O leitor atento deve ter percebido que a intenção deste colunista é trazer a atenção da comunidade dos praticantes e professores para os contextos culturais e filosóficos onde o Yoga aconteceu no passado e está acontecendo no presente. É sabido que uma parte da nossa comunidade sempre manifestou uma tendência a se focar quase que exclusivamente nos aspectos corporais e superficiais da prática de Yoga, em detrimento da apreciação do Yoga como a visão libertadora que ele é, e da forma de vida que está implícita nessa visão.
Assim, observando a maneira em que olhamos para o que somos e fazemos, este autor percebe certa falta de senso crítico e autocrítico, em relação ao papel que o Yoga e os praticantes ocupamos na cultura da atualidade. Porque praticamos? O que significa ser yogi hoje? O que nos move em direção ao Yoga? Qual é o nosso papel na ordem social?
Yoga ontem, hoje e amanhã.
Se não soubermos responder adequadamente estas questões, tenho a sensação de que deixaremos um Yoga rebaixado, diluído ou distorcido para as gerações vindouras, além de sermos mal-interpretados ou incompreendidos pela geração atual. A maneira em que olhamos para o presente do Yoga determina, entre outras coisas, como será seu futuro.
Andamos alguns passos desde que o Yoga chegou no Brasil há algumas poucas gerações. A visão infantil que tinhamos nas décadas de 1970 e 1980 deu lugar a uma apreciação bem mais ampla do Yoga, graças à globalização e a facilidade com que atualmente são feitas as viagens para a Índia, onde é possível encontrar ótimos mestres e professores.
No entanto, ainda temos um longo caminho pela frente, no sentido que devemos refinar o nosso posicionamento através da correta compreensão do lugar que o Yoga ocupa na sociedade. Se não for assim, continuaremos sendo vistos como um grupo bastante excêntrico de pessoas que têm uma ocupação e hábitos pouco claros.
Nesse sentido, acho muito interessante receber aqui em casa pessoas da comunidade onde moro (técnicos, instaladores ou prestadores de serviços), que olham para nós com curiosidade ou desconfiança. Alguns, evangélicos, se assustam com as imagens hinduístas que proliferam na casa. Outros, de mente mais aberta, ficam curiosos e fazem mil perguntas, que respondemos com prazer.
Como praticantes ou professores de Yoga, não temos nenhuma dúvida sobre o papel que representa um pedreiro, um empresário, um motorista, um engraxate ou um artista. Porém, muito pouca gente dentro da nossa sociedade sabe dizer com alguma precisão qual é o papel do praticante ou do professor de Yoga.
Assim, este texto se divide em duas partes: uma lista de coisas que deveríamos aumentar ou cultivar, e outra de atitudes e situações que deveríamos rejeitar, para deixar essas coisas claras. A lista das coisas das quais deveríamos nos livrar, curiosamente, é maior da que a das coisas que deveríamos adotar. Isso pode ser um bom sinal.
1) O que deveríamos aumentar.
Em primeiro lugar, e porque sou da opinião de que a liberdade é algo absolutamente fundamental, creio que deveríamos ter como prioridade absoluta o autoconhecimento. Dele, naturalmente, surgem atitude como a compaixão, a solidariedade e o cultivo de atitudes positivas no cotidiano.
Noutro plano, devemos colocar em prática alguma forma de ativismo social, tirando a espiritualidade do perímetro da sala de práticas e engajano-a em ações concretas pelo bem comum. Nesse sentido, poderíamos trabalharmos juntos por um mundo melhor, usando uma parte do nosso tempo e esforços em projetos comunitários.
Isso, por sua vez, nos permite tirar o foco do próprio ego e olhar para a vida com um pouco mais de isenção e objetividade. Fazer algum tipo de militância em causas sociais ou de defesa do meio-ambiente ajuda bastante. Sair da teoria e fazer coisas para evitar que o planeta fique arruinado demais para a próxima geração é uma boa ideia.
Deveríamos lembrar que somos, antes de mais nada, os representantes atuais de uma tradição ancestral. Como tais, temos a responsabilidade de representar bem esta tradição no mundo em que vivemos, mais com atitudes do que com palavras.
