A lei do Karma,
Um princípio universal:
Conforme semeias, assim irás colher.
Reduzir o Karma através da arte do arco-e-flecha: Os sábios antigos do Yoga e Vedanta usaram a metáfora do arco-e-flecha como uma ferramenta para ensinar como reduzir o Karma através do processo de meditação do Yoga. Na meditação do Yoga, existem três tipos de Karma, o Sanchita, o Kriyamana e o Prarabhda, usando-se a metáfora dos três tipos de flechas. Karma Yoga é o Yoga que enfatiza fazer Yoga enquanto também se realiza ações no mundo, ou Meditação em Ação.
Leia também: Karma and the Sources of Actions, Speech and Thoughts.
Três Tipos de Flechas e Karma
Flechas e Karma:
Existem três tipos de Karma:
- Sanchita, o vasto depósito de impressões ainda não percebidas.
- Kriyamana, aqueles atualmente na nossa frente para decidir ou agir conforme.
- Prarabhda, conseqüências já atuando.
De modo similar, existem três tipos de flechas:
1 ? Aljava: Flechas na Aljava (Sanchita Karma)
2 ? Mão: Flechas na Mão (Kriyamana Karma)
3 ? Vôo: Flechas em Vôo (Prarabhda Karma)
É uma ferramenta muito útil: A metáfora das flechas é uma ferramenta muito útil na vida diária. A mente facilmente recorda da imagem visual, a qual serve como um lembrete para fazer um bom trabalho ao ‘disparar as flechas’ das ações e da fala.
- Decisões: A qualidade de nossas decisões define a qualidade de nossas ações, que indica o nível de nossa habilidade com o arco-e-flecha.
- Conseqüências: O alvo das flechas também determina a qualidade das conseqüências que retornam dessas ações.
- Impressões profundas: Estas conseqüências irão repousar na cama de nosso subconsciente na forma de impressões profundas (Samskaras), as quais determinam nosso Karma.
- Reciclando: Em um momento no futuro, esses Samskaras gerarão pensamentos, falas e ações, que novamente irão gerar mais conseqüências.
Aprenda a ter um bom alvo: Lembrar de agir como um hábil arqueiro é muito útil para tomar decisões que mais tarde terão conseqüências positivas no aspecto mental, emocional e espiritual de nossas vidas. A chave é disparar ‘um bom tiro’ com as flechas que estão em nossas mãos, enquanto aceitamos que algumas de nossas flechas disparadas anteriormente estão causando sofrimento, conseqüências inevitáveis que precisam ser tratadas com sabedoria.
Karma significa ações: ‘Karma’ é traduzido literalmente como ‘Ações’ e é a manifestação das ações resultantes dos padrões de hábitos latentes, ou Samskaras, que estão armazenados nas profundezas da mente.
Estágios do Karma: Existem três fases pelas quais o Karma flui:
- Impressões das conseqüências passadas: Primeiro, existem as impressões profundas produzidas como resultado do armazenamento das conseqüências de ações prévias, e da natural retroalimentação dos sentidos que recebem informações (flechas na aljava).
- Estas impressões se expressam: Segundo, estas impressões profundas vão para a vanguarda da vida em um momento futuro, vindo com ou sem a atenção consciente (flechas na mão).
- Ações e fala se manifestam: Terceiro, há então a manifestação de ações e fala, com ou sem o bom senso da escolha consciente (flechas em vôo).
Flechas na Aljava (Sanchita Karma)
Impressões acumuladas: Os Karmas na aljava são as profundas impressões acumuladas (Samskaras) que foram coletadas durante nossa inteira história de vida. Algumas flechas foram adicionadas à aljava (Karma novo) e outras já foram lançadas (Karma antigo) e não estão mais na aljava.
A fórmula do Karma: O total de flechas (Samskaras) em nossa aljava agora, é o total das novas flechas adicionadas, menos as antigas que foram disparadas. Estas flechas e os hábitos profundos que compelem a ações, ambos na aljava, são chamados ‘Sanchita Karma’.
Karma atual =
samskaras antigos
+ novos samskaras adicionados
? samskaras antigos disparados
Demora algum tempo: Por causa do processo de disparar Samskaras antigos enquanto novos e mais úteis são adicionados, demora um certo tempo para que o equilíbrio do Karma de alguém tenha uma melhora. Em outras palavras, não acontece da noite para o dia (reconheço que Deus, graça ou o guru podem ajudar).
