Pedro nasceu no Uruguai, 58 anos atrás. Conheceu o Yoga na adolescência e pratica desde então. Aprecia o o Yoga mais como uma visão do mundo que inclui um estilo de vida, do que uma simples prática. Escreveu e traduziu 10 livros sobre Yoga, além de editar as revistas Yoga Journal e Cadernos de Yoga e o site yoga.pro.br. Para continuar seu aprendizado, visita à Índia regularmente há mais de três décadas. Biografia completa | Artigos
Aśviṇī mudrā, o gesto da égua, é uma das técnicas fundamentais do Haṭhayoga. Ela aparece na Gheraṇḍa Saṁhitā (III:82), um dos textos fundamentais da tradição do Yoga tántrico que deu origem ao Yoga que você pratica hoje em dia. O nome deriva do fato de que, ao fazermos esta mudrā, contraímos o assoalho pélvico de maneira ritmada, como fazem as éguas depois de urinar.
Receber ajustes sutis de Yoga que aprimoram a postura e expandem nossa compreensão de como construir cada āsana pode oferecer benefícios significativos a qualquer praticante. Esses ajustes têm o potencial de proporcionar uma sensação incrível e facilitar uma compreensão profunda daquilo que uma postura pode nos oferecer, e até onde nosso corpo pode chegar na prática.
Ao que parece, há uma espécie de consenso no mundo do Yoga sobre a necessidade de receber ajuste, assistências e toques para praticar corretamente os āsanas do Haṭhayoga e todas as suas variações e métodos. Igualmente, parece haver também consenso sobre a importância de os instrutores aplicarem continuamente ajustes nos praticantes. Porém, dentro dessa ordem de coisas, um tema do qual pouco se fala é o consentimento: o seu instrutor(a) pergunta ou pede licença antes de ajustar você?
A Segunda Guerra Mundial ceifou a vida de aproximadamente 75 milhões de seres humanos. Muitos civis morreram por causa do genocídio deliberado, crimes de guerra, massacres em campos de concentração, bombardeios, doenças e fome. Afora isso, para alimentar a máquina de guerra, o nazismo drenava constantemente os recursos dos territórios conquistados. O custo desse conflito, […]
Encarar o Yoga como uma ferramenta para alta performance pode levar ao desenvolvimento de uma relação superficial com a prática. Em vez de um espaço para relaxamento e reconexão, ele pode se transformar em mais uma fonte de estresse e competição — seja consigo mesmo, seja com outras pessoas.
Kāma mūta é uma emoção que todos sentimos e conhecemos bem, ainda que não tenhamos uma palavra específica na nossa língua para referir-nos a ela. É um forte sentimento de amor, empatia ou união com alguém (uma pessoa, família ou grupo), ou ainda com a natureza, o universo inteiro, ou ainda, um filhote de animal.
Na tradição do Yoga tántrico, a serpente enroscada kuṇḍalinī simboliza o potencial de iluminação e liberdade e ao mesmo tempo a força que possibilita a realização desse processo. Nesse sentido, a serpente é símbolo de poder, pois consegue andar apesar da ausência de pernas.
Você já parou para pensar que uma vida humana dura apenas 4000 semanas? 4000 semanas são perto de 81 anos, ou uma longevidade bastante dilatada, se formos considerar a expectativa de vida atual. Assim, se você viver cerca de 81 anos, terá visto 1000 luas cheias no céu ao longo da vida. Em sânscrito Sahāsra Candra Darśan significa “ver 1000 luas”. Ter visto 1000 luas é considerado algo muito auspicioso na cultura indiana.
Este é um convite para questionar a ideia da proibição do Yoga para a mulher na Índia antiga, que se revela falsa depois de um passeio pelo textos onde estão registradas as descobertas e experiências dos yogins do passado desde a Idade védica, há mais de 3500 anos, até os mais recentes textos de Haṭhayoga no século XVIII.
A felicidade tornou-se um grande negócio, uma espécie de commodity prometida por coaches e gurus autoajudísticos como a solução definitiva para os males atuais. Digo que isso é um problema, pois a busca incessante da perfeição termina, inevitavelmente, em frustração e ansiedade.
Esta é uma das muitas histórias da tradição do Yoga que apresentam mulheres como yoginīs e mestras e que evidenciam o importante papel que elas tiveram ao longo da história.
O Yoga, com suas raízes milenares na filosofia e cultura indiana, se tornou um fenômeno global nos últimos anos. Essa popularização, embora positiva em muitos aspectos, também levanta questões importantes sobre o tema da apropriação cultural.
O yoganidrā possui cinco partes que precisam ser respeitadas: a indução, a mentalização, a assimilação, a preparação para retornar e o final. Na primeira etapa começamos por deitar na melhor posição que se possa encontrar, ficando bem despertos e atentos, tomando consciência do corpo e descontraindo-o progressivamente: primeiramente pele e músculos, depois as articulações, órgãos […]
A fáscia é uma lâmina de tecido conjuntivo formada mormente por colágeno de diferentes espessuras, que configura uma série de invólucros que contêm e separam as diferentes estruturas do corpo.
“O Alimento que chega para aquele que não o compartilha é de fato um desperdício. Essa é a verdade. Eu, o sábio, declaro isto. O Alimento que alguém consome desta maneira não é apenas desperdiçado. De fato, provoca a própria morte da pessoa. Ele não alimenta nem os devas nem os homens que chegam à sua porta como hóspedes, esperados ou não, ou amigos. Comendo sozinho, ele torna-se o parceiro do erro e mais nada”.