2) O que deveríamos deixar de fora.
Existe um consenso sobre o que é aceitavel e o que não é adequado numa sociedade. Essa é a força que faz as comunidades evoluir. Antigamente, quando a escravidão era algo totalmente normal e aceite, o movimento abolicionista enfrentou muita resistência de diversos setores sociais.
Hoje em dia, na sociedade brasileira, o debate deveria oscilar em torno do tema da corrupção e o tráfico de influência na política. Na medida em que esse tipo de atropelo não for aceite como algo normal ou digno de ser punido, a sociedade cresce e se fortalece. Isso não parece estar acontecendo seriamente, mas é o que devería ser feito se quisermos sair das fraldas democráticas e amadurecer como povo.
Assim, escravidão, racismo, sexismo, homofobia, intolerância religiosa e outras formas de discriminação foram ou estão sendo descartadas atualmente em prol de uma sociedade mais inclusiva, plural, aberta e livre.
Na mesma linha, se de fato existiu, como existe hoje em dia, alguma distorção ou comercialização do Yoga, isso não significa necessariamente que tenhamos que aceitar e engolir todas as distorções, presentes e futuras. Assim, anúncios que usem sexo para vender Yoga, ou Yoga para vender qualquer outra coisa, deveriam ser excluídos, já que não acrescentam absolutamente nada aos praticantes ou à sociedade em que vivemos, e ainda aumentam a confusão sobre o que o Yoga é.
Deveríamos ser mais humildes e deixar de lado aquela tendência à megalomania que alguns cultivam. Não deveríamos aceitar o uso de títulos pomposos e pedestais. Essas atitudes, centradas no inchaço do ego da pessoa, tampouco acrescentam nada ao Yoga e sua linda tradição.
Deveríamos rejeitar visceralmente atitudes que sejam contra o nosso código de conduta e bom convívio, os yamas e niyamas. Desvios de conduta incluem por exemplo o relacionamento inadequado do(a) professor(a) com seus alunos(as). Recebemos recentemente, através da Aliança do Yoga, algumas denúncias preocupantes de assédio sexual por parte de professores de Yoga inescrupulosos, desonestos, mal preparados e mal intencionados, que simplesmente não deveríam dar aulas.
Muitas vezes, o praticante tende a fazer pouco caso desse tipo de situação, dando de ombros para os atropelos que testemunha, mas essas coisas não deveriam passar em branco. Pelo contrário, deveríam ser enfáticamente denunciadas para que os contraventores assumissem a responsabilidade pelas suas atitudes erradas e respondessem perante a justiça.
Ventilar e discutir abertamente os problemas que possam surgir no caminho dos yogis é a melhor maneira de superá-los definitivamente, se quisermos que a nossa comunidade continue no processo de amadurecimento, e se fizer sentido para nós que, quem sabe, os praticantes de Yoga poderíamos fazer alguma contribuição real e positiva para uma sociedade melhor, através do nosso próprio exemplo de vida. Fica aqui o convite. Namaste!
Pedro nasceu no Uruguai, 58 anos atrás. Conheceu o Yoga na adolescência e pratica desde então. Aprecia o o Yoga mais como uma visão do mundo que inclui um estilo de vida, do que uma simples prática. Escreveu e traduziu 10 livros sobre Yoga, além de editar as revistas Yoga Journal e Cadernos de Yoga e o site yoga.pro.br. Para continuar seu aprendizado, visita à Índia regularmente há mais de três décadas.
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Reflexão importante.
É salutar que algum professor se disponha a falar destas coisas. Porém, percebo algumas contradições, que, se levadas a cabo, podem repetir ou reforçar os mesmos problemas que você indicou e que pretende ajudar a dissolver.
Na parte 1 do texto, você diz: «deveríamos ter como prioridade absoluta o autoconhecimento». Isto é igual a «Deveríamos lembrar que somos, antes de mais nada, os representantes atuais de uma tradição ancestral», que você menciona logo no final dessa parte 1.
Porém, o miolo dessa parte do texto dá extrema importância a várias coisas relacionadas a «trabalharmos juntos por um mundo melhor»: ativismo social, bem comum, defesa do meio ambiente, militância em causas sociais. Certamente é possível uma pessoa representar a tradição ancestral do yoga e também defender causas sociais e ambientais, mas não vejo como pode ser possível relacionar uma coisa à outra.
