedido que não me envolvesse tanto, creio que já me envolvi no momento em que escrevi um artigo que incomoda a conveniência alheia.

    A paz do mundo do Yoga, especialmente no meio do Ashtanga, é uma paz falsa, ela repousa na ?cama? da conveniência. Se ninguém ferir a suscetibilidade alheia, todo mundo fica em paz e amizade. ?Sou muito tranquilo, até que pisem no meu calo?, ou ?sou seu amigo, mas não toque no meu bolso?

    Seria oportuno também expor porque você considera que ?é um equívoco opor tão rasteiramente o Ashtanga Yoga ao Ashtanga Vinyasa Yoga? , e porque ? não se trata de oposição?. Também seria proveitoso que por favor explicasse como ?O Ashtanga Vinyasa Yoga pode ser entendido perfeitamente como um meio para a realização do Ashtanga Yoga ?. O objetivo deste debate é exatamente elucidar as pessoas. Gostaria muito que estivéssemos discutindo formas de crescer e melhorar, mas muitas pessoas só querem provar que estamos errados, mas também não provam.

    Você disse que sua ?mestra?, além de professora é uma ?praticante exímia de Ashtanga Vinyasa Yoga?, que não se restringe a fórmula de aulas habitual. Parabenizo-a por ensinar de forma diversa que a convencional enriquecendo suas aulas com a prática de outros angas. Você está redondamente enganado colega, o Ashtanga Vinyasa é um Yoga ?globalizado?. Em todos os cantos do mundo é possível encontrar aulas iguais, ?fiéis? à forma original, ?como ensinado em Mysore?. Quem ensina diferente costuma ser estigmatizado como desvirtuador.

    Tenha a bondade de informar o nome de sua ?mestra?, dando as pessoas a oportunidade de conhecerem formas mais completas de praticar. Não seria justo você priva-las de tal informação. Essa forma de abordar o método é muito incomum. Infelizmente não somos um ?grupo tão heterogêneo?, acho que a própria classe se rotulou e se enquadrou num esterótipo.

    Concordo com você ?que precisamos sempre ser alertados por outrem quanto a nossa necessidade de uma atitude humilde para, enfim, aprendermos um pouco mais.? Útil conselho, pelo qual muito agradeço. Espero que o artigo também sirva a você e a nossos colegas como um convite à humildade para refletir e buscar formas de aprender mais. Os shastras e os verdadeiros mestres existem para isso. Foi para propor isso também que começamos este debate.

    Exatamente porque preciso ?conhecer mais do universo do Yoga? (muito mais), que me esforço para estuda-lo e conhece-lo um pouco melhor, pois acho infrutífero praticar apenas asanas. Como acho egoísta guardar para mim esta visão, sugeri a todos também estudo e reflexão e mais coerência com o universo do Yoga nas práticas do Ashtanga Vinyasa.
    Tenho que concordar novamente com você, relatei de forma introdutória, ?superficial? alguns problemas do Ashtanga Vinyasa. Se nos ?prendermos? ortodoxamente as instruções dos sutras, poderemos constatar que as diferenças entre o método e o Ashtanga Yoga de Patanjali são muito maiores que coloquei. Optei por ser ?superficial? já prevendo tanto ?barulho?. Além de querer mais do que apenas questionar e criticar. A segunda parte do artigo objetiva propor idéias, tem um posicionamento construtivo. Nós poderíamos começar a partir de agora a buscar nos sutras e outros shastras formas de sanar outras ?fragilidades? teóricas e incongruências do método. Por isso precisamos de apoio e diálogo com professores sérios e abalizados, para sair da superficialidade.

    Agradeço muito sua consideração por não se ausentar deste debate , refugiando-se na mesma atitude nobre de nossos colegas que preferem ignorar a utilidade de uma discussão como essa, que tem por objetivo melhorar o ensino do método. Talvez a humildade não seja para os nobres, é provável que não precisem refletir nem melhorar, estão acima do bem e do mal, superiores a essa ?barulhenta discussão?, são nobres demais para se envolver.

    Talvez se essas pessoas se dignassem a dar importância a esse ?reles? debate, poderíamos todos estar trocando amigavelmente opiniões de como mudar e melhorar, como tornar mais fáceis para todos as possíveis adaptações e melhorias no método. Tornaria nosso esforço e tempo muito mais compensador.

    Gostaria de saber João, o que para você quer dizer exatamente ?retornar ao centro, ao essencial?. Talvez esse essencial seja retornar aquela paz ?cômoda? que existia antes desse artigo e debate. Onde a comodidade, a suscetibilidade e a conveniência de alguns não era incomodada com idéias de renovação.

    ?Quais são os reais motivos que o movem??

    Por favor responda-nos essas perguntas antes de retornar ao ?nobre silêncio, onde muitos estão ?

    Fique em paz João, mas em paz de verdade.

  86. Caro Rodrigo,

    Se fosse possivel, gostaria que você exemplificasse (com detalhes) uma aula onde todos os angas estão incorporados, ou seja, a aula de Ashtanga que você defende aqui, com tanta convicção.
    Entendo que Patanjali disse que os oito estagios devem ser praticados para a purificação do corpo, da mente e da alma. Mas sempre imaginei que isso e um processo de muita disciplina, estudo e meditação e que deve ser desenvolvido gradualmente. Como o Yoga Sutra praticamente não se refere aos asanas como conhecemos hoje – esses vieram a aparecer muitos anos depois com Hatha Yoga – isso quer dizer que uma aula de Ashtanga classica praticamente não teria asanas (question).

    Ou , de acordo com o teu ponto de vista, o ideal e o estudo dos angas, mas com sequências do Hatha Yoga, ja que você abomina o estilo de Pattabhi Jois (pergunta)
    Quanto ao estilo americano, fico feliz de saber que você concorda que possa existir vida pensante em um pais com diversificadas tribos. E deixa eu te contar mais, aqui em Denver, onde moro, um dos poucos estudios, que ensinava Ashtanga Yoga, fechou por falta de estudantes. Os professores de Ashtanga, normalmente não têm aulas lotadas, porque a maioria dos alunos prefere as aulas denominadas Vinyasa Yoga, que para mim, são uma mistura de varios estilos. Por aqui, o “negocio” não parece ser tão bem sucedido, como você citou.
    Um dos meus professores e o Michael Rawlinson, que, inclusive, escreveu um artigo sobre o “O ensino do Yoga” para o Cadernos de Yoga, em outubro de 2006. Apesar da tradução, você pode ter uma ideia da linha de pensamento dele sobre ser professor de Yoga. Ele estudou com o Richard Freeman, que vive há um hora daqui, em Boulder. Olha, o Michael não tem absolutamente nada a ver com esse “estereótipo” de professor de Ashtanga Vinyasa americano que você cita (eu nunca vi). Talvez tenha que ir para California ou Nova York. Ele e aquele tipo de pessoa que pode chegar para dar aula com a camiseta ao contrario e nem perceber. Dedica algumas horas diarias a pratica e ao estudo do Yoga e ensina apenas duas aulas por semana. Não depende do Yoga para o “pão nosso de cada dia” , por isso não faz nenhum tipo de divulgação. Ele não incorpora os angas em todas as aulas, embora ressalte a importância. Mas, assim que tiver oportunidade, vou questiona-lo.
    Para finalizar, quando eu escrevi sobre não acreditar que você tivesse uma pratica mais adequada do que os Yogis que citei, pensei que pudesse estar sendo injusta. Você realmente não citou isso, diretamente, em nenhum momento. Porem, nos teus depoimentos, em alguns momentos de critica vêemente aos professores de Ashtanga Vinyasa, e essa impressão que você passou.
    Sinceramente, eu acho que no texto inicial você foi muito bem-sucedido, mas devido as criticas que recebeu, acabou se posicionado de uma maneira muito fundamentalista.
    Percebi que você gosta do Nietzche.
    Para pensar: “As convicções são cárceres”.
    “As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras”.

    Namastê,
    Karla.

  87. Nossa Senhora!

    Tenho que confessar que como uma praticante novata fiquei assustada com tanta animosidade!!! Caramba, e essas pessoas todas praticam mesmo Yoga?!? Puxa vida!!!
    Acredito que falta auto-referência, falta crer de verdade naquilo que se defende tão ferozmente, falta sair de si, de crenças e método esse ou aquele, falta estudo honesto, falta coragem de ficar nu e se olhar no espelho. E quando falta tudo isso o único caminho é atacar o outro, é apontá-lo como o único causador de todo o meu sofrimento e desconforto…
    Em nenhum momento o artigo escrito pelo Rodrigo atacou um método ou “guru”, o artigo apenas expôs o ponto de vista do autor e convidou à reflexão, que até aconteceu, mas meio “meia boca”, cheia de pré-conceitos, meio sem querer ler e entender o que realmente estava escrito, interpretando a frase antes mesmo de lê-la até o fim.
    Se alguns de vocês tivessem prestado atenção em algumas das citações do artigo, talvez as agressões que li não tivessem sido escritas. E olhe que nem eram as citações dos livros sagrados do hinduísmo. Um exemplo: ?Quando as portas da percepção estiverem abertas, tudo parecerá ao homem tal qual é, infinito. Pois o homem se enfermou a tal ponto que não consegue enxergar senão através das fendas estreitas de sua caverna?, William Blake, poeta e pintor inglês que nasceu em 1757.
    Outro exemplo: ?Examinar tudo e reter o que for bom?, Paulo de Tarso ou São Paulo, como vc preferir. É isso, tão simples!!! Por que a guerra? Por que agressão?
    Discordar das idéias do autor é sim um direito seu. Tomá-las como ataque pessoal à você e/ou à sua prática também é um direito seu. Agora, agredir o autor como pessoa não é direito seu nem de ninguém…
    Vamos lembrar de Gandhi, meu povo, vamos viver Gandhi… só assim nos libertaremos da “Inglaterra” que domina nosso ser…

  88. Namastê Rodrigo,

    Sou eu que você mencionou no comentário para Karla. Fui eu que morei alguns anos nos Estados Unidos.

    Achei muito interessante que meu depoimento não está muito longe do comentário do Flávio, onde ele critica o “american-way-of-life”. Mas Karla não comentou nada sobre o que escrevi relatando minhas experiências com os professores famosos americanos. Talvez meu depoimento não seja agradável para ela.

    Tenho aprendido muito com essa discussão. Achava que era uma veterana, mas um novo mundo se descortina sobre o Ashtanga. Pena que eu não tenho mais idade para recomeçar do zero, já quase não pratico mais.

    Meus depoimentos sobre os professores de USA estão lá, em nome de Sandra Haroldo. Acho que eles trarão uma idéia clara sobre o assunto, apesar de serem só depoimentos .

    Gostaria de falar também sobre a menção ao Jihad(guerra santa), sim, ela está acontecendo mesmo, começou e continua acontecendo nas mãos dos professores de Ashtanga, uma coisa vergonhosa, parece um ciúme, uma inveja e ao mesmo tempo despeito. Pedro e Rodrigo são muito delicados e atenciosos nas respostas mas obviamente não vão afagar o ego de quem os ataca de forma tão vil. É vergonhoso que os professores de Ashtanga só pensem em si mesmos em vez de se unir aos dois. Ainda ficam acusando coisas que não acontecem. A única disputa acontecendo, é a disputa dos egos feridos, que não querem aceitar sua situação. Diante da fragilidade, só resta atacar como bichos acuados.

    Espero que a paz se reinstale para todos poderem aproveitar essas importantes observações.

    Vocês não devem ligar para o que dizem. Esse é um trabalho maravilhoso que estão realizando, sempre haverão aqueles que querem estragar.

    Namastê!

  89. Eles voltaram!!

    Parece um enredo de filme de terror barato, mas é real. Passei o fim de semana em Campos do Jordão relaxando, de papo pro ar, e quando voltei fiquei empolgado com tantos comentários calorosos. Parece que os ashtangis despertaram de seu sono sepulcral e como múmias egípcias redivivas resolveram desferir suas maldições. E eu perdendo a festa tomando chocolate quente. É verdade, os ashtangis são corajosos, mas tem reações e raciocínios meio lentos. Já tem quase um mês esse debate e só agora trouxeram as palavras de seu Guruji para nosso entretenimento. É verdade, foi criada no Brasil uma guerra santa… santa pela oportunidade que todos estamos tendo de acordar. Abençoada porque com ela muitos praticantes se livrarão de falsos gurus e também de seus discípulos. Tanto os desinformados que não sabem quem ele é e nem que o yoga que fazem é meio estranho, quanto os empresários S.A, que ganham aquele lakshmi fácil sem ter que gastar muito latim nas aulas. Basta não ter nojo de suor e ter disposição de personal trainer. Essa é uma guerra santa e abençoada porque finalmente os ashtangis estão malhando o raciocínio também além dos músculos, na vã tentativa de ?terem? também a razão. Na impossibilidade de conseguirem isso, tentam de todo jeito desmoralizar os cabeças. Estão inclusive estudando e divulgando os ensinamentos de seu próprio guru para tentar combater (sem sucesso algum) as idéias do artigo e debatentes. Acho que todo mundo vai ganhar com isso e não estou sendo debochado. Os professores furiosos terão que engolir o próprio orgulho e lentamente ir mudando seu jeito de ensinar. Porque a partir de agora, depois desse furacão, será quase impossívelcontinuar do mesmo jeito. As guerras mudam todos os envolvidos, sem exceção. Por terem que mudar, surge tanta reclamação. Nonguém quer mudar ?em time que está ganhando não se mexe?. Mas agora os professores de AVY vão ter que fazer mais, se esforçar mais (não é nos ajustes, nem nos asanas), vão ter que estudar, nem que seja pelo temor de serem pegos de surpresa, ?no contra-pé? com alguma pergunta embaraçosa dos alunos ou da imprensa, alguma insinuação bem óbvia, por exemplo: ?Ué, mas não são oito angas, cadê todos eles?? ou solicitações como as já feitas por vários de nós mas agora vindas de algum repórter : ?por favor descreva a meditação em movimento no AVY? . Situações onde não terão um computador para se esconderem nem tempo para bolar alguma explicação mirabolante. Eu sei que sou repetitivo, mas a farra acabou mesmo. Todo muindo vai ficar ?pianinho? agora. Os olhos do Brasil estão voltados para os profissionais do AVY. Na hora de ajustar como irão advinhar se o aluno sabe ou não das denúncias? Na dúvida é melhor mudar o jeito. Não dá para saber quem leu ou não, de onde pode vir um encostão na parede, então terão que estar prontos, ter cuidados ao ajustar, estudar mais. Isso tudo é maravilhoso!!! Rodrigo e Pedro + esse artigo deram a oportunidade de até pessoas comuns como eu que gosto de debates e agitações produtivas , de colcar os professores de AVY para correr atrás do prejuízo. Quem sabe quando os ventos da mudança estiverem soprando, sem odores de discórdia e blasfêmias, quando o Avy renascer das cinzas da ignorância como uma fênix, eu volte a praticar AVY. Com professores já qualificados no ato de ajustar, sem machucar, que saibam como preservar meu corpo alquebrado e me instruir quando eu precisar de informações sobre Yoga. Pode parecer gozação minha, mas acreditem ?AVY people? , vocês ganharam um presente dos deuses, comecem a agradecer desde já e aceitem com mais tranqüilidade as dores do crescimento, reclamando menos. Lembrem-se que até professores de AVY anônimos já pediram para vocês fazerem isso. Lembrem-se que tudo que falam, mesmo anonimamente (vou dizer de novo, o Rafel fala bobagem mas é muito macho de assinar) vai ficar registrado, para todos lerem, como um documento, um registro histórico. A guerra do bom senso e da razão contra a insanidade e passamentos emocionais. A guerra da coerência dos bons modos contra destemperos e desorientação. Podem até chamar de guerra dos egos (como diz a canção, vaia de bêbado não vale), mas se vcs estão respondendo e comentando, estão dentro dela até o pescoço e lembrem-se, esse massacre está sendo documentado. Todo mundo poderá ver no futuro a luta da moral e da razão (nos dois sentidos) contra a turma do Yoga oba-oba.

    Rodrigo, Nietzche é do bem, mas Sai Baba? Bom vencendo preconceitos vou dizer as últimas coisas baseado então no sai baba (oh Deus!?!)

    Os nazistas acreditavam estar certos quando massacraram os judeus, tinham até argumentos elaborados (calma, não estou gozando por os Ashtangis não terem), mas no fundo, todos sabemos a verdade. No fundo sempre existe uma verdade, não importam opiniões. Fica difícil então crer em coisas como?O AVY não está certo mas também não está errado?, parece um Koan do zen, um enigma. Os psicopatas crêem estar fazendo o certo também. Se investigarmos podemos chegar a verdade por trás das opiniões. Os comentários estão todos gravados, os claros e lógicos e os insanos e raivosos. O final vocês decidem. (que brega)

  90. Caro Flávio,

    Não sei se você foi irônico… Espero que não! Mas deixe-me responder: não consigo imaginar alguem melhorando a si proprio, sem trabalhar por um “mundo” melhor. Não existe uma identidade independente. Isso é uma ilusão!

    Namaste.

  91. Cara Karla,

    Quem me conhece pessoalmente sabe que não sou pessoa severa, muito pelo contrário. O que você chamou de severidade, prefiro traduzir como firmeza, ou estabilidade. Estou estabelecido em minhas convicções, porém fundamentado, pois essas opiniões não se baseiam em invenções de minha cabeça. Nietzsche disse que “as grandes coisas devem antes assumir máscaras assustadoras a fim de se firmarem de vez nos corações dos homens”. A grande coisa que menciono aqui, não é o artigo, mas sim o Ashtanga de Patanjali e a Tradição do Yoga que vem sendo desfigurada, em vez de adaptada, por atitudes como essas há algumas décadas. Ainda assim, estou aberto a novas reflexões caso os comentários tragam argumentos convincentes, e posso até mudar de postura.

    Embora esteja estável nesta posição, não estou completamente confortável, não ache que estou me divertindo com tudo isso, como alguns levianamente estão afirmando em e-mails ou mensagens que me enviam. O “barulho” que as pessoas incomodadas está fazendo, também me afeta, lembre-se que ainda sou professor de Ashtanga Vinyasa.

    Não coloquei em nenhum lugar nenhuma propaganda de como ensino, para que tirem conclusões, então, você subentendeu ou inventou que eu disse que meu jeito de ensinar era melhor do que o de alguém.

    Hoje, ao abrir esta página, li a seguinte frase de Sri Sathya Sai Baba: “O que é errado é errado, mesmo que todos o façam. O que é certo é certo, mesmo que ninguém o faça”. Acho que essa frase, que coincidentemente surgiu, serve como refllexão para todos nós.

  92. Cara Karla,

    Acabo de ler seu último comentário, este que coloco se refere aos anteriores.

    Acho muito proveitoso que você nos dê um parecer sobre os yogis norte-americanos (estadunidenses, sei lá…), assim podemos perder um pouco essa mania de “demonizar” os EUA, acreditando serem eles os “culpados” de tudo de ruim que acontece neste planeta.

    Que bom que existem professores com consciência neste país, nunca desconsideramos essa hipótese, sequer especulamos sobre ela (eu e Pedro pelo menos). O fato é que os professores dos EUA que vem ao Brasil para realizar Work-shops, se enquadram perfeitamente no “estereótipo” de superficialidade que mencionei no artigo.

    Particularmente, nessa discussão, estamos falando dos problemas do estilo Ashtanga Vinyasa. Como sua metodologia, não sei se por coincidência, agrada muito aos norte-americanos, eles acabaram “quase” que sem querer sendo colocados em pauta. Ainda assim, nesse debate não temos a intenção de criticar a participação dos norte-americanos na promoção do Ashtanga Vinyasa “como ele é”.

    O fato é que, sendo um método criado por um ?guru? que não propõe o despertar espiritual, nem promove o estudo que pode levar as pessoas à consciência de si, onde há um investimento maciço na prática física, em séries progressivamente mais exigentes e complexas, sugerindo aos leigos uma idéia de “avanço”, e logo competição, parece perfeito e estimulante para uma sociedade que como você mesma disse tem o consumo como mola propulsora.

    Para um povo que sempre quis ser o “melhor” em todos os esportes, um método de Yoga que não objetiva nos fazer compreender a realidade sobre nós mesmos, nem mesmo estimula uma reformulação profunda de nossas vidas, onde se pode simplesmente testar e superar limites físicos exaustivamente, parece ser extremamente adequado.

    Infelizmente, o Brasil segue as tendências da sociedade norte-mericana, no estilo de vida e também no Yoga. Vide a proliferação de ?studios? de Yoga no Brasil e também a massificação dessa postura de encarar o Yoga como um produto, onde cada um tem que ter sua marca registrada. Pattabhi tem uma das mais bem sucedidas. Quase uma religião, com dogmas e tudo.

    Você disse em seu comentário que alguns professores dos EUA se “enquadram” nos padrões propostos no artigo. É importante que se deixe claro, que falei em ensino e prática dos angas constantemente, não de forma esporádica.

    Muitos professores de Ashtanga Vinyasa,oferecem uma pequena e superficial introdução ao Ashtanga de Patanjali em seus work-shops e depois ensinam a mesma prática que estamos criticando e demonstrando ser completamente afastada desses ensinamentos. Praticam os mesmos ajustes convencionais e ensinam os alunos a ter uma atitude que descaracteriza as poucas, mas definitivas instruções sobre asanas contidas no Yoga sutra.

    Ensinar pranayama, meditação, ou yamas e niyamas esporadicamente, em um work-shop, ou aula aleatória, utilizando uma metodologia que contradiz as instruções dos sutras e bhashyas sobre as técnicas, não pode ser considerado como Ashtanga Yoga. Ou os oito angas estão presentes, ou não podemos chamar de Ashta(oito) anga . Conheço muitas aulas de professores nas quais estes angas estão completamente “incorporados”. Algumas vezes é explícito, em outras é mais sutil, mas todos os angas estão presentes. Infelizmente nenhum deles ensina Ashtanga Vinyasa, ensinam Hatha-Yoga.

    Pattabhi Jois citou o Yoga sutra e os angas no Yoga Mala, mas se ele só ensina pranayama para praticantes da terceira série, é óbvio então que ele não ensina Ashtanga Yoga. Não conheço nenhuma pessoa que tenha aprendido valores e meditação diretamente dele. Estamos inclusive esperando ansiosamente esses relatos sobre a visão e o ensino de meditação por Pattabhi Jois. Uma professora brasileira, chamada Glória Arieira, sempre dá um exemplo “bem vedântico”, sobre coisas que não existem, como o “chifre do coelho”. Ainda assim, pode surgir algum relato convincente sobre o ensino da meditação dentro do método Ashtanga Vinyasa, ensinado segundo Pattabhi Jois.

    Fico muito contente que você esteja repensando sua ida à Mysore, acredito que seja uma prudente reflexão. Sempre é bom repensar. Mas não desista de ir para a Índia, apesar da globalização e dos desvirtuamentos, ainda existe muita gente séria por lá. Pelo menos são os depoimentos de muitos amigos confiáveis.

    Pelo que percebo, é muito comum professores dos EUA chamarem o método simplesmente de Ashtanga Yoga, talvez seja essa a contribuição de Pattabhi. Ele estimulou essa confusão durante décadas. Se os professores que você mencionou ensinam realmente Ashtanga, de forma completa, sugiro aos leitores e participantes deste debate que procurem nos sites desses professores ou se tiverem oportunidade, façam suas aulas, pois isso é muito incomum. Acredito que devam dar uma aula bem diferente da convencional.

    Não devemos nunca generalizar, você tem razão. Mas em algum lugar nesses comentários, tem um relato de uma pessoa sobre a experiência que teve com professores dos EUA (não lembro o nome da pessoa), que reforça essa idéia, às vezes preconceituosa e já arraigada que temos na América do Sul. Nesse relato ela só faltou chamá-los de ?robôs? do Yoga. Tente encontrar e ler.

    Desejo muita paz e consciência em tuas práticas.

  93. Rodrigo,

    Concordo com Karla. Evite generalizações. Muitos bons professores de Ashtanga Vinyasa Yoga não estão postando nenhum comentário aqui porque não querem se envolver nessa disputa de egos. Não se interessam por uma discussão como essa, em que alguns, incluindo você, parecem estar vivendo uma guerra santa.

    Barulho mental, consciência periférica, nada mais. É preciso retornar ao centro , ao essencial. É um equívoco opor tão rasteiramente o Ashtanga Yoga ao Ashtanga Vinyasa Yoga. Não se trata de oposição, ou diferença radical como você diz. Novamente, cuidado com as generalizações… elas embrutecem o espírito.

    Minha mestra atual de Yoga é professora há mais de trinta anos, é uma reconhecida autoridade no meio, embora não faça nenhuma publicização de si. Não menciono seu nome porque não pedi autorização para tanto, e acho que ela não gostaria de ser citada por aqui, muito menos como “mestra”, título que não a agrada. Ela é uma praticante exímia de Ashtanga Vinyasa Yoga e adota a leitura dos yamas e niyamas na aula.
    Meditação também, além de alguns pranayamas. Por isso, acho arrogante de sua parte rotular um grupo tão heterogêneo como os ashtangis. Como você mesmo disse, o Yoga é dinâmico, ele se adapta aos contextos, daí a sua longevidade e o seu encanto.

    O Ashtanga Vinyasa Yoga pode se entendido perfeitamente como um meio para a realização do Ashtanga Yoga, pelo menos no que diz respeito ao anga ásana que, como um mosaico, compõe um pouco da cor dos demais angas em sua realização. Não é oposta ao Ashtanga, mas convida ao mesmo, se for compreendido dessa forma.
    Essa visão dualista e, pior, fragmentada de uma prática tão nobre só revela que você precisa conhecer mais do universo do Yoga. Como todos nós… aliás, que precisamos sempre ser alertados por outrem quanto a nossa necessidade de uma atitude humilde para, enfim, aprendermos um pouco mais. Quero dizer que concordo com você em muitos pontos, tão bem relatados no seu artigo, ainda que de modo um tanto superficial… só queria que todos repensassem as nossas motivações para escrever aqui.
    O seu artigo foi justificadamente aplaudido por muitos, mas agora suas posições estão se tornando demasiado dogmáticas, perdendo a lucidez, a ponderação, o equilíbrio. Mas já falei demais… retorno ao Nobre Silêncio, onde muitos estão, os perplexos com tanta rivalidade, tanta ausência de ahimsa.

    Quais os reais motivos que nos movem?

    Namastê!

  94. Abaixo, trechos de uma entrevista com o Patthabi. Apenas gostaria de ressaltar que muitos dos conceitos apresentados aparecem no livro Light on Life do Iyengar. Daí, podemos concluir que ignorante ele não é. Já o resto…

    O senhor também ensina sânscrito aos seus alunos ocidentais?

    Não, apenas asana e pranayama. Você precisa do sânscrito para compreender o método do yoga, mas a maioria das pessoas, ainda que queiram aprender sânscrito, dizem que não tem tempo. É muito importante aprender a filosofia do yoga: sem a filosofia, a prática não é boa, ao mesmo tempo que a prática do yoga é o ponto de partida para a filosofia do yoga. Mesclar as duas é de fato o melhor.

    O que é tornar asana perfeito? Como o senhor faz para torná-lo perfeito?

    ?Sthira sukham asanam? (YS II.46). A perfeição em asana significa você poder ficar s entado por três horas com estabilidade e alegria, sem qualquer impedimento. E, depois que você desfaz a posição das pernas do asana, o corpo permanece feliz………

    Estamos conversando bastante sobre a prática do yoga na forma de asana e pranayama. Qual a importância dos primeiros dois membros do ashtanga yoga, os yamas e niyamas?

    Eles são muito difíceis. Se você tem uma mente fraca e um corpo fraco, você tem princípios igualmente fracos. Os yamas têm cinco sub-membros: ahimsa (não-violência), satya (veracidade), asteya (não roubar), brahmacharya (continência) e aparigraha (não-possessividade). Ahimsa é impossível, e mesmo dizer a verdade é muito difícil. As escrituras dizem para falar a verdade que for doce e não falar uma verdade que machuque. Mas dizem também para não mentir, não importa quão doce soe. Muito difícil. Você deve dizer apenas a verdade doce porque aquele que fala uma verdade desagradável acaba morto.

    Assim, uma mente fraca significa um corpo fraco. É por isso que você constrói uma boa fundação com asana e pranayama, de maneira que o seu corpo, mente e o sistema nervoso estejam todos trabalhando; então você trabalha sobre ahimsa, satya e os demais yamas e niyamas.

    E quanto aos outros membros do ashtanga yoga? O senhor ensina algum método de meditação?

    Meditação é dhyana, o sétimo passo no sistema ashtanga. Depois que um passo está perfeito, você dá o próximo. Para dhyana, você deve se sentar com a coluna reta, os olhos fechados e focados na ligação entre as narinas. Se você não consegue fazer isso, você não está centrado. Se os olhos abrem e fecham, o mesmo faz a mente.

    Yoga é 95% prático. Apenas 5% é teoria. Sem prática, o yoga não funciona, não há qualquer benefício. Por isso você deve praticar, seguindo o método correto e todos os passos, um por um. Assim o yoga é possível

    O senhor também ensina pranayama nas posturas sentadas?

    Sim. Quando padmasana (a postura sentada de lótus) está perfeita, então você está controlando o seu ânus com mulabandha e também utiliza o fecho do queixo, jalandarabandha. Existem muitos tipos de pranayama, mas o mais importante de todos é kevala kumbhaka, quando as flutuações da respiração ? a inspiração e a expiração ? são controladas e param automaticamente. Para chegar a isso você deve praticar. Pratique, pratique e pratique. Quando você pratica, novos caminhos do pensar, novos pensamentos, acontecem na sua mente. Palestras soam bem; você dá uma boa palestra e todos falam que você é o máximo. Mas palestras são 99% não práticas. Por muitos anos você deve praticar asana e pranayama. As escrituras dizem: ?Praticar por um longo período com respeito e sem interrupção conduz à perfeição?. Um ano, dois anos, dez anos… a sua vida inteira, você deve praticar.

    Depois que asana e pranayama estão perfeitos, pratyahara, controle dos sentidos (o quinto membro do ashtanga yoga), vem. Os primeiros quatro membros são exercícios externos: yama, niyama, asana, pranayama. Os quatro restantes são internos, e eles automaticamente se seguem quando os quatro primeiros foram perfeitamente aprendidos. Pratyahara significa que para onde quer que você olhe, você vê Deus. Um bom controle da mente traz esta capacidade, de modo que quando você olha, tudo o que você vê é Atman (o Si-Mesmo). Então para você o mundo está coloreado por Deus. Tudo aquilo que você vê, você identifica com o seu Atman. As escrituras dizem que a verdadeira mente yogue está tão absorvida nos pés de lótus do Senhor que nada a distrai, não importa o que aconteça no mundo externo.

  95. Uau! Namaste! ( TOTALIDADE NA AÇÃO)

    Que o movimento mecânico de teclar e pensar não desvie meu foco de direcionar o esforço integrado do compartilhar desse comentário para a beleza da libertação minha e de todos da ignorância que nos desvia do Ser Real.

    Nem acredito. Acabo de ler todos os comentários. Um exercício de grande tolerância e ahimsa para aqueles que levaram a história para o âmbito pessoal e ocuparam ainda mais, o sagrado tempo dessa sangha de buscadores do tesouro mór, da arca perdida.

    Bom momento para refletirmos sobre a eficiência desse tipo de debate sem uma mediação, pelo menos pontuando-o como foi feito em 4 itens, apenas uma única vez pelo Rodrigo Carvalho, que peço licença para sintetizar em apenas 3:

    1) Diferenças entre o Asthanga do Patanjali e do Pattabhi,

    2) A impossibilidade de se liberar das raízes dos comportamentos que nos desviam do Ser real sem o fundamento teórico para o estado meditativo,

    3) Sobre o grau de maestria de Pattabhi

    O que posso acrescentar verdadeiramente à esse debate técnico é sempre com minha experiência pessoal. Desde 96 passei por diversos estilos de Yoga e atualmente pratico o flexível Coringa Yoga, sozinho de 2 a 3 vezes por semana em média e dou aulas para iniciantes de Hatha, que inclui basicamente: uma concentração inicial para a prática, Surya Namaskar no estilo do Ashtanga ( com fixações, bandhas, vinyasa e ujjay), permanência em ásanas específicos e de livre escolha, relaxamento, concentração e meditação, tendo como referência principal a prática de um professor que prefiro não citar aqui porque não fui certificado ainda.

    Sobre o item 1) e 2)

    Na minha experiência pessoal, resolvi fazer uma aula do método do Patabbi há 3 meses atrás e saí da aula com uma ótima sensação de bem estar e o medidor de desempenho yogi atestou que meu sorriso estava próximo do limite na orelha. Mas curioso e já esquecido de ter entrado num estado meditativo no relaxamento, eu perguntei a instrutora: E a aula acaba assim no relaxamento? Não tem pranayama, nem concentração/meditação? Ela me respondeu: ?Não. Só depois de 3 anos. Pattabhi diz que é dar pérolas aos porcos?

    Confesso que durante 15 dias refleti sobre isso, considerando que os asanas dentro dos angas de Patanjali vem antes dos respiratórios e da meditação e considerando a hipótese de Patabbi ser um mestre espiritual e do Iyengar também focar sua prática bastante nos asanas, estava eu amortecendo ou arriscando o potencial da minha meditação praticando-a antes de um devido preparo corporal mais profundo ? Deveria focar pelo menos durante um tempo minha prática nos asanas?

    Sinceramente, até hoje não tenho a resposta, acho que ela passa pela compreensão do momento em que o corpo foi inserido dentro da busca do Yoga e continuo seguindo a prática do professor que fiz formação inicial, porém, considero a hipótese de que o estado meditativo seja melhor absorvido e introduzido após uma disciplinada prática corporal que já me induz indubitavelmente pela sequencia do Asthanga. Sinto o início de um estado meditativo através das constantes concentrações em nosso corpo provocada pelas fixações oculares, pelo controle do prana com ujjay e movimento e despertar da energia sutil impulsionadora dos bandhas para o além ego.

    Também acredito que muitas vezes entrei num estado meditativo no relaxamento estático e que apesar de não seguir essa frase “Pratique e tudo virá”, considero a hipótese dela significar pratique e tudo o que você precisa para se libertar virá, inclusive a demanda de conhecimentos necessário para no estado meditativo liberar os condicionamentos que ainda nos afastam do Ser em Yoga e nos prendem ao egocentrismo. O próprio auto citou: Segundo Patanjali, não se consegue a capacidade de discernir (vivekakhyatir) sem meditação.

    Sobre o item 3)

    Sobre o grau de maestria de Pattabhi, tenho ficado muito atento com a compreensão do que significa ser um mestre espiritual e mais: Compreender que um ser que se alcança no samadhi ainda terá que ter a maestria de ensinar o caminho, pq é pela absorção e difusão errônea de ensinamentos espirituais que estamos todos presos no egocentrismo. Por isso, tb fico sempre atento quando alguém dito mestre expande alguma marca, mais ainda quando impede o livre arbítrio e a fluidez de um discípulo com o dedo ou com todo o corpo como na foto.

    Do resto, minha opinião pessoal é que esse debate vai ajudar no alinhamento de muitos praticantes, mas não invalida a proposta do Yoga do Pattabi, mesmo por que o autor Rodrigo Carvalho, apenas aconselha que : “Por fim, quero dizer que não devemos apenas incluir a meditação como uma das práticas do Ashtanga Vinyasa, mas adotar uma atitude meditativa, de compreensão e contemplação durante todo o processo. Vendo todos os aspectos da prática como ?motivos? de meditação.” O que pode ser facilmente conseguido como alguns praticantes de Ashtanga testemunharam aqui, no aconselhamento de seus professores para a leitura dos sutras e estudo dos Yamas e Nyamas e a inclusão formal de respiratórios e meditação em estágios avançados, por isso, as vezes caí em gargalhada não compreendendo o motivo de tanta perdade tempo com polêmica técnica e tanto pega-karmas pessoais.

    Polêmico para mim é o que as pessoas pensam sobre os Yamas e Niyamas e sobre a primeira virtude de um aspirante do Yoga: Dissernimento, que na minha opinião pessoal é diferente da do autor. Ou seja, não acredito ser “Uma conquista impossível sem uma consciência construída no estudo, reflexão e vivência dos shastras para orientar o processo da prática.” Mas sim, saber simplesmente diferenciar 1) Seu Ser real, transcendido para além de todos egos do 2) Seu ser com egocentrismo camuflado.

    Esse dissernimento é a primeira virtude de um aspirante, os Yamas e Nyamas são um grande guia e no meu caso, sinto sim serem inspirados espontaneamente pela prática, caso as técnicas forem respeitadas.

    Apesar de ter participado desse debate, acredito cada vez mais que as bençãos de um mestre verdadeiro, absorto da plenitude do Ser Real me parece cada vez mais de grande valia no início dessa busca, para não nos perdemos em debates técnicos e nos abrimos para o segundo passo de um aspirante, o desapego do que nos afasta do real Ser e nos prende ao egocentrismo.

