Existe uma crença, bastante disseminada no mundo do Yoga que diz que a iluminação é uma experiência a ser alcançada. Isso é chamado samādhi ou nirvāṇa.
Existem de fato vários tipos de samādhi, estados de clareza, organização e tranquilidade dos pensamentos, da mente, a abstração em relação aos nomes e formas, namarūpas, o que não significa que eles sejam experiências.
A busca por experiências causa frustração e sofrimento, mas não remove a ignorância existencial, aquela que é inerente ao ser humano.
A expectativa ou identificação com o resultado das experiências, seja ele bom ou ruim, e o apego às experiências, reais ou imaginárias, gera frustração, pois as experiências são momentâneas e limitadas: estão condicionadas ao tempo, têm um início e um fim.
Não devemos buscar as experiências como fontes de felicidade, mas tampouco podemos negá-las como constituintes da realidade subjetiva que vivemos. Devemos, sim, observá-las com equanimidade e discernimento.
Mokṣa não é uma experiência. Mokṣa é reconhecer quem somos, a plenitude, a completude que já somos. Mokṣa é liberdade para ser essa plenitude, é reconhecer-se como o Ser livre de condicionamentos, de limitações, de apegos e ilusões.
Essa liberdade é alcançada através do autoconhecimento e é este precioso conhecimento a tão almejada iluminação.
Os cinco sentidos são meios de conhecimento, pramānas, para percebermos a vida. Brahmavidyā, o autoconhecimento, é o meio de conhecimento para nos darmos conta da plenitude e de que já somos essa plenitude.
E ainda percebermos que todas as experiências são experiências de Ātma. Este conhecimento é profundo, pois fala de nós mesmos e traz clareza e compreensão acerca do absoluto e do relativo para que possamos desfrutar desta experiência que é a vida.
Não é buscando experiências que vamos adquirir o conhecimento. A meditação, por exemplo, ajuda a mente a organizar os pensamentos, prepara a mente para receber o conhecimento e também contribui para assimilá-lo, mas o conhecimento não vem apenas com a meditação.
Ātma não é um objeto que precisa ser encontrado, não está fora nem está dentro, ele está presente em todas as coisas e deve ser reconhecido igualmente em toda a manifestação de Īśvara. Conhecer Ātma é reconhecer todos os seres em si mesmo e a si mesmo em todos os seres.
Ninguém se ilumina porque atingiu um estado de consciência especial, um samādhi. Não nos iluminamos apenas tendo experiências, senão com o conhecimento e um esforço continuado para nos mantermos no estado de Yoga.
Por mais que as experiências possam contribuir com o processo de nos darmos conta de nós mesmos, só o conhecimento permanece.
Hariḥ Oṃ!
Camila,
gostei muito de seu texto. É gratificante ver você trilhando, com tanta determinação, o caminho de busca pelo conhecimento e a luz. Admiro você!
Namastê,
sua tia Soreia.
Camis,
Muito bOM Estou sempre aprendendo contigo!
Namastê.
Oi Camila,
Muito bom lhe encontrar por aqui, escrevendo! Gostei bastante do seu texto, espero lhe ver em Sampa mais vezes! Grande beijo a essa menina corajosa e querida que vc. é!
Nô.
Oi Cami,
Parabéns pelo texto! Claro, objetivo e certeiro como a autora!
Obrigada por partilhar seus aprendizados.
Namastê!
Adorei, Cami!
Om!
Adorei este texto.
Sou iniciante na pratica da Yoga e estas leituras tem me ajudado bastante.
Continue inspirada em escrever textos otimos como este.
Boa! Obrigado!
Namaste!
Que lindo texto! É importante lembrar que nós ja somos livres, e a busca é por conhecimento!
E o melhor que podemos fazer para o mundo é acabar com nossa propria ignorancia!
Harih Om!
Oi Camila!
Hari Om!
Muito bom o seu texto!
Claro e simples.
Om!