A «tradição ancestral do yoga» nada tem a ver com valores sociais. No «Livro de Ouro do Yoga», que você certamente conhece, o prof. Carlos Eduardo Gonçalves Barbosa diz: «O yoga não estabelece valores sociais, pois é um conjunto de orientações voltadas para o indivíduo em busca de si mesmo». (p.264) Os shastras confirmam a afirmação do prof. Carlos Eduardo (não poderia ser diferente, já que ele realmente conhece os shastras): não se extrai deles nenhuma referência a uma «ação social».
Logo, «ação social» e «tradição ancestral do yoga» pertencem a territórios distintos. É claro que isto não reduz a importância de representar bem o yoga. Nós, como professores, temos essa obrigação, desde que ela não seja cumprida em prejuízo do próprio yoga.
Ou desde que ela não seja cumprida antes de cumprirmos nossas responsabilidades particulares para com o próprio yoga, para com a própria tradição. Representar o yoga implica representá-lo para alguém que não conhece o yoga e/ou que não é yogin — um leigo.
Representar o yoga para um leigo significa assumir um papel social. E assumir um papel social é exatamente o contrário do que a tradição ancestral do yoga recomenda que façamos prioritariamente. Neste sentido, é muito fácil o ativismo social constituir um obstáculo importante em nossa trajetória no yoga.
Tenho a impressão de que na parte 2 você ilustra o que acabei de dizer. A facilidade para distinguir o certo do errado (viveka) o leva a postular idéias bastante estranhas: «anúncios que usem sexo para vender Yoga, ou Yoga para vender qualquer outra coisa, deveriam ser excluídos». É evidente que anúncios desse tipo são o fundo do poço, mas eles deveriam ser excluídos de onde?
E deveriam ser excluídos por quem? Diz o clichê que é graças às trevas que percebemos a luz. De forma análoga, é graças aos maus exemplos que nós percebemos os bons exemplos. Assim sendo, quem associa yoga a sexo deve, no máximo, ser criticado e orientado. Excluído, não.
Basta notar onde anúncios e matérias desse tipo são publicados (revistas femininas de grande circulação, por exemplo) e por quem (jornalistas que às vezes nunca fizeram uma aula de yoga). Devemos notar também a quem se dirigem essas associações: quem lê essas revistas? quem procura informações que relacionem yoga e sexo?
O curioso é ver que esse ímpeto para criar regras e estabelecer princípios se aplica também à sociedade de um modo geral. Isto fica claro quando você fala — ainda na parte 2 — de corrupção, política e outros tópicos que têm recebido bastante destaque recentemente.
Não pretendo me estender sobre isso, digo apenas que se você olhar além dos noticiários verá que o problema mais sério que o Brasil enfrenta é também um dos menos divulgados: são de 40 a 50 mil homicídios todos os anos.
Política, corrupção, homofobia, intolerância — nada disso tem a menor importância diante de tantas mortes. Lembre-se de que ainda estamos ainda falando de viveka. Logo em seguida você inicia dois parágrafos com o imperativo «Deveríamos». Não deveríamos nada.
Deveríamos entender exatamente o que significam yamas e niyamas em vez de os tomarmos como regras simples de conduta. Você deve saber melhor do que eu que a «tradição ancestral do yoga» exige que pelo menos os primeiros passos do yogin sejam realizados com a ajuda de um guru.
«Remover as trevas», que é o papel do guru, significa mostrar os angas à luz de moksha e não à luz da miséria superficializante em que o indivíduo se encontra quando se inicia no yoga. Yamas e niyamas podem ser de alguma ajuda como regras de conduta, assim como asanas ajudam mesmo que sejam tomados como mera ginástica. Mas a compreensão genuína de yamas e niyamas só vem quando estes angas são observados à luz de moksha.
*** Espero que não me compreenda mal. Meu tom pode parecer pouco amistoso ou excessivamente crítico, mas apóio inteiramente sua iniciativa, conforme explicada no início do texto. As questões que você levantou são fundamentais. É surpreendente que tantos professores rejeitem perguntas como essas que você faz e até torçam o nariz para quem as proponha.