    Tolerem a extensão ainda maior dessa página. Foi por um desejo maior que renovo aqui de experienciar um mundo liberto, imerso na beleza, alegria e celebração do extase da sabedoria divina altruísta.

    Harih om!

    Murillo.
    (Mais um anônimo expondo experiências totalmente pessoais e fazendo uso do conhecimento universal sem falsa hipocrisia ou aspirando ser o maior dos humildes.)

  96. Pedro,

    Sou seu leitor há anos e já tive oportunidade de o conhecer e fiquei encantado. Mas agora achei isto um choque. Fofocas, na minha opinião são calúnias não provadas (o ónus da prova é do acusador), são faltas de ética. Não havia necessidade de colocar isso num debate que teve um texto de início tão bom, que não era sobre dinheiro nem sexo e sim sobre a filosofia, acabando por inevitavelmente desviar o tema principal de debate. E essa história de ser o defensor das molestadas pode ser muito romântico, mas a decência demorou 6 anos a vir a tona!Sinceramente pareceu-me precipitado e irresponsável a forma como você colocou essas suas frustrações para fora.

    Mas mais grave ainda é não haver professores de AVY que consigam vir aqui explicar por exemplo a questão do yoga korunta, que constitui uma mentira a ser verdade o que aqui se publicou e isso a nível de coerência e credibilidade da metodologia parece-me muito mais grave.

    Sobre as lesões estão a focar mal o problema. Asana não é feito para o bem do corpo, e sim para moldar o corpo para bem do Yoga. Não tem nada a ver com saúde, senão não faríamos padmasana que é péssima postura para os joelhos e coluna. É normal lesionar o corpo em asana ao se fazem practicas fortes. Mesmo assim isso é muito menos frequente que na ginástica de competição por exemplo. Na India o asana não é para embelezar ou dar saúde e sim para ir além dos limites, gerar energia e concentração. Pela idade do Pattabhi Jois, do Iyengar e do Krishnamacharya eles sabem do que fazem.

    Mais ainda: a meditação pode ser conseguida no movimento das séries de AVY e muito bem. O que Patanjala diz é para fazer asana, pranayama e dharana (concentrar-se), por a mente num desha, num campo delimitado. E as séries são esse desha. E como são fortes e difíceis a concentração fica fácil. E da concentração a mente vai até na meditação. E aí está o Ashtanga yoga de Patanjala. E além do ásana, pranayama, concentração e meditação o AVY Mysore stile ainda tem drishtis e bandhas, não confundam o que ensina o P. Jois e o que fazem os professores nas academias para ficar famosos e pagar as contas no final do mês!

    A ética eu pergunto a todos os professores aqui: quantos fazem pré e pós-avaliação ética dos seus alunos? Nem sei como isso seria possível no ocidente. Isso só é possível lá no oriente nas escolas de yoga e artes marciais que só ensinam de guru a discípulo naquele circuito fechadíssimo e prolongado por anos.

    Não sou nem professor de yoga nem seguidor do P. Jois. Sou somente um praticante de AVY. Não alinho com este queimar na praça pública (que aqui também se usa tanto).

    Fica um vídeo já com muitos anos a demonstrar que o P. Jois sabe muito além do que estão a dizer aqui. Aliás ele não tem culpa do que os professores fazem quando chegam aqui e inventam Vinyasa Flow, Power yoga e Bikram transformando tudo em ?malhação?. Nem sequer é ele que cobra os royalties?

    http://www.youtube.com/watch?v=uQGRq00xqbI

    Desculpe a opinião Pedro. Ninguém acerta sempre em tudo. Ainda o admiro e respeito muito. Abraço de Lisboa.

    Namastê.

  97. Karla,

    Não foi minha intenção fazer uma generalização em relação ao modo se vida americano. Acredito que existam professores bem intencionados. O que eu quis dizer é que se o Ashtanga de Pattabhi Jois desse ênfase aos angas certamente não teria tanta aceitação aí nos E.U.A. e conseqüentemente não geraria tantos dividendos aos seus criadores.

    Quanto às pessoas “dispostas a trabalhar por um mundo melhor”, bem…acho que se elas trabalharem para melhorar a si mesmas já terão conseguido um grande feito.

    Namastê!

  98. Rodrigo,
    Estou chegando tarde no debate, mas como acho a discussão o melhor caminho para o entendimento, quero participar dela. No meu ponto de vista, você esta exagerando nas críticas que esta fazendo ao Ashtanga, mesmo o estilo praticado com a influência do Pattabhi Jois. Hoje mesmo fui a uma aula de Ashtanga e fiquei observando, com olhos e coração bem abertos, o meu professor. Os primeiros 30 minutos de meditação, pranayama e mantras e depois uma hora de Ashtanga prática (algumas poses), seguida de mais 20 minutos de meditação. Ótimo! Com direito a comentarios baseados no Yoga Sutra, toques sobre mula bandha, uddiyana bandha e etc, etc. Mais que isso teria que ser um curso porque o professor, como você mesmo disse, vive do Yoga e dedica um tempo determinado a cada classe. Cabe ao aluno, tambem, encontrar o seu caminho no Yoga e estudar, pesquisar, meditar.
    Outro aspecto: no estudio que frequento têm Mysore classes e, embora eu não frequente porque prefiro orientações e ajustes, conheço colegas que frequentam porque querem fazer a pratica sem interrupções. São yogis que estudam o Yoga Sutra, meditam e vivenciam o Yoga, conforme você sugere no teu texto. E já fazem isso há muitos anos. Qual é o problema?
    Mais um aspecto: não te conheço pessoalmente, mas pelo teu texto, teus depoimentos e elogios de alunos, percebo que você e genuino na tua busca no Yoga. Porém, como uma humilde iniciante no mundo do Yoga, senti um desconforto com os teus julgamentos severos. Não consigo imaginar que o teu estilo de ensinar ou praticar seja mais adequado do que esses Yogis que eu exemplifiquei. Não que se deva medir, mas parece que isso ja esta sendo feito aqui. Infelizmente!
    Mas, a verdade não e absoluta e tudo depende do ponto de vista do observador, eu estou opinando baseda na minha realidade. O contexto e mais amplo. Eu sei! E pode ser que com o passar dos anos na pratica eu consiga entender melhor a tua posição. Vamos ver…
    Namastê!
    Karla.

  99. Cara Mari

    Que os professores de Ashtanga Vinyasa tem constantemente tergiversado e feito de tudo para desviar o assunto, sair do tema, distrair-nos, disso todos que tem acompanhado o debate já sabem. Ainda não houve um argumento, uma explicação convincente sobre nada, apenas colocações sem sentido e balbúrdia.

    Para mim parece óbvio o desespero desses comentários. Mas minha opinião não é importante, como disse alguém, se entendi direito, sou apenas um ilustre desconhecido e pretendo continuar sendo.

    Nunca fui santo, e muito menos escondo as coisas que fiz. Mas sou extremamente esforçado para melhorar, especialmente depois que comecei a ensinar. Nessa vida não tenho a pretensão de me tornar santo, nem muito menos guru de ninguém.

    Como disse Nietzsche, sou “humano, demasiadamente humano. Com o intuito de aprimorar essa minha ?humanidade?, resolvi empreender os últimos quatro anos de minha vida, em especial, para tentar “vivenciar” os valores do Yoga, e não simplesmente ensiná-los promovendo estudos estéreis e infrutíferos.

    Pattabhi Jois não tem a obrigação de ser um exemplo para ninguém, só existem “gurus” como ele, porque há tolos para o seguir. Mas ninguém precisa ficar ofendido por causa de denúncias. Se forem mentiras como você disse, Pedro e eu teremos nossa responsabilidade.

    Mas se for verdade, muitas pessoas serão beneficiadas. Imagina se a molestação fosse com alguém de sua família,você certamente não gostaria.

    Realmente não sei qual é a utilidade nesse debate, dessas declarações á respeito de sua própria sexualidade. Isso nada muda nessa discussão nem na vida de ninguém.

    Sexualidade não faz parte dos assuntos deste debate, estamos falando de abuso sexual, que eu saiba, isso é perversão. Sexualidade na minha opinião deve ser algo saudável, que quando acontece entre duas pessoas, deve se manifestar de forma consensual.

    Não parece que foi consentido por todas as pessoas que foram ?ajustadas? por Pattabhi (e também por outros, como sabemos)

    Mesmo se você provar que Pattabhi Jois não é molestador, isso não vai modificar a insuficiência de seu ensino. O artigo fala sobre isso. Sobre a falsidade dessa identidade entre Ashtanga Vinyasa Yoga e o Yoga de Patanjali. Sobre essa tentativa de se apropriar de um Yoga milenar vendendo uma mentira grosseira. Não faz especulações sobre sexualidade.

    Também fala da falta que faz o estudo e reflexão e a meditação dentro do “meio” do Ashtanga, fato que cada vez fica mais comprovado nestes comentários vazios, impertinentes e incoerentes que chegam diariamente.

    Mas Mari, por favor peço-lhe que se contenha, não é justo que em sua indignação você agrida o Pedro. Ele vive de e para o Yoga, como todos nós. Acusá-lo de ganhar dinheiro com Yoga é a maior hipocrisia que já ouvi.

    Acho que os professores de Ashtanga Vinyasa perderam o juízo. Já ouvimos todos os tipos de crítica e insinuação maliciosas, mas nenhuma tão baixa e sem nexo como essa. Concordo com o leitor Mario, parece conversa de católicos, que condenavam as pessoas por ganhar dinheiro e nadavam em ?ouro?.

    Todos nós professores sobrevivemos do dinheiro do Yoga, com exceção dos “filhinhos de papai”, que não necessitam desse dinheiro para viver. Pattabhi Jois, como muitos professores, também ganha dinheiro com Yoga. Eu sei que eu não ganho, minha esposa está fazendo um curso de formação com o Pedro, que para a gente é um sacrifício, não pelo custo do curso, pois esse é muito barato em relação ao que vale (vale cada centavo), mas pela nossa situação financeira que é “justa”. Insinuar pejorativamente que ele ganha dinheiro com Yoga é mais que uma sandice, é patético!

    Pattabhi Jois e várias “estrelas” do Ashtanga Vinyasa ganham rios de dinheiro, nesses workshops pelo mundo e o que ensinam? Me diga por favor.

    Na minha opinião não tem coisa mais absurda do que alguém pagar por uma aula “estilo mysore”. Pagar por um curso de Yoga onde você entra numa aula que só te ajustam (muitas vezes de forma promíscua e lesiva).

    Não falei desse absurdo chamado aula Mysore, nem sobre os ?ajustes? no artigo, pois quis evitar reações ridículas como essa. Deixei de dizer várias coisas aliás. Sinto informar querida, mas ainda tem muito mais “sujeira” debaixo do “tapete”, desculpe ferir tantas suscetibilidades.

    Acho que em nehuma época da história do Yoga existiu ?algo? parecido com práticas estilo Mysore, onde você entra na aula buscando uma orientação que lhe leve a se tornar uma pessoa melhor,buscando auto-conhecimento, como em qualquer aula de Yoga e recebe apenas ajustes. Onde o professor entra mudo e sai calado alegando que isso traz mais “independência” para o aluno.

    No passado, os professores de Yoga eram Acharyas, pessoas que esclareciam sobre o caminho espiritual . Se não temos condições de ensinarmos mais assim, que pelo menos ensinemos um Yoga mais digno. Pelo menos nos esforcemos para estudar mais e repassar esses estudos aos alunos.

    Pedro é um dos mais esforçados dos professores de Yoga que conheço. Ele vive pelo Yoga, você esperava o que, que ele desse aulas de graça e pedisse esmolas para sobreviver? Esses comentários ultrapassam o limite do aceitável, são deploráveis.

    Qual é o problema de cobrar pelas aulas de Yoga, você não cobra ? Pattabhi Jois cobra, e muito caro pelo quase nada que oferece. Muito caro! Ele extirpou meditação e reflexão do Yoga, “mutilando” o Ashtanga de Patanjali e coloca diariamente quase cem pessoas malhando e suando numa sala sem circulação de ar adequada pois interpretou equivocadamente instruções da Hatha-Yoga pradipika, achando que Yoga tem que ser feito em ?saunas? humanas. Tem gente que dá crédito ao Pattabhi e acha que para ensinar da forma ?pura? tem que asfixiar os alunos também.

    Agora me diz, você conhece alguém no Brasil que está insatisfeito com o ensino de Pedro ? Acho que não.

    Quanto á Pattabhi Jois, se você reler os comentários sobre esse artigo, vai perceber que muitos estão incomodados, muitos, com o ensino dele. Se é que podemos chamar essa forma evasiva de explicar, essa forma esquiva de justificar incoerências como ensino. Acho que Pattabhi Jois tem muitos discípulos em incoerência pelo mundo. Recebemos muitos de seus comentários no yoga.pro.br. Quanto a estas pessoas, estão incomodados realmente com a repercussão deste artigo. Com a forma como isso vai interferir na procura pelo método. Uma anônima implorou que os professores parem de falar sandices. Imploro o mesmo, ou que pelo menos falem sandices apenas sobre o método.

  100. Esse texto me fez pensar o quanto é importante a individualidade de cada um. Sou terapeuta ayurvedica, e acredito que o Yoga está totalmente conectado com os valores da Ayurveda e com o conceito dos doshas.

    É essencial conhecer seus limites e ajustar a sua prática de acordo com a sua natureza (prakruti). A prática deveria equilibrar os Gunas, alinhando Rajas e Tamas e criando mais Sattwa. Seria maravilhoso se todos soubessem qual sua prakruti e assim avaliassem qual o melhor método a ser utilizado.Acredito que será um caminho natural daqui pra frente. Namastê! Om Shanti Shanti Shanti!

  101. Flavio,

    Hoje estava relendo os depoimentos e me deparei com o teu comentario sobre Ashtanga Yoga nos Estados Unidos. Você questiona se o estilo de Patthabi Jois não combina com o o estilo americano de ser, que valoriza mais o ter que o ser. Moro nos Estados Unidos há sete anos e pratico Yoga aqui há dois.

    Não vou discordar que o consumo e realmente a mola propulsora desse pais, mas acredito que o Brasil não seria diferente, se a população tivesse o mesmo poder de compra. Isso e uma questão cultural e nos, brasileiros, somos capitalistas tambem. Não diria que esse e o sistema ideal, mas essa ja e outra discussão.
    Por isso, acho ate um pouco ingênuo ( desculpe-me) generalizar o comportamento de uma sociedade. Tive oportunidade de conhecer Yogis e professores serissimos por aqui e que, por sinal, como ja comentei abaixo, conduzem suas aulas de Ashtanga, de acordo com o que o texto do Rodrigo propõe.

    Boa parte deles foram a Mysore e praticaram com Pathabi Jois. Não saberia dizer quanta influência ele exerceu nesses professores, mas percebo que são Yogis que estão sempre estudando, meditando e vivenciando o Yoga no dia a dia.

    A generalização e perigosa. Pessoas conscientes e dispostas a trabalhar por um mundo melhor estão em todos os lugares e praticando diversificados estilos de Yoga.
    Namaste,
    Karla

  102. É minha gente,

    Temos que admitir, o Pattabhi tem seu charme. Querem defender seu Guruji de todas as formas e por isso apelam para qualquer coisa.

    Semana atrás até professores como o Carlos Eduardo colocaram comentários enaltecedores sobre Yoga, enriquecendo este debate. Sobre os comentários de Pedro e Rodrigo, não vou dizer mais nada antes que digam que estou apaixonado. Mas os professores de AVY não se cansam de colocar fogo nesse debate, de todas as formas

    Acho que é o final dos tempos, Kali-yuga, o apocalipse…

  103. “Não há nenhum pensamento importante que a burrice não saiba usar, ela é móvel para todos os lados e pode vestir todos os trajes da verdade. A verdade, porém, tem apenas um vestido de cada vez e só um caminho, e está sempre em desvantagem”

    Robert Musil em O Homem sem Qualidades.

  104. @ Mari,

    Minha cara, sinto informá-la que esta história do Pattabhi molestar suas alunas é bem antiga. Nada tem a ver com o que você disse: “isso é o Yoga no Brasil”. Ao ler o que você escreveu em seu último comentário, fica bem claro para mim que você nunca foi vítima de assédio sexual, nem foi molestada.

    Posso lhe dizer por experiência própria que aqui, como la na Índia, a “culpa” será sempre da mulher, que de alguma forma “provocou” o acontecido. Pratiquei muitos anos nos EUA e hoje moro na Europa, e tanto nos EUA como na Europa, isso do Pattabhi ser um molestador, mulherengo ja é fato mais do que conhecido por todos.

    Conversando recentemente com uma de minhas professoras, uma americana que foi molestada por ele (para ser mais especifica o tal do mulabandha check up… aquele dedo, onde você pode imaginar) posso lhe garantir que isso nao é injúria.

    Você ve nos olhos de uma pessoa que já foi molestada, o mesmo que um dia você viu nos seus. Então, você reconhece perfeitamente a verdade. Olha, aqui no Brasil o único tipo de molestador que paga por seus crimes é o molestador pobre.

    O que eu conheci molestou muitas outras antes de mim mas nunca pagou pelos seus crimes. Rico, infuente e respeitado: em quem você acha que as pessoas vão acreditar? A Índia divide em muitos aspectos nossas mesmas falhas. Por isso nao é de se assustar que um homem velho, “respeitável”, rico, não pague por seus erros.

    Independentemente de o Sr. Pattabhi ser um molestador, isso de nada invalida o método do Ashtanga Vinyasa Yoga. O problema é que para muitas pessoas fica difícil separar ele do sistema. Daí, tudo parece uma crítica ao sistema.

    Ele é apenas um ícone e nada mais… Ainda que tenha má fama para muitos e, para outros, seja um ?guru?. E talvez seja esse um dos fatores que esta contribuíndo para que o sistema Ashtanga Vinyasa Yoga seja visto hoje como mero exercício físico.

    Quando as pessoas vão procurar apenas por um corpo sarado, e encontram alguem disposto a passar apenas isso, é óbvio que este sistema fica reduzido apenas a ásana e ujjayi.

    E justamente por isso, o artigo do Rodrigo é tão válido. Esta prática física é uma preparação para a meditação, e não a meditação é si. Pelo menos no contexto da maioria das pessoas que estão praticando Ashtanga Vinyasa Yoga.

    Me sinto no direito de lhe dizer que, antes de fazer esses comentários tão fortes criticando o Pedro, sugiro que você mesma vá à Índia e pague os 600 dólares mensais para praticar com o Pattabhi. Veja com seus próprios olhos. Então você pelo menos terá uma experiência pessoal antes de dizer que o que está escrito aqui é injúria.

    Namastê!

  105. Cara Anônima,

    Gostaria de lhe esclarecer que, pessoalmente, não acredito estar ?emporcalhando? a imagem da comunidade dos professores de Ashtanga Vinyasa. Creio que isso está sendo o produto da precipitação de algumas pessoas da própria comunidade. Nós estamos totalmente abertos para um diálogo e ainda aguardamos comentários de pessoas que possam contribuir positivamente para este debate.

    Reitero que nem o autor do texto, nem quem assina este comentário, querem acabar com o AVY, como alguém sugeriu aqui. Continuamos achando que a prática é boa, mas os questionamentos do Rodrigo permanecem válidos.

    Não seja tão auto-exigente. Parece-me que você está se preparando mas não se sente segura ainda. Pode nos dizer seu nome, também. Não creio que isso faça alguma diferença. Não precisa ter medo. Estamos todos dialogando de rosto descoberto. Não precisamos nos esconder.

    Não seja tão severa com o Rafael, que defendeu bravamente seu ponto de vista e usou argumentos muito válidos. Aguardamos sua manifestação. Sem ironia. Acredito que o diálogo é possível. Somente precisamos ignorar as agressões pessoais e as eventuais ironias dos ?torcedores? de ambos os lados, e nos centrar no debate das idéias.

    Sugiro que você ignore o Mário, que tem sua própria forma de se expressar, e se concentre no debate das idéias e na contribuição que você tem para dar ao diálogo.
    Namastê!

  106. Cara Mari,

    Obrigado pelo feedback. É o seguinte: eu escutei o barulho da minha coluna vertebral sendo esmagada. Voltei para casa com três hérnias e uma fratura de cóccix. O Sharath, que também esmigalhou as vértebras lombares de Richard Freeman em 1999, ouviu o barulho, soltou aquele sorriso amarelo e disse: It?s opening. ?Está abrindo?.

    E, de fato, o que estava se abrindo eram as portas do inferno para mim. Ele ouviu o barulho e se assustou. Eu também. Depois desse dia, a coluna não parou de doer nunca mais. Não pode ter sido em nenhum outro lugar. Não há surf no rio Kauveri, que passa perto de Mysore. Não foi na escalada, nem no mar, nem noutra situação. Foi lá, inequívocamente. Você pode duvidar, se quiser, já que também está duvidando da veracidade do resto das questões que estão sendo colocadas aqui.

    Sobre a confusão jurídica que vejo em suas palavras, sem ser advogado, gostaria de lhe esclarecer que o fato de uma pessoa não ser condenada, não significa que ela seja inocente, ou que sua conduta não seja antiética.

    Ferir a ética não é crime, né? Mas, para um mestre, é no mínimo, incoerente e desabonador. Sua argumentação, Mari, parece dar justificativa a eventuais ações desse tipo por parte do Pattabhi insinuando que são as ?gurias? que ?dão mole para o guruji?, que se oferecem para ele.

    Na sua mente, ele é um inocente que ?acha normal? essa atitude por parte das alunas. Isso de fato condiz com aquela outra questão que alguém colocou neste fórum sobre o fato dele ensinar ?o que os ocidentais querem?. Ele só satisfaz a vontade de seus estudantes: alisa quem pede para ser alisada, beija aquelas que pedem para ser beijadas… É isso mesmo?

    Se fosse somente isso, tudo bem. Cada um tem sua vida e sabe o que faz com ela. O que me incomoda, é que muitas dessas moças não estavam de acordo com o tal tratamento dispensado a elas. Não havia consentimento. E, quando não há consentimento mútuo, isso se chama molestamento sexual, que é de fato um crime. O fato de acontecer e ficar sem condenação, não significa que não seja um crime e que não tenha sido cometido. Seria cinismo admitir o contrário.

    Se você rouba algo sem ser descoberta, isso torna você inocente do crime de ter roubado? Éticamente, desde o ponto de vista do dharma, com fica sua situação? E desde o ponto de vista do karma? Sua argumentação, simplesmente, inocenta o crime, desde que seja perfeito, sem provas nem condenação.

    Mas, vindo de uma figura que todos têm como referência de conduta no mundo do Ashtanga Vinyasa, é perigoso, já que seu exemplo começa a ser imitado por alguns de seus discípulos. Acho que as pessoas têm direito de saber disso, como a nossa colega Karla, que postou o comentário abaixo, pois assim ela saberá o que pode vir a testemunhar e/ou sofrer em Mysore, caso decida ir para lá.

    Desculpe se tomei a liberdade de ventilar este assunto e me arvorei em ?defensor das molestadas?. Segundo suas palavras, pelo fato de eu não ter sido molestado, não teria o direito de defender essas moças, ou advertir às outras que não gostariam de sofrer esse tratamento.

    Peço-lhe desculpas de você se ofendeu com isto mas, se você me der licença, vou continuar fiel àquilo em que acredito: a decência. Esse é o valor mais importante que aprendi com meus pais e avós. Se você não gostar desse ponto de vista, não precisa voltar para esta página. Tem outros websites onde as pessoas não dão tanta importância a essas coisas mesquinhas dos brasileiros, como você diz. Boa sorte! Namastê!

  107. Pedro,

    Eu não estou aprovando alguma coisa errada que o Pattabhi fez. Também já estive lá em Mysore e vi muita coisa. Vi por exemplo menina dando mole para o guruji, beijando o pé, dando beijinho na boca… Ele deve achar normal e não é de ferro.

    Se as gurias procuram e voltam quem vai dizer a ele que não pode? E nisso você tá errado: é tipicamente brasileiro todo mundo se acusando de tudo, mas depois são todos iguais e ninguém faz nada mesmo.
    Como você aqui uns anos depois de ter ensinado, cobrado a graninha, ganhando fama em cima dele e agora agitando a bandeira do “molestador”.

    Cara, isso não é seu papel, é de quem é molestado e até agora não tem queixa nenhuma na justiça, né? Então fica tudo na calúnia mesmo e isso, para mim, é falta de ética.

    Outra coisa estranha é sua conversa que se lesionou lá. Tudo bem pode até acontecer. Muita gente se machuca mesmo mas não é só lá. Eu não me lesionei e muita gente nao se lesiona. E o cara já está velhinho, o Krishnanamacharya faleceu com 100, eles devem saber né?
    Tem certeza que foi lá que se lesionou isso tudo? Não foi no surf não?

    Por último dizer que eu pelo menos assumo que sou viva e tenho tesão no sangue mesmo! Mas não boto mão em ninguém na aula (nem nunca levei tapa de homem como esse amigo aí que comentou o que eu disse) e não é por isso que sou menos espiritual ou em falta na ética.

    Não aguento mais tanta pose moralista nesse mundinho. Você faz avaliação ética antes de aceitar o chequinho de seus alunos? Vai conferir depois? Não né? Eu faço…

    Namastê!

  108. Olá,

    Confesso que estou perplexa depois de ler os comentários postados aqui, relacionados ao texto do professor Rodrigo. O principal motivo da minha perplexidade e que eu não fazia idéia de que o renomado Pattabhi Jois tinha fama de “molestar” suas alunas.

    Venho planejando uma viagem a Mysore para estudar Ashtanga com ele. E o motivo da minha vontade de ir é justamente para aprofundar a minha busca no Yoga. Estou frustrada com o que acabei de saber e ainda processando as informações.

    Como não sou professora e pratico Yoga (indo e voltando por dois anos) vou humildemente dar a minha opinião sobre o método Ashtanga, que eu tenho contato.

    As aulas dos dois professores de Ashtanga que eu frequento (moro em Denver, Colorado) sempre têm espaço para meditação e prática do pranayama.

    Os bandhas e drshitis são também comuns na prática. Aliás, meu professor costuma dizer que só depois de acessar a enegia do prana, o Yogi pode transcender o corpo fisico.

    E que você não pode simplesmente praticar os asanas sem ujjayi pranayama, bandhas e drishtis. Atraves deles tambem, eu ouvi pela primeira vez sobre yama e niyama. Alias, ate ler o artigo e os comentarios, eu tinha a impressão que Ashtanga Yoga era uma prática tão seria e fiel aos principios do Yoga, que por isso não era tão popular quanto Power Yoga ou simplesmente Vinyasa Yoga (essas aulas estãos empre cheias).

    Falo isso porque foi justamente em aulas, denominadas Power Yoga, onde percebi praticantes, que notoriamente estão ali para “malhação”. Mas tambem ja ouvi falar que em muitos estudios, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, Ashtanga e tambem chamada de Power.

    Pela discussão que esta rolando aqui, percebo que têm fundamento. Mas, sinceramente, não consigo imaginar os meus professores de Ashanga, ou o próprio Richard Freeman, que ensina exclusivamente Ashtanga, como yogis, praticantes de um estilo de Yoga desconectado com o Yoga Sutra.

    Muito pelo contrario. vejo-os como exemplo de yogis que estão buscando e que demonstram viver o Yoga no dia-a-dia. Acho que cada aluno tem que achar o estilo com o qual se identifica e que o bom professor, com certeza, não e definido pelo estilo que ele escolhe ensinar. Yoga transcende isso e o aluno sensível percebe.
    Vou continuar acompanhado o debate e ficar de olhos mais abertos porque essa historia do Pathabi Jois realmente me surpreendeu!!
    Namastê a todos!

  109. Pedi uns dias atrás que o professor Rafael, pessoa que respeito, tivesse menos afobação e mais tranquilidade ao comentar para não denegrir ainda mais a classe dos professores de Ashtanga. Peço agora encarecidamente que por favor façam o mesmo.

    Gente vamos ficar mais quietos, logo essa história esfria, vocês só estão falando asneiras realmente. Estou estudando uma forma mais clara de contribuir com algum comentário que limpe um pouco essa imagem ruim dos professores de Ashtanga, mas parece que ninguém colabora.

    Falem sério, vocês amam mesmo esse Yoga? Então parem de falar asneiras. Vocês só dão armas para o Pedro, esse ilustre desconhecido que escreveu o artigo, sobre quem não dou crédito nem para citar o nome e um grosseiro chamado Mário ficarem emporcalhando ainda mais nossa imagem. Desse jeito, não vai sobrar pedra sobre pedra. Parem de falar asneiras imploro!!!

    Alguém que realmente ama dar aulas e praticar Ashtanga.

  110. Meu Deus,

    Devo ser chato ou louco ou os dois. Mas parece que os professores de AVY são como mulher de malandro, não cansam de levar…

    Esse debate não fala sobre as safadezas dos gurus indianos, respeitem a boa vontade de Pedro e do autor. Nem muito menos é para os professores e eu fazerem aqui o confessionário de seus pecados. Ninguém está aqui especulando desejos proibidos dos professores de AVY, ir a uma suruba ou não, ou querer alisar os alunos . Para essas coisas existem os analistas freudianos. Estamos neste site discutindo as furadas do método AVY, por isso, acaba-se falando dos tropeços morais de seu criador.

    O autor do artigo fez um resumo, que parece um apelo, para não perdermos tempo com inutilidades, e mais uma vez os professores de AVY vem baixar o nível . A questão é que a Mari e esse ser não identificado chamado “desmistificando….” disseram que prática de Ashtanga é ótima para meditar e concentrar, expliquem então por que.

    Falem aqui sobre essa experiência de meditação no AVY, ou então, calem-se para sempre com esse papo de beatas católicas, certamente Pedro e Rodrigo vão entrar aqui e fazer um comentário gentil e fino sobre esses, mas eu não.

    Enquanto o Pedro publicar eu falo como acho que devo. O próprio Rodrigo me pediu tranquilidade numa troca de e-mails, mas não consigo.

    Como vcs Professores de AVY enrolam enrolam, enrolam e não dizem nada. Será que não percebem o quanto só complicam ainda mais a vida de vcs, tentando desviar o assunto dessa forma. Falando bobagens sem explicar nada. AVY pode ser o método mais praticado, já respeitado, só se for nesse meio .

    Alguém aí já esteve nos intervalos de algum work-shop de AVY?
    Alguém aí já parou para ouvir as conversinhas da turminha do AVY antes e depois das aulas? Numa boa, quem já viu a novelinha malhação(ops entreguei outro pecado) da rede globo, sabe o quanto lembra o meio do Avy. Pelo amor de Deus, deixem esse debate ser minimamente sério, se não vão mudar, ótimo, continuem dando aulas de maromba-zen, meditando em movimento, atingindo a iluminação sendo “iniciados” com os “toques” de seu “guru”, mas poupem-nos, todos nós desse besteirol.

    AVY pode fazer bem para a saúde sim, se praticado com consciência, o que não parece ser o caso dos filhotes de Pattabhi Jois.O guru dele praticava o mesmo Hatha-Yoga parado que Iyengar e outros de seus discípulos ensinam(Iyengar pratica ASANAS até hoje pois não é estragado como Pattabhi), com o diferencial DE TEREM UM MÍNIMO DE FIDELIDADE AO YOGA SUTRA.

    Só é adorado alguém que se deixa ser, ele tem culpa sim, até abusa de sua autoridade passando a mão nas moças. A propósito, expliquem como é que se medita no AVY já que é tão bom. Um ignorante pecador como eu gostaria muito de me instruir com esses ensinamentos. Mas expliquem como Pedro e Rodrigo fazem, de forma compreensível . Aproveitem e expliquem quais foram os ensinamentos de Pattabhi Jois que merecem todo o nosso respeito. A comunidade do Yoga está sedenta para saber.

    Se forem as pérolas ” pratique e tudo virá” ou “Yoga é 100% prática e 1% teoria”, vocês farão um grande favor de nos explicar como funciona isso.

    Por favor, parem de falar de sexo e prestem esse favor de EXPLICAR a comunidade do AVY e a do YOGA.

  111. Caro Desmistificador,

    Muito obrigado pela sua participação. Creio que aqui está nascendo um outro debate, com outro tema: sexo e espiritualidade. Quem bem desmistifique, bom desmistificador será.

    Suas colocações são muito oportunas. Se você concordar, podemos ampliar esse debate, mas num outro lugar. Seu comentário me inspirou a escrever sobre isto e brevemente colocarei um outro texto sobre o assunto neste website. Aí, poderemos debater com calma estas questões, concorda com isso?

    Porém, para início de conversa, cabe repetir aqui algo que já coloquei em três diferentes ocasiões nestes comentários: pessoalmente, não acho que, junto com a atitude infeliz ou abusiva de um determinado professor, devamos jogar no lixo a obra dele.

    Abraços e namastê!

  112. Vixi Maria,

    Virou bagunça, tem até professor de Ashtanga defendendo agora o sacro direito humano de alisar sem ser repreendido. Imaginava os professores chorando sobre tudo, tudo mesmo, menos sobre isso. Pessoal, sexo é muito bom, uma energia criativa e pode até ser sagrado como no Tantra, mas na sala de aula? Faz me rir….

    Ainda assim, tem que realmente tirar o chapéu para tanta coragem, assumir que sentiu vontade de alisar TAMBÉM. Mas e daí ? É humano não é ? Com essa desculpa e acusando ainda os professores que começaram esse debate de não serem santos, numa típica reprimenda ATIRE A PRIMEIRA PEDRA AQUELE QUE NUNCA PECOU. Essa pessoa, Mari, fez um dos comentários mais criativos, interessantes e pitorescos daqui. Impossível ganhar das pérolas do professor Rafael, mas tem que tirar o chapéu para esse comentário também.

    Confesso que também pequei, quebrei as vidraças do vizinho quando era criança, já soneguei imposto de renda, dei um (apenas 1) tapa na cara de uma namorada que me traiu, já colei na prova da faculdade, também já fumei maconha (mas não traguei), como a maioria dos professores e praticantes da “maromba zen”, já desrespeitei pai e mãe e já falei o Santo Nome de Deus (ops falei de novo) em vão. Ufa estou aliviado de desabafar, esse debate é como um confessório, ou terapia, cada louco entra aqui e fala aos terapeutas Pedro e Rodrigo suas loucuras, buscando um tratamento.

    Me diga agora, Por que nós seres humanos falíveis que erramos, não podemos então falar dos erros dos outros? Não podemos denunciar as injustiças? Porque quebrei as vidraças do vizinho não posso acusar Pattabhi Jois de abusar de sua autoridade para passar a mão em mulheres? Não posso fazer como Rodrigo e Pedro e especular sobre o fato dele ser uma farsa, de ensinar bobagens, de quebrar o corpo das pessoas, de usar o santo nome de Patanjali em vão, de criar um método de Yoga onde pessoas fazem malabarismos e acrobacias achando estar no caminho da libertação espiritual ? Já confessei meus pecados, não sei o dos professores, nem quero saber. A discussão é sobre Pattabhi Jois e seu método furado que é legal de praticar admito, apesar de ter me estourado, mas seria muito mais “legal” se fosse um pouco mais parecido com Yoga.

    Mas tenho que tirar o chapéu, ainda depois do professor Rodrigo ter colocado um resumo do debate falando também da responsabilidade dos professores que coadunam com essas atitudes, entra alguém aqui para defender o direito humano de ter vontade de alisar?

    Ninguém pode acusar os professores de AVY de falta de criatividade. Duelo de conhecimentos, questionários sobre o passado do autor do artigo e agora isso. Temos que tirar o chapéu para tanta coragem, ou tanta inocência…

  113. Não tem guru famoso que não tenha sido acusado de alguma coisa. E o mais fácil é sempre o sexo.

    Agora é o Pattabhi, antes foi o Bikram, o Osho, o Maharishi Mahesh Yogi, o Prabhupada (ISKCON), o Sai Baba, o Yogi Bhajan, Muktananda, Satchidananda, Vishnudevananda e por aí vai. Todos eles foram acusados de abusos sexuias. Até o Sivananda tinha as historinhas dele que contam lá na fofoca dos ashrams (quem esteve mais tempo lá decerto que ouviu aquela da monjinha que foi viver isolada depois de ter sido abandonada por ele e que depois virou atracção turística para ocidental).

    Quem não ouviu do Satyananda ter feito um filme onde bota a boca em todo mundo contando tudo o que sabe e foi até ameaçado por isso? E o Satyananda também tem historinha de charlatão com magias e sexo. Até o Gandhi foi protagonista de escândalos sexuais. E o que tem mais por lá é homossexualidade dissimulada, não só nos ahsrams mas em toda a sociedade e até entre os sadhus. Os sadhus são conhecidos pelas seus desvios sexuais e com as drogas. No budismo tantrico tibetano a coisa rola mais ainda e se vamos para os nomes ocidentais não sobra quase nenhum mesmo.

    O que isso significa? Que grandes homens são na real homens comuns. Que se você procura bem vai sempre encontrar alguma coisa para condenar neles pela sua normalidade e também que eles costumam se aproveitar do poder que tem para abusar ainda um pouco mais.

