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Opostos

Yin e yang. Amor e ódio. Positivo e negativo. Forças opostas e ao mesmo tempo complementares, dois extremos de energia. O princípio de yin e do yang - os elementos masculino e feminino da natureza - é o princípio básico de todo o universo. Fonte da vida e da morte.

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Yin e yang. Amor e ódio. Positivo e negativo. Forças opostas e ao mesmo tempo complementares, dois extremos de energia. O princípio de yin e do yang – os elementos masculino e feminino da natureza – é o princípio básico de todo o universo. Fonte da vida e da morte.

O que nos instiga? O que nos paraliza? O que nos move? Buscamos fora o complemento para o imenso vazio do ser. Pessoas juntam-se em tribos, comunidades do mundo virtual ou “real”. Isto as torna protegidas e inseridas num contexto, verdadeiros “avatares” pós-modernos. Elegemos nossos ícones e estar entre eles nos torna legítimos. Muitas vezes as escolhas do ego se distanciam demais da nossa essência, e nos vemos em armadilhas, buscas inalcansáveis, não porque são elevadas, mas porque são distantes.

Retroceder para avançar, tracionar para torcer, perder para ganhar, faz parte do jogo, o mahalila. O verdadeiro desafio é se reinventar, ir contra o estabelecido. Buscar o oposto, o difícil e não o lugar seguro. De acordo com Nietzsche, “quem não pode obedecer a si mesmo será comandado”. E é isso o que se vê: poucos líderes, muitos seguidores, nenhuma consciência.

Nessa eterna busca por identidade me identifiquei com práticas de ásanas porque o corpo sempre foi um canal de expressão para mim. Daí práticas “intensas” e estéticas, com forte presença do ego. Continuei identificada com o corpo, minha força era muito clara ali mas não me desligava de condicionamentos e vícios.

Apesar da boa intenção isso te leva a algo próximo de moska? A resposta é sim se no caminho você se depara com um desvio e se deixa levar. Ali fica claro que o equilíbrio estava no oposto. Talvez a prática reveladora para alguém atlético e ansioso seja mais sutil, com desafios que não estão ao alcance do corpo.

Agora tenho claro que o corpo não é um fim e que a forma saudável não tem relação alguma com o auto-conhecimento. O corpo não pode ser super valorizado e tão pouco negado. Vou usar esta ferramenta “perfeita” para buscar o “perfeito” em mim. A perfeição de valores simples e a sabedoria para considerá-los supremos.

Karina Abicalil é carioca, designer e pratica Yoga há 5 anos. Em 2008 concluiu o primeiro módulo do Curso de Formação com Pedro Kupfer. E-mail para contato: kabicalil@gmail.com.

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3 respostas para “Opostos”

  1. Namastê. Muito bom, Ka! Que dancemos sobre os opostos e que a verdade sobre nos mesmos seja revelada. Parabéns. Hari Om. Claudia.

  2. Feliz que pode observar sua bela transformação. Força marcante e doçura de ser. Que os opostos venham… Só PLENITUDE! Harih Om, querida.

  3. Lindo Karina! Parabéns pelo texto! Que no caminho possamos, apesar dos opostos, encontrar nossa própria forma, svarupa! Harih Om! Elisa.

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