Pratique, Relaxamento

Yoganidrā: Sono Consciente do Yoga

O Yoga Nidra é uma ferramenta universalmente conhecida como Sono Profundo, onde não há imagens na mente. Se houver imagens, então é o estado Desperto ou Sonho, não o estado de Sono Profundo

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yoganidrā

O yoganidrā é uma ferramenta universalmente conhecida como Sono Profundo do Yoga, onde não há imagens na mente. Se houver imagens, então é o estado Desperto ou Sonho, não o estado de Sono Profundo.

O yoganidrā está relacionado ao Sono Profundo consciente. Nidrå significa Sono Profundo e não Sonho. Sonhar e não sonhar não são a mesma coisa.

Yoganidrā avançado: O tipo de yoganidrā descrito neste artigo pode ser chamado de yoganidrā avançado. Em anos recentes, o yoganidrā tem sido distorcido de modo semelhante ao Yoga.

Desafortunadamente, quase qualquer prática guiada que traga um mínimo de relaxamento é chamado yoganidrā. Agora é essencial que usemos outro termo, tal como yoganidrā autêntico, tradicional ou avançado. Neste artigo optei pelo termo yoganidrā avançado.

O yoganidrā traz calma, tranqüilidade e clareza incríveis. O yoganidrā é uma das meditações mais profundas, levando a consciência dos vários níveis do processo mental para um estado supremo de imobilidade e discernimento.

As descrições no texto abaixo podem ser difíceis de entender. Com paciência e leitura completa, o entendimento recompensará o esforço, permitindo que se veja a imensa profundidade do yoganidrā, que está muito além do simples relaxamento.

Diz-se que uma imagem é melhor do que mil palavras. Algumas vezes são necessárias mil palavras para que aconteça o aha interno do entendimento.

O mais importante é que é a prática persistente que traz o resultado real do yoganidrā, assim como em todas as práticas úteis na vida e no Yoga.

Yoganidrā significa “sono do Yoga”. É um estado de sono profundo consciente.

yoganidrā

Na meditação, permanecemos no estado desperto de consciência e gentilmente focamos a mente, enquanto permitimos que padrões de pensamentos, emoções, sensações e imagens surjam e desapareçam.

Entretanto, no yoganidrā, deixamos o estado desperto, passamos pelo estado do sonho e vamos para o sono profundo, permanecendo sempre acordados.

Embora o yoganidrā seja um estado muito relaxante, é usado pelos yogis para purificar os saṁskāras, as impressões profundas, que são a força motriz por trás do karma.

O yoganidrā é conhecido a milhares de anos pelos sábios e yogins. Dos três estados de consciência, o desperto, o sonho e o sono profundo, como exposto nas Upaniṣads, em especial na Māṇḍūkyopaniṣad, o yoganidrā se refere a atenção consciente no estado de Sono Profundo, referido como prājña na Māṇḍūkyopaniṣad.

Este é o terceiro dos quatro níveis de consciência do mantra Oṁ, relacionado ao estado representado pelo do Oṁ.

Os estados de experiência são: desperto, sonho, sono. Já o turīya não é uma experiência, mas a própria Consciência, presente em todos os três estados.

O estado do yoganidrā, sono profundo consciente, está além ou é mais sutil do que as imagens e processos mentais dos estados Desperto e Sonho.

Sendo o estado de consciência sono profundo, o yoganidrā é um princípio universal, e não é um domínio exclusivo de qualquer professor ou tradição mais recente.

No yoganidrā, deixamos o estado de vigília, passamos pelo estado do sonho e, no estado de sono consciente profundo, permanecemos totalmente acordados.

Meditação: Imagine que estamos no estado DESPERTO, com todas as distrações tão comuns neste estado de mente. Sistematicamente, fazemos algo com o direcionamento da nossa atenção.

Estamos praticando concentração e desapego, que nos conduz para a meditação. Os pensamentos e imagens do estado SONHO começam a vir para a superfície, embora ainda estejamos no estado DESPERTO.

Gradualmente, as distrações desaparecem, nossa mente se torna focada e estamos tendo uma bela meditação. Estamos profundamente relaxados e ainda estamos no estado DESPERTO de consciência, que é a natureza da meditação.

Yoganidrā: Agora, imagine que em algum momento nos DESCEMOS, CAIMOS ou ESVAZIAMOS, ou outra palavra qualquer, para o ESTADO de SONO PROFUNDO, muito parecido com o que faríamos normalmente na cama quando não estamos sonhando.

Entretanto, desta vez, descemos todo o caminho ATRAVÉS do estado Sonho e paramos no estado Sono Profundo, apesar de, paradoxalmente, permanecermos despertos e alertas.