    Neles é muito fácil encontrar uma picaretagem qualquer pois a sua vida é pública e é muito fácil apelar para inveja das pessoas e jogar com os moralismos. Mas se for comparar com o homem comum não fazem nada de incomum não. Quem nunca foi ou quis ir numa suruba? Quem nunca viu um filme pôrno? Quem não adora uma estrela do mundo artístico cheia de excentricidades de todo tipo e principalmente sexuais. Isso lá é crime? A música deixa de ser boa e importante? O que esse caras inspiraram e ensinaram não tem preço também.

    Tudo isso é muito bom para dismistificar. As pessoas tem de entender que o Yoga é uma coisa para gente comum e não dá para ficar endeusando os gurus, mas também não é para ficar cobrando santidade não. Senão fica como a historia de Maria Madalena.

    Esses caras todos foram muito importantes para divulgar a espiritualidade oriental para nós. Não perfeitos mas quem aqui é? merecem consideração sim. O Patabhhi não tem culpa de adorarem ele e o Yoga que ele passa. As série s de AVY são muito boas para concentrar e meditar. E para a saúde também. Veja que o cara já vai nos 92 e o guru dele chegou passou dos 100.

  114. Cara Mari,

    Obrigado por escrever. Louvo sua coragem de colocar aqui, senão seu nome, pelo menos seu apelido, diferentemente de tantas outras pessoas que gastam seu tempo para nos agredir desde o anonimato.

    Infelizmente, seu comentário não acrescenta muito ao que já foi dito: você nos fala do quanto o Hatha Yoga é aborrecido para si mesma, e o quanto o AVY é legal. Ninguém nega a validade da sua percepção. Cada um tem sua sensibilidade e se identifica mais com um tipo de prática e menos com outras modalidades. Obrigado de qualquer maneira por compartilhar isto.

    Ninguém aqui nega a validade da prática do AVY como sistema de posturas/respiração/vinyasa. O que está questionando-se neste debate é a identidade (equivocada, na nossa opinião) entre o AVY e o Ashtanga Yoga de Patañjali, com todos os paradoxos que essa identidade traz, no sentido de reduzir o Ashtanga de Patañjali ao sistema de posturas que você pratica e ensina.

    Se continuarmos nessa linha, equiparando o sistema de Patañjali a uma prática de ásana, levaremos o Yoga para a mesma fossa onde jaz a cultura brasileira, onde Romeu e Julieta não é mais a tragédia de Shakespeare, mas goiabada com queijo.

    Nosso esforço é para que isso não aconteça. Creio que você entendeu, né?

    Você nos tacha de moralistas e diz que estamos acusando sem provas. Desde o ponto de vista do dharma humano, você pode estar certa: o senhor Pattabhi ainda não foi condenado por suas condutas. Ele é uma pessoa muito rica em sua comunidade, e deve ter o respeito de seus pares. A opinião de algumas estrangeiras (mulheres ainda são cidadãs de segunda categoria no interior da Índia) sobre sua conduta certamente não irá abalar o seu prestígio.

    Porém, desde o ponto de vista do dharma universal, você sabe perfeitamente que isso está errado e é repreensível. Nem todo o mundo gosta de ser tocado de forma inadequada dentro de uma sala de Yoga. Pelo menos, aqueles que entram na sala para aproximar-se do estado de moksha. O pilar do dharma é “não faça aos demais aquilo que não gostaria que os demais lhe fizessem”. Como você mesma bem fala, ahimsa.

    A ausência de condenação não significa que um crime não tenha sido cometido. Esse argumento seu valida todos os atropelos cometidos pelo nosso corrupto governo. Como não houve condenação, não pode ter havido crime. Assim fica fácil.

    Escolhi usar a palavra molestamento, pois foi essa a palavra usada pelas vítimas do senhor Pattabhi. Segundo o Dicionário Houaiss, molestar é “fazer tentativas importunas de aproximação sexual”. Calha direitinho nas situações que repetidas vezes testemunhei em Mysore.

    Para você, a questão do toque inadequado que ele faz em algumas das suas alunas não parece ser uma novidade. Provavelmente, você já sabia disso, ou já deve ter ouvido falar a respeito, visto este tema ser corriqueiro entre os ashtangis.

    O que parece despertar sua indignação não é a notícia em si, mas o fato dela estar sendo ventilada neste website.

    De fato, nem parece que você julgue que seja errado tocar as partes íntimas dos alunos. Você até nos confessa que eventualmente fica com vontade de fazer isso também.

    Nós não estamos “pedindo justiça”, como você escreve, mas pontualizando verdades, para ajudar àqueles que de fato estão interessados em crescer mais além da “maromba zen”.

    Para seu governo, segue abaixo um depoimento de uma vítima do Pattabhi. Certamente, isto não servirá como “prova” para você, já que ele não foi condenado nem preso nesta ocasião. É apenas material para refletir.

    Namastê!

    ================================================

    Inappropriate touching.

    Be warned: this is long. This was a strange and intense week, but I feel if I?m going to tell this story, I?m going to tell it true. So I?d ask you to keep a couple of things in mind during this story, OK?

    First, I am telling it to you here in this very public forum because silence lets these people continue. Silence tells them their behavior is OK.

    Second, I?m telling you this story because when this happens to someone else, and I already know it has, I don?t want that person to somehow internalize it. We tend to think we did something, or we asked for something, or it is personal. This is a story of opportunity taken by a man who abuses his position and has for years. I don?t want someone young and inexperienced to have their yoga tainted by this type of situation. It is my hope that if someone has been mishandled by their teacher, this will help them realize it is NOT about them and they are not alone.

    Third, a few notes about my mindset and from where I?m coming: I have years of experience in domestic violence counseling. I understand how the abusers? minds work, and the steps through which victims go when attacked or in this case, molested. I did not manufacture this, I didn?t dream it would happen to me (I?m evidently not his habitual type), nor was I prepared to go through the very steps my clients traverse. I found even though intellectually I knew what was going on, as a woman, individual, yoga student and invaded human being, I had to walk that walk before I accept what was happening, deal, and let it go. I am not a particularly striking woman. I don?t attract men?s attention that constant passes are an issue. I also do not see sexual innuendo or an overture behind every smile or touch. So knowing this, be aware that I am not body-phobic. Everyone has a body, they?re just different. I?m familiar with what inappropriate touching is and is not. I did not manufacture this, I did not misunderstand the guru/yogi relationship, nor am/was I seeking attention to feed some weird hunger in my own soul. These are the arguments I?ve received from people who have never been inappropriately touched or who want to rationalize something reprehensible. I did not make this up.

    As you probably know, Ashtanga is a very touch-intensive practice. We expect and frequently love adjustments, bodies get close, touch is firm. A trust and respect develops between a student and a teacher?s knowledge of the student?s body?s development. It?s hot and sweaty. Many, many people coming from other traditions have a more distant physical relationship with their teachers in relation to their bodies. They might see each other once a week, vs. the daily practice many Ashtangis have. Sometimes they misunderstand this closeness and so much touch. I, and most Ashtangis do not.

    OK? Here we go:

    Monday?s practice went as expected. Lots of good energy, lots of great practices and lots of fun. As Pattabhi strolled by counting off the practice, he laughed at me and called me “Laughing Lady” from then on. I?ve been told by my teachers that I always have a smile on my face, particularly when I close my eyes to move. (We won?t get into the eye closing thing! 🙂 )

    Tuesday began the oddness. I was assisted in Baddha Konasana, which I absolutely love. It can be almost euphoric! Pattabhi got behind me and kneeled on my knees. (No, not my upper thighs, but my knees. Thank goodness I?m flexible there or he?d have cantilevered my hips out of their sockets.) He lay down, torso on torso to bring my body forward. However, he reached around my body and grabbed my breasts, ostensibly to help me extend my shoulders forward, but his chin was clamped down on my shoulder. He did not let go. This adjustment should be the upper shoulders, not lower ribs and breasts like a push-up sports bra. I was shocked and rationalized, “That didn?t happen. It was just a mistake.” After this Tuesday, September 11th morning Mysore I was in a cab on the way back to my hotel when the first plane flew into the WTC. I watched, thinking they must be making a movie. Standing on the sidewalk out in front of my hotel, watching plane #2 fly into the building? I knew I was wrong.

    Eddie?s Yoga Shala, who hosted Pattabhi again, was inside the restricted zone as was my hotel. Practices continued as scheduled. The classes shrunk, though, from 200 people to 15 or twenty. It was like having a private with Sharath and Pattabhi. (Sharath has a wonderful, gentle adjustment touch and was never, EVER inappropriate.)

    On this day, I was gifted with an assist in Marichyasana C. Where my teachers laugh and say, “B&B!” (Boobs & Belly, as in Move ?em!) Pattabhi helped me move mine. In an effort to twist me further, he stood behind me with his hands on my shoulders and lower leg in my lower back. Fine. However, as people twisted, he moved his hands lower and began to twiddle with my nipples as he pulled me backwards. There was NO mistake. I popped out of the pose to shake him off, very shaken myself. The next step in this thought process came, “Oh my GOD that actually happened!” I finished my practice in shock.

    Thursday I was very skittish and thought long and hard about going. After walking the streets rank with the stench of burned people and buildings looking for a place to give blood the previous day, I knew my mind needed my practice, if not just my body. I was leery and my practice was choppy.

    Sure enough, though, he got me. An assist in Triang Mukha Eka Pada Paschimottanasa is to use the thumb and forefinger to hook into the hip crease of the bent leg, drawing that thigh down and out to better seat the position. Pattabhi reached both hands around my body, both hands deep into my groins, palms against my pubic area, and began to intone in his funny, high voice, “Open pelvis, hips down.” But he never made the adjustment, he just kept his hands in my groin. I wriggled out of that asana, thinking, “That SOB just grabbed my crotch!

    Friday God knows why I went back. I kept thinking I?d come to NYC to do this, so I would. I was still wired about no phones, the stench, being alone for the first time in NYC, etc. This was the day I lost it in practice, though. Why did it take me four times before getting what he was doing through my skull? Because I also didn?t want to believe it was actually happening.

    Today he assisted me in Janu C. Where the bent leg?s foot should be perpendicular to the floor, toes spread back? Most people, I included, have the foot on an angle as we work to open the ankle up. He sat behind me (I began to cringe; my gut knew something was coming) in an Uphavista Konasana seat. He reached around me with both arms to adjust my foot. My ankle was no where near ready for this, so I tensed. He laughed and said, “Relaxing, Laughing Lady! All will come.” As he was holding my straight leg upper thigh open with his left hand, he was twirling his thumb around in my crotch while ostensibly holding my other foot in place. But he forgot and let go of the foot — but not my crotch. I freaked. I bowed my elbows backwards, knocking him off of me, and in the face of 20 other yogis, jumped up and loudly demanded that he “get his damned hands off of me.” And I left. In retrospect, I wish I?d been more descriptive.

    I didn?t go back for Saturday.

    I did notice something, though. When people were done, they?d line up to do the foot kissing thing. He?d raise them up and do the kiss-kiss, people would take pictures and they?d go away all goofy. After that first time, he grabbed my shoulders, raised me up and smacked a big one flat on my mouth. I was appalled and grossed out. The next days I avoided the line, but watched while others went through. There were a few other women who did their darndest to avoid the lip smackers. I have a feeling those were some he?d similarly blessed.

    So you see, this wasn?t a single, misunderstood incident. Although it was a horribly stressful week between 9/11 and being groped, it was still NOT about me. I am NOT special, nor is any victim of molestation. This was an opportunity a predator takes when he thinks he can get away with it. It?s extremely common (in more ways than the obvious) in superior/subordinate relationships. Think about grab-ass in an office environment? Not much different.

    I would never tell you not to go to Mysore, although I will not while this man lives. The trip in itself is an amazing experience. I would, however, send you off with eyes wide open. If this happens to you, don?t be shy about taking responsibility for your practice. Name what is being done and say it out loud so there is no misunderstanding. “Don?t touch my crotch.”

    Call any inappropriate teacher/person on this stuff. If you don?t, you tell them it?s OK by your silence. Know you risk ridicule, the teacher?s future disapproval or being ignored, but you draw a boundary around your own body. You might help someone younger or insecure in dealing with the same thing. Boundaries let us grant permission to those we trust and respect to draw near. Think of them in the Tantric sense rather than as a fence. Experience Mysore. Just be cogniscent of his man?s history.

    Points: His type is evidently tallish and blonde. (I?m neither.) Women who wear exposed shoulder clothing. Shoulders are evidently a point of eroticism in Indian culture. Sports bras that push-up.

    Since this happened to me, I?ve heard of and talked with quite a few women who have been molested by him. All expressed the shock and horror that they”d done something, or their practices were soiled/spoiled. I had been reassessing the direction of my own practice when this happened. If it weren”t for the pragmatic, asexual, careful touch of the male teachers at my Ashtanga studio when I returned, I might have left a practice I love behind. But Pattabhi is not Ashtanga. When we”re all dead and gone, the franchises gone bankrupt, and the gurus disproved, the yoga will still go on. Yoga isn?t us, yoga is yoga. We might define ourselves by our yoga in many ways, but yoga is a loaner which can show us how to be better people. Pattabhi is not yoga and he does not rule my thoughts about my yoga. He did not win.

    So there you have it.

    Christine.
    Isto está online em http://p092.ezboard.com/fmovingintostillnessfrm3.showMessageRange?topicID=142.topic&start=141&stop=157

  115. Com o objetivo de redirecionar a discussão para as reflexões e questionamentos centrais contidos no artigo, além de outros surgidos no debate, organizei esta síntese dos tópicos principais:

    1) A óbvia diferença existente entre o sistema de Patanjali, exposto no Yoga-sutra – onde há uma proposta, um caminho de Yoga de oito partes ou aspectos (Ashtanga Yoga) – e o método moderno de Hatha-Yoga, criado ou organizado por T. Krishnamacharya ou muito mais provavelmente por seu discípulo Pattabhi Jois, que sempre divulgou a identidade entre o Yoga dos sutras e seu método, considerando-o representante fidedigno da tradição do Yoga clássico.

    2) A inverdade dessa relação de identidade, visto que nesse método moderno, são negligenciados vários aspectos (angas e orientações) do Ashtanga Yoga original, além das técnicas utilizadas em comum estarem fora do contexto e das descrições do Yoga-Sutra.

    3) A impossibilidade de se atingir um estado meditativo profundo sem treinamento adequado e conhecimento específico sobre meditação, no que consiste sua realização e a atitude que se deve ter perante ela.

    Mesmo que esse estado aconteça casualmente, sem tais conhecimentos, provavelmente a pessoa ficará impossibilitada de “conduzir-se” aos vários níveis de samadhi, por lhe faltar o direcionamento que o conhecimento pode trazer. A não ser que a pessoa tenha nascido iluminada, fato com o qual não podemos contar. Mas certamente, essa é uma conquista anterior, quer dizer, de alguma forma houve um trabalho e conhecimento pregresso.

    Dessa forma, sem a existência de um trabalho consistente de meditação, fica difícil de dar credibilidade á tão apregoada e divulgada ?meditação em movimento?

    4) Sobre o problema de se ter como referencial máximo, como exemplo, uma pessoa que é extremamente controversa no que tange ao ensino e ao conhecimento.

    A respeito das especulações surgidas nesse debate, sobre os motivos pelos quais Pattabhi Jois ensina de forma tão superficial e inadequada, afastando-se muitas vezes do contexto da tradição do Yoga, quero convocar á reflexão de algumas possibilidades:

    a) A enorme probabilidade de que as incongruências do método se devam à simples ignorância. Não estou acusando aqui Pattabhi Jois de ser uma pessoa ignorante, mas talvez de não ter conhecimentos adequados sobre Yoga, ou mesmo uma compreensão exata dos conhecimentos que lhe foram passados pelo seu mestre. O mestre pode “passar”, mas o discípulo pode muito bem “guardar” aquilo e não compreender, não ter discernimento de para que , nem como utilizar.

    b) Se Pattabhi Jois tem conhecimentos suficientes para ser um guru, como acreditam várias pessoas, mas ainda assim ensina e mantém a metodologia e a prática do método, de forma tão diferente do sistema que diz ser sua inspiração, para agradar os ocidentais que o procuram querendo aprender somente asanas, ou pior, para dar conforto à sua família, como disseram alguns, acredito então haver um problema ainda mais grave. A ignorância muitas vezes ?alivia? nossa responsabilidade nas ações. Mas a partir do momento em que sabemos que estamos agindo de forma incorreta, não mudar é ir contra o dharma com consciência sobre o fato

    O professor de Yoga não deve ensinar e dizer às pessoas apenas aquilo que elas querem ouvir, aquilo que é confortável e agradável. Não se deve tratar o Yoga como um comércio, vendendo o produto que as pessoas estão procurando, aquele mais rentável e ?palatável? possível. Devemos preservar o aluno de certas técnicas e conhecimentos, quando estes trazem algum perigo ou não tem utilidade. Mas o que se faz no Ashtanga Vinyasa, é negligenciar os fundamentos do Yoga, aquilo que a pessoa não pode deixar de aprender para se conduzir no caminho.

    Devemos adaptar o Yoga – o artigo fala sobre isso também ? mas mantendo um mínimo de fidelidade á tradição. Essa adaptabilidade não deve servir á conveniência financeira, mas á outras necessidades.

    c) Tomando consciência desses fatos,quer dizer, tendo conhecimento sobre os equívocos do método e de se guru, passam também os professores e praticantes a ter nova responsabilidade. Ficando a cargo de cada um fazer as mudanças (ou não) que lhes aprouverem. Mas ninguém pode alegar inocência, dizer que não tiveram a oportunidade de ficar cientes.

    5) Outros assuntos importantes surgiram nessa discussão, como a questão dos ajustes impróprios, por exemplo. Surgiram críticas e apontamentos que não estão no artigo, pois existem ainda muitos outros aspectos obscuros no método – pensei algumas vezes se deveria mencioná-los – mas cheguei a conclusão que uma reflexão mais acurada sobre taiss problemas seria mais adequada em outra ocasião, para não gerar vários focos para a reflexão e debate.

    Paz para todos.

  116. Como sempre no nosso Brasil querido quem acusa é santo e quem defende é diabo!

    Cadê as provas para as acusações que fizeram? Já teve queixa e condenação na justiça? Que eu saiba não. Então é injuria.

    Porquê só agora vir com isso para cima do Yoga mais aceito em todo mundo? Primeiro ganharam grana e fama com ele…

    E daí se o Pattabhi fizer o que estão acusando ele? A pratica continua muito boa sim, tal como um poema não deixa de ser belo só porque alguém acusa o autor de ser picareta. E eu nunca botei a mão em nenhum praticante e olha que ás vezes até tenho vontade. E daí? Queria ver o cadastro dessa gente toda “santa” que vem pregar moralismo nesse site, devem ser todos castos e puros…

    A pratica do AVY faz entrar em meditação sim. É um otimo DESHA para se concentrar. Melhor que as praticas paradas de Hatha que eu fiz com alguns dos mais conceituados professores brasileiros. Muito melhor que ficar estudando Vedanta. Pelo menos para mim.

    No meu institudo tem aula de Yoga Sutra e de ética. Injuriar sem prova sé ofensa a ahimsa. O Yoga Sutra manda a gente se concentrar não malhar nos demais.

    Acheio Rafael tranquilo e certo. Os comentários que fizeram sobre o comentário dele já não se pode dizer o mesmo. Mas aqui é assim mesmo quem acusa ainda se melindra feio e agride mais, ainda se indigna e pede justiça! É o Yoga brasileiro…

    Shanti Shanti! Bem que precisam.

  117. Caro Pedro Kupfer,

    Grato pelas sugestões. Não sei se as seguirei. Grato por oferecer a alternativa de separar o autor da obra e, com isso, valorizar o Ashtanga Vinyasa Yoga. Sou-lhe grato por ter me apresentado essa abordagem yogika do corpo. Tenho uma grande estima e admiração por você, mesmo que não concorde com algumas de suas atitudes. Isso é perfeitamente natural. (Você não precisa publicar essa resposta, pois ela é dirigida somente a você… todavia, sinta-se à vontade). Só estou a escrever aqui para não deixar em aberto a impressão anterior, de hostilidade para com você, pois não é este meu sentimento para consigo. Não conheço Pattabbi Jois, mas travei um contato humano com você, razão pela qual intuo suas boas intenções, seu apreço pela verdade, seu aprimoramento constante como professor. Sei da sua atuação responsável e honesta, não precisamos frisar isso. No mais, desejo, junto com você e muitos de nós, praticantes de Yoga, que “todos os seres, em todos os lugares, sejam felizes e… livres”, livres de toda exploração, de todo engano, de nossas próprias trevas, de nossas próprias sombras.

    Namaste, amigo!

  118. Caro João José,

    Seu comentário me levou novamente a ponderar sobre o que testemunhei na escola de Mysore. Devo dizer que não fui a única testemunha desses acontecimentos e que, se você fizer uma pesquisa no Google colocando as palavras Pattabhi + molestation, achará denúncias das vítimas desse senhor, principalmente em fóruns onde yogis dialogam, na Wikipedia, no site de Eric Schiffman e no http://www.yoga.com.

    Como o Sr. Pattabhi é boa praça, simpático e bonachão, não se justificaria tanta invencionice, caso essas denúncias fossem falsas. O detalhe é que elas são verdadeiras. A bem da verdade, pessoalmente, gostaria que isso fosse mentira, pois toda a comunidade do Yoga perde algo precioso quando um de nós pisa na bola desse jeito: a comunidade toda perde em decência e dignidade.

    Muitos praticantes (excluíndo obviamente os cínicos) que tenham ido para Mysore poderão lhe confirmar isso, pois acontece à luz do dia naquela sala.

    Os “sexual adjustments”, como são conhecidos no meio, são tema corriqueiro de conversa lá em Mysore, entre os praticantes que visitam a escola. Alguns afirmar tratar-se de uma brincadeirinha inconseqüente daquele professor (afinal de contas, ele não é um iluminado?). Outros acham uma boa idéia e passam a imitá-lo. Alguns, que não tem ou tanto cinismo ou controle emocional, como eu, ficamos revoltados.

    Se você fosse mulher e sofresse molestamento sexual nas mãos de uma pessoa que tem algum tipo de ascendência sobre você, acharia que essa pessoa é digna de ter seu “respeito”?

    Acredito que todo ser humano seja digno de respeito sim, como você afirma. Inclusive, as vítimas dos falsos mestres. Acredito que devamos igualmente dar o benefício da dúvida para que a pessoa possa se defender, em caso de um ataque insidioso, mentiroso ou covarde.

    Mas, quando é tanta gente molestada, e tantas testemunhas, a coisa vira palhaçada (como na política brasileira), e quem perde o respeito pelos demais é o vitimizador. Pense nisso, com todo respeito.

    Proponho-lhe uma visita a Mysore, onde você poderá tirar suas próprias conclusões. Mas, se sua namorada for junto, sugiro que ela vá praticar com a Saraswathi, filha do Pattabhi, que faz ajustes bastante fortes e, às vezes, na direção errada, mas sem a parte do molestamento.

    O que fiz nos meus comentários foi simplesmente apresentar fatos que testemunhei. Não inventei nada.

    Não gosto de mistificação, nem de culto à personalidade. Sobre tudo, quando o alvo desse culto é uma pessoa sem respeito pelos demais.

    Essa é a minha modesta opinião sobre o assunto, por mais que isso possa ofender alguns colegas que ainda teimam em tampar o sol com uma peneira. Mantenhamos os olhos abertos. Só não enxerga quem não quer, ou quem tem algo a perder em ca$o de admitir esta verdade.

    João José, quem você acha que está faltando o respeito em relação aos demais: o vitimizador, ou quem denuncia? Pessoalmente, acredito que dizer que quem denuncia não tem respeito pelo vitimizador, equivale a justificar o estupro dizendo que a vítima se insinuou para o estuprador. Isso acontece ocasionalmente quando a vítima vai fazer a denúncia na delegacia aqui no nosso país. É por isso que alguns abusadores continuam soltos: as vítimas desistem de denunciá-los, pois as instituições sociais não ajudam.

    De qualquer maneira, este, que é um assunto espinhoso e desagradável, de virar o estômago de qualquer pessoa decente, não é o foco deste debate. Mas, como disse alguém neste website, quem cala, consente.

    Perante um dilema moral como este, acredito que devamos optar pelo que é verdadeiro, embora venha na forma de desconforto, dor ou sofrimento, ou possa gerar esses sentimentos em outrem.

    Pessoalmente, preferiria agora mesmo estar fazendo outra coisa a escrever estas palavras, mas não iria dormir tranqüilo se ignorasse isto.

    Já me calei durante anos, esperando que o meu desconforto passasse, mas não passou. Resolvi falar, aproveitando a deixa levantada por alguém que postou um comentário, onde este esclarecimento era oportuno.

    Entretanto, se você quiser separar a obra do criador, e ficar somente com a primeira, está em seu direito. Muita gente faz assim.

    Não creio que esse detalhe tire algum mérito do sistema do Ashtanga Vinyasa Yoga, uma vez que nem sequer poderiamos considerar Pattabhi como seu criador, já que este afirma ter aprendido com Sri Krishnamacharya, um mestre aliás, digno do maior respeito.

    Namastê!

  119. Caros professores, praticantes, adeptos e curiosos,
    Em primeiro lugar, escrevo em estado de paz, pois percebo que, para além das aparências, no substrato das palavras, a despeito de todas as discussões, nem sempre frutíferas, o Yoga é um só. Chegar ao âmago, ser radical, implica em entender o movimento, a pluralidade, a funcionalidade e as distorções, como manifestações de um yoga uno, poderoso, transformador. Ele “se arranja com o que tem”, perfurando nossos dogmatismos, egotismos, radicalismos, tecnicismos e outros ismos. A prática de Ashtanga Vinyasa Yoga é um caminho autêntico em que a dualidade mente/corpo se desfaz na prática. A unidade e integração das principais técnicas levam a um estado meditativo, se for compreendido previamente como o objetivo da prática. è uma oportunidade maravilhosa, mas não única, de auscultar o instante através do corpo, viacorpo, e é na lapidação do corpo que a alma é revelada, desfazendo-se das couraças, das prisões internas, dosa condicionamentos, enfim. Aqui, vive-se uma atitude de verdadeira humildade, através da observação da respiração, do fluir corporal,da conquista da quietude em pleno movimento.
    Para o meu ser mental, não é suficiente. È preciso o auto-estudo, a busca do conhecimento através dos ensinamentos, dos shastras. Para o meu ser vital, os mantras, associados ao pranayama purificam os veículos. Preparam-me para estados mais elevados de consciência. O Karma Yoga, como o entendo, parece-me essencial para conferir um sentido maior ao meu estar no mundo. Acho importante purificar o mental de tudo aquilo que é supérfluo, manifestações egóicas, intrigas vãs, palavras que ferem, que apenas fazem-me ter a noção do quanto sou importante para os outros. Não estou, com isso, negando o valor das discussões aqui travadas.
    Parabenizo o autor do artigo pois acredito que a reflexividade é essencial para a nossa prática. Só quero chamar a atenção para certos exageros, referências depreciativas ao trabalho de outrem. Há uma luta muito maior a ser travada por todos nós, deveríamos canalizar esforços para uma guerra contra as calamidades que acometem o nosso tempo. Afinal que contribuições têm a dar o yogin contemporâneo ao mundo que agoniza a cada instante?
    Em que medida os comentários aqui travados apenas reproduzem a velha dualidade mente/corpo? Sou adepto de um yoga integral, mutante, que incorpora as diversas formas, que nada rejjeita, mas escolhe aquilo que melhor lhe expressa, momento a momento. Aprendi um pouco disso com meu professor Pedro Kupfer. Acho estranhas certas atitudes suas. Não sei o que pensar a respeito das críticas de “baixa espiritualidade” a alguém que contribui para a formação de muitos de nós. Isso mesmo, o sr. Pattabhi Jois merece respeito, como todos nós, aliás.

  120. Gostaria de tecer alguns comentários, dentro de um espírito de contribuir com as reflexões que este texto e os comentários têm propiciado.
    Dado que o meu conhecimento é miúdo, peço que as colocações que se seguem sejam mais compreendidas como perguntas, hipóteses, reflexões, do que como afirmações ou posições definitivas.

    É sobre a idéia de meditação na ação, que já foi comentada aqui; sobre meditar em movimento (o que poderia ocorrer durante as seqüências de asanas do AVY e, como já foi dito, em algum lugar por aqui, até mesmo em outras atividades).

    É que tenho sempre notado – em textos tradicionais e também nas orientações de professores que seguem as tradições ligadas ao Yoga à risca ? que as técnicas de meditação se direcionam, muito freqüentemente, para alguma posição no qual o corpo está sentado, quieto, firme, parado; de preferência em um local adequado, sem tanta estimulação…

    Observo que o corpo em movimento pode ser, para mim, um estímulo a mais (mesmo havendo concentração) e noto, em meditadores experientes de diferentes tradições, a necessidade de se manter o olhar passivo e também de deixar o corpo quieto ao meditar.

    Eu, como meditador menos experiente, sinto como se o corpo, sensações, vibrações, o olhar, até mesmo um mosquito, pudessem ajudar a minha mente a voltar à sua (grande) agitação normal…

    Por outro lado, tenho uma dúvida, que é a seguinte: será que a meditação em movimento é um espaço propício para a introspecção, para a contemplação, para examinar a si mesmo em profundidade… enfim, para preparar a mente para um auto-conhecimento realmente mais amplo, o conhecimento da verdade? O que sinto (e esse é um aprendizado pessoal) é que não, mas, certamente, outros poderão ter outras experiências…

    Abraço a todos e bom final de semana!
    Germano.
    Campinas.

  121. Rodrigo, namaskar!
    Continue assim. Suas colocações foram extremamente pontuais. E extremamente útil a nós que de vez em quando alguém nos faça pensar e assim temos como voltar ao que realmente importa, a nossa divinidade. Pensar é livre, todos temos o livre arbítrio . Relembrando o que Sri Yukteswar nos disse:” A ira brota de nossos desejos contrariados” .

    Sim, muitos se espinharam… Então, parabéns pela sua disciplina, maestria e educação, pois é mais fácil revidar do que oferecer amor e compreensão. No meio de tantas teorias e práticas para alavancar o bem estar, o que importa é que que seu texto nos faz pensar e desperta em nós a nossa própria capacidade de alcançar esse bem estar.
    Nosso potencial está lá, basta que o encontremos internamente. Yogananda nos dizia que a Alma é absolutamente perfeita , mas quando se identifica com o corpo, como ego, as imperfeições humanas distorcem sua expressão.

    O Yoga nos ensina a conhecer a natureza divina em nós mesmos e nos outros. Por meio da meditação yogue podemos ter consciência de que somos deuses. A meditação acalma e interioriza a consciência nos levando a perceber em nós a presença de Deus.
    Ao Pedro, que não poderia deixar de colocar o meu respeito pelas suas assertivas, namastê!
    Om Shri Sarasvatyaya namaha!

  122. Será que eu espantei todo mundo?

    Sobre o comentário de Svatmarama (estamos bem hein?). Concordo que devemos acabar com todos esses títulos que são puro marketing. Servem apenas para diferenciar o produto e você esqueceu de falar alguns ainda. Mas afinal, iniciativas corajosas como essas não brotam do chão. Cada um quer defender seu lado. Tem que ter muito peito para fazer o que esses dois fizeram aqui. Mas lembremos, esse debate não pode salavar o mundo, mas pode livrar muitos dos erros de professores que seguem aquele famoso e instruído guru, famoso pelas suas frases libertadoras. Frases que nos libertam de todas as obrigações que o Yoga deveria ensinar a cumprir.
    Não podemos discutir aqui cada um desses métodos, mas podemos discutir o AVY se os professores resolverem entrar aqui para discutir direito. Só espero que esse silêncio de todos os professores que não se dignaram a vir aqui falar coisas sem sentido, como fizeram alguns, seja produtivo para eles.

    Espero que estejam repensando tudo que já fizeram de errado e repensando como puderam seguir uma pessoa como Pattabhi Jois, que não tem suficiente nem para ele. Deve ser difícil recuperar rápido de uma queda do cavalo como esse artigo, de forma, que debaixo dos escombros desse método cheio de coisas estranhas, podem estar surgindo os novos professores repensados.
    Espero, mas acho que não. Provavelmente muitos ainda estão na cama chorando seus futuros saldos bancários. Ou bolando alguma desculpa para dar para os alunos que leram esse artigo,que se depender de mim vai correr o Brasil todo. Eu lembrei daquele cara da Bíblia, São Jõao Batista, que corria o deserto vestido com uma pele de camelo dizendo: Arrependei-vos! Rodrigo e Pedro estão dizendo o mesmo.

    Dando a mesma chance. Rebatizem-se numa nova maneira de pensar, pelo bem dos seus alunos. Repensem logo. Ainda dá tempo de salvar suas almas (hahaha).

  123. Namastê

    Amigos do Ashtanga Vinyasa, por favor se manifestem. A pedido do autor e dos editores do site, serei mais comedido, mas se os professores de Ashtanga Vinyasa não argumentarem a favor do Yoga de Pattabhi Jois, a vida desse site ficará muito parada, como disse o Pedro ao Rafael, o único corajoso a entrar neste site e expor argumentos, mesmo que não fizesse nada para melhorar a situação. Ainda assim, foi a melhor tentativa. Convocarei pessoas a olharem este debate. Imagina se uma pessoa que não está sabendo desse debate, aí, de repente resolve entrar aqui, lê esse texto, cai um monte de fichas, aí lê as bombásticas revelações de Pedro, caiem mais algumas.

    Se a pessoa ler tudo, e tiver discernimento, não tem volta. Falei há algum tempo, que a farra acabou, desde que li esse artigo, pensei: acabou o Yoga malhação, o Yoga marombado sem QI, o Yoga de esfregação. Falando sério pessoal, estou em estado de graça, mas estou começando a ficar desesperado, o artigo já está no final da página. Pedro, você não fará isso com a gente não é?

    Esse artigo ainda tem que salvar muita gente. Isso aqui é a luz no fim do túnel, e os professores de Ashtanga ainda tem que fazer alguma coisa, senão todo mundo que entrar aqui de repente, vai ver que não há argumentos válidos onde falta fundamento.

    Vai ver que não há oque falar, aliás, nunca teve, Alguém aí já ouviu alguma explicação convincente sobre alguma coisa vinda de algum professor de Ashtanga Vinyasa Yoga ?
    Esse artigo vai ser o começo de um novo tempo, acreditem, veio devagar, mas aos poucos, olhem aí, já tem quase uns cem comentários. Quantos ousaram desafiar os conhecimentos de Pedro e Rodrigo? Quantos falaram alguma coisa válida para desfundamentar o que o artigo fala?
    Mas ainda temos esperança, sem a participação dos professores de Ashtanga, ficaremos aqui como velhos barrigudos discutindo os sutras. Isso será ótimo, mas primeiro, é necessário provar á todos que Ashtanga Vinyasa Yoga assim, não tem futuro.Por favor, como o Pedro disse não nos deixem cair no marasmo e auto-complacência.

  124. Não sei se meu comentario é ou não pertinente dentro desta discussão, mas aí vai…

    1) Eu entendo que Patañjali deixou escrito que o objeto de meditação pode ser qualquer coisa, mas claro, que sempre se deveria escolher objetos que nos chamem a atenção e ao mesmo tempo não sejam contra nossos principios morais ou religiosos.
    2) Nem sei aonde eu li isso, sinceramente, mas me serviu e muito e conto com minhas palavras e com minha experiencia pessoal, que também é tão curta como a minha experiencia, pratico Yoga a serio todos os dias de manhã antes do trabalho a um ano e meio. O Yoga tem que promover mudança, primeiro mudamos o karma ruim, ao karma bom, e logo tentamos simplesmente não ter karma… então seria lógico que o Yoga produza mudanças em nossas atitudes com os outros e com nós mesmo. Isso só é possivel através da observação de nós mesmos, durante todo o dia. Yoga só é útil se produz alguma mudança, se não nem é Yoga. Uma das definições que o Desikachar dá no seu livro O coração do Yoga é de que o Yoga é o processo de decobrir algo, aclarar nosso entendimento sobre alguma coisa. Pessoalmente, considero que a parte mais dificil da minha pratica começa quando eu termino minha “pratica diaria de ásanas e pranayama”. Aí as coisas começam a ficar dificeis, na relação com os demais, em tentar entender o porque de meu chefe ser tão duro, tão grosseiro sem alterar o meu comportamento, tentar observar o porque eu salto pra discussão quando ele mete o dedo na ferida. Aí eu tento sempre olhar pra mim…porque eu me alterei? Acho que basicamente todas as tecnicas do Yoga bem feitas aumentam nossa capacidade de concentração, e isso pode ser bom ou ruim…depende de se utilizamos isso pra nos entendermos melhor e o mundo que nos cerca, ou se utilizamos pra gerar conhecimento inútil, sidhis, manipular gente como muitos mestres mequetrefes.
    3) É interessante notar que o próprio descobridor ou inventor do AVY (Krishnamacharya) mudou muito seu estilo de ensinar ao longo do tempo, possivelmente um efeito do Yoga sobre a sua personalidade. Adaptando as necessidades individuais até onde eu sei e como é contado neste mesmo livro de Desikachar. No inicio ensinava esse Yoga mais vigoroso, o que também pode ser lido nos depoimentos do Iyengar a respeito de quando aprendeu Yoga com ele e de quando se comunicava com ele e da mudança dos métodos depois que ele foi pra Madrás e saiu de Mysore.
    4) Acho que na falta de um mestre de verdade que posso indicar qual caminho seguir, devemos experimentar com auxilio de professores bons, diferentes métodos e ver qual deles nos produz essa reflexão, essa mudança de atitude.
    Já falei demais, na verdade fiquei com vontade de manter o contato com tanta gente praticando Yoga aí no Brasil, já que estou há quatro anos fora. Tranquilidade para todos vocês, e que a nossa discussão tenha sempre presente a frase que uma namorada de um amigo meu sempre usa durante uma discussão:
    Queres ter a razão ou ser feliz?
    Grande abraço.