As predisposições estão aguardando uma oportunidade: Junto com a atuação de nosso Karma atualmente em vôo, também sabemos que há muitas predisposições, padrões de hábitos ou Samskaras, que aguardam uma oportunidade para entrar em ação. Embora não possamos saber exatamente o que são, pela observação das nossas ações podemos inferir algumas destas predisposições.
Examinando e atenuando o Karma: Através de um bom trabalho de preparação, equilíbrio de vida e aprendendo como ser um bom arqueiro, pode-se eventualmente examinar os Samskaras na aljava durante a Meditação do Yoga e do Yoga Nidra (sono yogiko). Desta forma, padrões de hábitos profundos podem ser atenuados ou eliminados através da Meditação, desde que se tenha treinado para ser um bom arqueiro.
Impressões coloridas e sem cor: A ciência do Yoga fala de padrões de pensamentos coloridos (klishta) e descoloridos (aklishta). Quando estes padrões de pensamentos intensamente coloridos forem ajustados, e suas cores forem reduzidas através da habilidade de um bom arqueiro, então pode-se seguir na direção da experiência da Auto-Realização.
Flechas em Vôo (Prarabhda Karma)
Flechas já disparadas: As flechas em vôo são os Karmas que já começaram a se expressar, seja em nosso mundo interior ou em nosso mundo exterior. Estas são as flechas que já foram disparadas. As flechas de nossas ações ainda em vôo são chamados ‘Prarabhda Karma’.
Elas precisam completar sua trajetória: Uma flecha em vôo não pode ser chamada de volta. Deve completar sua jornada. Pensamentos, fala e ações que foram postos em movimento, não podem ser chamados de volta. Eles também vão completar sua jornada, trazendo conseqüências, ou frutos (diz-se que este tipo de Karma pode ser alterado pela graça).
Novas decisões podem ajudar: Novas decisões podem ser feitas para equilibrar os efeitos de flechas previamente disparadas. Fazer isto é benéfico, pois melhora o conjunto de flechas em vôo. Entretanto, as flechas originais continuam sua jornada até sua realização.
Aprendendo a aceitar as conseqüências: A lição, para o buscador da Auto-Realização, é aceitar que há conseqüências físicas, mentais, emocionais, sociais, culturais, familiares, financeiras e materiais para todas suas ações prévias (flechas disparadas). Precisamos simplesmente aceitar como uma realidade, a partir da qual vamos adiante, na nossa busca espiritual.
O aqui e agora: As flechas em vôo precisam ser tratadas da posição do aqui e agora, no contexto de como atiramos as flechas hoje.
Flechas na Mão (Kriyamana Karma)
As flechas nas mãos são as mais importantes: É com as flechas que estão atualmente em nossas mãos, que temos a chance de escolher onde mirar e como disparar. As flechas e escolhas hoje em nossas mãos são chamadas ‘Kriyamana Karma’ (também chamado ‘Agami Karma’ ou ‘Vartamana Karma’).
Ficando mais atento: Estar atento à natureza dos desejos, necessidades, vontades, atrações e aversões é muito importante. Sendo atento às nossas motivações, podemos atirar as flechas que escolhemos com consciência, ao invés do hábito inconsciente.
Fazendo boas decisões: Através do desenvolvimento da atenção e da prática consciente do arco-e-flecha, nos tornamos melhores ao mirar nossas flechas. Fazemos boas decisões sobre nossos pensamentos, emoções, ações e fala, ao invés de deixá-los acontecer somente por resposta condicionada.
Fórmula para o arco-e-flecha: Então, a fórmula, que começa com atenção, é:
- Atenção para as motivações: A atenção para os motivos nos permite aprender como disparar flechas pela escolha e não pelo hábito.
- Disparo consciente da flecha: Através dos disparo consciente de flecha, a mira fica melhor com a prática.
- As conseqüências melhoram: Como a mira fica melhor, as conseqüências são mais favoráveis.
- O conjunto do Karma diminui: Se as conseqüências são mais favoráveis, o conjunto do Karma diminui.
Desejos primitivos são as motivações básicas: Por trás de nossas ações estão muitos pensamentos, emoções, impulsos, Samskaras e desejos primitivos. Estando atento ao processo que leva à ação, podemos fazer escolhas sábias sobre estas ações.