Este é o nível abaixo dos estados de vigília e sonho, e abaixo também de todos os pensamentos e impressões que estão associados com estes dois estados.

Agora, estamos no estado de sono consciente. Este é o estado do yoganidrā. Yoganidrā se refere a um estado de consciência e não somente aos métodos que conduzem até lá.

Nidrā significa sono e não sonhar, e Yoga significa união, onde todos os pensamentos e impressões retrocedem para o campo unificado do qual emergiram.

Swāmi Rāma descreve ‘sono insone’ e é mais profundo do que as ondas cerebrais alfada reportagem de 1973.

‘Um termo comum que está surgindo da pesquisa da mente é o de ondas alfa. Novamente, Swāmi Rāma observa um erro comum e diz enfaticamente:

‘Ondas alfa e meditação não são a mesma coisa. Ondas alfa são criadas pelo relaxamento. Não é um estado elevado. Certa vez, quando coloquei meu cachorro pastor alemão na máquina de biofeedback ele gerou 75% de ondas alfa.”

Yoganidrā, sono Consciente Profundo

Veja também o artigo: Bindu: Pinnacle of Yoga, Vedanta and Tantra.

Companheiros no Objetivo Mais Elevado: Este ainda não é o elevado objetivo do sādhana (práticas espirituais), que é experimentar a consciência em si, independente de qualquer falsa identificação menos sutil, etc…

Podemos chamar isto de Puruṣa, Ātman, ou a experiência do estado de turiya, o quarto estado, mas é algo diferente e está além do nível do Sono Profundo consciente que é o objetivo do yoganidrā.

Entretanto, Meditação e yoganidrā trabalham em conjunto, como companheiros de prática, na preparação para tal experiência elevada.

Yoganidrā e meditação são companheiros

Na Meditação, permanecemos no estado de consciência Desperto e gradualmente permitimos que os níveis inconsciente e subconsciente se manifestem, expandido o estado Desperto com a concentração direcionada e sem apego aos fluxos de impressões que transbordam no campo da mente.

Estado Desperto – A do AUM

No yoganidrā, deixamos o estado de consciência Desperto e vamos para o estado de consciência Sono Profundo, ainda que paradoxalmente permaneçamos totalmente despertos.

Este é um estado extremamente relaxante nos quais os samskaras do apego e da aversão, a força motriz por traz do karma, têm sua força atenuada.

Estado de Sono Profundo – M do AUM

O sonhar acordado, que é experimentado entre os estados acordado e onírico, como quando acordamos algumas vezes de manhã com uma agradável sensação de estar meio desperto e meio sonhando, não é yoganidrā.

Este sonhar acordado é com freqüência o objetivo do relaxamento e dos exercícios de visualização, mas o Yoga Nidra é muito mais profundo.

Transição ou Sonhar Acordado

O yoganidrā permite o acesso ao nível latente ou subconsciente da mente, que está abaixo até mesmo do nível da mente que processa, fantasia e imagina.

Este nível latente é a entrada para o nível causal da realidade, do qual brota o plano sutil, psíquico, astral da realidade, que por sua vez causa, ou faz nascer, o nível denso.

Sono Profundo Consciente – M do AUM

Meditação e Yoga Nidra trabalham juntos, como companheiros de prática, através do qual purificamos os níveis mais profundos da mente e expandimos o estado de consciência para incluir o que era previamente inconsciente. Finalmente, a expansão inclui a realização da consciência pura que permeia todos os níveis.

Expansão / Realização

Yoganidrā é um estado e não os métodos que conduzem para este estado.

A consciência recua no yoganidrā

Estado Desperto: No estado Desperto de consciência, os três níveis estão ativos e sendo usados. A mente Consciente está evidentemente sendo usada.

A mente Inconsciente também está processando, apesar de comummente não ser percebida, semelhante a um microprocessador ativo de um computador (durante a Meditação ela é percebida).

O Subconsciente também está ativo e assim seus dados estão disponíveis quando necessários, semelhante aos dados de um hard disk de um computador.

(Muitas vezes os nomes Inconsciente e Subconsciente são invertidos. A escolha das palavras não é importante; o significado por traz delas é o que conta).

Estado do sonho: No estado de consciência Sonho, o nível que chamamos de funcionamento Consciente recuou para o campo da mente de onde emergiu.

Somente o processo Inconsciente permanece, junto com a fonte de armazenamento do Subconsciente. As impressões do Subconsciente se movimentam e se tornam parte do processo de sonho que está acontecendo no nível Inconsciente da mente.