  125. Gostaria de parabenizar o Rodrigo pela coragem para escrever o artigo.
    Gostaria de parabenizar o Pedro pela sinceridade em publicar o artigo e pela delicadeza e atenção nas respostas aos comentaristas.

    Acho que isso foi somente uma porta , que tal repensarmos o Power Yoga , Ashtanga Vinyasa Yoga, Iyengar yoga, Ashtanga yoga , Sivananda Yoga, Dakshina Tantra Yoga, Vidya Yoga, Yogaterapia,Yoga integrativa, Kripalu Yoga, Kundalini Yoga, Yoga nataraja, Sahaja Yoga, Bikram?s Yoga, Hatha Dinâmica, dinanic Yoga, Hatha Vinyasa Yoga, Pre & Post-Natal Yoga, Yin-Yang Yoga, Surya Yoga, Prana Shakti Yoga, Satyananda Yoga, vinyasa Yoga, Yoga hormonal, Alinhamento e Meditação Yoga, Viniyoga,Yoga para gestantes, Yoga terapia hormonal, sattva yoga , Vinyasa Flow , Yoga Dance, Disco Yoga, Yogilates, Sonic Yoga Flow, Medieval Yoga, Yogic Arts, Acqua Yoga e o Yoga bunda.

    Que tal jogar esse marketing todo no lixo e começarmos a praticar e não mais ficar vendendo o Yoga?

    Harih Om e que estejamos todos unidos no Sangam 2007 praticando Simplesmente Yoga !

  126. Olá a todos, sinto que a prática de qualquer um cabe e serve na medida certa. Dizer que uma é boa ou não, é no mínimo prepotência. E acho que alguém defender o AVY é mais do que louvável, pois assim como esta não foi criada de um sonho ou devaneio, tem bases, e como a própria prática de fervorosos estudantes mostra, funciona!!!

    Dosagens de ego à parte, vamos praticar Yamas e Niyamas, são a nossa base, coisas que aprendemos antes de nascer, e que no mínimo esquecemos ao longo de nossa árdua trajetória.

    Percebo que esta ânsia em defender um ponto de vista é como aquele brilho no olhar de uma criança, algo que na medida certa pode mudar muito mais do que mornos comentários, ou passar a mão na cabeça. Diplomacia é bom, mas sem perder a originalidade.NAMASTÊ.

  127. Caros colegas… ashtangis, ashtangis freaks, yogis, praticantes de qualquer tipo de Yoga,

    Apenas para deixar registrado aos desavidos ou os que ainda nao perceberam… O nome da escola do Sr. Pathabi é Ashtanga Yoga Research Institute (Instituto de PESQUISA de Ashtanga Yoga).

    Lendo o nome de sua escola me lembrei do meu tempo de cientista veterinária, quando trabalhava com cirurgia… A pesquisa visa a testar e avaliar diversos tipos de metodos e materiais, e seus resultados (positivos ou NÃO). O caminho para nossos cobaios é doloroso.

    O caminho para os pesquisadores pode ser cruel mas extremamente válido (até certo ponto). Você quer ser o cobaio ou o cientista em seu próprio corpo e em sua prática?

    Para aqueles que não sabem, o próprio Pattabhi vem modificando suas séries. O que ele ensinava há 30 anos atrás é bem diferente do que aprendemos hoje.

    Ele mesmo ja disse quando perguntado o porque de ficar em sirshásana por 30 minutos… “hum hum, research… you do it! (pesquise… faça você mesmo!)”

    Como disse antes, sou ávida praticante e instrutora do método. Tenho observado que a prática de AVY pode incrementar o aspecto ou característica mais marcante de cada pessoa.

    Sendo direta: Aqueles que mais gostam de competir podem ser aqueles que mais se identificam com o método. Aqueles com os egos marcantes podem de repente se surpreenderem após alguns anos de prática de AVY quando perceberem que seus egos se tornaram ainda mais fortes.

    Enfatizo que amo e sigo a prática de Ashtanga Vinyasa. Existem tantos tipos de professores quantos ásanas. Já tive a oportunidade de estar na presença de ashtangis que são verdadeiros mestres, assim como tive a oportunidade de estar ao lado dos “ashtangi freaks”… aqueles que se puserem as mãos em você… Deus nos ajude!

    O sistema de AVY virou mercadoria no ocidente. Interessante… Por que será? Vamos refletir sobre isso e muita coisa fará sentido. Pode estar aí a resposta deste descaso com os outros angas, com o estudo, e com apenas sentar em silêncio…

    Aum 🙂

    PS: só para registrar mais uma vez: isso do Pattabhi só ensinar pranayama após a segunda série é ideia dele. Provavelmente, fruto de suas pesquisas.

  128. A pratica de asanas pode levar a um estado de meditação, porem acho que devemos pensar como isso é repassado p os alunos em sala de aula? Digo no momento da aula conduzida, o aluno iniciante ou nao, tem que observar uma serie de ajustes no corpo isso vai ajudar ele a ter uma melhor consciencia corporal, o aluno ja sabe a sequencia porem mesmo assim tem la o prof dando uma serie de comandos e ajustes o que na maior parte do tempo pode tirar ou nao o foco do praticante na aula, acredito que temos que aprimorar na medida do possivel a nossa percepção com relação ao aluno durante a aula, pois imaginem ele ta la mantendo a postura alinhando o corpo e em muitos casos pessando no que vai fazer p comer ou mesmo na conta que tem q pagar e em muitas outras atividades extra pratica.

    A grande maioria das pessoas que praticam yoga, pelo menos que conheço tendem a praticar somente na sala de aula com o prof(a),vejo de uma forma muito positiva inclusão da pratica de meditação na aula conduzida.

    Se observarmos a realidade da sala de aula teremos alguns alunos que tem mais facilidade que outros para atingir a meditação nesse processo, porem outros nao tem essa facilidade, dai que entra a grande “ou nao tao grande questao” reservo alguns minutos para pratica de meditação sentado ou seja la como for no final?

    So uma coisa, deixo claro que acredito no processo da meditação atraves da pratica de asanas (em movimento com vinyasas ou sem), porem acredito que é uma fase mais avançada para quem ja realiza a pratica diaria e sozinho.

    Hari Om!

  129. Namastê Rodrigo, Pedro e comentaristas.

    Caro Rodrigo, primeiramente quero lhe agradecer pelas suas sinceras respostas, e pelo fato de ter se apresentado neste seu último comentário com uma forma muita nobre e tranquila. Peço-lhe desculpas, de coração, se lhe fui grosseiro com meu comentário. Não era minha intenção, embora foi isso o que você e outras pessoas perceberam.

    Não sou um praticante fundamentalista ou radical, e concordo com a sua maneira de explorar os melhores métodos para que seus alunos evoluam no caminho, de uma maneira segura e firme. Também não quero fazer um “duelo shástrico”; minha intenção era apenas expor um ponto de vista que eu acredito, utilizando citações, mas acho que fui infeliz no meu intento. E acho muito oportuno o debate que se criou com seu artigo e comentários posteriores, pois faz parte também do estudo. Aprendi muito com esses comentários, incluindo o meu grave erro de ter sido tão insidioso com o que escrevi. Peço a todos, minhas mais sinceras desculpas.

    Pra finalizar, agradeço ao Pedro e aos outros comentaristas que me deram palavras de apreço.

    Um bom dia a todos.
    Namastê.

  130. Quando li o texto do Rodrigo, logo que foi publicado, senti o coração dar um pulo. Que maravilha. Alguém finalmente teve coragem de falar. Faz quase um ano que deixei de praticar e ensinar Ashtanga Vinyasa Yoga.

    Gostava da prática, adorava pra falar a verdade. Hoje não descarto nenhuma modalidade de Yoga porque as vejo com o suporte do estudo. Todas proporcionam alguma coisa boa e alguma coisa não tão boa assim.

    Ensinava em uma escola movimentada aqui do Rio e tive ótimos professores dessa modalidade. Conheço inúmeros praticantes incríveis e estudiosos que tem o Ashtanga como prática diária. E outros tantos bitolados que tem como prática outros “yogas”. Tudo bem, faz parte da vida.

    Mas minha decisão em parar de ensinar Ashtanga Vinyasa Yoga foi baseada, em primeiro lugar, na preservação de meu corpo. O ensino é “braçal” e eu sentia um desgaste físico no final do dia. Minhas aulas eram de “Ashtanga Básico” e “Ashtanga Iniciantes”, onde eu deveria ensinar um pouco mais que as posturas em pé. Mas eu conseguia, em 1 hora e trinta minutos fazer bem menos que isso.

    Queria que os alunos respirassem devagar e que os movimentos fossem razoavelmente lentos. Tudo bem. Mas o problema maior é que hoje em dia, quase todas as escolas viraram academias onde o aluno paga e vai em qualquer horário.

    A turma era flutuante e meu desafio maior era tentar dar informações básicas porque sabia que talvez o aluno não voltasse no outro dia para que eu pudesse continuar o desenvolvimento das bases daquela prática. Eu desconstruia a prática e fazia variações. Ensinava bandhas e respiração isoladamente.

    Tudo bem devagar para que a pessoa pudesse aprender e experimentar cada técnica. Até aqui ótimo. Ashtanga estruturado pode ser incrível. Ashtanga Vinyasa suave, gentil, delicado, tranquilo e sensível também é possível. O que realmente é difícil é ensinar sem turma.

    Mais difícil ainda é entender o aluno que entra em uma sala de Ashtanga Básico e ignora o andamento de uma aula guiada e faz a série ali, sozinho, no próprio ritmo. E no final, sem fazer relaxamento, levanta e vai embora. Iso não aconteceu nem uma, nem duas nem três vezes. Foram várias. O mais incrível mesmo foi um dia, quando no final da aula eu propus que ficássemos cinco minutos em silêncio. Todos, todos levantaram e foram embora. Todos.

    Comecei então a não propor mais nada. Simplesmente aderi a voz mais grave e o comando mais forte. Incontáveis vezes as variações de posturas que propunha para a conscientização corporal eram ignoradas. Ainda prevalece a idéia de que fazer o mais difícil é o mais eficiente.

    Então concluí que o problema não era o Ashtanga. O problema é de educação mesmo. O Yoga virou um produto caro e as pessoas pagam e exigem satisfação.

    AVY infelizmente pode ser, se mal ensinado, a maromba zen que atrai aqueles que querem um corpão. E a maioria “já sabe a série”, e isso basta. Para espantar essa galerinha das minhas aulas decretei lentidão máxima e invoquei o profeta Gentileza.
    Mas, quando vi, o que eu ensinava já não era o Ashtanga. Quando percebi que não tinha o menor apreço por Pattabhi, que não queria ir para Mysore, que eu basicamente discordava da forma como se ensinava “segundo guruji”, e que aquela disciplina, para mim, era violência, eu desisti de ensinar. E fiquei muito, muito mais feliz.
    O que eu questiono não é a validade do Ashtanga, mas sim o que está acontecendo com o mundo, as nossas prioridades e nossos valores. O que se faz com Yoga se faz com tudo por todos os lados. Não acredito em prática que não gere amor.

    E não acredito que os moldes de ensino “aspirina” de hoje em dia possam contribuir realmente para um mundo melhor. “Aspirina” é o remedinho para o nosso ficar bem de cada dia. O MEU bem estar. A MINHA prática. A MINHA meditação. E assim vai.

    O aluno vai, faz qualquer aula, malha o suficiente, depois faz uma sauninha, faz grosseria com as meninas da recepção, exige coisas e coisas e sai para trabalhar, sai para a vida e assim segue. Existem sim, muitos praticantes sinceros, interessados e famintos até. O problema é que a forma como se ensina hoje em dia, qualquer tipo de yoga, não permite o desenvolvimento e acompanhamento do aluno pelo professor.

    Aulas lotadas, quarenta pessoas. Como saber o nome dos alunos??? Como observar o corpo deles e tudo que o corpo expressa? Como?

    Hoje eu indico que os alunos façam esportes. E que depois venham para a aula de Yoga. Podem correr, nadar, jogar basquete, fazer ginástica localizada…incrível! Depois vem pra aula de yoga para fazer yoga. Em primeiro lugar nos cumprimentamos. Olhamos nos olhos. Sorrimos.

    Sentamos tranquilamente sabendo que ali se inicia uma busca, um mergulho em nós mesmos. E que talvez, eventualmente, eu não saia plenamente satisfeita da aula. Mas faz parte. Faz parte observar a raiva, a vontade de xingar o professor, a vontade de chorar, de rir.

    Acho importantíssimo que o professor saiba despertar a curiosidade do alunos para tudo que lhe brota. Mas se o professor só tem a oferecer posturas, é porque a sua própria prática é de apenas posturas. Realmente falta um mergulho mais sincero na investigação dos próprios propósitos.

    E falta, cada vez mais, um desapego em relação a forma das posturas. Se pensa mais na forma que se quer alcançar do que no corpo que se quer encaixar ali. E isso, pra mim, é miopia.

    Decidi desde então aderir de vez ao “coringão” Hatha Yoga. Pouco importa o método. Sim, não tenho pátria, nem time, nem grupo nem gangue. Livre. Livre e na compania de fontes confiáveis. Estudar não é uma questão de intelectualiasmo ou desconfiança no professor. Mas é ser dono das próprias decisões. É importante questionar e sei que na tradição se estimula isso.

    A prática no tapetinho fica mais clara, incrivelmente mais clara. E com o tempo, o tapetinho se alarga e vira a sola constante dos nossos pés.
    Fontes confiáveis no Yoga, a meu ver, são homens e mulheres exemplares, escrituras e textos classicos e instrutores honestos que conseguem ver o yoga para além dos rótulos.

    Práticas confiáveis e saudáveis de Hatha Yoga são, a meu ver, aquelas que vêm acompanhadas de Raja, Bhakti, Jñana ou Karma Yoga. Enfim, que pelo menos falem em meditação. Agora, nada disso importa se eu não consigo tornar-me um ser humano melhor no mínimo, para os outros.

    O texto do Rodrigo, acredito, foi o começo que uma mudança fundamental. Falemos de Ashtanga, de Iyengar, de Power Yoga, de meditação isso ou aquilo. Mas falemos também da consistência de nossas formações e do nosso mundo. Das escolas de luxo, do “produto” caro que é o Yoga e dos “clientes”, que são nossos alunos. Do yoga de um dia, do bem estar egoísta e da perda da profundidade das relações humanas dentro de salas de aula. Onde está a tradição de ensino?

    Por fim, acho que podemos ser mais tranquilos nesse debate. Levantando questões mais abrangentes sobre o ensino do yoga e o Yoga no mundo.
    Namastê!

  131. Acabo de ler o brilhante comentário em resposta ao professor Rafael que o Rodrigo deu. Espero que ele sossegue o facho e use de elegancia . tentar rebater só pioraria. O comentário parece não ter a intenção mas deu uma aula de tudo, olhar esses debate dentro de um debate, é como ver uma luta do bom senso com a loucura. Um mínimo de humildade cairia agora muito bem. Mas Rafael, você é o melhor inimigo (numa boa e no bom sentido) que surgiu contra essa causa justa, temos de reconhecer. É de respeito.

    Outra polêmica interessante que está surgindo é essa história do Pattabhi Jois ser um bom pai de família dedicado a seus filhos, ou só ensinar dessa forma bizarra pois é o que querem. O nome disso é conveniencia, dou um fio de bigode se não for. Vender o que o povo gosta, afinal, tem que pagar as contas né? Outra desculpa sem fundamento no bom senso.

    Então vamos esculhambar geral, todo mundo. Cada um no seu trabalho, fazendo de tudo para ganhar grana, temos que cuidar dos filhos. Gente olha lá, vamos pensar com mais seriedade.

    A história do e-mail tá de pé, ou se o Rodrigo se dignar, pode me mandar um direto.

  132. Namastê!

    Que bom que houveram reposicionamentos. Ainda assim, isso não muda as coisas loucas que o Rafael disse. Esperamos que a partir de agora faça comentários mais amenos e com maior bom senso. Quando for também repelir o artigo o faça com lógica, embora possa lhes advertir que é causa perdida. Já foi falado por aqui, a questão é mudem ou não mudem. Se forem mudar, pensem como ou perguntem para os encabeçadores desse moviento. Encontrar furos nessas reflexões é impossível, já me coloquei imginativamente nos olhos adversários e quase morri de raiva (hahaha). Pelo menos dentro do que o artigo parece propor, uma análise baseada no Ashtanga do Yoga Sutra. O AVY de Pattabhi Jois não está em avaliação. Esse artigo já foi o xeque-mate. Podem até continuar praticando desse jeito, é o direito de cada um. Mas ninguém vai poder dizer que não foram avisados. Também não adianta ficar dizendo que no método tal ou qual não fazem isso ou não fazem aquilo, aqui está se falando em AVy, ou eu estou louco. Quando eu era pequeno, e fazia algo errado, tinha mania de dedurar alguém que estava na mesma situação que eu. O ponto é, falta meditação no AVY, falta cuidado ao se praticar,falta yamas e nyiamas, falta shastras, falta coerência, falta tudo, só sobra realmente asana. E muitos, mas é uma série boa de praticar.
    Faltou um cara desses e o Pedro para dar um jeito antes. Pelo menos antes de meu joelho ferrar. Como agora estão faltando pessoas para ouvir e aceitar. Rafael e pessoal: parem de fazer isso, não importa se o método tal ou qual não medita ou usa o santo nome de Patanjali em vão. Façam nabi chakra drishti e vejam o próprio umbigo sem se preocupar com o dos outros métodos.

    Aliás, alguém tem o e-mail do autor?, quero tentar um contato, no tal do deha não consegui contactar. Se alguém tiver, meu e-mail é mariryogi@yahoo.com.br, mas olha lá hein, nada de gracinhas.

  133. Caro Rafael

    Desculpe a demora em lhe responder, tive alguns problemas de ordem pessoal.

    Minha primeira impressão sobre seu comentário foi que você levou o debate para o lado pessoal. Ao deixar suas emoções sufocarem a razão, deixou que sua mensagem se tornasse obtusa e carente de um direcionamento. Ainda assim, com meus parcos recursos, pude perceber nele, uma intenção de discursar sobre tolerância religiosa e respeito às idéias alheias.

    Esse discurso sobre respeito a pontos de vista, não pode ter exceção, de forma que você não deveria descontrolar-se por causa das opiniões alheias. Minhas, de Pedro e das pessoas que estão tendo o direito de refletir sobre suas próprias. Nessa lógica, você deveria respeitar nossas opiniões como respeitamos a sua, embora não concordemos. Surge aí uma grande diferença.

    Não estamos obrigando ninguém a aceitar o que dizemos, apenas convocando a reflexão e ao bom senso. Tenho o direito de criticar o Ashtanga Vinyasa e você tem o direito de criticar meu artigo e ponto de vista. A única exigência, que acredito existir dentro disso, é que haja coerência. Expus meus pontos de vista, de forma objetiva, mas nem você e nem ninguém até então, fizeram críticas ao que eu e Pedro falamos, utilizando uma argumentação adequada, sequer coerente. Falta sentido em grande parte de suas colocações.

    Me perdõe a franqueza, mas para que um dia possamos vir a ser amigos, quem sabe uma amizade verdadeira, é necessário que eu não utilize eufemismos com você. Se quer expor seus pontos de vista, mantenha os nervos no lugar e defenda suas opiniões pois você tem capacidade para tal. Se não tem esses argumentos, você não é obrigado a se expor. Isso é só um debate. Você pelo que percebo é um dos que tem capacidade para refletir e quem sabe até, fazer mudanças imediatas, se assim quiser. Não desperdice nosso tempo então (meu, seu e das pessoas)

    Apesar do respeito que lhe devo, pelo fato de ser meu colega e por Pedro ter dito que és boa pessoa, não posso deixar de observar algumas sandices em meio aos teus comentários. Certamente tem que ter mais atenção não apenas no que você fala, mas antes, naquilo que lê, para que a desatenção não lhe dê margens á falsas interpretações.

    Onde foi que escrevi que sou o ?cara que conhece os shastras? ? ?Palavras suas, não minhas? Afirmo-lhe como Jesus fez a Pilatos.

    Me convocas a um ?duelo? de conhecimento dos shastras ? Que ingenuidade colega! Eu jamais incorreria em tal imaturidade apesar de ter apenas 29 anos. Tenho duas filhas que ainda não sabem os ?banais? yamas e niyamas de cor. Tenho de fazer um esforço incomensurável para vivenciar tais valores ?simplórios? afim de lhes dar bons exemplos. Ainda que eu fosse um pândita e tivesse totais condições para tal tipo de ?peleja?, nunca discutiria escrituras como faziam os protestantes e católicos. Principalmente pois busco sempre aplicação prática para os poucos conhecimentos que possuo, de forma que prefiro ?concentrá-los? para escrever ou debater questões pontuais, como são essas que o artigo e Pedro ?levantaram?.

    Se prestasse mais atenção, teria visto que eu disse que leio ?por alto? entrevistas com Pattabhi Jois e cia., pois os conteúdos de tais publicações não me despertam interesse. Por que me pergunta então em que ?abençoada? entrevista eu vi Pattabhi ou Sharath dizendo que meditação não faz parte do método ? Para mim parece óbvio que não faz. Mas já que você admira os dois e o que falam, proponho que diga então, para o bem da comunidade do Ashtanga Vinyasa, em qual entrevista o sr. Jois diz que meditação faz parte do método, e qual seria a sugestão dele para a técnica.

    Expondo a todos a opinião ?abalizada? deste senhor, você ajudará pessoas que estão questionando se devem ou não acrescentar meditação nas suas práticas , dando-lhes um direcionamento vindo diretamente de seu próprio ?guru?. Ao que parece, muitas estão querendo meditar desde a publicação deste artigo, mas continuam arraigadas ao medo de ?deturpar? o método. Se você expor qual técnica de meditação o sr. Jois recomenda, ajudará estas pessoas a resolverem seus dilemas, sem perderem a fidelidade aos ?ensinamentos? de seu ?mestre?. Que a propósito, não chamei de gordo em nenhum lugar, são palavras suas. Desejei-lhe saúde em seu fim de vida. Leia com mais atenção.

    Minha opinião sobre o ensino de pranayamas, é que se formos esperar chegar até a terceira série, para estarmos aptos a começar a aprendê-los, chegaremos ao samadhi em algumas encarnações. Não creia em interpretações literais dos textos medievais, eles usam linguagem metafórica, sandha bhasa, devemos ter os devidos cuidados com pranayama, como com tudo. Veja a incoerência do sr. Pattabhi Jois ter tantas precauções com pranayama e destruir o corpo de tantos com os ajustes nos asanas. Essa é mais uma dessas histórias mal contadas.

    Ainda assim, devo lhe agradecer por ter iniciado essa oportuna discussão dentro do debate, sobre a questão das técnicas de meditação a se utilizar, dando oportunidade ao Pedro de fazer sugestões. Pelo o que agradeço a ele também, pois com sua maestria, expôs de forma muito mais organizada e abalizada do que eu poderia fazer, me poupando esse trabalho. Você levantou uma questão de cunho prático, que pode orientar muitas pessoas que estão indecisas e desinformadas sobre o que fazer.

    Se me permite dizer, com meus alunos, utilizei várias técnicas diferentes, já que não sou ?fechado? a experimentações e adaptações ás necessidades dos alunos. Mas nenhuma que desvirtue o modelo e a idéia de meditação dos sutras. Tampouco lhes introduzi ?Neti, Neti?, pois teria pouca aplicabilidade para os iniciantes. Mas já usei ?Atma vichara? com os mais experientes.

    Queria lhe afirmar também, que nunca ?rebateria? Svatmarama, já que acho os textos medievais do Hatha-Yoga tradicional, extremamente conciliáveis com a proposta do Yoga Sutra. Principalmente por que ?aceitam? a sua sistematização. A Hatha-Yoga Pradipika, em especial, não negligencia nenhum dos angas do sistema de Patanjali, ao contrário do método do sr. Jois. De forma que Patanjali ? pelo contexto histórico,cultural e filosófico em que se inseria ? não adentra profundamente nas técnicas corporais fisiológicas, temos nos textos tradicionais de Hatha, um estudo complementar.

    Existem a meu ver, outras imprecisões em suas colocações sobre os shastras que não convém comentar, pois fugiria totalmente do propósito deste debate e de minhas intenções para com ele.

    Infelizmente a forma confusa e prolixa com a qual se reportou a mim, com excessivas perguntas, advertências e admoestações, me obrigaram a ?roubar (como comentou alguém) muito espaço para lhe responder. De forma que peço desculpas a todos que o lêem e também que ajudem-nos (eu e Pedro) a manter o foco nos questionamentos que inspiraram este fórum. Sejamos então mais objetivos.

    Conforme já disse anteriormente ao Pedro, a impressão que tenho desses teus comentários, assim como dos de alguns outros professores de Ashtanga Vinyasa, é que todos estão tergiversando. Usando de rodeios e subterfúgios para ?desviar-nos? do foco nas reflexões propostas no artigo. Se incluirmos Shaivas, Vaishnavas e discípulos de Iyengar na discussão deste debate, de forma inapropriada, corre o risco deles quererem entrar aqui também para defender outros pontos de vista, ou discutir o ?sexo dos anjos?. Portanto repito, tomem mais cuidados com as palavras. Ora, até mesmo falar em discutir os shastras, nos dias de hoje, quando isso é pouco comum até na Índia. Não vamos desperdiçar nosso tempo.

    Na minha opinião, os shastras não se discutem (pelo menos não nesse sentido de combate de egos proposto por você), são pontos de vista e devem ser utilizados de forma útil, tendo sua sabedoria acrescentada em nossas práticas e vidas. Quanto aos valores, eu nunca falei que as pessoas deveriam seguir uma rígida ordem de colocação para ensiná-los. Mas acho a sistematização de Patanjali perfeita e que eles devem permear todos os aspectos do Yoga.
    Paz, irmão. Acalme seu coração.

  134. Namaste,

    Algo que me chamou a atenção no último comentário do Rafael, foi sua afirmação quanto à questão do Pattabhi só ensinar pránáyáma aos ashtangis da Terceira Série como uma forma de proteger seus respectivos seguidores dos perigos de se praticar tal técnica.

    Infeliz foi a sua tentativa de fundamentar esse pseudo-excesso de cuidado, com base no que diz a Hatha Yoga Pradipika. Talvez ele tenha levado a linguagem figurativa das escrituras ao pé da letra, em quanto que outros yogís interpretam este mesmo ensinamento de Swatmarama como uma orientação para se controlar o prána gradualmente, pouco a pouco, com paciência e energia, do mesmo modo como se domam as feras selvagens (vide Hatha Yoga Pradipika, II:15).

    Vejo que há uma certa incoerência do método AVY em termos de cuidado e zelo com seus seguidores, em se aceitar o sacrifício do corpo com prática de ásana, e em suprimir o pránáyáma do sádhana para protegê-los do perigo mortal. O pior é constatar uma prova explícita de deturpação do Yoga quando se libera a prática de pránáyáma aos superashtangis da Terceira Série, ou seja, se você for o homem borracha do circo você tem credencial para captar, dominar e expandir o prána pelas suas nádís… sem falar que essa atitude é um tanto sectária.

    Alguém aqui conhece algum caso de algum yogí que se machucou ?tentando domar feras selvagens?, ou seja, praticando pránáyáma conforme a instrução do seu professor? Em caso afirmativo poderia relatar o ocorrido?

    Já presenciei um amigo desmaiar por poucos segundos durante um kumbhaka prolongado, durante quase dois dias jejuando, mais isso foi irresponsabilidade dele, o fez sem orientação.

    Enfim, sugiro aos ashtangis (inclusive da primeira série) que se permitam acordar cedo, e sentando em algum dhyanásana que lhe seja confortável, com as costas retas, pratiquem nádí shódhana pránáyáma, de preferência ao ar livre, na beira da praia, rio, lago, sob os primeiros raios de sol da manhã durante 15 minutinhos… vocês não vão morrer, eu juro!… talvez acessem até um estado de consciência expandida… OOOOMM Shanti, shanti, shantih!

    Harih Om, abraçoooooooommmmmmm a todos!

  135. Abismados por uma falange de egos gladiadores, quem sabe os internautas (mesmo leigos) poderão facilmente chegar a conclusão de que muito pouco do que foi dito faz jus ao espírito supostamente integrador do Yoga.

    Ao menos para isso terá servido o tal artigo e o dito fórum dos ilustres comentadores, que não (se)poupam em fastidiosas auto-justificativas. Inevitável consequência de tanto fogo (pitta?) queimando na mesma panela sem água…não é por nada que o próprio autor já sofra distúrbios estomacais!

    Sugestão do dia: um providencial e refrescante jejum com aguinha de côco:)

  136. Caros amigos do Yoga,

    Namastê

    Venho pedir a todos que mantenham a cordialidade e o foco nos questionamentos centrais deste artigo.O objetivo deste fórum e debate é este. Ninguém precisa seguir nenhuma sugestão nossa, mas que a semente da dúvida, que nos impele ao crescimento e à busca fique plantada em todos.Eu e Pedro não temos a intenção de prejudicar ninguém nem criar uma guerrilha. Apenas ponderem e reflitam. Nenhuma crença ou dogma vale tanta luta. Avaliem a real importância dessas convicções em suas vidas. Se não concordarem conosco, sigam fazendo e acreditando no que quiserem. Esse debate não é uma imposição.

    Paz a todos!

  137. Parabens por este artigo e pelo debate. Estou vivendo no exterior faz uns anos e nunca vi um debate tao profundo e completo sobre o AVY. Acho que mesmo nos EUA sao mais submissos que no Brasil!

    Fiz curso com o Pattabhi em Londres e sim ele mete o dedo nas meninas e todo mundo sabe mas ficam com o papo de que ele “ja não pensa nessas coisas”. Tá na cara, né? Também o a filha do PJ fez uns ajustes bem fortes em mim, mas não lesionei nada. Mas houve gente que lesionou lá mesmo.

    Agora que escrevo estou vendo que há um clã do AVY pelo mundo, mas o PJ na real curte mesmo é a familia e é para ela que ele vende esse AVY reduzido ao ásana. Afinal, ele e um homem de familia e tem de dar o sustento a eles. Da para ver que virou clã familiar mesmo.

    Concordo com a Lara. Acho que ele sabe de Patanjala Ashtanga Yoga. Só que o americano quer pagar pelo ásana, ou seja, o cara concentrou os angas todos dentro do ásana. E pode funcionar sim.

    Aqui em New York, o AVY (junto com o Bikram e o Power Yoga que sao derivados ) são os principais responsaveis pelo yoga-malhacao. E esse yoga já não e só moda, e uma verdadeira imposição se voce quiser dar aula de Yoga melhor dizer que é de AVY!

    E tem cada vez mais gente ensinando as series depois de uns meses de pratica, um worhsop de fim de semana e seguindo um esquema das series colado na parede! E são esses os que estão fazendo muita coisa mudar no Yoga, que antes era uma prática considerada boa para a saúde, terapêutica até, e agora está ficando conhecida pelas lesões de joelho e coluna que leva os praticantes diretos ao fisioterapeuta.
    Inclusive acho ate que é por aí que tudo vai mudar de novo: já tem até praticantes pondo as escolas e professores na justiça, pedindo indenizações, e olha que isso aqui nos EUA não é brincadeira.

    Ainda assim quero dizer que ultimamente voltei a praticar o AVY e gosto. Inclusive o que mais gosto e o fato de ser tao básico, tão simples. Isso até ajuda na meditação, sim. Ao contrario do que se está dizendo no artigo e nos comentarios, não acho que há técnicas de meditação.

    Meditação não é técnica. O que tem são técnicas de concentração que podem te levar à meditação. As séries, neste momento, estão me ajudando bastante. Mais do que quando eu estava sentando para meditar.

    Tambem concordo com o Rafael que se você se basear nos shastras vai encontrar justificação para tudo. Dayananda deve ser especialista em Vedanta. Cada um põe a ênfase no que sabe e tem para vender e cada praticante tem de ver o que funciona no seu caso.

    Último comentário: a agressividade contra os professores de AVY (e as suas omissões) fica igual a alguns comentários que alguns deles fizeram…

    Boa continuação do debate!

  138. Valeu Lara, foi 10 o seu comentário, pois é disso que precisamos: informações que não seja apenas fundamentalistas. Quero dar os parabéns também ao Pedro e ao Rafael pela clareza e desenvolvimento das informações. Eu particularmente acho que o Rafael foi o único que conseguiu colocar um pensamento válido na discussão apresentando um outro ponto de vista. Antes dele houveram apenas um aglomerado de briga e palavras feias.

  139. Retiro o que disse, não estou mais em estado de graça: ao que parece, estudar Yoga virou um outro meio de “inflar o ego” dos praticantes! Se antes tínhamos uma espécie de “torneio” pra saber quem é o “Mr. Ásana”, agora temos o concurso “Mr. Shastra 2007”! Será que ninguém consegue trocar idéias sem tentar exibir-se, mostrar-se maior ou melhor que os outros? Esse pessoal do AVY tem o ego de tal maneira inflado que devem andar voando por aí feito balões! Admiro muito a paciência com que Pedro e Rodrigo estão lidando com esses inflados/inflamados do AVY, mas sinceramente esse Jogos Pan-americanos de erudição parecem estar diluindo a proposta inicial do Rodrigo: não estão mais expandindo, estão confundindo horizontes, estão adquirindo um teor “rebuscado” que vai acabar restringindo o debate apenas aos PhDs, deixando o pessoal que ainda está no ?segundo grau? perdido! Um pouco de simplicidade cairia bem, quem sabe organizar as propostas e idéias de forma mais didática, como o fez magistralmente o Rodrigo em seu texto? Pensando bem… nem sei se houveram propostas e idéias! Só ataques e defesas! Nossa, acho que é um debate sobre artes marciais, e não sobre Yoga! rsrsrs
    Em tempo: Pedro, a melhor coisa que poderias ter dito foi sobre “ferir susceptibilidades”! Assisti a cursos teus num “espaço” de uma professora de AVY e lá não deste teu depoimento sobre os ferimentos ocorridos em Mysore, assim como não publicaste tal depoimento aqui no site antes. Mas entendo teu gesto, escolher entre dizer a verdade “doa a quem doer” e a mágoa (do bolso, inclusive) dos amigos é terrível, seria exigir demais de ti que tivesses saído por aí “jogando tudo no ventilador”! rsrs O importante é que agora estás colaborando com este momento, e por isso muito lhe agradeço!
    Grande abraço pra ti, pra Rodrigo e pra todas as pessoas gentis, alegres e serenas que têm participado aqui! Aos “inflados” e “inflamados”, desejo dias melhores e pergunto: qual o valor do estudo e da prática se seus nervos estão à flor da pele? Conheço lutadores de boxe mais calmos e gentis que vocês! Quem sabe não seguem o conselho do amigo ali de baixo: vão pescar! rsrsrs.

  140. Namastê caros amigos Rodrigo, Pedro e comentaristas.

    Primeiramente, quero agradecer as palavras gentis do Pedro colocadas logo após o meu comentário, no dia 22. Também estamos com saudades de vocês dois, mas quando vi sua agenda preenchida praticamente até 2008…

    É Pedro, você sintetizou tudo quando disse; “Devo pontualizar aqui que o que estamos discutindo não é o Ashtanga Yoga de Patañjali, nem o Ashtanga Vinyasa Yoga, mas a NOSSA PERCEPÇÃO do que sejam esses métodos, suas semelhanças e diferenças.”

    Também, concordo plenamente com sua conclusão de que o Ashtanga Vinyasa é “mais Hatha do que Ashtanga de Patanjali”. A identificação de seus sistemas ou formas de Hatha Yoga com a Filosofia de Patanjali é uma coisa que praticamente todos os os professores estão fazendo. Sei que Pattabhi e Sharath identificam seu sistema com o Patañjala Yoga, mas Shrivasatva Ramaswami (o aluno mais antigo de Krishnamacharya fora da família) também ensina que suas aulas de Vinyasa Krama são o Ashtanga de Patanjali, coisa que o próprio Krishnamacharya também frisava, afirmando que não havia escritura maior do que o Yoga Sutra, e de que “tudo aquilo que não estiver do Yoga Sutra não deve ser levado em conta”. Iyengar também, de uma certa maneira, frisa isso, como por exemplo, na prática de pranayama, que começa a ser executada após um certo domínio da postura. E Desikachar, filho de Krishnamacharya, também utiliza sutras de Patanjali em sua prática.