(Leia “Karma and the Sources of Actions, Speech, and Thoughts“)
Flechas na vida diária: Pode-se ter muitas ou poucas flechas na aljava (pouco Karma ou muito Karma), mas o que é importante é como lidar com o Karma que se apresenta na nossa vida hoje. Esta é a arte do arco-e-flecha e da redução do Karma. A lei do Karma é universal; conforme semeias, assim irás colher. As palavras e o contexto cultural podem variar, mas o princípio permanece o mesmo. Aprender a ser um mestre no arco-e-flecha é a chave para dominar o cativeiro do Karma.
Decidindo qual é o alvo: Onde mirar nossas flechas é uma questão de importância crítica. Se não sabemos qual é o alvo, então fica difícil fazer uma boa pontaria. Nossas flechas são disparadas quase aleatoriamente, a cada desejo, vontade, necessidade, atração e aversão que aparecem na mente.
Entendendo o propósito da vida: Decidir qual é o alvo significa entender o propósito da vida. Se o arqueiro possui um senso de propósito de vida, não importa que palavras use para melhor descrever isto pessoalmente, então há um alvo para o qual todos as flechas podem ser direcionadas. Significa que as decisões são progressivamente feitas de acordo com o que leva para mais perto do alvo escolhido.
Quais ações servirão para a Auto-Realização?: Para aqueles que escolhem a Auto-Realização como um alvo, então as decisões são feitas com base no que leva para mais próximo, ou que permite avançar na direção deste Objetivo.
Melhorando sua Mira
É útil ou inútil?: Este é o aspecto mais importante da metáfora do arqueiro, perguntar para a nossa inteligência profunda sobre opções específicas diante de nós – ‘É útil ou inútil? Isto me leva para mais perto ou mais longe do objetivo da Iluminação? Devo fazer ou não?’ Através desta consulta interior, as respostas virão.
Consultando Buddhi: Nas Quatro Funções da Mente, a parte que sabe, decide, julga e discrimina é chamada Buddhi. É através do desenvolvimento de Buddhi que nos tornamos um arqueiro melhor, treinando Manas (a mente inferior) para seguir as sábias instruções de Buddhi, ao invés de apenas seguir os antigos padrões de hábitos em Chitta (o armazém de Samskaras, ou impressões profundas e hábitos).
Determinando ações pela escolha: As ações são determinadas pela escolha de Buddhi, ao invés das impressões subconscientes que emergem da aljava. Funciona mais ou menos assim:
- Uma vez que o alvo ou propósito seja conhecido,
- Quando Buddhi pode fazer escolhas,
- E quando Manas for ouvir,
- Então as flechas da ação são disparadas de uma forma mais precisa,
- E há poucas conseqüências negativas,
- Assim como um grande número de conseqüências úteis.
- Estas impressões úteis são armazenadas na aljava,
- Que depois emergem para motivar mais ações úteis,
- E experimentamos uma redução geral de nosso Karma.
O alvo é aprimorado pela consulta de Buddhi: Através deste ciclo repetitivo, utilizando Buddhi para determinar o alvo das flechas da ação, nos tornamos um arqueiro cada vez melhor. Conforme nos tornamos um arqueiro melhor, o processo de redução do Karma também funciona cada vez melhor.
O que fazer com os frutos das ações: Uma questão importante para disparar melhor nossas flechas, é sobre quem está recebendo os frutos das ações. No geral, existem três opções para quem entregar os frutos das ações:
- O frutos virão para mim.
- Os frutos são dados para outros.
- Os frutos são oferecidos para Deus.
A questão do que fazer com os frutos das ações é uma parte importante do Karma Yoga, o Yoga da Ação, o que prepara para as práticas profundas que conduzem para a Auto-Realização.
Serviço Abnegado: As conseqüências das ações geram mais ações e, em seguida, mais conseqüências. Este ciclo acontece por causa do apego ou aversão aos frutos das ações. Entretanto, quanto mais se pratica serviço privado de egoísmo, entregando os frutos das ações para os outros, menos estes frutos se transformam em conseqüências negativas que alimentam o ciclo.
Por exemplo, se alguém está apegado aos frutos financeiros de seu emprego, então estes frutos financeiros podem ser usados para conseguir prazer no mundo exterior. Quando estes prazeres externos se tornarem insuficientes, será preciso obter mais frutos na tentativa de sentir satisfação.
Outros frutos podem vir, por exemplo, louvor, reconhecimento, ou a sensação interna da realização das tarefas, que também podem levar para um ciclo doloroso, procurando sempre obter frutos cada vez maiores, em um esforço para se sentir completo e realizado.