Estado Sono Profundo: No estado de consciência Sono Profundo, os níveis Consciente e Inconsciente recuaram para o campo da mente de onde originalmente emergiram, onde as memórias estão armazenadas. Somente o nível Subconsciente ainda está ativo.

No nível Subconsciente as memórias estão em uma forma sem forma, e não há imagens como no estado de sonho. O nível subconsciente é aquele que dá nascimento as imagens.

Neste nível também não há a manifestação de pensamentos e ações do estado Consciente. Esta profunda imobilidade está no domínio do Yoga Nidra, quando experimentado conscientemente e não de modo inerte, como no sono comum.

Processo de Recuo: A importância deste processo de recuo não deve ser supervalorizada. Tornou-se muito comum em modernos círculos do Yoga pensar que o yoganidrā é somente outra terminologia para exercícios de relaxamento, o que não é.

Quase todos os exercícios de relaxamento funcionam quando estamos no estado Desperto ou quando estamos sonhando acordados entre os estados Despertos e de Sonho.

Alguns praticantes modernos sonham conscientemente, um processo que ficou conhecido como Sonho Lúcido.

Embora isto possa ser útil como um exercício de Meditação, particularmente se usado para desenvolver o desapego (vairāgyaṁ), isto também não é yoganidrā.

(Desapego ou vairāgyaṁ é um de dois princípios básicos do Yoga. Leia o Yogasūtra, 1.12 – 1.16).

Sono Profundo Consciente: Repetindo, yoganidrā é o estado de Sono Profundo consciente. Está além, ou mais profundo, do que outras práticas, não importa quão útil estas outras práticas possam ser.

Yoganidrā – Sono Profundo Consciente

Compatível e Não Contraditório: É fácil cair na armadilha de pensar que, devido ao estado de consciência do yoganidrā estar além ou ser mais profundo (ver acima) do que outras práticas, significar necessariamente que é uma prática melhor.

Devemos procurar e fazer o que é percebido como sendo a melhor prática, evitando o que é percebido como sendo uma prática de menor valor.

Não levando em consideração quais nomes ou termos são usados, tal como yoganidrā, dhyāna (meditação), ou smṛti (lembrança), as práticas com os estados Desperto, Sonho e Sono Profundo são compatíveis e não contraditórias.

Para o yogin, as práticas são feitas com os três níveis, não importando quais nomes sejam dados para estes níveis e para os métodos praticados. Isto ainda seria verdade se o nome yoganidrā nunca tivesse sido usado para qualquer prática ou estado de consciência.

  • O yogin explora conscientemente o estado Desperto.
  • O yogin explora conscientemente o estado Sonho.
  • O yogin explora conscientemente o estado Sono.
  • O yogin procura experimentar os três ao mesmo tempo.
  • O yogin procura experimentar o Absoluto além destes três estados.

Pensamentos sem Forma: Para entender o Yoga Nidra, é imperativo entender que os pensamentos estão em uma forma sem forma.

Literalmente não há imagens e palavras como existem nos estados Desperto e Sonho. Não há experiência visual de qualquer tipo, incluindo os aspectos físicos do próprio corpo, ou de qualquer seqüência de sonhos.

Mesmo assim, há um conhecimento verdadeiro, mais profundo do que qualquer conhecimento que esteja nas palavras ou imagens.

Este nível tem sido chamado de depósito infinito de conhecimento, ou de biblioteca infinita (Sono Profundo, Prajna).

Berço dos Sonhos: Enquanto não houver imagens neste nível, a atenção pode se voltar levemente para o exterior, assim iniciando a saída do yoganidrā através do estágio de transição entre os estados de sono consciente profundo e sonho.

Aqui, o nascimento de imagens conduzindo a sequências de sonhos e processos mentais é experimentado.

Na ciência da Meditação do Yoga, este estágio de transição é chamado de Aladani, um pouco parecido com a estória da lâmpada de Aladin, onde o gênio que estava em forma latente (como em Sono Profundo) vai para o estágio de transição ao se tornar uma pequena nuvem antes de adquirir uma forma parecida com a humana (primeiro no nível Sonho ou sutil e então no nível denso ou Desperto).

Além dos Arquétipos: Algumas escolas de psicologia se referem às impressões profundas como arquétipos. Entretanto, estes arquétipos são mencionados como tendo forma.

No contexto destes arquétipos, o yoganidrā está tocando o nível causal, que antecede, ou está abaixo, dos arquétipos. É o nível da semente, ou bija, a partir do qual os arquétipos e subsequentes dramas emergem.

Atenuando o karma: É por causa deste acesso ao nível da semente, ou bija, que é possível atenuar diretamente os samskaras, ou impressões profundas que dirigem o karma, ou ações.