    Podemos inclusive lembrar que a Aliança do Yoga aqui no Brasil, para nos proteger da pressão da Educação Física, se defendeu afirmando que o que praticamos na verdade é uma filosofia, e utilizou o Yoga Sutra de Patanjali como base para isso.

    Vou colocar um outro comentário depois que nosso amigo Rodrigo falar.

    Mas, só respondendo a alguns colegas aqui:

    Caros Vanderson, Mario, Luiz e Anônima. Agradeço seus comentários, e Vanderson, aceitaria seu convite de “ir pescar” se não fosse vegetariano. Além do que, obrigado pelo seu exemplo de Ahimsa, que ficou muito bom. Quando escrevi o comentário eu o fiz de maneira informal, e não com uma atitude grosseira, de raiva ou de ego ferido, mas apenas de dar minhas idéias sobre o artigo de nosso colega. Tampouco quero ser o “salvador”, até porque o artigo é apenas uma forma de discutir nossas interpretações sobre o sistema AVY, e não destrui-lo. Se alguém achou isso, pensou errado. Além do que, ninguém está forçando a ler os comentários, de modo que dizer que eu estou roubando o tempo de alguém não tem sentido.

    Alguns acharam que eu estive contraditório por num comentário dizer que gostei do artigo e no outro dar meu ponto de vista. Na verdade, eu continuo a dizer que o artigo está ótimo, e o que eu estou discutindo são as idéias nele contidas. Não sou um radicalista ou fundamentalista, e nas minhas aulas de AVY sempre frisei os ensinamentos de Patanjali como o dos comentários posteriores.

    E seu eu pareci confuso quato ao que escrevi, agradeço a todos pelo feedback e prometo que o próximo será diferente.

    Abraços.
    Namastê!

  141. Namastê a todos.

    Sou um praticante de Ashtanga Vinyasa há quase 8 anos, e já pratiquei com diversos e grandes nomes desta prática aqui no Brasil, em aulas regulares ou workshops.

    Venho aqui para defender o Rafael (acho que também é professor). Primeiramente fiquei indignado com a qualidade dos contra-argumentos feitos por alguns praticantes, falando em palavras não muito “yogikas”, contra o Rodrigo e o Rafael. Que é isso galera. Aqui é uma comunidade pra yogis!

    Concordo plenamente com o Rafael. E acho que ele não foi tão “contraditório” como alguns falaram, mas bem claro (ao menos para mim, que pratico). Não vejo que ele entrou como um “salvador”, mas apenas como alguém que gosta desta prática e quis colocar seu ponto de vista, como muitos anteriormente haviam pedido. Muito do que ele disse eu ouvi de professores de renome, com outras palavras, obviamente, o que me mostra que ele tem base para falar.

    Além disso, entrei no site da escola dele e pude ver um excelente trabalho de pesquisa na área da filosofia e prátia do Yoga e do Hinduismo.

    Já fiz outras práticas de Yoga, mas o Ashtanga foi o que melhor se adaptou a mim, ao meu estilo. Mas acho que as pessoas não são capazes de manter suas mentes abertas e procurar respeitar as diferenças que existem entre práticas e praticantes.

    Valeu Rafael, e aguardo mais comentários seus.

    Um abraço a todos!

  142. Olá,
    estou realmente indignada com a falta de qualidade dos argumentos que estão sendo dados aqui. Fico imaginando porque o professor Pedro se sujeita a manter tão longas e exaustivas conversas, que ao fim, não darão em nada.

    Li todos os comentários. Primeiramente alguns detonaram o Rodrigo por ele ter expresso o seu ponto de vista. Foram grosseiros, disseram asneiras, e tentaram atingir a pessoa que escreveu o artigo, e não o artigo em si. E ao fim, todos dizem “ahimsa”, não-violência. Isso é engraçado.

    Depois, alguns professores tentaram apresentar seu ponto de vista, mas também foram agredidos por isso. Qual é a de todo mundo? Professor Pedro, por quê simplesmente não deixa os comentários que venham a aumentar ou melhorar o debate, em vez de simplesmente deixar que todo mundo escreva, ou ofendam?

    A mim, que estou praticando Hatha e estudando Vedanta há 5 anos, ambos os pontos de vista do Rodrigo e do Rafael são muito bons e válidos. Mas é como um católico e um evangélico discutindo: nenhum dos dois irá mudar. E é besteira continuar discutindo isso…

    Particularmente, elogio o esforço e coragem do Rafael por escrever seu ponto de vista. E concordo em tudo o que ele disse. Todo mundo reclamava que ninguém do Ashtanga escrevia, e quando um escreve, é agredido. Vejam, que até o Professor Pedro elogiou, embora depois tenha colocado seu ponto de vista, mas também de uma maneira tranquila, sem ofender. Isso é legal! Isso é debater Yoga.

    Acho que todos têm a crescer com esse debate, mas se for mantido numa atmosfera limpa, cordial. Professor Pedro, tome mais atenção nisso, por favor?

    Ahimsa!

  143. Saudações Ayurvédicas Rodrigo!
    Eu não poderia passar pelo yogapro sem te dar os PARABÉNS pela excelência de seu artigo!!! Que bom que ainda há pessoas como você, que seguem sem se deixarem cegar, que mantêm a capacidade de refletir, de questionar, de expor idéias com clareza e liberdade para estimular o bom debate, sem as amarras de pensamentos obsessivos ou condicionados!
    Não sou professora de Yoga, apenas uma praticante de Kriya. Escrevo como educadora e estudiosa do Ayurveda, a tradicional medicina indiana, do qual o Yoga representa um de seus darshanas. Yoga e Ayurveda possuem muitos aspectos em comum, a começar pela flexibilidade. Por esta e por outras razões, são ciências milenares que sobrevivem até os dias atuais; adaptaram-se à cada Era e lugar, mas mantiveram a essência, seu maior tesouro. O passar dos séculos resulta em transformações necessárias para adequação às novas realidades humana, ambiental e social. Estas mudanças são as sementes da observação, da elaboração de teorias e hipóteses que farão nascer os novos valores de uma época, agregando-os aos já existentes.
    O que considerei muito valioso neste texto do Rodrigo foi a mensagem que ficou no vão das palavras… nos livrarmos um pouco do peso destes novos valores, cada vez mais superficiais e convenientes ao Homem moderno, para bebermos mais do néctar do verdadeiro Yoga. Antes de tudo… Yoga é filosofia, é conhecimento adquirido, desenvolvido, aperfeiçoado e transmitido de geração para geração, de Mestre para discípulo… Nos dias atuais, este conhecimento precioso deveria permear a relação entre professor e aluno, mas infelizmente está espremido, quando existe, entre um ásana e outro.
    O efeito provocado por este texto foi incrível ? para não dizer devastador! Despertou mentes adormecidas e mexeu com as mais tamásicas, que saíram da inércia para criticar… Como médica posso dizer que nos dois casos o prognóstico é bem animador!! Nem tudo está perdido… nem em plena Kali Yuga… NAMASTE!!
    No dharma,
    Stela
    [Dra Maria Stela De Simone, diretora do Centro de Medicina Indiana do Rio de Janeiro – Centro de Estudos Ayurvédicos Dr.Chowdhury Gullapalli]

  144. Uma vez o Sr. Jois foi perguntado sobre o porque dele ensinar apenas asanas e respiracao ujjayi… sua resposta foi “porque é só isso que essas pessoas que vem aqui querem aprender”.

    Ouvi isso de meu professor, um das antigas. Me sinto na obrigacao de preservar o seu nome. Talvez não seja o método, ou muito menos o professor ou perpetuador do método, mas o que as pessoas estão procurando… apenas para refletir.

    Muito foi dito, nobres e inteligentes comentarios, assim como argumentos frágeis, sem fundamento e repletos de fúria e indignação.

    Sou praticante e instrutora do AVY. Honestamente nao entendo o motivo de tanto furor por parte de tantos professores deste metodo. A única coisa que consigo pensar sobre o porque deles se sentirem tão ofendidos é porque se identificaram de algum modo com o que o Rodrigo levantou: repensar o método como esta sendo passado atualmente. Usando a frase popular, “a carapuça serviu”.

    Deixo esta mensagem porque me foi solicitado algumas vezes, por amigos que leram o texto e me pediram para comentar, e, ate aqui por pessoas que disseram… “aos professores de Ashtanga Vinyasa, mostrem-se e defendam o sistema, ou tenham a coragem e de aparecer aqui e registrar o que pensam”.

    Vou resumir em poucas palavras: “parabéns Rodrigo, parabéns Pedro”. O mundinho ashtangi precisa de questionamentos inteligentes e bem argumentados urgentemente.

    Om shanti!

  145. Amigos,

    Um mal estar estomacal (podem se alegrar, mas não morrerei) me afastou desde ontem a tarde desse debate. Amanhã responderei seu muito extenso comentário, colega Rafael. Não veja como desconsideração minha demora, ele não tinha sido postado a última vez que comentei aqui. Paz!

  146. Rafael,

    Entro aqui como anônima por que te conheço e compreendo tua indignação, mas advirto que foi uma grande imprudência de tua parte se arvorar a herói e querer demonstrar conhecimentos. Seu comentário realmente é muito desordenado. Tome cuidado para não piorar mais a situação. Um pouco de prudência não faz mal a ninguém. Controle-se, querendo falar bonito ou não, foste tão inconsequente e incoerente quanto todos os outros. Se ligue.

    Acredite, uma amiga.

  147. Caros colegas,

    Até agora, minhas percepções acerca de toda essa contenda ficaram restritas à função de contribuirem (ou não) à minha própria instrução. Ao que me parece, o “debate” se iniciou desde que o professor Rodrigo veio “PROPOR a ampliação de horizontes…” como ele mesmo colocou, e não agora como mencionou o professor Pedro. O único diferencial deste último discurso do senhor Rafael em relação aos demais que eu, na minha limitação, consegui vislumbrar foi o grande arcabouço cultural que possui em sua memória. Lamenta-me a utilidade a que se presta tão rico conhecimento.

    Achei o texto carente de objetividade, e que só muniram o guerrilheiro de armas mais sofisticadas, mas que em nada refutam a proposta do professor Rodrigo, apenas confundem ainda mais a manutenção de um direcionamento mais nobre desse duelo de conveniências.

    Se os yamas e niyamas são um conhecimento básico, qual aplicação se dá ao primeiro nessa não argumentação autocomplacente sim, ao meu ver, revestida de nomes e agressividade.

  148. Caro Rafael,

    tudo bem? Agora, comento aqui três coisas que ficaram de fora do meu comentário anterior, sobre seu comentário:

    1) a prática do pranayama,

    2) aquela frase famosa e
    3) a questão da sensibilidade de cada um para escolher a própria prática.

    —————————————————————————————————-

    1) Sobre a prática do pranayama.

    Parece-me que, se tivermos que completar a terceira série do Ashtanga Vinyasa para somente então começarmos a praticar pranayama, isso deixa 99% da Humanidade fora do páreo. Dependeria moksha da mobilidade do quadril, por exemplo? Pois, se eu não fizer mulabandhasana, não aprendo pranayama, certo? Lembro que o Pattabhi dizia they are not ready. ?Eles não estão prontos (para o pranayama, pois ainda não colocaram os pés atrás da cabeça)?.

    Se eu preciso fazer pranayama antes de conseguir moksha, e devo praticar todos aqueles ásanas antes do pranayama, mas não tiver flexibilidade, mobilidade articular ou me lesionar antes de completar as séries, isso significaria que moksha não é para mim? Onde fica a compaixão, nesse caso?

    —————————————————————————————————-
    2) Sobre a afirmação ?faça sua prática e tudo acontecerá?.

    Quem tem algo muito interessante para dizer em relação a esta questão é nosso mestre, Swami Dayananda. Ele ensina que não adianta de nada apenas praticar. É preciso ter Conhecimento (Jñanam).

    Naquele video que alguém postou no Youtube dizendo equivocadamente que Swamiji está ?homenageando? Pattabhi, o que nosso mestre diz, em verdade é que a prática sem conhecimento não funciona. Em nenhum momento faz algum elogio ao Pattabhi, ou coisa do gênero, como sugere o título do vídeo. Veja o vídeo em http://www.youtube.com/watch?v=mKJV1KDCv0U

    Traduzo aqui, para o benefício daqueles que não compreendem o peculiar inglês indiano, as partes mais importantes do discurso de Swamiji:

    “É muito importante, nesta era, que todos pratiquemos Yoga. Não conhecemos a nós mesmos, mas precisamos conhecer. Não há outra chance: precisamos conhecer a nós mesmos. (…)

    Conhecimento (jñanam) sem Yoga não é Conhecimento. E Yoga sem Conhecimento também é inútil. Portanto, Yoga sem Conhecimento ou Conhecimento sem Yoga, não vão funcionar. ”

    Depois dessas frases, ele fala sobre o Ashtanga Yoga de Patañjali e seus oito estágios (que lista rapidamente). Não vejo ele fazendo nenhuma referência ao Ashtanga Vinyasa, nem aos vinyasas. Portanto, sem termos ouvido o resto da gravação, não poderiamos afirmar que ele esteja referindo-se especificamente ao Ashtanga Vinyasa. Diz que os primeiros quatro membros do Ashtanga são para aplicarmos na nossa vida e, os quatro finais, para o nosso crescimento pessoal. (…)

    Depois, continua: “portanto, o Yoga torna-se assim um passo (step) para o Conhecimento. Isto é muito importante”.

    Isso coincide com aquela famosa afirmação do Vishnu Purana que diz que a prática é um olho e o estudo o outro. Sem ambos abertos, nada feito. Isto, para aqueles que acharem que tais argumentos não contradizem o bom-senso nem a experiência humana, seria suficiente para demonstrar que, de fato, não basta apenas fazer a prática e “tudo acontecerá”. Poderiamos dizer ainda que o conhecimento sobre si mesmo não pode derivar de uma experiência qualquer, incluindo-se aqui as práticas de ásana e meditação.

    Portanto, pelo que entendi, para moksha, é preciso sim algo mais do que apenas fazer a prática. Como todos sabemos muito bem, a identificação do ego com o corpo é algo natural. Se fizermos a prática sem consciência nem compreensão do contexto, poderemos acreditar que ela é algo físico, e acabaremos confundindo os meios com os fins, como é tão comum.

    Fazer uma ação sem levar em conta o objetivo é perigoso, por dizer o mínimo. “Pratique e tudo acontecerá”: esta frase é quase um slogan, breve e fácil de lembrar, mas falaciosa. Parece verdadeira, mas é falsa.

    —————————————————————————————————-
    3) Sobre a questão da sensibilidade de cada um para escolher a própria prática.

    É sabido que Patañjali sugere fazermos a prática que seja mais agradável para cada um. Portanto, se formos observar esta situação desde esse ponto de vista, teriamos mais é que compreender que o caminho de cada um é absolutamente único, e deixar de lado as diferenças e gostos individuais.

    Achar que um determinado caminho seja a salvação para todos os yogis pode ser um erro. Não respeitar a opção do outro, também. Assim sendo, professores de Ashtanga Vinyasa ou Hatha que não concordassem com o fato de você, o Rodrigo ou eu, ensinarmos meditação nas nossas aulas, poderiam nos fazer o favor de ficar calados, pois não estamos ?deturpando? coisa nenhuma, mas nos mantendo fiéis ao Hatha tradicional, que certamente inclui a prática de yamas, niyamas e meditação.

    Se tem gente que acha que fazer somente ásana é fazer Yoga, o problema é dessas pessoas. Algumas delas, de fato, optaram por ficar de fora desta discussão ou tentaram entrar nela da maneira mais infeliz.

    A questão que fica aberta é se é ético alguém dizer (ou ensinar) que só a prática de ásana é Yoga, ou que fazer meditação não é praticar Yoga, como alguns querem.

    Abraços para todos. Namastê!

  149. Professor Rafael Kraisch

    Todos nós, estamos sedentos pelo conhecimento dos shastras, visto que nas aulas de AVY ninguém ensina nada, nem de Hatha-Yoga Pradipika, nem dos Brahma-Sutras e muito menos do Yoga Sutra que como o Rodrigo Carvalho disse, deveria ser a pedra fundamental do AVY.

    Hoje já não estou mais no mesmo barco que vocês. Já não pratico AVY. Mas ainda me lembro como funcionavam as aulas . Você nos prestaria um favor inestimável se representasse os já tão combalidos professores de AVY.

    Pelo que você mesmo disse, nenhum deles até então fez um comentário que se salvasse. Espero que considere os seus dois inclusos nessa lista já que eles também não mudaram nada. Você parecia desequilibrado, com dificuldade de concatenar as idéias. Já que como um bom artilheiro de futebol, chamou para si a responsabilidade de representar com seu conhecimento sobre os shastras os Ashtangi Yogis, faça-o por favor de maneira moderada, organizada.

    No comentário elegante que o Rodrigo fez e que lhe enfureceu o ego, ele advertiu no final que vocês professores de Ashtanga tomassem cuidados com a forma de expor seus comentários. Sua irritação aconteceu pois ele habilmente usou suas próprias palavras para mostrar que você não sabe sequer o que quer dizer, e o que está defendendo.

    Como o que vc disse é confuso, está sujeito a que utilizem suas próprias palavras contra você. Até agora você não disse a que veio. Falou que concordava com o autor em muitos pontos e no único que disse discordar, se embolou com as palavras e deixou claro para todos nós que estamos acompanhando assiduamente, aguardando um posicionamento mais conclusivo do meio do Ashtanga, que na verdade estava falando que a meditação é muito importante.

    O que você quer discutir afinal ? Coordene os pensamentos antes, coloque em idéias lógicas, argumentos convincentes.

    Estamos todos cansados não somente das asneiras de Pattabhi Jois, mas de todas essas que vocês professores de AVY vem proferindo. Se concordam com o autor, façam adaptações, da forma que acharem melhor, todos são livres, inclusive ele de falar oque pensa, inclusive eu e o prof. Pedro. Você está furioso e descontrolado pois não conseguiu ainda refutar com lógica e bom senso essas opiniões. Está desesperado como todos os outros, pois sabe que isso poderá afetar o movimento nas aulas. Está tenso pois sabe que as pessoas a partir de agora ficarão de olho em vocês.

    Na verdade você tem o mesmo ponto de vista de todos os professores de AVY: A farra acabou. Mas como tem um pouco mais de conhecimentos que a maioria, oque não é nenhuma dificuldade, sente nas costas a responsabilidade de “salvar” a todos. Seu problema é que fala demais e depois vê as consequências do que falou. Fala tanto, que até preveu que as pessoas se incomodariam com o monte de asneiras que disse. Liberdade, liberdade. Você pode falar besteiras e eu posso criticá-las.
    Se eu posso, o autor e Pedro também podem criticar o Ashtanga, pois isso está ajudando muita gente. Meu joelho foi embora neste método, como o de muita gente. Mas minha razão continua intacta. Se não fosse pelo Yoga de Iyengar, eu estaria “fora” das práticas. Me conte o caso de alguém machucado neste método, ou alguém que foi “acariciado” pelo Iyengar, que desisto do Yoga de vez. Você parece o homem da cobra com sua verborragia sem utilidade. Lhe afirmo que alguns dias eu não posso nem andar direito.

    E você está defendendo o que mesmo? Por favor, se quer representar o AVY, faça-o de forma decente. Aliás, se seu filho de cinco anos já sabe tudo sobre os yamas e niyamas, sugiro que coloque ele para ensinar aos professores do método. Pode ser um conhecimento comum para você, mas não é para os outros professores. Talvez ele tenha um pouco mais de coerência para defende-los.

    P.S.: Era para alguém estar se defendendo? Afinal, o que nesse artigo é tão maligno assim? Será que é tão nocivo um pouco de reflexão? Os ashtangis começaram uma guerra sem motivos. O que querem, queimar o autor numa fogueira? Perseguir-nos por concordar com ele? Aceitem ou não aceitem, mas engulam o próprio ego e comecem a repensar o orçamento doméstico. Certamente alguma coisa vai mudar.

    P.S. 2: Me desculpem o tamanho do que falei, mas alguém tem de fazer esse pessoal parar de atacar sem argumentos.

    Namastê a todos…..Shanti!

  150. Olá a tod@s!

    Se me permitem fugir de fazer citações precisas das escrituras, este comentário que vos deixo vem de meu coração.

    Venho acompanhando a este debate, que ás vezes se torna um embate, com curiosidade pelos rumos desta reflexão inicial do Rodrigo (congratulações por sua iniciativa, belo texto).

    Louvável é a reflexão. Isso contribui para a ampliação do pensamento humano ainda que por vezes, caímos no equívoco de culparmos o martelo pela dor em nosso dedão, após a martelada imprecisa…

    As técnicas e o conhecimento são ferramentas para lidarmos com o véu da nossa ignorância. Para cada um de nós , existem as ferramentas mais adequada e a forma mais precisa de manuseá-las, acredito que por isso, tenhamos a imensa diversidade de caminhos, práticas que possibilitam a tod@s nós alcançarmos a paz e felicidade.

    Evito aqui colocar o que acho do AVY… Já fui praticante de AVY, fiz formação, dei aula de AVY, fui à Índia, a Chennai, a Mysore tive minhas experiências, tirei conclusões…

    Enfim…Acho que estas foram experiências pessoais, sob a ótica de minhas percepções, logo, podem, seguindo a impermanência da vida, mudarem, evoluírem, se transformarem.

    Acredito que isso é Yoga. Transformação. Percorrer o caminho, e se transformar ao longo dele. Não teremos pleno discernimento ao longo de toda a jornada… Não somos perfeitos (ainda), não é?

    Qualquer que seja a prática pessoal, se esta, não transformar nossas vidas de alguma forma, fazendo de nós seres mais felizes, com mais paz, qual sería então o sentido de se continuar no mesmo caminho?
    Acho que uma reflexão sobre o Yoga é constantemente nos perguntarmos: Estou mais feliz? Estou em paz? Minha mente me serve? Ou eu a sirvo? Meus problemas ainda são problemas ou eles se transformaram em lições valiosas? E por aí vai…

    Afinal, olhar para o braço, abdômen e glúteos ?sarados?, nunca trouxe, e nem vai trazer o estado de contentamento e tranqüilidade perene…E se alguém duvida, vá e tente, pois é assim que percorremos o caminho, vivendo as experiências e tendo a compreensão de que não existe certo, nem errado (pobre visão cartesiana). Talvez o adequado e não adequado naquele momento.

    Para os entendidos, não preciso dizer que tudo o que escrevi acima, partiu de meu coração, porém foi fruto de preciosas aulas sobre as escrituras que não citei.Para os ainda leigos, o que escrevi foi fruto das bênçãos de ter os professores que tive, dos que tenho e dos obstáculos também!

    Então, caminhemos!

    Que tod@s os seres sejam felizes!

    Om Shanti!

  151. Rafael Kraisch, posso estar sendo repetitivo pois já enviei mensagem reclamando sobre a impertinência de seu comentário, já que eles não defendem convincentemente o Ashtanga e muito menos suas idéias.

    Por um problema de sintaxe neste website, parte de minha mensagem foi cortada. Justamente a parte em que critiquei a falta de lógica de uma frase sua no comentário anterior. Mas abro meu computador e tenho um deja-vu negro, tendo o desprazer de outros de seus comentários impertinentes e pior, três vezes maior.

    Você não percebe o quanto esse artigo ajudou a mim e a muitos? Ao contrário de seus comentários confusos que “roubam” o espaço de muitos. Tenha um mínimo de humildade e aceite a sugestão do artigo de acrescentar valores em sua vida e prática. Comece por asteya. Pois seus comentários “roubam” nossa atenção, nosso tempo , paciência e a importância da discussão.

    Como disse uma pessoa, Pedro é um santo de te responder. Se você é a esperança dos professores de AVY, tome um copo de água com açúcar antes de escrever. Respire fundo, faça alguns dos pranayamas da pradipika, depois medite, antes de regurgitar toneladas de palavras. Poupe-nos de surtos como esse!

    Se a meditação que vc sabe é insuficiente para te acalmar, tente outra coisa. Tá nervoso, vá pescar!

  152. Caro amigo Rafael,

    Que bom, recebermos seu comentário. Ângela e eu estávamos aguardando com agradável expectativa. Tenho a impressão de que o debate começa hoje, aqui, com estas reflexões suas. Só você para nos tirar do marasmo e da autocomplacência. Obrigado!

    Uma pessoa chamada Haydée disse uns 70 comentários abaixo que ela não dava crédito aos professores brasileiros. Respondi-lhe que havia aqui gente muito boa ensinando Yoga. Provavelmente, assim como ela não conhecia o Rodrigo, tampouco deve conhecer você. Isso é uma verdadeira pena para ela.

    Alguns dos professores de Yoga do Brasil são tão bons quanto, e às vezes melhores, do que vários dos estangeiros que nos visitam. Seu comentário é o mais vivo exemplo de que existe sim, vida inteligente nos professores de Yoga brasileiros.

    Disso nós já sabiamos, mas tem gente que teima em ficar com os olhos fechados, achando que os gringos são melhores, como se o grau de realização pessoal ou competência no ensino tivesse alguma coisa a ver com a cor do passaporte.

    Enfim, vamos ao assunto. Não irei meter a colher na questão do seu diálogo com o Rodrigo, mas faço algumas pontualizações sobre suas colocações. Estas pontualizações não são muito diferentes do que conversamos na nossa última visita a Joinville, quando juntos refletimos sobre como integrar as práticas de ásana e meditação nas aulas que ministramos.

    Sobre a sua colocação em relação a qual seria a meditação ideal, concordo com você sobre o fato de que não seria conveniente ensinar para iniciantes meditações como neti, neti ou outras que possam desestruturar a personalidade do praticante, antes de que ele esteja preparado para viver esse processo.

    No entanto, se formos considerar o Ashtanga Vinyasa uma forma de Hatha, creio que não estaria fora de lugar incluirmos algumas das técnicas de meditação listadas na Hatha Yoga Pradipika, como a meditação no nada (som sutil), ou nos outros textos do Hatha tradicional, de Gorakshanatha, Dattatreya, etc., ou até mesmo as do terceiro capítulo do Yoga Sutra de Patañjali, se fosse o caso.

    Li o Yoga Mala faz um bom tempo, mas lembro que a quantidade de citações da Hatha Yoga Pradipika é muito grande, pelo que o parentesco entre Hatha tradicional e Ashtanga Vinyasa não deve ser tão distante, né?

    Creio que o que o Rodrigo quis dizer no artigo é que alguns professores de Ashtanga Vinyasa Yoga não admitiram que ele quisesse ensinar meditação e que ousar fazer isso equivaleria a ?deturpar o método?. E foi aí que o desconforto dele começou. Tenho certeza que você iria sentir o mesmo desconforto, e a sensação de que algo está fora de lugar na visão fundamentalista, reduzida, de alguns “ashtangis profissionais”.

    Como você mesmo disse no início do seu comentário, amigo, alguns setores da comunidade dos praticantes e professores de Ashtanga Vinyasa Yoga não ficaram muito bem representados nos comentários despropositados que se seguiram a este artigo, e é bem provável que o mesmo tenha acontecido no meio em que ele de move lá em Belo Horizonte.

    Devo pontualizar aqui que o que estamos discutindo não é o Ashtanga Yoga de Patañjali, nem o Ashtanga Vinyasa Yoga, mas a nossa percepção do que sejam esses métodos, suas semelhanças e diferenças.

    Têm gente que deixou claro nestes comentários que considera que Ashtanga Yoga de Patañjali e Ashtanga Vinyasa Yoga sejam a mesma coisa. Já ouvi o Sharath Rangaswami dizer o mesmo. Pessoalmente, não concordo com essa identificação, pois percebo um descompasso enorme entre o ensinamento do primeiro e as práticas do segundo.

    Diferenças aparte, entendo perfeitamente o que você quis dizer quando escreveu que suas meditações, feitas consecutivamente aos ásanas, produziam melhores resultados. A prática ?física?, se podemos chamá-la assim, abre possibilidades para a meditação que vão além da prática apenas sentado.

    Isso quer dizer que 120 minutos de prática distribuídos variadamente entre ásana, pranayama e meditação, produzirão melhores resultados em muita gente do que 120 minutos dedicados exclusivamente à meditação sentada, passiva.

    Essas constatações que você menciona em sua experiência pessoal foram sentidas por muitos outros colegas com os quais troquei impressões nestes anos. Pessoalmente, comprovei que isso vale para o meu caso, igualmente.

    Entretanto, essa potencialização da meditação independe da forma de prática ?física? que cada um faz. Basta fazer alguma coisa com consciência e de maneira adequada ao corpo da pessoa, para a meditação multiplicar seus efeitos.

    Sobre a questão dos dogmas shaivas versus vaishnavas, concordo plenamente com você. É infrutífero qualquer esforço para tentar convencer qualquer vaishnava a aceitar Shiva como Deus Supremo e o mesmo vale em relação aos shaivas perante Vishnu. Cada samsari no seu galho.

    Vale lembrar que essa rixa é milenar, e que a animosidade entre as diversas denominações do hinduísmo já chegou no passado a adquirir contornos violentos. Essa rivalidade atravessou os oceanos e hoje está instalada nos ?círculos hindus? (se podemos usar esta expressão), aqui no Brasil. Conversamos sobre isso em Joinville, lembra?

    Da mesma forma, tem intolerância, censura ou desconfiança em alguns círculos do Yoga quando o assunto é kundalini, coisa que também falamos naquela ocasião, quando vocês nos contaram do absurdo da Mikaela ter um trabalho escrito censurado numa escola da região, por conta da escolha desse tema.

    Assim como você, tenho também a impressão de que já escrevi demais. Mas estou muito contente com a sua colaboração e reflexões. Teremos o maior prazer em publicar seu artigo sobre o assunto ?o AVY não está correto, mas também não está errado? (ou outro título que você deseje dar ao texto) neste site. Boas inspirações!

    Beijos para a Mikaela e os meninos, e um abraço bem forte para você! Lendo seu comentário, fiquei com saudades de vocês. Om namah Shivaya!

  153. Namastê queridos amigos. Estou aqui, de novo, na frente deste monitor.

    Primeiramente quero agradecer ao Rodrigo sua atenção em ter lido e respondido ao meu comentário.

    Li novamente a maioria dos comentários aqui expostos, e como muitos devem ter percebido e inclusive postado, que não há um comentário realmente decente de alguém que pratica AVY, deixando uma área aberta para discussões ainda mais sem fim, e infrutíferas. Pelo contrário, infelizmente aqueles que dizem praticar AVY foram os que mais fizeram “feio”, utilizando palavrões e calúnias, que a meu ver, não teriam necessidade. Mas bem, vamos ao que interessa.

    Rodrigo, você entendeu errado, ou quis entender errado, que minha prática de AVY “corporificou” minha meditação. Na verdade, ela a expandiu a uma forma que nunca a havia experienciado antes. Pela primeira vez, pude perceber o meu corpo e a consciência que o sustenta através de uma nova ótica, de um novo panorama.

    Sim, posso até prever que você dirá: “ok, mas isso foi devido á sua pratica de meditação, e que a meditação é a base para essa experiência”. Poderá também dizer que minha meditação de longos anos foi o que preparou essa experiência. Contudo, como você pode simplesmente colocar em padrões as experiências diversas de pessoas diferentes. Entendo e concordo que a meditação seja uma das principais técnicas do Yoga, mas, caso você se considere apto a rebater Svatmarama, como você pode explicar que, para ele, os estados mais profundos da meditação devem ocorrer somente após uma prática prévia que inclui asana, pranayama, mudra/banda e dharana?

    E o melhor: Rodrigo, diga-me em que livro ou reportagem abençoada aparece Patabhi ou Sharath dizendo que a meditação não faz parte da prática?

    Sei que provavelmente esse comentário, como muitos dos anteriores, será simplesmente rebatido com mais um monte de informações “baseadas nos shastras”, mas que invariavelmente refletem apenas um único ponto de vista, e o que está sendo exposto neste artigo, já é algo que muitas pessoas sempre o fizeram, assim como eu o fiz, discutindo o que você está discutindo com meus professores por longos períodos, até que um dia eu soube “na carne” o que eles queriam dizer. Agora, por favor diga-me se minha prática “física” de yoga é inferior a de alguém. Pois para mim, ela é muito mais espiritual do que as minhas oito horas de meditação que fazia ou os longos fins de semana de jejum e silêncio que mantinha com outros amigos.

    Você quer discutir os shastras? Então comece provando a um Gaudiya Vaishnava que Krishna não é o Deus Supremo, ou a um Trika Shaiva que Shiva não é o Deus Supremo. Sabe por quê você não conseguirá isso? Porque para cada um deles há escrituras que apoiam o seu ponto de vista único, da mesma forma que você, interpretando as escrituras do seu jeito, tenta provar que você está correto. Agora, pergunto ao Brasil, às pessoas que estão lendo meu artigo, provem a mim, que uma ou outra técnica de yoga é a mais correta ou errada justamente porque alguém não a considera. Prove aos meus alunos, que a afirmação de uma delas, de que é no AVY “que ela pode realmente ficar concentrada”, que ela está errada simplesmente porque você acha que a prática não está completa.

    OK. Vamos então supor que realmente falta a meditação, digamos, no fim da prática. Tudo bem, qual meditação? Ou melhor, qual técnica de meditação? Porque se você diz que falta meditação no AVY, acho que se refere à uma técnica, e não ao estado. Se você diz que é o estado, então não tem como dizer que a prática está errada, pois tanto eu como muitos alunos e amigos meus, sabemos o que isso, meditar, significa (a menos, é claro, que você venha medir nosso nível de evolução para dizer que estamos errados). Agora, se você se refere a meditação que não está no AVY como uma técnica, eu te pergunto, qual seria ela então? Não sei se você terá uma resposta certa, e todos que lêem esse meu artigo podem dizer o porquê? Simplesmente porque NÃO HÁ UMA TÉCNICA ABSOLUTA PARA TODOS.

    OK, então vamos usar o que Patanjali diz. Tudo bem, mas não é uma aula de Hatha Yoga!? Então vamos usar o que Svatmarama diz. Ok, mas ele, Svatmarama não diz que devemos antes dominar o prana? E, a bem do caso, Svatmarama não cita uma técnica qualquer, ele fala de Nada Anusandhana.

    Ou vamos então usar técnicas do Advaita Vedanta, do tipo “neti, neti”. Mas você passaria essa técnica a um recém chegado, com filhos e família? Então vamos usar uma meditação com mantra, do tipo, Hare Rama, ou OM NAMAH SHIVAYA.

    Mas não era justamente Krishnamacharya que dizia para respeitarmos as tradições religiosas de nossos alunos e não simplesmente impormos uma nova tradição, no caso, o hinduismo. E só para complicar, os adetos da Gaudiya Vaishnava não consideram a meditação uma prática superior nesta era, mas a repetição do Maha Mantra.

    Bem Rodrigo, se você é o cara que entende dos Shastras, me diga, se eles dizem isso da meditação, e você quer tornar a prática “física” do Pattabhi, então, vamos cantar o Maha Mantra?

    Aliás, eu desconheço alguém no Brasil que, numa aula de Hatha Yoga, inclua nas aulas regulares o estudo dos Shastras e a meditação (conforme citei no parágrafo anterior). Talvez você faça (eu faço aqui em Joinville), o Pedro eu também acho que faz, mas não todos. O Iyengar faz? O Kaushtub faz? O Desikachar faz? Em todas as aulas? Desde o principiante?

    E mais. Como você pode dizer que Pattabhi não ensina Pranayama, se você nem o conhece? Ele ensina sim, mas é somente quando você está na TERCEIRA SÉRIE, ou você acha errado o que Swatmarama fala quando adverte que Pranayama é tão perigoso quanto domar feras selvagens (acho que você pode comentar que ele está errado…). Pattabhi sabe deste perigo, e procura seguir o que o Hatha Yoga Pradipika ensina, embora, é claro, que você poderá escrever um artigo dizendo que ele não pratica nada, e por isso ele está obeso (engraçado, acho que li sobre alguém aqui assim). Acho que um senhor com mais de 90 anos acordar de madrugada para seu puja e dar aulas quase dez horas por dia, para mim, é o maior exemplo de dedicação que eu posso ter (é claro, isso talvez não é “espiritual”)

    Ai você vem dizendo que é “baboseira” a frase “Pratique e tudo virá” ?!?!. Cara, para mim, essa foi a maior falta de respeito que alguém que diz praticar yoga (pelo menos, um yoga “espiritual” e não “físico”) poderia dizer. Simplesmente pelo fato de você não concordar com algo não significa que aquilo está totalmente errado, pois para mim, essa frase sintetiza tudo, tudo… Agora, eu então também vou escrever um artigo condenando o Iyengar, já que no Hatha Yoga Pradipika não há a indicação de como usar um bloquinho ou uma cunha. Poxa vida, na Gheranda Samhita o bloquinho é de madeira, não de EVA – o Iyengar é uma farsa mesmo!!!! Inventou um bloquinho de EVA? Há, na Shiva Samhita não há indicações de repetições de movimento. Eu sabia, eu sabia que o Kaushtub, o Desikachar, os Mohini e o Ramaswami estavam errados. São farsantes também. Hã, e olhem só, há um capítulo no Brahma Sutra falando das FALHAS do Patanjala Yoga. Você Rodrigo, como bom entendedor e professor dos Shastras deve saber qual capítulo é esse, não é mesmo? Ou melhor, acho que um aluno seu poderia discutir esses sutras, já que inclusive eles conhecem.

