A Segunda Guerra Mundial ceifou a vida de aproximadamente 75 milhões de seres humanos. Muitos civis morreram por causa do genocídio deliberado, crimes de guerra, massacres em campos de concentração, bombardeios, doenças e fome. Afora isso, para alimentar a máquina de guerra, o nazismo drenava constantemente os recursos dos territórios conquistados. O custo desse conflito, […]
Kāma mūta é uma emoção que todos sentimos e conhecemos bem, ainda que não tenhamos uma palavra específica na nossa língua para referir-nos a ela. É um forte sentimento de amor, empatia ou união com alguém (uma pessoa, família ou grupo), ou ainda com a natureza, o universo inteiro, ou ainda, um filhote de animal.
Este é um convite para questionar a ideia da proibição do Yoga para a mulher na Índia antiga, que se revela falsa depois de um passeio pelo textos onde estão registradas as descobertas e experiências dos yogins do passado desde a Idade védica, há mais de 3500 anos, até os mais recentes textos de Haṭhayoga no século XVIII.
Esta é uma das muitas histórias da tradição do Yoga que apresentam mulheres como yoginīs e mestras e que evidenciam o importante papel que elas tiveram ao longo da história.
O Yoga, com suas raízes milenares na filosofia e cultura indiana, se tornou um fenômeno global nos últimos anos. Essa popularização, embora positiva em muitos aspectos, também levanta questões importantes sobre o tema da apropriação cultural.
Desde tempos imemoriais, o Yoga esteve vinculado à busca da liberdade. Por paradoxal que possa ser buscar algo que nós somos (uma vez que o Yoga ensina que aquilo que buscamos é o que de fato já somos), esse é o objetivo, e todo o esforço do praticante está centrado na completude desse processo de crescimento interior
Utilidade pública: eis um punhado de boas desculpas que você pode dar ao diretor do espaço onde ensina Yoga quando não estiver com vontade de trabalhar: "perdi a minha lente de contato do terceiro olho e não pude sair de casa..."
Tradicionalismo: mokṣa é (também) libertar-se de preconceitos A meta do Yoga é a liberdade, mokṣa. Essa liberdade não é uma abstração nem uma experiência mística, mas o reconhecimento no presente, agora mesmo, de que já somos livres de toda e qualquer limitação. Liberdade é o reconhecimento de que as limitações pertencem à esfera do corpomente, […]
Todos conhecemos ou pelo menos já escutamos alguma vez a palavra sânscrita नमस्ते namaste. Esta saudação se estendeu atualmente a muitos ambientes alheios ao Yoga e à espiritualidade e até entrou para os dicionários ingleses, por influência dos emigrantes indianos para o Reino Unido.
De todas as distopias possíveis relacionadas ao Yoga, a pior que imaginei uns tempos atrás era a da proibição. No entanto, o uso do Yoga como instrumento do biopoder consegue ser ainda mais destrutivo. Havendo passado a adolescência numa ditadura militar opressiva, o panorama mais cruel para mim seria ter que viver num lugar onde […]
A Deusa nua e selvagem encarna a força da natureza. Ela personifica a Śakti, a força feminina. Como deusa, Kālī não é submissa e muito menos recatada.
Nos tempos de globalização que correm, temos o privilégio de poder conhecer culturas e modos de viver diferentes do nosso, que nos enriquecem, motivam e ensinam. E a visão e o estilo de vida do Yoga são muito inspiradores e transformadores para qualquer cidadão da aldeia global. Porém...
Qual é o limite entre criatividade e tradição? Até onde poderíamos usar nossa liberdade pessoal como yogis sem deformar o que aprendemos com nossos professores? Acredito que a resposta a estas questões esteja na correta compreensão do que o Yoga é, e da maneira em que ele funciona. Lembremos então que o Yoga tradicional é uma forma de vida que abrange duas dimensões.
O machismo é endêmico: está em todas partes na nossa sociedade e, desafortunadamente também bastante presente nos ambientes do Yoga. Negar esse fato é contribuir ativamente para os estupros, femicídios e agressões que preenchem o noticiário. É preciso fazer alguma coisa. O grande Albert Einstein disse uma vez que os “problemas não podem ser resolvidos […]
Muitas vezes pensamos que o status da mulher nas sociedades antigas tenha se mantido mais ou menos estável, sempre ou quase sempre por baixo da posição do homem, submissa e escrava, como uma espécie de objeto sem vontade própria nem direito de decidir sobre a própria vida. Embora isso possa ser verdadeiro em relação às sociedades dominadas pelas religiões abraâmicas, houve exceções no passado, como foi o caso da sociedade etrusca, o da hindu e outras onde predominou o matriarcado.
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