Quando proponho questões deste tipo, com freqüência ouço coisas como «você precisa praticar mais», como se a pessoa me conhecesse ou conhecesse minha prática, ou como se o yoga tivesse como meta responder perguntas simples, necessárias e objetivas, situadas num plano completamente distinto do plano do próprio yoga.
A aversão à discussão e ao questionamento é uma doença do nosso tempo. O orgulho da própria ignorância, um câncer. Apenas para ilustrar: Recentemente, em um grupo no Facebook, fui convidado a silenciar quando levantei questões relacionadas a um «evento de yoga». A moça responsável pelo evento me pediu para apenas postar comentários positivos.
Logo em seguida, como eu insistisse nas questões, fui expulso do grupo sob a acusação de ser impolido, antipático e de «violar ahimsa». Tudo isto foi dito para mim e de mim sem que nada fosse dito sobre as perguntas e afirmações que fiz. Em outras palavras: ser «bacaninha» é mais importante do que ter conteúdo. Eis o yoga no Brasil atualmente.
*** Compreendo que já me estendi excessivamente. Esteja totalmente à vontade para não publicar este comentário em seu site, é claro — a casa é sua, não minha. Talvez você prefira respondê-lo pessoalmente ou simplesmente não o responder. Não importa. A mim basta poder compartilhar estas impressões contigo.
Obrigado, Pedro.
Abraço!
Christian Rocha
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Oi Christian,
Namaste! Obrigado pela mensagem e pelo tempo que você dedicou a comentar este artigo. Suas opiniões são super importantes e só acrescentam valor à discussão. Desculpe a demora em lhe responder, mas está faltando tempo aqui em Portugal para ficar na frente do computador. Suas observações, pontualizações e contribuições são super bem-vindas.
Desfrutei muito da leitura e creio que seu pensar é construtivo e muito pertinente. Precisamos de mais gente como você no Yoga, pelos motivos que você mesmo lista neste comentário. Seria bom se pudessemos acabar com a pasmaceira e o conformismo que se instalou no meio do Yoga. Agora, vamos às questões que você coloca.
Olha, na tradição do Yoga, pelo que pude compreender, ele está vinculado, e sempre esteve, a algumas instituições culturais, sociais, religiosas e filosóficas do hinduísmo. Nessa ordem de coisas, sabemos que, no dharma hindu, há quatro propósitos humanos: artha, kāma, dharma, e mokṣa.
Artha e kāma são, respectivamente, a busca do conforto e do prazer. Mokṣa é a meta do Yoga. Agora, o terceiro desses puruṣarthas, dharma, envolve a realização de ações que objetivem trazer conforto para os demais, aliviar ao sofrimento ou a penúria dos que sentem dor, fazer iniciativas em prol da equidade social, e seria o equivalente do que podemos chamar de “ativismo social, bem comum, defesa do meio ambiente, militância em causas sociais”.
Sendo o dharma um puruṣartha, um propósito humano válido, recomendado e sancionado pelo hinduísmo, não parece pouco importante o peso desse tipo de ação ou iniciativa dentro da vida de um yogi.
Esta postura é visível em muitas iniciativas que são chamadas, via de regra, de “espiritualidade engajada”. Fazem parte desse grupo pessoas como Tich Nhat Han e muitos monjes budistas que não ficaram meditando nem de braços cruzados durante a guerra do Vietnã, por exemplo. A mesma atitude também está presente nas iniciativas levadas a cabo por muitos mestres de Yoga na Índia.
Esse valor também figura no Yogasūtra, especificamente, no sūtra I:33, e é visível nas ações desse tipo que muitos mestres e professores de Yoga levam adiante, tanto na Índia quanto noutros países. Baseado no que vejo nas minhas viagens pela Índia, me parece ser mais a regra do que a exceção, o fato de que todos os Āśrams (menos o do Osho) mantêm escolas, hospitais, postos de saúde, orfanatos e/ou instituições para ajudar a produzir ou formar populações tribais ou desassistidas.