    Yamas, Niyamas? Até meu filho de cinco anos já sabe. Como? Lendo os sutras? NÃO !!! Ou será que vocês nunca ouviram um padre, um pastor, dizendo: não roube, não mate, não minta, não trapaceie, honre seus pais, ame a Deus acima de tudo. Agora, tenho que repetir tudo isso para meus alunos? Você, Rodrigo, dirá com certeza que sim, pois ISSO ESTÁ NOS SHASTRAS. É? Em qual? Pois o Hatha Yoga Pradipika diz que isso não é assim, e o primeiro passo é o Asana. Yama e Niyama vem depois, com naturalidade (mas acho que talvez algum aluno seu também poderá dizer que isso está errado).

    Seguinte, acho que já me prolonguei até demais. Estou prevendo uma enxurrada de comentários querendo comentar o meu comentário (hahaha). Proponho escrever um artigo, embasado em escrituras, que o AVY não está correto, mas também não está errado. Se, você, ou o Pedro aceitar, eu assumo o compromisso pela falta de respostas de praticantes de AVY neste site. Aceitam?

    Um abraço.

    1. Oi Rafael, acho que estou lendo os comentários na ordem inversa e vi o agradecimento do Kupfer antes de seu comentário.Obrigado aos dois pelo bom-senso.Meu comentário escapa do assunto e vai parecer leviano, mas o farei assim mesmo, com uma breve introdução: pratico ioga (ou yoga, ou yôga etc.) há alguns anos e me interessei por estudar o método do AVY (aprendi essa sigla nos comentários desse artigo…). Estou gostando de explorar esse método. Não ligo muito para professores “especializados” em “linhas”, nem regras absolutas, exceto talvez uma muito boa que o Kupfer gosta de repetir: “siga seu bom-senso”. Bem, meu bom-senso me diz que explorar o método do Vinyasa tem sido bom para mim neste momento de minha prática.Mas uma coisa não me desce, e eu tenho procurado por alguém que tenha debatido isso. Sabe aquela foto famosa do Patabhi Jois ajustando(?) duas praticantes com as mãos no meio das pernas delas? Convenhamos, o que é aquilo? Será que essa foto levanta questionamentos? Porque não os encontro? Como é que posso levar a sério uma escola que tinha à frente uma pessoa que tocava suas alunas? Não sou muito experiente, mas também não sou iniciante o suficiente para ver qualquer sentido naquele “ajuste” aplicado pelo Patabhi. E o silêncio sobre aquela foto específica me incomoda.

  154. Pelo amor de Deus, parem de provocar e incitar os professores de Ashtanga Vinyasa Yoga a comentarem, pois assim não despenca a qualidade do debate! Não ouviram dizer que se chamar ?o diabo?, ele aparece?

    Ou então coloquem um detector de comentários fúteis e sem sentido, aí certamente serão bloqueados imediatamente os lamentos e palavras vãs de alguns dos professores de AVY.

    Pedro, você é um santo de dar confiança para essas pessoas, e ainda mais santificado de se dar ao trabalho de responder. Mas na verdade, um dos pontos altos deste debate, além de instruir, é o quanto nos diverte ver tantas bobagens serem desarticuladas pelas brilhantes respostas suas e do Rodrigo.

    Ou vocês combinam ou têm poderes telepáticos. Depois dessa sua resposta para o empresário anônimo e da resposta que o Rodrigo deu para alguns dos professores que postaram comentários, acho que fica decretada moralmente a insuficiência de conhecimento dessas pessoas. Não tenho grandes conhecimentos sobre Yoga, mas também não sou professor, o que me desobriga.

    Mas o que sei é que o trabalho que vocês estão fazendo é maravilhoso. E esse pessoal só fala coisa inútil.. ?Saneamento básico?, eu diria, é o que vocês estão fazendo.

    Professores de Ashtanga, acho que a questão é simples, em vez de darem opiniões que não mudam absolutamente nada e ficarem discutindo a morte da bezerra, por que não pensam em mudar um pouquinho para variar? Ficar falando por falar não muda nada. A questão é, acrescentem as sugestões do Professor Rodrigo Carvalho aos seus trabalhos ou não. Se não, não criem mais motivos para sua vergonha.

    Mudar é difícil, mas não dói tanto assim. Meditação dá um pouquinho de dormência nas nádegas e pernas, mas grandes benefícios para a alma. Meditar não dói não, parem de perder tempo com conjecturas inúteis e agradeçam a Shiva, Brahma e Vishnu a benção deste artigo e deste debate. Aprendam e mudem.

    Sem namastê para os vazios professores de AVY.

  155. Primeiramente, queria dizer que achei muito interessante o artigo. Fantástico. É difícil, num mundo em que a aparência vale mais que o conteúdo, ver um rapaz que abandonou a escola antes do previsto fazer um texto em que a maioria dos professores ficam calados. Apesar de conhecer muito pouco, sei que Yoga não é exercício físico, como boa parte das escolas fazem. Pior ainda é ver o Anônimo (e só fica no anonimato por não ter nada a acrescentar) reclamar do impacto do artigo em seus negócios. É o puro exemplo do Yoga-mercadoria, nesse mundo do espetáculo. Parabéns ao Pedro por publicar o artigo. Parabéns ao Rodrigo por escrevê-lo. E meus pêsames a todos que acham que Yoga é somente um exercício: para esses eu recomendo a aeróbica, pois aí vocês não terão o trabalho de meditar. E assim poderão continuar ganhando seu dinheiro e nenhum artigo atrapalhará seus negócios.

  156. Ainda em tempo: minha filha de dez anos, que tem muito mais destreza que eu em computadores, curiosa por que eu estava indo tanto em Lan Houses responder comentários, resolveu espionar esse fórum na internet, na casa de seu avô, e teceu para mim o seguinte: “Nossa, papai, esse tal de anônimo deve gostar muito de você e do Pedro!”.

  157. Caro(s) anônimo(s).

    Deixei, por descuido, perguntas e comentários sem respostas nos dias 16 e 18 de julho. Peço desculpas e vou respondê-las sem saber se originam-se da mesma pessoa. Ou se quem me cobrou resposta no e-mail de trabalho, também como anônimo, é a mesma pessoa.

    Seguem as respostas:

    Não consigo ver diferença entre pessoas que são referências e pessoas que se admira. No caso de sua pergunta se referir a livros de estudo, posso afirmar que não tenho nenhuma referência. Os poucos livros sobre Ashtanga Vinyasa Yoga que tive em minhas mãos não me criaram nenhum interesse de leitura mais atenta, devido ao seu conteúdo e ao fato de serem extremamente repetitivos. De forma que os li “por alto”, como faço com as revistas com conteúdos que acho dispensáveis. Os sites sobre Ashtanga repetem a fórmula já gasta desses mesmos livros. Só falam coisas positivas sobre o método, sem trazer nenhum questionamento ou crítica isenta. O Yoga Mala, livro “seminal” sobre o Ashtanga Vinyasa, deveria ser um profundo tratado sobre o sistema óctuplo de Patanjali – devido ao nome do método – e também deveria ser um manual detalhado das técnicas de Hatha Yoga utilizadas – amparado nos textos tântricos e yogikos medievais. Mas foi o livro que me inspirou a buscar estudos em outras “paragens”, buscar outras fontes de consulta, devido à superficialidade que demonstra, em minha opinião.

    Pelos motivos já citados, em meu texto, nos meus comentários e de outras pessoas, acredito que fique óbvio que, infelizmente, não tenho nenhuma referência no método que ensino. Me tornei uma espécie de professor “marginal”. Pelo fato de não concordar com quase nada da metodologia convencional e tão pouco ser aceito por meus colegas de profissão.

    Nossas referências devem sempre ser os shastras e os sábios que os escreveram. Por uma coincidência, a grande maioria deles deixou suas personalidades anônimas, como você(s). Mas provavelmente os motivos foram outros, a começar pela humildade que grandes sábios demonstram.

    Minhas referências em termos de Yoga já mencionei. Mas se você quer alguma mais próxima de nosso alcance, menciono três pessoas no Brasil: Pedro kupfer, que dispensa apresentações, pelo conhecimento, pelas “credenciais” e pela atitude; Gloria Arieira, incansável “batalhadora” do conhecimento vedântico, que por justiça começou a se tornar mais conhecida; e, por fim, José Hermógenes, e os tolos só vão compreender a grandeza desse homem quando ele desencarnar.

    Quanto a estar frente a frente com o Sr. Pattabhi Jois, lhe garanto que isso nunca acontecerá, mesmo que alguém queira financiar esse encontro, pois, como sou muito recluso, não costumo me encontrar com pessoas com as quais não tenha afinidade. Apesar disso, desejo a ele saúde e paz em seus últimos anos de vida.

    Meu texto está aí, e, se quiser, pode traduzí-lo para o inglês (já que uma pessoa me acusou de não ter condições de fazê-lo devido à falta de meus estudos formais) e apresentar à família Jois junto com meu contato. Acredito que certamente não perderão tempo com alguém com minha falta de importância. Mas você pode tentar.

  158. Resposta ao(à) empresário(a) anônimo(a)

    Caro(a) empresário(a) anônimo(a),

    Em primeiro lugar, permita-me apresentar minhas desculpas por não ter conseguido lhe responder antes. Estou trabalhando e me encontro sem tempo disponível para dedicar a outras coisas.

    Você afirma que o Rodrigo, autor deste artigo, teria colocado ?várias bobagens sobre Ashtanga Vinyasa Yoga?. Porém, estranhamente, não rebate nenhum dos argumentos dele. Apenas faz uma vaga ?ameaça? kármica, como se o karma fosse algum vingador invisível que fica sob seu comando e que você poderia enviar para cima de nós.

    Você também escreveu que ?esse sujeito nada sabe sobre Ashtanga?, mas não nos esclarece com seu próprio conhecimento, nem questiona a validade dos argumentos do autor. Pede as credenciais dele, mas não apresenta as suas. Aliás, nem sequer assina seu comentário, o que é por demais eloqüente nesta pequena comunidade do Yoga onde todos nos conhecemos bem.

    Você também pergunta se o Rodrigo conhece o ?pessoalmente o criador desta modalidade?. Quem teria sido esse ?criador?? Patañjali, Krishnamacharya ou Pattabhi? Seu questionamento parece sugerir que você mesmo(a) acredita que tenha sido este último, uma vez que os dois primeiros já faleceram um tempo atrás. Nesse caso, permita-me lhe lembrar que Pattabhi (erradamente) sugere, a começar pelo nome do método, que foi Patañjali, em cujo caso, sua pergunta estaria totalmente fora de lugar.

    Sua única preocupação parece estar centrada no eventual prejuízo que o texto poderia trazer para seus negócios. Nesse caso, lamentamos informar que, infelizmente para seus negócios, a internet, até segunda ordem, permanece como um espaço aberto e democrático para o debate de idéias, e que este website se mantém fiel à pluralidade e abertura nas abordagens do Yoga.

    Você poderá nos processar por ?lucro cessante? ou outro crime que seus advogados possam inventar. Sabe onde nos achar para enviar a intimação.

    Curiosa esta frase sua: ?O fato de ter sido barrado ou recusado em outros lugares não lhe diz nada?? Você está sugerindo aqui que teria havido interesse corporativo dos ?profissionais prejudicados? por trás da ?recusa? do texto naquela publicação? E haveria interesse em censurar o artigo neste site, da maneira que você pretende fazer aqui?

    Fiquei curioso para saber que tipo de ?compensação? você gostaria que fizéssemos para termos o ?direito? de manter o artigo no ar. Aguardo sua resposta.

    Não entendi qual seria a “pouca vergonha” que você menciona no fim da sua mensagem: você se referiu à pouca vergonha dos sexual adjustments? Ou ao fato do ?Ashtanga Yoga? ter se tornado atualmente apenas uma prática física?

    Namastê!

  159. Namastê

    Acho um absurdo que algúem se refira ao Pedro como irresponsável, pois isso demonstra uma grande ignorância. Pedro, praticamente sozinho, carregou o Yoga no Brasil nas costas. Incansavelmente vem divulgando o Yoga de maneira séria. O fato dele colocar no site comentários como esses demonstra a seriedade desse professor, em oposição a alguns professores de Ashtanga Vinyasa Yoga, que até então não deixaram um comentário que instruísse ou rebatesse o artigo com dignidade. As pessoas deviam antes pensar e depois falar.

    Não conheço pessoalmente o professor Pedro Kupfer, mas o conheço pelos artigos deste site e pelos livros. A última coisa que podemos chamá-lo é de irresponsável.

    Agora não posso fazer elogios aos meus professores de Ashtanga Vinyasa, pois já tive dois, e a impressão que tenho, pelos dois e por esses comentários que foram colocados aqui, é que são frívolos, como disse o artigo do Professor Rodrigo Carvalho. No final de seu artigo está escrito que ele é professor de Hatha e Ayurveda, deve ser essa sua salvação. Expandir seus estudos e trabalhos para outras possibilidades dentro do Yoga para tornar mais completo o trabalho com o Ashtanga Vinyasa.

    O asana é a única prática do Yoga realmente explorada no Ashtanga Vinyasa. Se olharmos ele assim, o que praticaremos então? Realmente uma coisa eu fiz certa, sair das aulas de Ashtanga Yoga. Vou praticar e estudar por conta própria. Nos livros do Pedro e nesse artigo. Os professores de Ashtanga dão muita preguiça em quem quer levar o Yoga à sério… Socorro!

  160. Caro Marco,

    Muito obrigado pela sua colocação. Levei muitos meses para compreender o que tinha acontecido comigo. No início, sentia muita dor mas não tinha uma explicação para ela. Como sou meio “alérgico” a médicos, não me ocupei de procurar um especialista imediatamente ao voltar para o Brasil. Isso foi um grande erro, pois teria conseguido amenizar bastante a situação se tivesse imobilizado a coluna lombar imediatamente após a fratura.

    Este é um assunto tão delicado que, seja qual for a maneira de colocá-lo, pelo simples fato de estarmos pondo ele em discussão, a susceptibilidade de alguns é ferida. Principalmente, se houver interesses económicos no meio, como neste caso.

    Uma vez que, ao perceber que não tinha mais condições de praticar, parei imediatamente de dar aulas de Ashtanga Vinyasa Yoga, encontrei outras maneiras mais saudáveis de continuar praticando e ensinando.

    Marco, você diz que fui “omisso” sobre este assunto, mas a verdade é que não calei. Alguns colegas ficaram de fato indignados com a minha falta de “espírito corporativo” quando comecei a falar publicamente nas aulas, cursos e encontros, do que havia acontecido comigo e das soluções que pessoalmente acho que deveriamos aplicar na hora de construirmos a nossa prática pessoal: não-violência, compaixão e atenção aos sinais do corpo ao praticar.

    O comentário anônimo aqui embaixo é claro a esse respeito: o(a) colega quer que tiremos o artigo do ar antes dele(a) perder seus clientes.

    Ouvi dizer algumas vezes que “o Ashtanga Vinyasa Yoga machuca”. Não concordo com essa afirmação. Em verdade, diria que “o Ashtanga Vinyasa Yoga, praticado ou ensinado de maneira irresponsável, machuca”. Porém, o mesmo é válido para todas as outras modalidades de Yoga que usam o corpo.

    Pessoalmente, não acho que a presença da série do Ashtanga Vinyasa Yoga num dos meus livros seja diretamente responsável por eventuais lesões em algum leitor, já que no texto está explicitado que ninguém deve praticar apenas olhando para aquelas imagens impressas. No entanto, essa série não irá figurar na próxima edição do livro.

    Namastê!

  161. Cara Karen,

    Ao escrever este artigo, preocupei-me em trazer a luz questões que não são de conhecimento da grande maioria das pessoas. As publicações a respeito de Ashtanga Vinyasa, nunca tornaram público que a prática de Ashtanga, da forma irresponsável que é conduzida, machuca inúmeras pessoas. Nunca trouxeram ao conhecimento das pessoas que o método do Sr. Jois não representa o sistema de Patanjali, pois vários dos chamados angas, membros do Yoga são ignorados neste método. As publicações da mídia não demonstram a necessidade de se meditar, investindo na propaganda da “meditação” em movimento. Tão pouco essas publicações falam da necessidade dos valores do Yoga dentro do método, fato que comprovadamente percebemos ao observar as atitudes de alguns professores e principalmente do “guru” desta modalidade.
    Os professores que não sabem de tudo isso, ficam isentos, pois são formados para não questionar, tendo como corolário a famosa baboseira:”pratique e tudo acontecerá”. Mas muitos professores, são “cobras criadas” do Yoga, que estão cansadas de saber disso tudo, e escondem tais informações de seus alunos pois ashtanga como é praticado- uma ginástica indiana sem meditação e sem esforço pelo auto-conhecimento – é uma grande mina de dinheiro que rende milhões no mundo do Yoga.
    Desculpe minha falta de consideração com isso. Também não me preocupei pelo fato de que fechei todas as portas do mundo do Ashtanga para mim (como disse uma pessoa). Essas verdades tinham que ser divulgadas. Para falar a verdade, me arrependo de não tê-las tornado públicas antes. Errei por omissão, visto que já penso assim desde que comecei a ensinar. Um grave erro de minha parte. Beneficiei meus alunos poupando-os do método convencional, mas errei por omissão mantendo esses questionamentos guardados por tanto tempo. Quem gostou agradeça ao Pedro pois não fosse seu esforço, nunca seria publicado em outro lugar. Namastê!

  162. Sat Nam, queridos!
    O artigo é pertinente em alguns aspectos em outros nem tanto mas… o que todos nós, PROFESSORES DE YOGA, devemos estar constantemente nos perguntando é exatamente “… nós professores estamos cumprindo o papel de encaminharmos os praticantes em sua própria senda de auto-descoberta?”… ou será que estamos contribuindo para manter as coisas do jeito que estão por falta de uma reflexão mais profunda a respeito de como nós mesmos estamos nos relacionando com o yoga? Muita, muita humildade no coração é o que todos precisamos. Um abraço carinhoso a todos desta maravilhoosa e fértil comunidade yogue.

  163. Senhores,

    Parece que essa celeuma toda é sobre a introdução ou não da meditação na prática do AVY. Gostaria de ir além. Por que não introduzir Mudrás, Mantras, Pránáyáma?
    Já li que o Yoga deve se adaptar a você, e não você ao Yoga. Se pretendemos reduzir nosso sofrimento com desapego, porque tanto apego ao método? O yoga, afinal, não é para nos tornar livres?
    Essa discussão toda me lembra uma discussão eterna entre os franciscanos e os católicos, se Jesus Cristo possuía ou não suas vestes. E daí? Que tal encerrarmos essa discussão e praticarmos Yoga? Forte abraço a todos.

  164. Amigos do Yoga,

    Namaste.

    Alguns tem reclamado diretamente em meu e-mail ou de meu trabalho sobre o fato de eu não ter respondido algumas mensagens. Peço desculpas, pois não tenho computador em casa, e dependo de ir em Lan Houses, o que para mim é um exercício de titiksha (tolerância e paciência de um yogi). Vou olhar de novo todas as mensagens pois devo ter “comido mosca” e deixado passar. Me reservo ao direito de não responder palavrões ou solicitações aos meus patrões que me despeçam. Vou pedir ao Pedro que coloque no ar o meu e-mail para facilitar a comunicação. Agora compreendam, alguns e-mails que respondi diretamente do “fale conosco” eram de e-mails que não existiam ou que até hoje não me responderam se receberam a resposta. Tentem colocar seus próprios e-mails, pois ninguém será “retaliado”. Acredito que estamos todos buscando no fundo os mesmos objetivos.

    Um abraço.

  165. Olá, amigos,

    Aos professores Rafael e Paula muito agradeço o interesse em manifestar suas opiniões, que muito enriquecem a discussão nesse fórum aberto. Que outros professores possam ter essa iniciativa.

    Caro Rafael, agradeço os comentários á respeito de sua experiência com meditação desde 98 e em como esta se ?corporificou? em sua prática de Ashtanga Vinyasa. Isso apenas confirma o que estamos afirmando insistentemente, sobre não haver possibilidade de se ?meditar em movimento?, sem uma sólida experiência construída na meditação tradicional. Não fossem seus estudos das escrituras e essa prática de meditação ?estática?, como você disse, nada teria para fundamentar o que vivenciou na prática de Ashtanga. Por que, então, não estender o conhecimento dos shastras e a teoria e prática da meditação aos seus alunos, para que possam lhes dar aplicabilidade em suas próprias práticas? Se foi necessário para você e para mim, também o será para os demais.

    Cara Paula, obrigado pela mensagem de ?leveza? e paz , completamente pertinente para os fundamentalistas da prática. Agradeça também pela ?graça? de receber tais ?ajustes? com risos. Para outros essa experiência não foi tão agradável e lhes custou lesões muito graves. Como no caso do Pedro e de professora conhecida minha que teve dores generalizadas por um ano após um mês de ?ajustes? da mesma senhora. Acredito que nós professores não podemos contar com o requisito dessa mesma ?sorte? e submeter nossos alunos a ?ajustes? irresponsáveis. Se o asana ? que praticado fora do contexto da tradição, e logo desvirtuado em seus objetivos originais ? não leva à iluminação, pode nos levar à lesões graves ou inflação do ego, se mal praticado ou mal conduzido.

    Nós professores, particularmente, temos a responsabilidade (já que alguém falou sobre isso) de ter um certo cuidado com nossas declarações e com a forma como podem soar. Não devemos ?relativizar? os problemas e absurdos da modalidade que ensinamos. Frases como essa, ou como: ?não vamos mistificar a meditação? (proferida num comentário), podem ser desastradamente interpretadas por leigos e levianos, levando á uma banalização das técnicas e tirando o brilho ou o foco de discussão tão necessária como esta: a essencialidade do estudo, da meditação e da consciência em nossas práticas.

    Contamos com vocês.

    Paz e amor.

  166. “Você é um grande irresponsável. Não pensou em quantos profissionais vocês poderiam prejudicar com este artigo.”

    Colega, denunciar a pirataria, a corrupção ou qualquer outra coisa que possa fazer mal à humanidade também prejudica alguns profissionais. Não seja tão corporativista, abra seus olhos!

  167. Já tinha tecido meu comentário anterior no Word quando entrei neste site e me surpreendi ao ver que uma leva de professores respondeu ao clamor infame. Admirável a atitude de elogiar o texto impecável de seu colega, se essa atitude for sincera. Mas ainda assim, não consegui entender nada do que quiseram dizer. Como acompanhante assíduo dessa conversação, posso entender esses comentários como aceitação do que está escrito no texto? Essas pessoas confirmam que o Yoga de Patanjali é imortal e o Ashtanga Vinyasa Yoga uma prática de asanas?

  168. Namaste a todos!

    Dias e mais dias de silêncio. Um silêncio significativo dos professores de Ashtanga Vinyasa Yoga. Um silêncio tão significativo e esclarecedor quanto a falta de argumentos convincentes daqueles que vociferaram aqui tanta demência.

    Uma pessoa fez neste site um apelo clamoroso há dias atrás. Um apelo aos grandes professores. Aqueles que esmagariam com seus também grandes conhecimentos, o inseto sem formação acadêmica chamado Rodrigo Carvalho. Onde estão? Onde estão, portanto, os grandes argumentos baseados nesses conhecimentos?

    O silêncio e a falta de lógica dos argumentos que surgiram só tornam mais claro: quem cala consente. Foi a frase proferida pela tal mulher revoltada com a destruição de suas crenças e ilusões. Outro provérbio popular se torna preciso aqui: quando não se tem o que falar, vale mais calar.

    Esse silêncio é retumbante e ensurdecedor, para aqueles que estão apegados às suas ilusões. Um silêncio agônico para o Ashtanga Vinyasa Yoga. Mas é um silêncio que para nós, que concordamos com o autor e com Pedro Kupfer, fala mais que milhares que palavras.

    Mas não achem que estou sendo ?pilhérico?. Acreditem, essa é uma sábia decisão.

    Quando não se tem nada a falar, é melhor calar.

  169. (este post não é pessoal ou dirigido especialmente a alguém)

    Pois é… fica fácil atualmente falar mal de todo mundo nos sites. Fala-se mal – com falta de ética, pois falta também coragem para falar cara a cara, ou escrever as ofensas ou opiniões e registrá-las em cartório – e nada fica provado. Parece que todos adoram as más noticias mesmo. Falar mal de alguém é mais atrativo, prende a atenção. Queria ver alguém “expor algumas verdades” por escrito ao acusado, que diz ter vivido, e aguardar a resposta em um tribunal. Nada se prova, fica por isso mesmo e o pior: influencia os que buscam respostas levando-os a percepções erradas e tortas. Cadê a verdade e a palavra? Acuse, assuma e mostre a cara! Satya!

  170. Prezados,

    Ontem, após uma conversa com amigos praticantes, resolvi acessar o sítio para ler o tão falado texto, e, como outros aqui já expuseram, os comentários agressivos trazem a reflexão mais o conteúdo das assertivas que propriamente a visão exposta pelo Rodrigo. Fico com as lúcidas respostas do Rafael e da querida Paula. Pena que a chamada à reflexão tenha trazido tanta discórdia e agressividade. Reflitamos mais lucidamente e com serenidade!

    Abraço a todos!

  171. Namaste!

    Li a reflexão do Rodrigo no próprio dia em que foi editado e mal imaginava o que por aí vinha… 🙂

    Parece-me que o texto despoletou emoções e considerações que ultrapassam o próprio texto.

    Voltemos, por isso, ao texto. O Rodrigo escreveu ?Repensando o Ashtanga Vinyasa Yoga?. Isto significa que no Brasil, o Ashtanga Vinyasa tem sido muito ?pensado?. Quando li o artigo pela primeira vez pensei em pedir ao Pedro o contacto do Rodrigo (que não conheço) para publicar o artigo no Dharmabindu. Mas depois pensei em qual seria a utilidade de repensar o Ashtanga Vinyasa se ele é praticamente desconhecido em Portugal. A maior parte dos praticantes de Yoga em Portugal nunca ouviu falar dessa abordagem do Hatha Yoga e muitos Professores também não. Para quê repensar se ainda ninguém pensou?

    Já no Brasil muitos têm pensado e por isso e necessariamente alguns repensam. Quantos de nós já mudamos a rumo das nossas práticas e a visão que temos do Yoga? Que atire a primeira pedra quem não tiver. Repensar o status quo é óptimo! Se assim não fosse o Sol continuaria a girar à volta da Terra. Repensar o status quo do Yoga não é menos bom. Voltando ao texto: ?Se o Yoga não se transformasse, estaríamos até hoje fazendo as práticas do yoga pré-clássico: mantra, meditação, controle respiratório e rituais.? Ou seja, sem reflexão crítica sobre o próprio Yoga, o Hatha Yoga nunca teria nascido. E como escrevi noutro lado, se há tolerância crítica e ecletismo é na tradição do Hatha Yoga. Não percamos isso!

    Não vejo sequer que o Rodrigo esteja a tentar destruir o Ashtanga Vinyasa. Ele escreve: ?O objectivo deste artigo não é fazer uma crítica estéril, mas propor a busca de novos horizontes, porém baseados em antigos pilares do Yoga: conhecimento e meditação.? E mais diz ?Não tenho a pretensão de revolucionar uma didáctica já difundida com sucesso, mas trazer sugestões e propostas, pois certamente não sou o único que pensa assim.?

    Parece-me que tudo se resume a uma questão central do Yoga: o Yoga é técnica? A técnica liberta?

    Vejam o próprio Pattabhi Jois e ouçam o Swami Dayananda
    http://www.youtube.com/watch?v=mKJV1KDCv0U

    Obrigado pela contribuição Rodrigo. Não precisamos adoptar as tuas sugestões, não temos de concordar, mas podemos reflectir, mantermo-nos seres pensantes e livres pensadores.

    Quando quiseres pensar para o Dharnamindu.com, será um prazer receber as tuas reflexões!

    Om sarve bhavantu sukhinaha!
    Miguel

  172. Este comentário é para o Anônimo (sempre fui educada a não valorizar nada que seja escrito por uma pessoa que não dá a cara por aquilo que escreve, mas…).

    Achei incrível o comentário deixado por esse professor. Ele acharia eticamente correto impedir a publicação de um artigo que questiona uma modalidade de Yoga (não uso propositadamente a palavra crítica porque se ela existiu foi altamente construtiva), traz a público informações e reflexões importantes sobre o método, porque isso poderia pôr em causa o trabalho dos professores que ensinam este tipo de Yoga?

    Felizmente neste site não existe censura (especialmente neste artigo, onde até comentários insultuosos ao autor foram permitidos, na falta de outros mais relevantes…). Qualquer dia teremos o regresso do Index, com artigos e livros proibidos, como vemos em algumas escolas/redes de Yoga.

    Esse professor tinha aqui uma oportunidade para rebater os argumentos do Rodrigo, dar-nos a sua visão sobre o Ashtanga Vinyasa Yoga, mas não quis (ou não soube?) fazê-lo, infelizmente.

    Espero que este site continue na via questionadora e, já agora, democrática :-), como até aqui, e que não recue perante assuntos polêmicos com medo de ferir susceptibilidades.

  173. Namastê, queridos amigos e amigas do Yoga! Namastê querido Pedro e Rodrigo, parabéns pelo artigos e seus comentários.

    Estava “ansioso” para ler os comentários, já que muitas pessoas comentaram comigo, embora estava sem acesso a internet. Muitas pessoas estavam “assustadas” com uma provável guerra ao Ashtanga Vinyasa. Contudo, desde que li o artigo não concordei com essa “guerrilha”.

    Sou professor de Ashtanga Vinyasa aqui em Joinville, Santa Catarina, e também já tive a honra de ter o Pedro como um dos meus professores.

    Caro Rodrigo, seu texto é fantástico e não tenho como discordar de você em muitos pontos. Na verdade, seu texto mostra a sua visão, que a meu ver, está correta, embora eu pessoalmente tenha um ponto de vista diferente da prática.

    Já estou no caminho do Yoga desde 1998, e quando digo isso significa que sempre meditei desde 1998, considerando o asana apenas como uma prática dispensável para pessoas que precisavam deste tipo de prática. Contudo, quando descobri o AVY essa visão mudou radicalmente, pois tudo aquilo que experienciei durante anos em minhas meditações estáticas tornou-se aparente em minhas práticas de AVY.

    Concordo plenamente com uma certa tendência “física” de considerar o AVY apenas como um modismo, mas acredito que nós, professores de AVY, bem como de outras modalidades, devemos praticar e estudar as antigas escrituras para não corrermos os riscos de cair nisso.

    Agora tenho que sair pra dar aula. Mais tarde volto a comentar. Um abração. Rafael.

  174. Pedro,

    Quanto ao autor deste lamentável artigo, onde várias bobagens estão escritas sobre Ashtanga Vinyasa Yoga, não vou dizer nada, o karma é uma estrada de duas vias. Esse sujeito nada sabe sobre Ashtanga. Há quantos anos ele pratica? Ele já foi á Mysore? Conhece pessoalmente o criador desta modalidade?

    Você é um grande irresponsável. Não pensou em quantos profissionais vocês poderiam prejudicar com este artigo. As coisas não podem ser colocadas assim num site de divulgação maçiça como esse, sem se pensar nas consequências. Sua atitude é imatura e reprovável. O fato de ter sido barrado ou recusado em outros lugares não lhe diz nada? Já pensou como isso prejudicará os professores que ensinam. Aqui na cidade onde estou, que você conhece muitíssimo bem, pois é um grande pólo do Yoga, só se fala nisso. Não pensou você também, com todo seu conhecimento no karma? Esse rapaz só deve querer seus 15 minutos de fama. Já conseguiu. Não é suficiente? Por quanto tempo vocês pretendem manter essa pouca-vergonha no site? Se você não tem juízo, pelo menos as outras pessoas deste site deveriam ter. Ou você sozinho decide o que deve ir ao ar? Perdeu o juízo? Como pretendem compensar as pessoas prejudicadas em seus trabalhos? É realmente deplorável a atitude de divulgar textos assim.

  175. Em especial ao Rodrigo e Pedro.

    Achei excelente e perturbador o artigo e comentários que vieram na seqüência. Eu não sou ninguém, nenhuma sábia ou pesquisadora sobre o assunto. Pelo contrário. Comecei a praticar Ashtanga há 3 meses, depois de um stress violentíssimo de trabalho que me deixou fora de qualquer atividade física durante 2 anos.
    Por que Yoga? Porque eu buscava equilíbrio e bem estar. Por que Ashtanga? Porque queria resultados rápidos e uma atividade intensa. Eu nem sabia onde iria parar.
    Esses 3 meses me ensinaram muito. Claro que temos que fechar os olhos para o modismo, para o aspecto comercial da prática e não podemos esquecer da ?plasticidade? que ela envolve.

    Quando o Rodrigo comenta sobre o que eu tomei a liberdade de chamar de ?não meditação? do método, eu começo a fazer alguns questionamentos. Não sei o que é meditar, não sei o que é esvaziar a cabeça, mas sei que durante a prática, se eu estiver pensando em outras coisas, problemas, etc, não faço a série, não dá. Pensei que talvez fosse esse o caminho para eu começar uma meditação, mas Rodrigo já disse que não é bem assim. Mas o que importa é que eu saio da prática flutuando, leve, feliz com a minha ?não meditação?.

    Pedro, pratico há apenas 3 meses e no inicio do 2º tive o desprazer de um ajuste mal feito, que arrebentou um músculo paracostal. Nada grave como as suas 3 hernias, mas chato e dolorido o suficiente para me deixar 3 semanas de cama. Me recuperei e voltei às praticas, só que com muito mais parcimônia… sabendo que o que me faz tão bem pode me machucar.

    Não quero generalizar, mas existem muitos professores despreparados que não conhecem o nosso corpo (anatomia / fisiologia / mecânica etc ) a ponto de machucar, por isso acho que qualquer comentário aqui postado é válido. Aliás, nem o comentado ?guru? e seus discípulos devem saber dessas coisas… vide o caso do Pedro.

    Hoje continuo a prática, saio de lá bem e meu corpo também está mudando… já me perguntaram ?esse braço é de ashtanga?? Sim, e dá-lhe flexões e Vinyasas.

    Só que os limites quem impõe sou eu, na marra eu ganhei a consciência de o que hoje me faz bem pode me fazer mal amanha.

    Quanto tempo essa paixão e envolvimento pela prática vai durar? Não sei, mas procuro olhar o lado bom das coisas e vou aproveitar até o limite. Meu dia de Rodrigo e Pedro um dia vai chegar, só que aí eu terei muito mais ?bagagem? para tomar a decisão e buscar algo novo para mim.

    E certamente exclui Mysore da minha lista de viagens…

  176. Amigos vamos dar um mergulho e fazer como os Hindus, nos purificar nas águas, que seja do mar, rio, chuveiro, um copo de água, chuva que cai lá fora, suor do corpo… Om Shanti!
    (fim do meu comentário)

  177. Bom dia Rodrigo, Pedro e todo mundo, acordo escutando as ondas do mar quebrando. Férias… Búzios. Fugi do Pan-demônio. E trouxe meu laptop: afinal de contas não desconecto completamente de tudo. Que bom, pois acabo de ler o excelente texto de Rodrigo. Depois li de cima para baixo todos os comentários.
    “Vixi Maria!” pensei, quantas pessoas ficaram atordoadas. Ótimo pois quando causa comoção traz mudança interna, reflexão (em algum momento), faz pensar, gritar, etc.
    Rodrigo, me identifico completamente com o que disseste. Eu como professora de Yoga sinto que é bacana ter numa aula alimento para a mente e coração. Inspiração, imaginação e criação que vem nos textos lindos sagrados.
    Como tive a felicidade de ter Pedro Kupfer como meu professor, entre outros, e eterno amigo e irmão, aprendo com ele sempre esse conceito de liberdade.
    Também dou aula de Ashtanga Vinyasa Yoga entre outras modalidades de Hatha Yoga, pois tudo é Hatha Yoga=corpo físico, se estamos falando se Ásanas.
    Fui a Mysore. Em Mysore fiz aulas durante 7 semanas com Saraswati Ragaswami que foi muito atenciosa e me deu muitos ajustes, alguns demasiados fortes mas ela respondia bem aos meu gemidos e se divertia e eu também.
    Não sou AVY purista. Adoro dar aula de Yoga. ponto final!!!
    Vivemos na Kali Yuga, era difícil, coisas acontecem numa velocidade absurda, as pessoas estão muito voltadas para si mesmas, tecnologia avança rápido, tudo muito voltado para seu próprio umbigo.
    A humanidade está precisando de ajuda, todos nós precisamos. A prática vira uma espécie de “vício”, “verdade” isso não é bom. Nasce aí mais um condicionamento.
    E acho que essa frase “pratique e tudo acontecerá” pode ser interpretado como auto-ajuda, tipo “The Secret” (o universo vai cuidar de tudo, acredite no que você quer, peça e esteja preparado para receber isso que voce pediu: “1a e 2a série AVY por favor!!).
    Só que se levada ao pé-da-letra vira a verdade única, fundamentalismo, bengala, “GIVE ME SALVATION WITH ASTHANGA VINYASA YOGA” Ser Humano é Ser Humano e assim caminha a Humanidade.
    Nada disso dá salvação. O legal é praticar com leveza, com prazer, com felicidade, com aceitação de suas limitações, se esforçar mas com discernimento, com atitude positiva, mente aberta, com senso de humor, imaginar aquele ásana cascudo e dizer na mente “The Seeecreeeet!!!!” . E daí??
    Não é um ásana que vai te iluminar!

