Nisargadatta é nos meus olhos um dos maiores mestre do século XX. O que o torna tão grande é principalmente sua enorme capacidade de tudo que lhe foi perguntado mostrar como sendo construído de conceitos, e através de sua inutilidade fazê-los desmoronar até que eles cheguem ao chão. Não importa o que o aluno ou discípulo sugeria, Nisargadatta mostrava que aquilo se reduzia a um apoio a idéias, e ele indicava a origem delas, a semente delas.
Uma das citações mais ouvidas no caminho da iluminação seja talvez a do ‘abandono do ego’. Mas o que se quer dizer com isso? Não se fala aqui da forma ‘bruta’ do ego, isso levaria a uma porta escancarada. Com efeito, a forma egoísta e evidente, como no exemplo ‘primeiro eu e o resto que se dane’, é na verdade por todo mundo rejeitada (em todo caso quando isso vale pra outra pessoa) mesmo que ele não se encontre num caminho espiritual.