Karmaśāya: Depósito de Karma (Samskāras)

A Consciência Está Presente 24 horas por Dia: Outra maneira de ver este processo é que a consciência no nível mais sutil existe 24 horas por dia.

Algumas vezes esta consciência vem para fora, se expressando no nível sutil, psíquico ou astral, o qual comummente conhecemos como o estado de Sonho.

Em outras vezes a consciência vem ainda mais para fora, se expressando no plano denso, no mundo externo, através do corpo físico.

Visto desta maneira, é fácil entender como os sábios disseram que a morte, Sono Profundo e samādhi são muito parecidos ou estão relacionados como irmãos.

É uma ferramenta universalmente conhecida como Sono Profundo onde não há imagens na mente.

Se há imagens, então é o estado Desperto ou Sonho, não o estado Sono Profundo.

Yoganidrā se refere a sono consciente profundo.

‘Nidr’ significa ‘Sono Profundo’ não ‘Sonho’.

Sonhar e não Sonhar não são a mesma coisa.

Não é Yoganidrā

A profundidade do yoganidrā foi quase perdida em anos recentes, tal como aconteceu com o Yoga em geral. Aqui estão alguns pontos que podem ajudar a clarear a natureza do yoganidrā.

Não é mero relaxamento: tornou-se popular usar o termo yoganidrā para qualquer método que ajude a induzir relaxamento. Yoganidrā não é mero relaxamento, não importa o quão útil exercícios de relaxamento possam ser.

Yoganidrā é um estado específico de consciência, relacionado a experiência consciente sem sonho, o Sono Profundo.

Pode parecer sem importância, mas se não há o discernimento da diferença entre o relaxamento e o yoganidrā, a imensa profundidade do v pode ser completamente perdida.

É melhor ver esta diferença, usufruir do relaxamento pelo seu próprio valor e então prosseguir para a profundidade do yoganidrā quando se estiver preparado para esta experiência profunda.

Não é imaginação ativa: O processo de imaginação ativa não é yoganidrā. Imaginação ativa pode ser uma prática muito útil e pode ser usada como preparação para o yoganidrā, mas não é yoganidrā.

Na profundidade do yoganidrā, os aspectos da mente usados para a visualização recuaram, como descrito na seção anterior.

Imaginação ativa não é yoganidrā
Afirmações não são yoganidrā
Música não é yoganidrā
Yoganidrā não é recente

Não é Afirmação ou Auto-sugestão: Yoga Nidra também não é uma prática de auto-sugestão, como afirmar pedidos de característica pessoal ou desejar objetos mundanos.

Também não é um processo de afirmação verbal. Se estamos em um nível de consciência onde fazemos afirmações orais de qualquer tipo, então definitivamente não estamos no estado sutil de yoganidrā.

Neste caso, a consciencia, o estado de mente Desperto, ainda não recuou para a causa da qual emergiu.

Não é a Lei da Atração: Há um movimento popular, algumas vezes denominado como ‘a lei da atração’, segundo o qual várias visualizações ou intenções são programadas na mente de tal forma a manifestar ganhos materiais como dinheiro, carro novo ou relacionamentos.

Este tipo de saṅkalpa ou ‘intenção’ atualmente é usado em alinhamento com o yoganidrā.

Alguns dos assim chamados professores destas novas técnicas de ‘yoganidrā‘ estão ganhando grandes quantias de dinheiro ao ajudar pessoas a aprenderem como, em troca, a manifestarem o mesmo.

Os sábios usaram este estado profundo de consciência como um meio de queimar os desejos para transcendê-los, não para afirmá-los e traze-los a existência. O processo foi efetivamente revertido em 180 graus.

Não é Música: yoganidrā também não é música, não importa o quão relaxante música possa ser para a mente consciente.

Música não é uma experiência ruim. Pode ser uma experiência muito prazerosa, mas simplesmente não é yoganidrā.

Não importa o quanto se queira, não fará com que seja verdade. Yoganidrā é a experiência do Sono Profundo consciente (prājna) e isto não ocorre enquanto estamos ouvindo música.

Não é Yoganidrā

Não é ‘Alfa’ ou Sonhar Acordado: Entre os estados Desperto e Sonho há um estágio de transição que com freqüência é chamado ‘sonhar acordado’.

De fato, de vez em quando, todos experimentamos este estado de transição relaxante, intrigante, compreensível e útil quando acordamos do sono.

Este estado de consciência é com freqüência desenvolvido em treinos de relaxamento e está relacionado as ondas cerebrais alfa.