Uma mudança de atitude sobre os frutos: Entretanto, se a mesma pessoa tem uma mudança de atitude, na qual os frutos de seu trabalho são oferecidos para os outros, como a família, amigos, consumidores, clientes, sociedade ou humanidade, então ela está livre desses frutos. Em outras palavras, aprende-se a entregar os frutos das ações. Então, o motivo interior passa a ser servir as outras pessoas e não somente alimentar o próprio senso de necessidades pessoais.
O contracheque, o louvor ou o reconhecimento ainda assim virão e serão usufruídos, mas sem a expectativa de que estes frutos por si só sejam capazes de trazer felicidade. Quando os frutos são entregues, então ficamos livres. Então, os sentimentos de totalidade e realização podem vir de dentro, sem ligação com o resultado das ações.
O refinamento conduz para a liberdade: É um ciclo repetitivo e progressivo de atirar uma flecha, refinar o alvo, e atirar novamente, o que leva a ser um bom arqueiro, e gera a libertação das amarras do Karma.
Deixe as Flechas Errantes Caírem
Reduzindo as flechas em vôo: Quando começamos a melhorar nossa mira e assim criamos pouco apego e aversão, também precisamos lidar com as flechas que já estão em vôo. Algumas destas flechas em vôo são dolorosas, algumas são prazerosas. Trazendo dor ou prazer, as conseqüências dessas flechas previamente atiradas continuam a chegar, até que estas flechas encontrem seu destino último e a finalização.
Um processo simples: Há um processo simples para reduzir as flechas em vôo:
Permitimos que as flechas caiam onde foram apontadas, aceitando que algumas foram miradas muito pobremente. Decisões passadas estão trazendo conseqüências presentes. Aceitamos estas conseqüências e suas responsabilidades, enquanto permanecemos concentrados com as flechas na mão. Fazemos com que as flechas antigas sigam um curso de forma a não retornarem mais conseqüências negativas.
Não se deixar desviar pelas flechas em vôo: Devido a estas flechas errantes, podemos facilmente nos desviar do caminho da Auto-Realização. Estas flechas antigas, atiradas tempos atrás, continuam a chegar e causam problemas. Com freqüência, o que acontece é que devido a estas flechas antigas, ainda em vôo, acabamos disparando mais flechas na mesma direção. Podemos acabar tendo mais flechas no ar fora de curso, ao invés de ver o seu número diminuir.
Seja gentil consigo mesmo: A solução é ser muito gentil consigo mesmo, enquanto desenvolvemos persistência e paciência. Talvez queiramos que a energia espiritual, ou graça, ou shakti, venha até nós, mas uma das primeiras formas dela é a determinação. Ter, desenvolver ou orar por tal determinação é uma prática essencial na jornada para a Auto-Realização.
- Tornar-se um bom arqueiro em tomar decisões úteis, desenvolver determinação e praticar paciência, formam uma combinação poderosa.
- Então, o número e a intensidade das flechas do Karma fora de curso gradualmente diminui, enquanto o número daquelas que estão miradas no alvo aumentam.
- Gradualmente nosso foco kármico muda, enquanto nos movemos mais e mais em direção a uma grandiosa integração da mente e da redução dos Samskaras.
- Então, nossas meditações e contemplações podem progredir mais fácil e rapidamente pela Jornada Interior.
Reduzindo as Flechas na Aljava (Prarabhda Karma)
As impressões passadas: O conjunto total das profundas impressões (Samskaras) que formam nosso Karma passado é o Prarbhda Karma. Geralmente, ele repousa na forma latente até que em certo momento esteja pronto para reviver, primeiro no campo da mente e depois no mundo externo através da ação e fala.
Iniciam um processo cíclico: Como estas impressões se tornam ações, suas conseqüências com freqüência voltam através dos sentidos, são processadas pela mente e produzem mais impressões no subconsciente profundo. O ciclo impressão-ação-conseqüência-impressão segue continuamente.
Seja mais atendo as escolhas e ações: Entretanto, estando mais atento a natureza das escolhas e ações, podemos permitir que o Karma se manifeste, enquanto não o repomos através das novas conseqüências a ele ligadas, que seriam adicionadas a aljava. Então, podemos reduzir o total de Karma armazenado nestes Samskaras.
Examinando e atenuando as flechas latentes: A combinação de possuir poucas flechas na aljava e poucas flechas negativas em vôo, conduz o aspirante a fazer um trabalho cada vez melhor ao examinar e atenuar os Samskaras remanescentes durante a Meditação do Yoga.