  178. Cara pessoa que iniciou este debate: Sente na frente do Patthabi e diga estas coisas todas pra ele. Daí escreva sua matéria.

  179. Professor Rodrigo,
    Namaste!

    Eu sou outra pessoa que nunca ouviu falar seu nome, que desconhece de que buraco você resolveu sair justamente agora. Não sei quais as suas referências, com quem estudou, qual sua formação acadêmica. E também, depois de imprimir seu artigo e relê-lo, resolvi te dizer umas ” coisinhas”….

    Auspicioso buraco este de onde você saiu, muito, muito, muito obrigada por ter iniciado esta saudável reflexão no ambiente de Yoga, parabéns pela sua abordagem impecável. Fiquei, primeiramente, agradecida, porque estou terminando um curso de formação de 2 anos e comecei a dar aulas de YOGA (sem rótulos) a pouco tempo e, pessoa ávida e com muita necessidade de se aprofundar mais e mais na prática e nos estudos, penso justamente em começar a frequentar aulas de Ashtanga Vinyasa e, inclusive, ultimamente andei procurando informações sobre Mysore, a escola de Pattabhi Jois. E nunca tinha tido este tipo de informação sobre a técnica ou sobre o Mestre. Informação sempre enriquece. Que bom ter acesso ao seu ponto de vista, ao do Pedro, pessoas que experienciaram a prática. Continuo com a intenção de praticar Ashtanga Vinyasa, e vou procurar um BOM professor, que seja mais do que um repetidor de manuais, com um olho aberto e outro também!

    Tive algumas aulas de Iyengar e gostei muito da parte de alinhamento de ásanas, o que me motivou a procurar seus livros, dos quais gosto particularmente do ” Árvore do Yoga”. Aliás, fui procurar a literatura justamente para entender se o que eu via nas aulas era só uma parte do método, porque, igualmente, só se praticavam ásanas, ásanas, e os alunos ficavam felizes quando no dia seguinte estavam doloridos.(?) Achei aquilo muito, muito esquisito. Fiquei feliz em encontrar em Iyengar (pelo menos nos livros) muito além do que eu vi na sala de aula.

    Sobre a prática do Ashtanga Vinyasa de Pattabhi, sua informação foi valiosíssima para mim. Só fico chateada em entrar em sites de Yoga e ver tanta desunião, tanta gente preocupada em ” defender” este ou aquele método, sem se dar a chance de questionar, experienciar, se abrir para novas possibilidades. Como consta rolando aqui abaixo: “O Yoga é um livro aberto para quem quiser ler”. Então, não nos limitemos!
    O caminho não é rígido e igual para todos, o caminho é o da sua verdade interior. Yoga não é a prática da autenticidade? Não é o descobrir-se a si mesmo, não visa a libertação dos condicionamentos?
    Como podem os professores de yoga reagirem tão violentamente a um texto onde a mensagem é: Ashtanga! E Asthanga por acaso NÃO SIGNIFICA OITO ANGAS? NÃO É O YOGA DE PATAÑJALI?

    Porque alguém pode achar ofensivo um professor questionar porque uma prática que leva o nome de Ashtanga deva incluir dharana? Eu não consigo entender como um professor de Yoga pode se ofender com isto.

    YOGA É MEDITAÇÃO! Acho louvável que alguém o faça em movimento, mas não acredito que um aluno o faça sem preparo. Eu percebo como o vinyasa em ujjayi me auxilia particularmente em ásanas de equilíbrio, porém não acho que seja (pelo menos no meu ponto de vista) apropriado para qualquer ocasião ou mesmo temperatura. Mas eu sou uma pessoa que se permite experienciar e acho que antes de tudo devemos respeito às opiniões das pessoas mais experienciadas que nós.

    Rodrigo, pouco me importa sua formação acadêmica, isto é coisa de quem não tem argumento. Sou pós graduada em Direito e isto em nada me auxilia quando é a hora de se aquietar no tapetinho. Seu conhecimento dos shástras (os tais livros do yoga, abertos a todos que quiserem ler) está bem claro, suas fontes também.

    Obrigada e parabéns ao Pedro por manter sempre o excelente nível dos artigos aqui publicados. Tenho certeza que diversos bons professores de Ashtanga (e de Ashtanga Vinyasa) serão muito beneficiados e de uma forma ou de outra estão agradecidos pela reflexão que nos traz.
    Shanti Shanti Shanti Om!

    Larissa Leal.

  180. Acho fantástico que os professores de AVY não se pronunciem… significativo! Eu já fui professora de AVY e confirmo: o Pattabhi põe o dedo em algumas meninas sim. Vi isso em Mysore e no ocidente também. E já tem mais seguidores imitando o “Guruji”. E nem acham assim tão grave. Muitas gostaram mesmo e ainda foram beijar os pés, dar presentinho, recitar poemas e dar beijinho. E olha que os cursos (que são as series que todo mundo ta farto de conhecer) não são nada baratinhos e o Pattabhi ainda fica cada vez mais dormindo! Mas enfim, as meninas (professoras) depois ficam todas contentes e exibem as fotos e se dizem iniciadas pelo “guru” mais famoso do mundo (se a Madona e o Sting fazem deve ser bom não é?)! Se é isso que o pessoal quer porquê o velhinho não ia aceder e levar vantagem?

    É como as séries. Ao inicio eram só duas e não seguiam nenhum padrão tão dógmático como agora. Eram experiências do Krishnamacharya e do Pattabhi com um tipo de alunos que tiveram lá no palácio e depois com os ocidentais que começaram a chegar. Entretanto muitos practicantes dominaram as duas primeiras séries (que mais que sobravam para preparar os ásanas de meditação) mas não estavam afim de sentar e meditar. Então foram criando mais séries e já vai em 6! E assim o Pattabhi continuou dando cada vez mais contorcionismo e esquecendo cada vez mais o Yoga Sutra que ele até conhece bem. Mas não vende! Já fitness vende. Rende até mega ginásio em Mysore!

    Sabe o que concluo? Ele só aproveita. Nós (ocidentais) pedimos e merecemos.

    Merecemos que cada vez tenha mais ex-dançarina e ex-ginásta reclicado a pressão e se tornando professor de Yoga sem sequer saber o que é o Yoga Sutra. Merecemos que tenha cada vez mais lesão de joelho e de coluna… Merecemos! Não sei s eé para rir ou para chorar…

  181. Oi Rodrigo. Como praticante, eu concordo com você em termos… plenamente quando você direciona a atenção p/ a prática do AVY estar sendo muito executada sem a observação dos Sutras. Acho q isso ocorre mesmo, nesta e em outras modalidades do Yoga… porque as pessoas hoje em dia nem sempre querem esse aprofundamento, o autoconhecimento advindo da prática consciente, o q em si não é certo nem errado, é isso. Eu só discordo qando você diz “querer fazer com que a pessoa entenda” acho que a gente não pode fazer isso,podemos ensinar a técnica, expor a teoria, estar disponível para explicá-la da melhor maneira, e isso fazemos estudando cd vez mais as escrituras, e deixar que cada um encontre essa conexão entre a prática externa e a interna, ou não a encontre. Acho legal você colocar a questão, é bom saber que você trabalha nessa linha, mas impor a tradição é também um caminho violento (ao meu ver). Prefiro pensar que temos pessoas que trabalham como você e outras não. E dependendo da vibração do estudante, ele cairá num ou noutro lado. Vamos torcer para que mais e mais pessoas pensem como nós. Namastê!

  182. Olá Rodrigo e Pedro,

    Gostaria que por favor, um de vocês esclarecesse como é possível essa enorme quantidades de praticantes e/ou professores que demonstram tanta agressividade e desrespeito em seus comentários em relação ao artigo do Professor e praticante Rodrigo Carvalho. Uma dos primeiros aprendizados que adquiri ao entrar no mundo do Yoga a doze anos atrás foram os Yamas e Niyamas, e destes, o mais duro para uma criança entender foi a não-agressão, ou respeito nas palavras e ações.

    Que praticantes e professores são esses que nem ao menos conseguem dialogar mantendo o respeito? Todos somos livres nas opiniões, cabe ao leitor utilizar o que leu da forma que bem entende, em sua PRÓPRIA VIDA. Denegrir a imagem dos outros não é ser professor nem praticante de Yoga.

    Como uma pessoa dessas ensina o que não aplica à própria vida: Respeito? Sou professora de Hatha e Astanga Vinyasa Yoga, e a minha opinião quanto ao texto que lí, se gostei ou não, não importa, porque, francamente, decepção maior tive ao ler os comentários dessas pessoas que dizem que praticam e agem com tanta agressividade.
    Paz. Paz. Muita Paz a esses praticantes tão necessitados.
    Thereza Machado.

  183. Estou em estado de graça! Já vinha acompanhando com muita satisfação o interesse em “estudar” Yoga, e não apenas praticar ásanas, que muitos praticantes e instrutores vêm manifestando em nosso país. Agora vejo o resultado disso: pessoas “repensando” o Yoga, e assim contribuindo para a sua evolução.

    Acredito que quando alguém cria um “estilo” ou “método”, corre o risco de transformar tal (nobre) ato de “criação” numa “petrificação” da Arte. Assim, quando vejo “dogmas” sendo questionados e “mestres” “intocáveis” sendo criticados, volto a crer que o Yoga vive!
    Pois o que é a Vida senão mudança, transformação, movimento? Parabéns ao autor pela coragem de escrever o artigo que devolveu o “movimento” ao Yoga! O estilo do senhor Jois parecia ser, em minha opinião, o “epitáfio” de pedra (indestrútivel) do Yoga, como bem o demonstram as pessoas “mórbidas” que atacaram o artigo de forma inacreditavelmente agressiva para quem se diz “praticante” de Yoga.
    Conheci inúmeros “atletas”, professores de aeróbica e afins que, por sua capacidade física privilegiada, tornaram-se do dia para a noite “professores” de Yoga, baseados apenas em sua facilidade para fazer as “séries” (alguém já parou pra pensar que isso é linguagem de aula de musculação?) do AVY!

    De todo esse debate enriquecedor e esclarecedor, só saio com uma pequena decepção: se Pedro Kupfer, a quem tanto admiro, já conhecia e havia “sentido na carne” (ou melhor, nos ossos! rsrs) os aspectos negativos do estilo, porque se calou por tanto tempo a respeito? Pois caso ele não saiba, foi seu “flerte” com o AVY, chegando a publicar uma “série” em livro, que influenciou muitos a procurarem o estilo e a se machucarem como ele! Já vi Pedro fazer críticas “ferozes” a muitas coisas, e fica-me a sensação de que pecou por “omissão” com o AVY, talvez para preservar amigos que se beneficiaram com a “moda” do estilo, ou até (espero que não) a si próprio.

    Mas enfim, isso é minimamente importante diante da enormidade do que foi semeado agora pelo Rodrigo, pelo próprio Pedro, pela iniciativa corajosa deste site e pelos comentários dos demais participantes! Oxalá estejamos diante de um “divisor de águas”, e a partir de hoje, o Yoga volte a ser mais importante do que estilos, títulos e “técnicas isoladas”!

    O Yoga é um Todo imenso, Infinito, não deixemos que o “culto à personalidade” e o “modismo” diminuam-no e o coloquem numa “caixinha”! Por mais bela e/ou interessante que possa ser essa caixinha ( e diga-se de passagem, a caixa do AVY, com seus aspectos bizarros, nem isso é!) o Yoga não cabe nela… Abraços a todos!

  184. Olá amigos do Yoga,

    Sobre títulos, fama, experiência e vivência da prática. A sensibilidade com que este rapaz descreveu a prática (sim, ele é apenas um rapaz, vi uma foto num site da internet e poderia ser sua mãe), ainda não foi demonstrada em nenhum livro ou site sobre Ashtanga. Alguém que escreve assim sobre as técnicas, apesar de seu pouco tempo de prática (pelo que vi nos comentários dele) e pouca idade, demonstra uma experiência muito grande. Conhecimento de causa.

    Quando começou a se falar em Ashtanga no Brasil lá por 96 ou 97,eu estava me mudando para os Eua, acompanhando meu marido transferido pela empresa. Neste país, árido em oportunidades de auto-crescimento que não seja material, tive a possibilidade de fazer aulas e workshops com os tais “grandes” e mais antigos praticantes ocidentais de Ashtanga. Curiosamente a prática de Ashtanga tem poucos adeptos indianos, talvez quase nenhum fora do círculo da família que o ensina em mysore, fato que reforça a “tese” de que é um yoga para ocidentais.

    Fiz muitas aulas com diversos professores renomados, oque aumentou muito a capacidade de meu corpo de fazer asanas, já devidamente trabalhado por dez anos de Hatha-yoga . Conheci a experiência de David Swenson, dos Martorella, John Scott e Miele(europeu), para citar os mais famosos. No entanto, agora que já beiro os 50 e já não tenho o mesmo envolvimento intenso dos iniciantes, nem seu “fervor” impetuoso, posso dizer que a impressão que tenho, é que esses ilustres professores, muito eficientes em seu trabalho, são os “mecanicistas” dos quais fala o autor do artigo. Pessoas eficientes, como exige a cultura em que estão inseridos, porém, yogis “autômatos, com habilidades de ginastas olímpicos, porém “ocos”, “carentes de sentido” conforme um dos comentários tecidos pelo autor nos diálogos virtuais deste site. Pessoas incapazes de palavras tão profundas e significativas, quanto estas do artigo, á respeito de Ashtanga,apesar de suas décadas de prática. Impossibilitados de “enxergar beleza nas técnicas”, como disse o texto. Sem condição de amarem e vivenciarem o âmago da prática, pois talvez empreendam muitos esforços em aperfeiçoar seus malabarismos.

    Namastê Rodrigo, que você “cresça” sempre nesta direção que escolheu e “apareça” mais vezes nos trazendo reflexões profundas e belas como essa .

    Sandra.

  185. Vitor,

    Agradeço pelo seu comentário e afirmo que não estou mistificando a meditação. Acredito que alguém apto possa atingir até o samadhi lavando louça. Há aqueles que vivem constantemente em samadhi. E nós, essencialmente, estamos, e somos tudo aquilo que vivenciamos neste estado. É possível meditar e atingir a iluminação, fazendo qualquer coisa (busque um tratado chamado Tripura Rahasya). Contanto que esteja devidamente preparado, “treinado” para tal propósito. Estamos falando de coisa séria, meditação é o aspecto mais importante das técnicas do yoga. Como podemos querer que as pessoas “meditem” em movimento se tão pouco lhes ensinamos a teoria, os métodos e se não os estimularmos a meditar. O fato de ser difícil fazer com que as pessoas meditem, gostem ou consigam, não deve servir como desculpa para que nós professores desistamos disso. A obrigação de um bom professor de Yoga, não é ensinar as pessoas como colocar as duas pernas atrás da cabeça, mas fazê-los despertar pelo menos o desejo de tentar dissipar as ilusões que tem acerca de si mesmo e daquilo que os cerca. Os asanas entram neste contexto como um simples instrumento de manutenção de nossa energia, corpo e como meios de aprendizados pela experimentação.

    Leia o comentário do Sr. Carlos Gomes a respeito dos Nathas, procure se informar a respeito do contexto em que surgiram as práticas de asanas, e de como nos afastamos das intenções originais do Hatha-Yoga que eram atingir a iluminação através do corpo e transubstanciar, transmutar sua matéria. Não existe Yoga sem meditação. Isso não é um assunto para discutir, isso é um ponto fechado na tradição do Yoga. Pattabhi Jois , ao ir contra essa realidade, e ainda por cima denominando isso de Ashtanga, criou uma aberração. Não precisa ser nenhum gênio para observar que os yamas e niyamas não fazem parte do seu método em nenhum aspecto. Estou escrevendo sobre isso atualmente. Oque adianta escrever exaustivamente sobre valores e não aplicar. O nome disso em nossa cultura é hipocrisia. As pessoas falam uma coisa e fazem outra diferente. Como você mesmo disse, não sei se defendendo ou não o Pattabhi Jois, é uma incoerência, como muitas coisas no método. O artigo fala insistentemente sobre isso, inclusive desse “desalinhamento” entre a teoria e o nome do método e oque se pratica. Não existe possibilidade de meditar em movimento sem ter aprendido a meditar. O texto do yoga mala sobre os sutras, é um dos mais pífios e superficiais que já li daqueles escritos por “gurus” indianos. O que Pedro relatou é a prova de que oque Pattabhi Jois fala é uma coisa, mas oque diz é outra. Não se pode separar a prática de asanas das práticas meditativas, senão oque se faz é exercício físico. Ashtanga deveria ter meditação desde que foi criado. Talvez Sharath, ou seu filho modifiquem isso, já que meditação está em voga, em divulgação maçiça na mídia e isso pode render frutos para eles. O Ashtanga foi criado de forma nebulosa, como você tem acompanhado nos comentários aqui. Ninguém sabe nada de concreto sobre nada. Fato muito comum quando pesquisamos Yoga,mas não quando falamos a respeito de algo que tem algumas décadas. Respeito muito o guru de Pattabhi Jois. Observando oque deixou escrito, percebemos que ele não concordava com Yoga sem meditação, tanto é que advertiu Iyengar em seu aniversário de sessenta anos, que este deveria focar mais sua prática e ensino na meditação e menos nos asanas. Ainda assim, Iyengar ensina o asana em “profundidade”, saindo completamente muitas vezes da “esfera física”, coisa que nunca tive notícia de que tenha sido feita por Pattabhi Jois. Este senhor tem seus méritos, mas não podemos fechar os olhos para suas atitudes equivocadas, quando envolvem muitas pessoas, nem para as muitas incongruências de seu método.

  186. Caro Carlos Eduardo,

    Seu comentário são não é somente 100% correto e pertinente, mas também muito oportuno e esclarecedor.

    Especialmente elucidativa foi sua explanação sobre o nome kuraNTaH, embora a grafia Korunta (que significa “marionete” em sânscrito), seja por demais sugestivo em relação às intenções desses “gurus”.

    Você me deixou com muita curiosidade para visitar a Biblioteca de Kolkatta. Quem sabe este ano dê um pulinho lá, só para desencargo de consciência, muito embora já tenha uma idéia de qual será o resultado da pesquisa. Se achar alguma coisa, avisar-lhe-ei com certeza. Muitíssimo obrigado! E que viva o bom-senso! Harih Om!

  187. Rodrigo,
    Quais são suas referências no Ashtanga Vinyasa? Que pessoas você admira?

  188. Olá Rodrigo e Pedro

    Namastê!

    Sou praticante da segunda série de Ashtanga Vinyasa Yoga. A primeira vez que li o artigo repensando o Ashtanga senti dor de cabeça e uma sensação de tonteira, como se estivesse “mareado”, como numa viagem de barco. Imprimi o texto, nas duas versões ligeiramente diferentes que vcs colocaram no ar, e de lá para cá, já o reli umas vinte vezes. Depois de muito pensar (isso mesmo, como você disse, alguns de nós Ashtangi yogis ainda pensamos), analisar suas opiniões e pesquisar muito sobre oque realmente é Ashtanga Yoga, resolvi me manifestar.

    Esse artigo pode ser considerado o epitáfio do Ashtanga Vinyasa Yoga de Pattbhi Jois, e também um marco. O passo inicial de uma grande mudança de mentalidades. O início de uma onda de moralização na prática desta modalidade.

    Já não estou mais “mareado”. Na verdade estou muito grato. A partir de agora, tudo vai mudar em minhas atitudes perante o Yoga. Prometi a mim mesmo não me deixar mais seduzir pelo falso “glamour” do que vocês chamaram de meio, mundo ou establishment do Ashtanga Vinyasa Yoga .Todos vão mudar de alguma forma. Não há como não acontecer. Nem que seja por vergonha ou necessidade de serem aceitos dentro desta nova concepção, que como vc disse, não é nova, mais baseia-se no Yoga de Patanjali, do qual o método de Jois deveria ser um representante fidedigno, já que lhe rouba o nome. Sim, agora entendo que o nome disso é roubo.

    Os mais atentos, como eu, vão mudar de posturas e escolhas. Haverão aqueles hipócritas que hoje estão “defendendo” “esse” Ashtanga Vinyasa Yoga, e que amanhã, mesmo que nada tenha mudado concretamente em suas consciências, colocarão suas aulas nesses moldes que você está propondo.

    E com seu cinismo, vão pregar essas idéias como se sempre as tivessem aceitado. Certamente vão continuar ganhando rios de dinheiro como no presente, mas será então vendendo idéias com as quias não coadunam de verdade. Haverão também aqueles infelizes, incapazes de mudar ou fingir. Esses pobre-coitados vão continuar pagando para serem enganados,quebrados e bolinados no método Pattabhi Jois.

    Para mim chega! Obrigado Rodrigo e obrigado também ao Pedro, pelos valiosíssimos “toques” e por colocar no ar este artigo. Vocês deveriam “pilotar” o barco da mudança, pois assim nos sentiríamos mais seguros nesta viagem. Muito obrigado mesmo!

  189. O texto Sânscrito que se alega teria dado origem ao conceito do AVY de Jois tem por nome “yogakuraNTaH” (transliteração do devanagari pelo padrão ITRANS). Fui informado por um sobrinho de Jois que possivelmente haveria uma cópia desse manuscrito na biblioteca de Kolkata, mas não tive a oportunidade de visitar aquela instituição para confirmar o fato. Procurei por referências ao manuscrito em Varanasi e em New Delhi, mas nessas localidades ninguém jamais soube dele.

    Caso alguém passe por Kolkata e tenha tempo para uma visita à biblioteca, seria interessante checar esta informação e tornar público o resultado.

    O Kuranta é uma planta à qual se atribui propriedades medicinais, mas que também é utilizada para fins decorativos (ela é capaz de produzir flores durante todo o ano). É conhecida como Barléria ou Amaranto Amarelo. Em algumas partes dos Himalaias as flores são utilizadas para produzir colares e pulseiras usadas em eventos solenes. A base das folhas, no entanto, apresenta espinhos afiados que tornam perigoso seu manuseio.

    Por alguma razão que desconheço, muitas pessoas se referem ao suposto manuscrito como se seu nome fosse “Yoga Koruntha” – talvez pela similaridade com as variações “kuruNTaH” e “kuruNThaH”, da mesma palavra “kuraNTaH”. Vale mencionar que “kuruNTI” é uma boneca articulada do tipo marionete.
    ——-

    Em relação ao comentário do Pedro Kupfer sobre o estilo do Sânscrito é preciso esclarecer que o Sânscrito Clássico tem como marco inicial a gramática de Panini, anterior aos Sutras de Patanjali. Por essa razão os Sutras caracterizam o chamado Yoga “Clássico” – que recebe esse título pelo estilo da linguagem em que foram redigidos.
    ——–

    Com relação ao conteúdo do artigo, que me perdoem os fãs de Jois, Iyengar, Krishnamacharya e Desikachar, mas esses senhores disseminaram pelo mundo afora um Yoga irresponsável. Por causa deles há tanta gente que acredita que pratica Yoga só porque aprendeu a praticar asanas, pranayamas e mudras.

    O que eles fizeram foi ignorar a doutrina de Gorakshanatha e apresentar um Hatha Yoga que só se preocupa com habilidades corporais. Os antigos Nathas estariam se revirando nos túmulos, se não tivessem sido cremados…

  190. Hari Om! Não vamos mistificar a meditação, pois podemos chegar facilmente a este estado e até ir além em rodas de capoeira, numa corrida solitária, no surf, dançando, cantando e quem sabe lavando a louça! Ainda não cheguei a esse estado na prática de ásanas sobre o tapetinho. No Ashtanga Vinyasa Yoga chego próximo do pratyahara, e me parece óbvio poder ir bem além, como as atividades acima podem. Outras modalidades do Hatha, que exigem mais atenção às instruções do professor, me parecem dispersar mais. E, francamente, são poucos os alunos de Hatha e derivados que gostam de meditar. Quantas turmas de Yoga sobrevivem com ao menos 10 minutos de meditação?
    O Patabhi Jois dá bastante atenção aos Yamas e Niyamas no livro Yogamala.

    Ele não detalha muito a execução de ásanas e vinyasas, nem fala de alinhamento. Creio que essa preocupação veio com o Iyengar, não é isso? É curioso que Patabhi Jois dedica uma atenção especial ao Brahmacharya e indica situações bem específicas para a relação sexual (somente entre o casal e conforme o ciclo da mulher, ciclo da lua, ativação de uma das nadis, entre outras condições de fontes antigas que ele cita), o que é contrastante com a situação de assédio sexual que o Pedro testemunhou.

    Rodrigo, parabéns pela reflexão. Títulos acadêmicos, religiosos ou quaisquer outros realmente não têm qualquer importância. Meu professor de Ashtanga também não tem formação universitária mas parece ser um dos poucos dedicados à filosofia. Aliás, ele me apresentou uma ponte interessante entre o Ashtanga Vinyasa e os sutras de Patânjali, o que ainda não vi em relação ao Iyengar, Yogaterapia, Yogilates, etc. Namaskar!

  191. Faço aqui alguns comentários sobre a repercussão deste artigo em algumas comunidades do Orkut, e sobre os e-mails que tenho recebido a respeito. Vou usar este site para expressar mais uma opinião, embora alguns usuários do Orkut prefiram não se manifestar neste veículo.

    Essa estória da “meditação em movimento”, tão apregoada como uma bandeira, é mais uma dessas falácias que alguns praticantes e professores divulgaram. Diferentemente do que T. Krishnamacarya ensinou, parece que essas pessoas nunca se informaram á respeito de dhyana, ou nunca o praticaram. Só é possível “meditar” em movimento se a pessoa tiver uma grande experiência na meditação como técnica, executada corretamente, e com conhecimento teórico sobre o assunto para aplicar os fundamentos e a atitude de meditação nas ações que estiver exercendo. ainda assim, para meditar, tem que saber como funciona e persistir, durante um bom tempo. Meditação em movimento, da maneira que se postula no Ashtanga Vinyasa, é mais uma desculpa para se praticar somente ásana.

  192. Estou escrevendo para tentar expor minhas respostas e comentários sobre as mensagens que têm chegado. Tenho de admitir que estou meio chocado. Quem me conhece sabe que ando ?por fora? do mundo do Ashtanga. Sempre me reservei o direito de distanciar-me de tudo aquilo que fosse contrário aos meus princípios e convicções . Na verdade, eu conhecia muitas das idiossincrasias e incoerências deste meio e deste método, de forma que foi este o ?leit motiv?, a inspiração de meu artigo. Ainda assim estou perplexo .

    Pelo que percebo, os comentários mais coerentes — ou que trazem reflexões importantes ao Yoga — não são de praticantes de Ashtanga Vinyasa Yoga. No entanto, aqueles com o teor mais agressivo, incoerente e imaturo, são os feitos por alguns dos seus praticantes e professores. Só posso constatar que o ?panorama? é muito mais desolador do que imaginava.

    Um amigo, gozador, ao ler alguns comentários perguntou-me se essa prática “atrofia a capacidade de pensar, refletir e discernir?. Minha resposta é não! Afirmo que existe ?vida cerebral? dentro do meio do Ashtanga. Mas está difícil de encontrá-la nesses comentários de alguns dos seus partidários ?xiitas?. Tanto nos postados aqui neste site, quanto nos comentários de Orkut que me foram enviados por e-mail. Teve uma pessoa (anônima), que ia muito bem em seus comentários até que no final me fez três perguntas no ?estilo esfinge?, do tipo ?decifra-me ou te devoro?: questionando minha formação e ?credenciais? . Provavelmente uma conhecida, que sabendo que não tenho segundo grau nem ?pedigree? indiano, quis me expor, acreditando assim poder me desmoralizar.

    Se as pessoas lerem este artigo com atenção, encontrarão nele o posicionamento de alguém que adora Ashtanga Vinyasa Yoga. Do contrário não empreenderia tanto esforço tentando contribuir com seu aprimoramento. Com esse propósito de ajudar a trazer mais maturidade, baseei minhas reflexões , assim como meu ensino, nos ensinamentos imortais dos sutras e outros shastras. Mas olhem só que inversão de valores. Por defender a utilização de meditação e uma abordagem permeada pelos yamas e niyamas, tornei-me um ?inimigo? do “establishment fundamentalista” do Ashtanga Vinyasa Yoga. Um maldito. Como o velho ditado diz: ?fé cega, faca amolada?.

    Alguns disseram que expus nesse artigo todas as ?chagas? do método. Mas tenho de advertir que não. Há ainda uma questão fundamental, que se refere aos ajustes bizarros-eróticos e lesivos- que não comentei para não me alongar demais no texto. Jesus disse que a verdade, assim como a luz, deve ser mostrada aos poucos para não cegar. Estou terminando um artigo que aborda esse assunto. Mas agradeço muito ao Pedro pela sinceridade de ter comentado suas experiências e opiniões pessoais sobre isso. Pois assim, no caso do artigo vir a ser publicado, talvez não escandalize tanto os ?fariseus?.

    As reflexões do artigo sofreram incompreensão desde o início ? apesar de seu propósito original de ?somar?. Este artigo foi rejeitado por um órgão editorial onde onde o ofereci. Negaram a publicação sem fundamentar essa decisão num argumento conclusivo.

    Pessoas escreveram ataques pessoais ao meu e-mail, ao meu trabalho e aqui neste site. A verdade é que o texto atinge dois alvos: o ego de praticantes fanáticos e inconseqüentes e o bolso de professores mal-intencionados e gananciosos que sustentam seus centros às custas dessa modalidade.

    Poderíamos todos (professores e praticantes), ter uma atitude construtiva e estar discutindo neste site uma forma de adequar o método às propostas verdadeiras do Yoga — conforme sugeri no texto — mas alguns parecem preferir investir seu tempo em queixumes e bravatas inúteis. Assim como preferem investir seu tempo e dinheiro (donos de centros, professores e praticantes) patrocinando workshops de ?gringos? que vem ao Brasil e geralmente não nos ensinam nada que se aproveite em nossas vidas, em nossos cotidianos. Ao invés disso, deveriam investir em estudos e na organização de eventos que trouxessem do mundo todo eruditos, yogis verdadeiros e sábios.

    Agradeço a todas as mensagens que engrandecem o Yoga e melhoram o nível desse debate, mas lamento não poder fazer nada além do que compartilhar o pouco conhecimento que tenho. Parece que os caminhos do Ashtanga Vinyasa Yoga estão nas mãos de ?fundamentalistas? sem fundamentos. Pessoas sem noção da realidade e sem expressão. Como nos dizeres de T.S. Elliot, ?homens ocos, carentes de sentido?.

  193. Quando li o artigo pela 1° vez tive uma reação vamos dizer até que de raiva, já depois que li pela 2° vez, já tive outra reação, começei a repensar, na terceira vez que li obtive uma opinião formada a respeito.

    A princípio, fiquei indignada com as coisas que li, porém depois observei que tudo aquilo não se enquadra a todos os praticantes do Ashtanga Vinyasa Yoga. Sou professora de Hatha e Ashtanga Vinyasa Yoga , e praticante de Ashtanga Vinyasa Yoga, e reconheço que realmente alguns professores pecam no ensino de Yoga, não só de Ashtanga Vinyasa Yoga como expecificado no texto, mas de todas as práticas de Yoga! Concordo que a maioria dos praticantes não estão nem ai para o Ashtanga Yoga de Patañjali: yama, niyama, asana, pranayama, pratyahara, dharana, dhyana e samadhi.

    Só visam o corpo e como o Ashtanga Vinyasa Yoga é uma prática intensa, que produz transpiração, queima calorias e ao mesmo tempo trabalha a musculatura corporal, muitos praticantes só estão interesados nesses aspectos físicos e até mesmo ultilizam o Ashtanga Vinyasa Yoga para competir e ver quem faz o melhor ásana, ou quem já passou da primeira série , esquecendo da verdadeira essência, virando puramente EGO.

    Atualmente, com a divulgação do Yoga no ocidente, a essência da prática ao longo desses anos tem sido deturpada.

    Krishnamacharya foi um grande guru e transmitiu o Yoga de diferentes formas para seus díscipulos, se assim podemos dizer. Tanto, que a prática ensinada por Iyengar, A.G. Mohan, T.K.V. Desikachar , Indra Devi ou Pattabhi Jois, são totalmente diferentes, pois cada um tinha uma nescessidade diferente, assim somos nós…

    Porém, não temos um guru para nos guiar, temos que por nosso discenimento buscar o que precisamos, e assim os erros são cometidos …..

    Creio que a prática deve ser feita com consciência, seja ela qual for , e não ser uma simples demonstração de ásana!

    Ásana é “sthira sukham” firmeza sem tensão, conforto sem letargia. o smples ficar de pé que temos qe ultilizar todos os das em nossa vida já é um ásana; ele não precisa ser dificil , somente deve ser feito com consciência !

    Yoga significa união! E, para isso, é preciso que durante a prática você tenha consiência plena, e a cada ásana tentar unir o pranayama(respiração), a meditação, os bandhas(contrações) e os drishtis(focalização do olhar).

    Ser um yogi não é so praticar: é viver uma vida voltada para o caminho espiritual e abdicar dos prazeres mundanos , meditar , ter uma boa alimentação ter uma prática de Yoga, seja ela qual for! (Hatha Yoga , raja yoga , bhakti yoga … dentre muitas outras)
    Antes de criticar qualquer prática , procure realiza-lá com consciência plena! assim poderá discernir o que e bom e ruim pra você ;Observe sempre seu limite e medite sobre ele , somente depois de conhece-lo e entende-lo , tente ir além …… assim poderá previnir lesões , que são muito comuns de acontecer se você não respeitar seu corpo , isso poderá trazer prejuizos graves a sua vida , e ao seu saddhana ….

    Procure a introspecção durente a prática , esqueça o mundo externo! assim poderá progredir na sua caminhada ! E se você é professor de Yoga, procure passar para seus alunos a filosofia e não só a prática. Isso irá enriquecer muito mais a sua aula, e estará ajudando a muitas pessoas a encontrarem seu dharma!

    Fico grata por ler o artigo e poder refletir sobre o mesmo. Om! Namastê!

  194. Oi Pedro,

    Que bom que achas-te as informações que passei úteis para o debate. E adorei que corrigiste os erros. Rsrsr…

    Só há uma coisa que eu acho que não disse assim e parece-me que assim fica meio com sentido diferente. Não é para conferir no Website do The British Wheel of Yoga, e sim na própria instituição, com os professores, pois no website acho que não tem aquela entrevista.

    Se te parecer relevante publica esta explicação. Senão deixa assim mesmo.

    Sigo o teu site há muito tempo. Da próxima vez que estejas por cá espero puder ir conhecer-te (desta vez só soube tarde demais).

    Beijinhos.

  195. O tal do Yoga Korunta parece nunca ter existido. É um mito do Ashtanga Vinyasa. Um daqueles mitos que surge mais ou menos assim: alguém pergunta de onde surgiu esse conhecimento, e outro alguém dá uma resposta vaga mas que parece colar do tipo: um texto antigo dos que Guruji estudou…

    Entretanto todos partem do principio que existiu mesmo, vira bola de neve, rumor, acrescenta-se “factos” e ganha até nome! Entretanto fica até dificil voltar atrás…

    Leia a esse respeito o livro The Yoga Tradition of the Mysore Palace, por N. E. Sjoman. Outra fonte credível é O coração do Yoga, de TKV Deshikachar, que fala das fontes reais do mestre Krishnamacharya.

    Outra info sobre essa “história”: o Pattabi Jois já confessou em entrevista a um conhecido professor de Yoga na inglaterra que nunca viu o tal “Yoga Korunta”, e que só Sri Krishnanamacharya o teria visto… se quiser, confirme na instituição The British Wheel of Yoga.

    Sou de Portugal, mas se publicar o conteúdo deste mail prefiro ficar no anonimato…

  196. Rodrigo fez um exposição muito interessante sobre o Ashtanga Vinyasa de Pattabhi Jois. Nao acredito que ele esteja querendo acabar com o método, expondo a sua visão e sua vivência com esta prática.