Só para lembrar, o prof. Carlos Eduardo Gonçalves Barbosa traduz a palavra upekshanam como indiferença em relação ao sofrimento alheio, em sua versão do Yogasūtra. Eu já a traduzo como equanimidade.
Há uma diferença essencial entre o que ele propõe nessa tradução e o que a gente aprendeu com nossos professores na Índia. Se quiser entrar nesse tema, tem este texto que pode lhe resultar interessante: https://www.yoga.pro.br/artigos/1016/2/equanimidade-ou-indiferenca
Essa diferença entre nossos pontos de vista confundiu bastante as pessoas que estavam num retiro na Montanha Encantada que nós dois demos juntos ano retrasado, a convite de Joseph Le Page. O texto do link acima foi escrito justamente para ajudar a esclarecer o panorama, a partir do pedido de uma estudante que participou daquele encontro.
Quando falei no texto sobre “excluir” anúncios que misturam Yoga e sexo, estava me referindo específicamente à revista na qual esse texto foi originalmente publicado, a Yoga Journal daí do Brasil. Esse texto foi publicado na esteira de um escândalo acontecido quando a matriz dessa publicação nos EUA veiculou um anúncio onde uma professora de Yoga famosa aparecia completamente nua.
Essa representação do Yoga associado ao nu feminino (é à objetificação da mulher que ele implica) produziu desconforto em uma imensa quantidade de leitores, que se manifestaram de maneira contrária a esse tipo de anúncio. Se quiser saber mais, e ver o tal do anúncio, leia isto, por favor: https://www.yoga.pro.br/artigos/973/1/porno-yoga
Bom, tomara que isto tenha contribuído para esclarecer o panorama e melhorado a forma de explicar o que se propõe no texto acima. Espero poder lhe encontrar / conhecer pessoalmente em algum momento futuro. Namaste!
Pedro.
Querido Pedro,
estou terminando meu curso de formação com Adrian, em Salvador.
Todo o ensinamento que tive ao longo de um ano, através dos ensinamentos de Adrian, Gloria e muito dos seus – e de tanta outras pessoas que conheci durante este período – me fazem confirmar a certeza de que o caminho que sigo hoje, através do Yoga, estava esperando apenas o momento certo para me ser revelado.
A impulsão de fazer um curso que suprisse a minha curiosidade e a minha vontade de saber mais sobre o Yoga, me levou a conhecer toda a sabedoria que recebo através de vocês.
Para mim, que estou dando os primeiros passos, é muito importante ter certos pontos “duvidosos” esclarecidos por pessoas que me transmitem confiança e respeito.
Sou grata em poder ter acesso às informações que você divulga através do Yoga Pro e por usa-las na minha vida, por iniciar o meu processo de transmissão de deste conhecimento a outras pessoas, principalmente às mais próximas de mim – porque talvez isto seja o mais difícil – e por ter você, Glória e Adrian como meus preceptores.
Harih Om!
ॐॐॐॐॐॐॐ
Valeu, Jaque!
Tudo de Om!
Pedro.
Caro Pedro,
achei suas proposições realmente muito boas. Especificamente, gostaria de expor minha visão sobre esse trecho: “Hoje em dia, na sociedade brasileira, o debate deveria oscilar em torno do tema da corrupção e o tráfico de influência na política.” Acho que esse tema está bastante em voga no momento.
Eu não sou um yogi, tampouco um profº de Yoga, somente pratico há alguns anos, infelizmente, sem a disciplina que gostaria. Porém, conheço alguns profºs, excetuando um em específico, a maioria é muito despolitizado, inclusive, fazem questão de dizer que política é um assunto em que não se metem…complicado, não?
Há um tempo, li o livro \\\’Filosofias da Índia\\\’, e o autor trata de política, do ponto de vista histórico. Fiquei com a impressão de que não é só de espiritualidade que se vive na Índia…obviamente, recorro a ironia para reforçar esse tema.
Se reparar no nosso momento histórico, e na maturidade de nossa democracia, vai perceber que, se não todas, grande parte das máscaras estão caindo em nossa política…mas isso leva tempo, creio que mais alguns anos.
A minha percepção, é de que as pessoas creem que tem mais corrupção do que antes…bobagem, ela só está sendo desmascara como nunca fora!
Enfim, um abraço.