Pode parecer que está piorando: Paradoxalmente, as flechas kármicas na aljava podem vir para a superfície em grandes grupos. Pode parecer que os problemas na vida estão piorando! A vida, as conseqüências e as ações que saem do esconderijo podem parecer não muito espirituais. Esta é a razão porque existem relatos de santos tendo comportamento escandaloso, enquanto alguns dos poucos Karmas remanescentes se manifestam.
A Auto-Realização não requer a remoção de todas as flechas: A experiência do Eu não depende de ter 100% dos Samskaras removidos, de forma a não haver mais Karma. A Auto-Realização não pára o fluxo de Karma que se expressa, nem necessariamente remove o Karma latente do armazém. Embora algumas sementes do Karma fiquem tão fracas ou ‘torradas’ no fogo da Consciência de forma a não mais gerar frutos, outras permanecem.
A roda do oleiro continua a girar: Os sábios usam a metáfora da roda do oleiro. Após o pote ser feito, a roda do oleiro continua a rodar por causa de seu impulso prévio. Assim, as impressões kármicas na aljava também continuam a induzir pensamentos, ações e fala. Entretanto, o aspirante fica cada vez melhor em direcionar estas forças quando elas surgem. Até Patanjali (o codificador do Yoga Sutra), deixou instruções de como lidar com as interrupções no esclarecimento, através da purificação contínua das impressões latentes.
Eficientemente trabalhando com o Karma: Nesta etapa do treinamento em arco-e-flecha, nos tornamos um mestre arqueiro, e fazemos um trabalho eficiente ao lidar com os Karmas remanescentes, enquanto permanecemos no mundo, mas acima dele.
Sendo um Arqueiro Pacífico
O arco-e-flecha na Meditação do Yoga: Ter uma boa mira nas decisões e nas ações da vida diária reduz o Karma, pois há ‘o novo’ que está chegando, enquanto ‘o velho’ se conclui. O mesmo processo também é feito durante a Meditação do Yoga.
Meditação em Ação: No mundo exterior, o Yogi permite que o velho Karma (as flechas em vôo) se manifeste. No mundo interior, o Yogi também permite que o velho Karma se manifeste, enquanto observa o drama interior do vantajoso ponto de vista da Testemunha. Por esta razão, tanto a ‘Meditação’ quanto a ‘Meditação em Ação’, são uma parte da arte do arco-e-flecha e da arte de reduzir o Karma.
Meditação sentada: Na Meditação sentada, permitimos que os padrões de pensamentos se apresentem, aprendemos a não nos deixar perturbar ou ser afetados ou envolvidos por estes padrões de pensamentos, que vêm, e vão. Desta forma, a intensidade das cores das impressões profundas gradualmente é atenuada. É um processo onde os Samskaras coloridos (klishta) gradualmente tem suas cores dissipadas, a medida que os padrões de pensamentos caminham na direção de serem completamente descoloridos (aklishta).
Meditação e Meditação em Ação: Quando os Samskaras são enfraquecidos pela Meditação do Yoga, eles podem ser exauridos na vida diária mais facilmente. Quando os Samskaras são enfraquecidos pelas ações da vida diária, então podem ser exauridos na Meditação mais facilmente. As duas práticas, Meditação e Meditação em Ação, caminham de mãos dadas.
Meditação no Arco-e-Flecha
O bom uso do arco-e-flecha remove o véu sobre o Eu: Ser um bom arqueiro não trás por si só a Auto-Realização. Significa apenas uma redução e remoção de obstáculos. Aprender a arte do arco-e-flecha reduz o Karma de forma que podemos nos aquietar na imobilidade e no silêncio.
Então, através das práticas de Meditação, Contemplação, Oração e da lembrança da Palavra ou Mantra, o Eu, que sempre esteve presente, pode ser Realizado.
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Traduzido pelo yogi florianopolitano Rogério Maniezi, do original Archery and the Art of Reducing Karma through Yoga, de Swami Jnaneshvara Bharati, disponível em www.swamij.com. Se quiser entrar em contato com o tradutor, o email do Rogério é rogmani@uol.com.br.
Favor enviar mais detalhes sobre os assuntos acima: Yoga e se possivel cursos ou outros metodos. Achei muito interessante, talvez seja o momento certo!
Grato,
Volnei Mellina.
Valeu Rogério! Muito bacana essa metáfora! Vou procurar, no momento certo, usar o meu arco-e-flecha com mais discernimento. Que o alvo não seja apenas um objetivo final, mas que seja o caminho para cada flecha escolhida! Namastê! :).