    Devemos ter um senso de reflexão daquilo que realizamos em nossa vida, vejo isso nesse artigo: refletir nao somente sobre a prática, mas sobre o que a prática está nos passando, o que estamos aprendendo com ela. Esse é o primeiro sinal de crescimento.

    Acho interessante a forma como as pessoas defendem um método, admirável até certo ponto, porém creio que os argumentos devem ser expostos com uma base sólida. O Ashtanga Vinyasa, assim como o Iyengar e o Vinyasa Flow, trazem muitas coisas boas para a prática, mas também coisas menos boas.

    Acredito eu que esses métodos são bons para os diferentes momentos da vida de cada um; mesmo para algumas pessoas podem ser para uma vida inteira, porém se pular as duas primeiras etapas que o Ashtanga de Patañjali propõe, então a prática não estará sendo realizada com a consciência, que devemos nutrir.

    Só mais um detalhe: o que pode ser bom para mim, pode não ser bom para meu aluno, ou para um outro amigo. Usar o bom senso é importante principalmente se o objeto deste debate é a reflexão.

    Hari Om! Muita paz!

  197. Resposta para o Vitor Calçavara, que nos questionou sobre a origem do Ashtanga Vinyasa Yoga.

    Sabemos muito pouco da “história” do Ashtanga Vinyasa Yoga, se é que podemos falar em “história” neste caso.

    Pela informação que circula na comunidade ashtangi, teria existido um texto, chamado Yoga Korunta, atribuído a um certo Vamana yogi. Nunca ninguém viu esse texto e não se conhecem outras obras desse autor. Em Mysore, Sharath, neto de Pattabhi Jois, disse-me que o único manuscrito desse texto foi comido pelos ratos um tempo atrás. Noutros lugares, ouvi dizer que o texto não está disponível pois fora comido por formigas.

    Diz a lenda que esse texto teria sido achado numa biblioteca do sul da Índia por Krisnamacharya, que o entregou a Pattabhi para pesquisar e praticar o que lá estava escrito. Daí, teria “ressucitado” o Ashtanga Vinyasa Yoga, vindo desde algum lugar do passado. Você pode encontrar no http://www.youtube.com um documentario mudo, que mostra BKS Iyengar praticando algo muito parecido com as séries avançadas do Ashtanga Vinyasa Yoga, datado da década de 1930, creio.

    De fato pode ter existido tal manuscrito, mas chama-nos a atenção que Krishnamacharya ou Pattabhi não tenham se ocupado de manter longe dos ratos ou formigas tão precioso documento, que fundamentaria o Ashtanga Vinyasa, e aquela relação tão difícil de compreender entre esse sistema e o Ashtanga Yoga de Patañjali.

    Alguns professores chegam a citar passagens desse livro, mas a verdade é que sempre ouvimos falar nele, porém nunca o vimos. Permanece, como muitas outras coisas da cultura de Yoga, como um “artigo de fé”. Quem quiser, acredita nesta estória. Quem não quiser, não precisa acreditar.

    Na hipótese das citações do Yoga Korunta serem veradeiras (lembro de uma frase célebre: “ó yogi, não pratique sem o vinyasa!”), segundo Georg Feuerstein, a estrutura e sintaxe de tais frases corresponde ao sânscrito clássico e não ao vêdico. Ou seja, trata-se, no melhor dos casos, de um texto contemporâneo, mais recente que qualquer outro dos textos medievais do Hatha Yoga ou o próprio Yoga Sutra.

    No entanto, com o sem Yoga Korunta, o Ashtanga Vinyasa Yoga é um método muito bem bolado, que pode render bons frutos para quem o pratique em segurança e com a atitude correta, conforme a reflexão de Tereza Freire neste texto: https://www.yoga.pro.br/artigos.php?cod=657&secao=3023. Namastê!

  198. Mais uma vez, parabenizo a atitude de publicar esse artigo no site. Pelo que entendo, este é um espaço aberto para a troca de idéias e informações. O que tem me incomodado nos comentários sobre este artigo é que, na maior parte deles, e coincidentemente nos que são contra o artigo, não vejo defesa de idéias ou de opiniões, mas sim ataques pessoais e agressões. Pessoalmente não vejo tom agressivo no artigo, vejo sim idéias e opiniões bem argumentadas.

    Seria interessante para aqueles que se sentiram profundamente magoados com o artigo, refletirem sobre o porque disso. E se realmente acham um absurdo os argumentos que estão ali expostos, canalizem a indignação de maneira produtiva e elaborem argumentos convincentes contra o artigo. Creio que isso será muito mais produtivo e elegante. Porque pelo que observei aqui, os comentários contra não precisam de contra-argumentação, eles, por si só, revelam uma grande fragilidade.

    Não confundamos debate de idéias com agressões pessoais. Shanti, shanti, galera!

  199. Cara Melissa,

    Esqueci de responder uma pergunta que você fez no seu comentário de 12 de julho: não deixamos de publicar nenhum comentário desfavorável ao artigo do Rodrigo. Excepcionalmente, pois não é a nossa regra publicar insultos contra os autores, resolvemos liberar os comentários grosseiros, dada a ausência de outros com argumentos válidos, que pudessem elevar o nível do debate.

    Em nenhum momento, Melissa, tive a intenção de ridicularizar você. Ridicularizar você seria desqualificar ou insultar a sua pessoa, coisa que nem o Rodrigo nem eu fizemos nas respostas (que aliás, não foram “combinadas”, como você sugere).

    Desculpe se minhas palavras feriram sua sensibilidade. O meu foco não ficou na sua pessoa, mas no debate das idéias e nos questionamentos que este texto levanta, e nos esclarecimentos pontuais e necessários para o benefício de todos os leitores.

    A bem da verdade, você não deveria se angustiar tanto com esta questão. A sua felicidade não depende da prática que você faz, mas do quanto você conhece sobre si mesma e sobre seu papel no mundo.

    Concordo plenamente com suas palavras: quem cala consente. Aguardamos a manifestação dos professores de Ashtanga Vinyasa que você gentilmente convidou, para ampliar este debate. Muito obrigado pela sua colaboração. Namastê!

  200. Antes de mais gostaria de dizer que não sou professora de Yoga nem sinto que tenha conhecimentos suficientes sobre esta filosofia milenar que me permitam manifestar uma opinião avalizada sobre o conteúdo do artigo do Rodrigo. No entanto, não quis deixar de fazer um reparo à polémica gerada em torno deste.

    É impossível não reparar no contraste entre o artigo do Rodrigo, que expõe de forma rigorosa, simples e elegante a sua posição sobre o Ashtanga Vinyasa Yoga, e a agressividade gratuita e falta de educação manifestada por algumas das pessoas que comentaram o artigo dele.

    É gritante a diferença entre a serenidade e conhecimento demonstrados pelo Rodrigo, e a descarga emocional quase irracional que o artigo provocou em alguns professores que aqui comentaram (talvez por no fundo encontrarem alguma verdade nas palavras do Rodrigo, que os queimou como ferro em brasa no fundo dos seus egos…)

    Chocou-me particularmente o comentário do Tarik. É ridículo chamar de “imbecil” um colega só porque este manifestou uma opinião diferente da dele, e de o ver usar uma linguagem vulgar e insultuosa, completamente despropositada e desproporcionada à situação.

    Este tipo de situações permite-nos avaliar quem são de facto os verdadeiros yogis; quem procura transportar o Yoga para fora da sala de prática e do tecnicismo cego, tendo sempre presentes os yamas e niyamas, e consegue manter a serenidade e o equilíbrio mesmo quando é agredido e insultado, como foram aqui o Professor Rodrigo e também o Professor Pedro que, como sempre, demonstrou a sua superioridade de espírito e imensa equanimidade.

  201. Parabéns pela discussão deste assunto. Na pequena foto, já é possível avaliar a aberração nos ajustes. Lamento tudo o que aconteceu contigo, Pedro. Um grande abraço! Fátima.

  202. Quando comecei a praticar Ashtanga eu achava que aquilo que iria me fazer progredir no caminho do Yoga já que era uma solução que estava pronta: ou seja, era só fazer a série com persistência que “tudo aconteceria”.

    Este modo de pensar fazia com que eu me preocupasse muito com o número de ásanas(ficava com raiva quando algum era cortado), não via sentido na aula guiada e achava a meditação inicial irrelevante.
    O meu professor sempre citava o Ashtanga de Patanjali e procurava descrever os angas de forma sucinta durante a meditação.

    Como sempre fui muito curioso, resolvi estudar os textos de yoga. “O Coração do Yoga” de Desikachar foi fundamental para a mudança da minha mentalidade. Fiquei impressionado com a riqueza filosófica dos sutras de Patanjali: ele criou uma verdadeira anatomia da consciência humana. A meditação e os estudos fizeram com que eu me voltasse para os aspectos mais relevantes da prática que, ao meu ver, são a regularidade e profundidade da respiração e a concentação e percepção das reações mentais.

    Gosto muito da prática de Astanga Vinyasana Yoga: é intensa, vigorosa e as séries são muito bem construídas. Mas para mim não é suficiente, pois descobri que o Yoga vai muito além disso. Acho interessante esta discussão que estamos tendo aqui: as críticas e julgamentos são fundamentais para quem quer aprender um pouco mais sobre Yoga, desde que não haja ofensas e desrespeito.

    É claro que existem instrutores de Astanga Vinyasana Yoga que não se interessam em criar uma curiosidade nos alunos a respeito das raizes do Yoga e não aceitam questionamentos é . É muito mais fácil dizer: “Este é o Ashtanga Vinyasana Yoga, pratique e tudo acontecerá”.

    No entanto eu me pergunto: Será que se o Ashtanga criado por Pattabhi Jois fizesse menção aos angas do verdadeiro Ashtanga de Patanjali ele teria tanta penetração nos E.U.A.? Será que os yamas e niyamas são compatíveis com o “american way of life” onde ter é mais importante do que ser?

    Um abraço a todos.

    Flávio
    Obs: Sou aluno do Rodrigo e posso garantir a sua idoneidade. Aprendi muito com ele nesses dois anos de convivência. Procuro não faltar às aulas pois sei que ele sempre tem algo novo a acrecentar.

  203. Xingem, esperneiem, gritem, chorem, descabelem-se, não se conformem, questionem…

    O despertar é doloroso, mas libertador!

    Om Tat Sat!

  204. Namaskar!!! Sou professora de Ashtanga e achei o artigo muito bem elaborado, desde os conceitos da prática, dos angas (corpos) até as reflexões sobre como ela pode levar o praticante à meditação. Particularmente vejo a prática de ashtanga vinyasa yoga como uma meditação em movimento. Todos os “detalhes” (Ujjayi, Dristis, Bandhas, Vinyasas, Série – seqüência em que uma postura prepara para a outra…) levam o praticante a ter consciência de Si Mesmo, de que não é o mesmo a cada dia, pois a prática de uma mesma série leva a isso.
    Com o tempo de “prática pessoal” acontece o mergulho profundo num estado meditativo mesmo. Mas, além disso, a meditação é essencial para qualquer pessoa, que pratique ou não yoga. O hatha nos prepara para a meditação. O objetivo do yoga é a meditação, não podemos esquecer disso nunca.

    Agora, perder tempo com geo-sentimento, com discussão sobre qual é a melhor é o mesmo que acrediitar que um determinado Deus é melhor do que o outro. Aquilo que está num território que não é o meu/o conhecido, é sempre atacado, uma defesa/característica humana que precisa ser muito observada e trabalhada, pois as guerras nascem aí…Afinal, Yoga quer dizer União. Somos todos Um. Om. Shanti, shanti, shanti.
    Mrinalinii

  205. Rodrigo,

    Esse é o melhor texto sobre Ashtanga vinyasa Yoga que já li. Está criando toda essa polêmica porque é perfeito e não deixa possibilidades de defesas para o Ashtanga como se pratica. Deixei de praticar Ashtanga e comecei a praticar Vinyasa Flow, exatamente por causa de tantos aspectos negativos, mas fico exultante em saber que há alguém que aborde assim a técnica e a teoria, oque considero mais importante.

    Há inúmeras publicações no mundo sobre o tema, mais sempre com a mesma ladainha e blá-bla-bla- favorável . Você deveria traduzí-lo para outros idiomas para as pessoas terem a oportunidade de acordarem ou ver sacudidas suas crenças. Muita paz e parabéns!

  206. Sou praticante de Ashtanga e fiquei indignado com as respostas raivosas de meus colegas “ashtangis”. O ahimsa deve estar presente sempre, e se não está em nossas palavras nem pensamentos, também não estará nos asanas. Gostei muito do artigo e entendo que ele sirva não só pro Ashtanga mas também para outras práticas que vêm do Hatha. As lesões podem acontecer em qualquer prática intensa, mas devemos lembrar que sempre somos nós mesmos os responsáveis por elas. A atenção que colocamos na prática é que diferencia uma prática saudável de uma perigosa.
    Certamente na próxima semana volto às minhas aulas com outra atitude. Gosto do Ashtanga justamente porque a sequência definida permite manter o foco interior, ao invés de ficar pensando em qual ásana farei em seguida.
    Tenho uma pergunta: a sequência de Patabhi Jois não foi ensinada antes por Krishnamacharya? Um abraço a tod@s e tudo de Om!

  207. Pedro Kupfer, se você tiver a honestidade de publicar isso eu agradeço. Ninguém vai fazer nada a respeito? Esse sujeito esculhambou o Ashtanga Vinyasa Yoga. Passou um atestado de idiota aos professores e praticantes. Que petulância. Não tenho conhecimentos suficientes para ficar discutindo. Principalmente porque parece que o Pedro Kupfer e o Rodrigo Carvalho que se juntaram para me ridicularizar no site com respostas combinadas.
    Mas há grandes professores de Ashtanga que podem fazer algo. Podem inserir comentários com opiniões que defendam o Ashtanga, ou mesmo discutir em paridade com os dois. Por favor façam algo pelo Ashtanga, se vocês ficarem calados, será como que comprovar essas opiniões. Quem cala consente.

    Precisamos que pessoas avalizadas se pronunciem a favor do Ashtanga. Que esse apelo chegue aos principais centros de Ashtanga do país e desperte os grandes professores de Ahtanga, pessoas avalizadas que podem defendê-lo dessas pessoas e suas opiniões. De fato já enviei um e-mail a todos os grandes centros que conheço pedindo o mesmo. Mas estou colocando isso aqui no ar pois posso ter esquecido de alguém. Namastê!

  208. A todos:
    Estou estupefacta (e muito contente, por sinal) com a repercussão do artigo e com a reação agressiva das pessoas – o que só confirma nossa natural (por sermos humanos, imperfeitos) tendência ao julgamento, à agressividade e à repulsa diante de tudo aquilo que nos incomoda, que nos tira o chão. Sobretudo quando aquilo que “puxa o nosso mat”, numa ótima imagem que a colega praticante colocou, vem de um texto que revela uma profunda pesquisa no campo do Yoga Clássico.
    Aproveitemos o artigo e as pulgas atrás da orelha pra praticarmos Yoga: observação interna, aprendizado, ahimsa, discernimento, compaixão, crescimento…
    Fica cada vez mais nítido pra mim o quanto a prática do Ashtanga Vinyasa pode às vezes alimentar nosso (me incluo) comportamento competitivo, e consequentemente nos jogar cada vez mais dentro dessa roda da vida, em vez de nos permitir olhar pra ela, observarmos sem nos sentirmos parte dela…

    Criticar o texto do Rodrigo alegando que ele provavelmente não consegue fazer asanas é triste. Eu a princípio pensei em chamar de “ridículo”… mas não, não é ridículo, é triste, porque é isso o que fazemos (me incluo novamente…) quando algo ameaça nosso lugar seguro no mundo: nós tentamos ofuscar, seja com que estratégia for, a força de tal ameaça. É, infelizmente, a típica mentalidade “ganhador-perdedor”, que, repito, seria risível se não fosse trágica, já que é assim que nossos valores são construídos e assim somos condicionados todos os dias. E em vez de levarmos a libertação (de amarras, de preconceitos, de julgamentos) que vivenciamos no Yoga para a vida, insistimos em levar nossos condicionamentos pro Yoga.
    Bem, isso também é Yoga, a vida é mais yogika que o próprio Yoga (risos)… Afinal, controlar o ego, as frustrações e as incertezas durante os 90 minutos de prática de ásanas é fácil. Conhecer o ego na relação eu-outro-eu, é o grande desafio, e quando vislumbramos isso, talvez estejamos em estado de Yoga.
    Continuemos nos conhecendo mais e mais com esse debate! Eis aí mais um mérito do artigo!!!

  209. Caro Rodrigo,
    Foi muita coragem escrever um texto tão franco, Há quase quatro anos fiz dois meses de aulas com você, quando você estava começando a dar aulas, lembra? ( um aluno que era ex-professor que tinha dado aulas de Hatha-yoga ). Estou morando agora no Chile e visitando a família, tive a grata surpresa de ver esse artigo no http://www.yoga.pro.br.
    Você dissecou o Ashtanga Vinyasa Yoga com muita eficiência, e relatou os absurdos que acontecem neste meio, conforme já conversávamos. Ashtanga Yoga é uma mina de dinheiro. O Yoga da moda, e infelizmente as pessoas criaram um padrão globalizado de dar aula. Concordo plenamente, o Ashtanga moderno é muito diferente do de Patanjali. Muito pobre, se é que podemos comparar.

    O mais triste é que as pessoas não mudam. Enquanto der dinheiro, continuarão assim. Vários professores de Hatha, “correram” para o Ashtanga quando começou a ficar popular. Uma pena, o pior são essas pessoas. As mais hipócritas, pois sabem que o sistema tem muitos “furos” e foram atrás de grana.

    Existem professores inocentes, que não sabem nada mesmo de Yoga, então não percebem nada. Mas há também aquelas que sabem e não fazem nada. Essas são o atraso do Yoga. Muita paz. Um abraço para você e Hadesh!

  210. Prezado Tarik,

    Tudo bem? Muito obrigado pelo seu comentário. Até agora, infelizmente, não tivemos uma discussão profunda por parte de alguns ashtangis sobre as questões que o texto do Rodrigo coloca.

    Respeitamos sua opção em acreditar que o Ashtanga Vinyasa seja diferente e/ou melhor que o Hatha Yoga mas, olhando de perto, as diferenças não são tão grandes assim. A bem da verdade, o Ashtanga Vinyasa Yoga é uma das muitas formas contemporâneas do Hatha, talvez o filhote mais novo desse venerável e antigo sistema, muito embora isso possa desagradar você.

    Sua postura me lembra a dos anti-semitas que não aceitam e ficam indignados ao saber que Jesus era judeu. Por mais que isso seja duro para quem não gosta de judeus, é um fato: Jesus era um judeu, filho de judeus. E opiniões disparatadas não modificam a realidade dos fatos. Só revelam a fragilidade emocional de quem as sustenta.

    O tempo passa e ninguém é poupado de envelhecer. Seu ímpeto juvenil em elogiar e defender o Ashtanga é muito nobre, mas poderia incluir uma certa compaixão em relação aos “velhos e doentes”, pois provavelmente, em mais algumas décadas, você será um de nós: velho, doente e com dores pelo corpo devido às práticas, como eu sinto diariamente.
    E, por mais que essas formas de “Yoga para doentes” lhe pareçam hoje “ridículas”, elas ajudam bastante na hora de surfar com a minha coluna fraturada e minhas três hérnias, como faço diariamente. Essas lesões foram produto dos ajustes desastrados do Pattabhi e Sharat em Mysore. O professor americano Richard Freeman, outro “velho doente”, teve lesões similares às minhas, ao receber os mesmos ajustes nos mesmos ásanas.

    Nós gostariamos que houvesse mais debate de idéias do que insultos e impropérios dirigidos à pessoa que fez estes questionamentos. Aguardamos suas reflexões, se você considerar que poderia contribuir com algo mais construtivo. Muito obrigado! Fique em contato, por favor, pois sua opinião muito nos interessa.

    Abraços.

  211. Esse artigo é uma grande porcaria. Ashtanga é a maior modalidade de Yoga do mundo. Se não fossem pessoas como Pattabhi Jois, só teríamos a opção de praticar aquela modalidade ridícula que é o Hatha-yoga, para velhos e doentes. Você é um grande imbecil, por dizer que dá aulas de Ashtanga. Ninguém sério faria aula com você, mesmo que fosse o último professor existente.

  212. Cara Haydeé,

    Obrigado pela sua mensagem. Dou-me o direito de respondé-la, já que você me menciona diretamente em seu comentário e considero que sua colocação merece uma resposta esclarecedora da minha parte. Vamos por partes:
    1) Acredito que o fato do Rodrigo ser um bom praticante e/ou um bom professor independe do fato dele ser conhecido por você ou seus colegas, ou dele ser famoso ou visível na comunidade do Yoga. Infelizmente, esse pré-conceito contra os yogis da terrinha se espalhou como fogo na palha e muita gente acredita que “os gringos são melhores”. Conheço alguns professores aqui no Brasil absolutamente competentes, realizados e sábios, que não ficam devendo nada para os mais sábios professores da Índia ou qualquer outro lugar do mundo.

    2) Sobre o fato de eu ter ministrado aulas de Ashtanga Vinyasa Yoga e parado uns anos atrás, farei aqui algo que não havia feito publicamente antes: explicar os motivos que me levaram a deixar o Ashtanga Vinyasa de lado.

    Quando fui para Mysore tinha uma coluna vertebral inteira Dois meses depois, retornei de lá com uma espondilólise (fratura vertebral no cóccix), uma espondilolistese (perda de estabilidade na base da coluna) e três hérnias de disco na região lombar, produto de ajustes malfeitos, excessivamente fortes e na direção errada pelos meus professores lá: Sri K. Pattabhi Jois e Sharath Rangaswami.

    Além disso, fiquei indignado com o culto à personalidade do “Guruji”, os beijinhos mandatórios na boca das alunas, e o molestamento sexual público dentro da sala, em que o referido professor humilhava as alunas tocando-as da forma mais imprópria. É isso.

    Por um bom tempo, optei por calar, mas agora que tomei distanciamento desses fatos, não vejo o porquê de continuar em silêncio, já que vejo muita gente voltado frustrada, ferida, humilhada ou lesionada de lá.

    Não estou querendo com este texto, Haydeé, desqualificar a prática do Ashtanga, que considero muito boa em si, mas esclarecer as perguntas que você faz em sua cartinha. Continuo achando que a prática do Ashtanga Vinyasa Yoga é ótima, embora inadequada para todos os biotipos. Como, pessoalmente, não tive mais condições de praticar daquele jeito, optei igualmente por parar de ensinar o método, já que não achei que seria honesto ensinar algo que não estava praticando.

    Um abraço e boas práticas para você! Harih Om!

  213. Rodrigo,

    quem é você? Páre para refletir.Quem te conhece. Alguns dos maiores professores de Yoga do mundo ensinam como Pattabhi Jois ensina. Yoga é aprender a compreender seu lugar no mundo. Pense qual é o seu. Cresça e apareça. Vc não é ninguém, um nada. Nunca ouvi falar de sua pessoa. Como acha que tem capacidade de criticar um método bem construído. Repense mais algumas vezes nos resultados do que escreveu. Muita gente pode ser prejudicada.

    Me admira que Pedro Kupfer, um dos mais respeitados professores do Brasil coloque na internet um artigo como esse.Por isso não dou confiança para professores de Yoga brasileiros. Afinal, ele não dava aulas de Ashtanga? Que ironia!

  214. Cara colega,

    Obrigado pela sua mensagem. Como, pessoalmente, não considero que o número de ásanas executados tenha a ver com crescimento interior, não sei qual seria a vantagem em saber qual série pratico. Isso não é importante, o principal é como se pratica. Meia dúzia de asanas feitos com consciência trazem mais resultados do que as seis séries. Mas se você quiser saber, completei a segunda série no passado pois tinha extrema facilidade com o corpo e muito ímpeto. Como era muito tranqüilo e fluido para mim praticar, comecei a fazer numa série adaptada todos os ásanas da terceira que minhas aptidões permitiam, excluindo os vinyasas e asanas que não conseguia. Foi quando cai em mim e vi que aquilo não me levava a nada. Que deveria gastar mais tempo com meditação, minhas duas filhas, a jardinagem, etc.

    As séries, mesmo com discernimento, não mudarão nada extraordinário em sua vida, acredite.Talvez lhe inflamem o ego e lhe desviem do caminha. Quando pratico Ashtanga, hoje que estou mais gordo e sem flexibilidade e força, faço a primeira série pois é mais que suficiente. Apesar disso estou ensinado aos alunos mais antigos a segunda em doses homeopáticas. Só para alunos e com estudo dos sutras e dos angas junto. Com meditação, pranayamas,yamas e niyamas. Como deve ser uma aula de yoga na minha opinião.

    Não tenho formação acadêmica. Aos quinze anos larguei a escola, para desespero de meus pais e fui fazer artesanato e viajar pelo Brasil. Não achava que a escola podia me ensinar nada de útil para a vida. Quanto a formação em Yoga, vou te deixar sem essa informação, pois trabalho muito diferente de quem me ensinou e pelo teor de meu artigo, poderia expo-los de alguma forma. Portanto, para proteger meus professores, não lhe direi isso aqui. Obrigado pela compreensão.
    Namastê

  215. Sou professora de Ashtanga Yoga e prefiro não me identificar por nome. Moro na mesma cidade do autor. Confesso que essa matéria tirou meu chão. Sinto como se tivessem puxado meu Mat. Ainda não compreendi se isso foi bom ou ruim. A impressão do texto foi muito forte em mim, aceita-lo é como reconhecer que tudo que aprendemos sobre nossa prática é ilusão. Por outro lado, fica difícil discordar de qualquer coisa. Parece uma facada. Quando li o texto até certa parte, tive ódio do tal Rodrigo Carvalho, pela maneira como criticava tudo oque ensinamos. Depois, ao aprofundar-me mais no texto fui começando a ficar mais calma, pois nunca li nada tão profundo a respeito das técnicas. Chega a ser poética a forma como descreve a prática. O texto sobre vinyasa é o melhor que já li a respeito. Meus sentimentos em relação ao que li são dúbios. Não sei ainda se essa pessoa é boa ou ruim para o nosso estilo. Se vocês puderem enviar para ele essas perguntas agradeço:

    Rodrigo qual é sua formação em faculdade.?

    Qual é em yoga?

    Qual série você pratica?

  216. Cara Paula,

    Volto a citar a ponderação de Paulo de Tarso: “Examinai tudo e retende oque é bom”.
    Reflita, examine, use a intuição, o coração e o bom senso.
    ! Namastê! Luz no seu caminho.

  217. Olá,

    Li o artigo do site yoga.pro.br e achei o texto muito legal e muito bonito. Acontece que sou iniciante e meu professor diz que tudo que está escrito lá são mentiras. Que deve haver uma frustração do autor por não conseguir praticar os asanas direito. Em quem e em que eu confio?

    Um abraço.

  218. É por isso que temos que ter cuidado com os títulos que acabamos dando aos professores. Bons professores de Yoga, são bons professores, mas existe uma grande diferença entre um professor e um Guru.
    Como simples professores ainda estamos no ínicio do caminho e sujeitos a erros, pois somos humanos. Assim como Jois e outros mais, famosos ou não.
    Bem colocado pelo Pedro, é preciso atenção com as reverências “às cegas”. É preciso estudar, perguntar e pesquisar a fundo a vida dos nossos “mestres”!
    As vezes podemos quebrar a cara, as vezes batemos na porta certa!
    E como diz um amigo meu, “o Yoga continua”! Harih Om!!

  219. Namaste!

    Rodrigo foi muito feliz no seu artigo. Expressou-se com clareza e lucidez sobre o assunto desenvolvido. Com certeza esse texto e os respectivos comentários (principalmente os do prof.Pedro Kupfer), colocarão “pulgas atrás das orelhas” dos praticantes e instrutores de Ashtanga Vinyasa Yoga, o que é muito válido. Desejo que esse texto e seus comentários cheguem aos sentidos de todos os praticantes de Ashtanga Vinyasa Yoga. Que o debate continue com luz, paz, respeito e discernimento. Harih Om

  220. Cara Melissa,

    O Ashtanga Vinyasa Yoga não é uma prática milenar. Quem lhe disse isso está equivocado. A prática de asanas do Hatha-Yoga (do qual o Ashtanga Vinyasa é apenas uma abordagem), só começou a apresentar alguma organização, sistematização e sofisticação a partir do séc.V d.c. Antes disso, não há documentação que comprove algo consistente. Ashtanga Vinyasa tem algumas décadas.

    Reverencio as obras dos homens, suas ações, seus ensinamentos e devotamento ao dharma. Os títulos são apenas convenções humanas. Um nome pomposo não enobrece um homem indigno, assim como uma crítica ou ausência de títulos nada mudam na vida de alguém virtuoso. A propósito, a única coisa de que Pattabhi Jois é portador é da patente ou registro de sua marca registrada: Ashtanga Vinyasa Yoga. A tradição do Ashtanga começa em Patanjali e segue por onde quer que seja respeitada e praticada. Você é bem vinda ao nosso centro para conversar amigavelmente sobre Ashtanga Vinyasa Yoga ou Ashtanga Yoga de Patanjali.

  221. Cara Melissa,

    Desculpe pela demora em liberar seu artigo. Você postou ele 24 horas atrás, e eu não tenho disponibilidade para entrar na administraçao do http://www.yoga.pro.br todos os dias, pois dou aulas e viajo bastante.

    Nós não somos tendenciosos, como você insinua, mas nos reservamos o direito de não publicarmos comentários insultantes, informações falsas ou equivocadas, ataques pessoais aos autores, ou críticas não fundamentadas, como você leu na nossa página ao postar seu comentário. Seu comentário não é desfavorável, como você coloca. Seu comentário apenas expõe um ponto de vista diferente daquele do autor.

    Têm neste mesmo website vários artigos que falam sobre o Ashtanga Vinyasa Yoga e teremos muito prazer em publicar um texto seu, se quiser escrever, nos ensinando sobre a sua experiência com esse Yoga.

    A bem da verdade, o Ashtanga Vinyasa Yoga não é uma prática milenar, como você erroneamente coloca em seu comentário. Você comete a equivocação, como muitas pessoas fazem, de confundir o método de Yoga físico ensinado pelo senhor Jois, com o Ashtanga Yoga de Patañjali, conhecido como Yoga Clássico, que data de aproximadamente 2200 anos atrás.

    Esses dois sistemas, como Rodrigo corretamente coloca neste artigo, são totalmente diferentes. O de Patañjali é de fato o Yoga milenar, e o de Jois, apenas um seqüenciamento de posturas de Hatha Yoga que não aparece em nenhum dos textos tradicionais sobre o assunto e que de fato não deve ter mais do que um século de existência, no melhor dos casos.

    Agora, se você me permite, lhe darei minha impressão pessoal sobre o senhor Jois, a quem conheci no ano 2001. No meu breve convívio com esse “guru” em seu lar-escola de Mysore, fiquei com asco de uma cena que testemunhei em repetidas ocasiões: ele introduzia seus dedos no orifício anal das alunas, ao que parece, “para verificar a correta execução do mula bandha”. Quando não há aquiescência de ambas as partes para que um intercurso sexual aconteça, como neste caso, isso é chamado de abuso sexual em qualquer lugar do mundo. Isso não é feito por mestres.

    Não existe um teste para verificar o grau de iluminação dos seres humanos. No entanto, pessoas normais, dotadas de um mínimo de auto-controle e ética, não fazem tais coisas. Iluminados, muito menos. Pessoalmente, não acredito que essa pessoa seja um mestre, mas uma alma que ainda tem um longo caminho pela frente antes do samadhi.

    Antes de reverenciar cegamente alguém com o entusiasmo que você mostra, certifique-se de que se trate de fato um mestre de verdade, para não correr o risco de cair no fundamentalismo vazio, ou para evitar se tornar mais uma vítima de abuso sexual.

    Saudações.

  222. Vocês não vão publicar minha mensagem? O que que é isso? Só mensagens favoráveis? Não sabia que vocês eram tão tendenciosos. Estou chocada com o http://www.yoga.pro.br colocar esse artigo e ainda por cima não publicar comentários desfavoráveis. Quantos mais vocês não publicaram? Assim fica tudo muito bonito não é? O autor aproveita para esculhambar um trabalho sério de Yoga, vocês colocam isso no site e quando a gente critica ninguém dá atenção.

  223. Namaste. Yoga não é exercício físico. Foi oque Ashtanga Yoga se tornou. Incrível que tenha sido criado na India e não nos Eua. Esse tipo de abordagem do Yoga é comum lá. Superficial como tudo o que fazem. Talvez por isso seja tão popular por lá. Um yoga-fitness perfeito para nos manter em forma. Mas com a cabeça vazia de consciencia. Parabéns ao autor por trazer a luz às entranhas do Ashtanga. Om Shanti!

  224. Namastê. Meu nome é Melissa e moro também em Bh. Gostaria de saber qual é o endereço de onde o Rodrigo dá aulas, pois não vou passar nem na porta.

    Como ele tem coragem de se referir assim á uma prática milenar. Não tem respeito ?

    Oque ele quer, auto-promoção? Procure a revista contigo, caras, quem.
    Não esqueçam é Shri Krishna Pattabhi Jois. Como ele pode falar assim de um guru vivo. Do portador da tradição do Ashtanga Yoga.

    Lamentável esse texto, lamentável a atitude de colocá-lo na internet. A propósito quando ele diz no texto Paulo de Tarso está se referindo á São Paulo? Esse moço não respeita ninguém mesmo não é ?

  225. Gostaria muito que esse texto fosse encaminhado ao Rodrigo Carvalho, autor do texto “Repensando o Ashtanga Vinyasa Yoga”. Bom, minha primeira aula de Ashtanga fiz com o Rodrigo, tempos depois tive a sorte de poder praticar com Cristiane, sua esposa. Atualmente (e infelizmente) meus horários não me permitem estar com eles, mas sempre tenho a preocupação de levar tais ponderações para minhas práticas de Ashtanga. Mesmo quando os professores com os quais pratico insistem nas minúcias do alinhamento físico (que também são importantes), busco sempre por em prática o muito que em pouco tempo pude aprender nas aulas da Cristiane. Bom, sobre o texto, eu o recebi por e-mail, e gostaria de saber se há outros artigos. O texto é muito bem escrito – sobre todos os aspectos. A linguagem é clara, didática, sem perder com isso a propriedade sobre o assunto discutido – que é no mínimo complexo. E o assunto é de extrema pertinência. Parabéns aos dois – por tudo o que fazem em nome do yoga e da melhoria de tudo que está à nossa volta! Om Shantih!

  226. Caro Rodrigo, Namastê! PARABÉNS! Sou professor de Yoga em Petrópolis/RJ e há alguns meses atrás introduzi meditação em todas as minhas aulas (o que fazia esporadicamente), justamente por considerar que as aulas estavam técnicas demais. Me frustrava perceber que os alunos iam para suas casas sem saber que estavam entrando em contato com um caminho espiritual, ignorando o poder transformador do Yoga. Seu artigo veio de encontro às mudanças em minhas aulas e em mim mesmo, como praticante e instrutor. Obrigado e parabéns pela profundidade e riqueza de seu artigo. Om shantih!

  227. Por favor enviem essa mensagem a quem escreveu a carta-bomba sobre o Ashtanga. Até que enfim, cheguei de viagem e tive a grata surpresa de ler isso.Nunca tinha lido nada sério a respeito de Ashtanga.
    Pratiquei durante quase três anos até ter o desprazer de ir a Mysore. Pattabhi Jois é um homem boçal. Eu me desiludi completamente com essa modalidade de Yoga, com as pessoas que o praticam, com as coisas que aprendi a respeito. As matérias que li no começo me iludiram, me fizeram acreditar numa “aventura de Yoga”, num Yoga que transforma profundamente. Só o que nos dizem é “pratique e tudo acontecerá”. Como um passe de mágica. O que aconteceu comigo foram lesões e desilusões. Fiquei muito decepcionado quando fui a fonte do Ashtanga Yoga. Minha viagem a Índia só se salvou pois descobri o Yoga Mandiram do filho de Krishnamacharya, TKV Desikachar, e assim compreendi que o Yoga não era aquilo. Gosto de praticar uma prática mais forte. Talvez se tivesse lido antes esse artigo, teria encontrado uma saída e não teria largado o Ashtanga. Fico muito satisfeito de que existam pessoas que ousam sair do comum . Provavelmente, alguns praticantes não vão ler este texto, pois são alienados demais para freqüentar o http://www.yoga.pro.br, e aqueles que lerem ainda devem estar chocados demais para formar opinião e ainda devem estar juntando os caquinhos de suas conviccções bobas. Túlio Mauro.

  228. Parabéns pelo artigo. Desde que o li, ando pensando sobre o assunto. Não sei como encarar a prática a partir de agora. Tudo o que você escreveu me tocou, mas parece que agora tenho um novo problema, antes eu praticava o Yoga que adoro, sem ter que pensar. Agora já não consigo encara-lo da mesma forma. Também não quero parar de praticar. O que devo fazer?

  229. Rodrigo, obrigado pela sua necessária reflexão, e por nos trazer este questionamento tão importante. Namastê!

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