Não importando quão útil e prazeroso possa ser, NÃO é o estado de Sono Profundo, que é a característica do verdadeiro yoganidrā.

Infelizmente, tornou-se comum usar o termo ‘yoganidrā‘ para qualquer tipo de relaxamento.

Não é visualização ou sonho: o estado de sono consciente é um estado sem formas, onde não há imagens ou palavras. Explorar as imagens da mente é muito útil, senão essencial, parte da meditação.

Entretanto, uma dentre as características exclusivas do yoganidrā é que ele é experimentado além dos processos densos e sutis da mente.

As vezes é exasperador continuar explicando, mas esta é uma ferramenta universalmente conhecida como yoganidrā onde não há imagens.

Entender isto é muito difícil para estudantes modernos devido ao crescente número de artigos, livros, seminários e palestras que incorretamente declaram que o yoganidrā é explorar imagens.

Novamente, estes são processos úteis, mas ao falhar em entender a profundidade do yoganidrā, esta profundidade nunca será experimentada.

É imperativo entender que sonhar e não-sonhar (sono profundo) são dois processos ou níveis de consciência diferentes.

Algumas fases da meditação lidam com imagens no nível do sonho, mas o yoganidrā está relacionado ao Sono Profundo consciente.

Não é novo: yoganidrā é um processo universal mais antigo do que qualquer outro que tenha sido inventado ou descoberto em anos recentes, ao contrário do que é reivindicado por alguns.

Esta prática era conhecida pelos sábios do Himalaia há muito tempo. Com alguma reflexão sobre a natureza do yoganidrā como sendo sono consciente, fica evidente que é um processo universal.

Estes níveis de consciência são comentados em toda a Upaniṣads, em particular a Māṇḍūkyopaniṣad.

Não é uma ‘marca registrada’: Muitos dos assim chamados ‘estilos’ modernos de Yoga possuem o nome de alguém na frente, com se aquela pessoa tivesse inventado o Yoga.

Infelizmente, o mesmo tem acontecido com o yoganidrā, com o nome de alguém sendo colocado na frente da palavra yoganidrā. O egotismo e arrogância dos assim chamados professores modernos não conhece limites.

Não é marca comercial: quando se percebe que yoganidrā se refere a sono consciente profundo, a noção da marca comercial yoganidrā soa como um absurdo. Como o yogin dorme? Conscientemente, que é o yoganidrā.

Como alguém pode estar tão confuso ao ponto de pensar que é possível registrar a marca comercial do ‘sono’? Parece pouco razoável, mas é o que está acontecendo.

Somente os praticantes mais dedicados abandonarão esta luta de egos para ter a experiência universal do sono profundo consciente, ou yoganidrā.

Este é o domínio do yoganidrā:

Yoganidrā significa sono do Yoga: É um estado de sono consciente profundo.

Na meditação permanecemos no estado desperto de consciência e gentilmente focamos a mente, enquanto permitimos que padrões de pensamentos, emoções, sensações e imagens aflorem e desapareçam.

Entretanto, no yoganidrā, deixamos o estado desperto, passamos o estado de sonho e vamos para o sono profundo, ainda permanecendo acordados.

A Profundidade Vem com o Tempo: O que fazer se estamos praticando yoganidrā mas ainda não alcançamos o estado de yoganidrā?

As práticas que levam até o yoganidrā são muito úteis. É bom usufruir do relaxamento e treino da mente.

Em certo ponto, as práticas se aprofundam, talvez apenas por um momento, como um flash, quando experimentamos o profundo do yoganidrā.

Pode acontecer logo, ou demorar, mas com certeza vai acontecer, com paciência e prática.

As Ondas Cerebrais estão em Delta

Correlação com as Ondas Cerebrais: Embora os objetivos do yoganidrā sejam a experiência e o discernimento espirituais, e não apenas mudar as atividades físicas do cérebro, existe alguma correlação com os padrões de ondas do cérebro, resumido abaixo:

Nome Freqüência Descrição em hertz / ciclos por segundo.

Beta 14 a 30 Nível comum das atividades mentais diárias, alertas, ativas. Também é o nível de atividade associada com a tensão ou estresse.

Alfa 8 a 13 Relaxado, passivo, perder-se em pensamentos, com freqüência considerado o objetivo dos exercícios de relaxamento.

Embora seja um estado muito relaxante e útil de ser praticado, algumas vezes é considerado incorretamente como sendo o objetivo do yoganidrā.

Teta 4 a 7 Normalmente considerado como sendo inconsciente, talvez sonolento, ou meio adormecido.

Algumas vezes este nível também é incorretamente considerado como o nível do yoganidrā, onde ainda existem experiências com imagens e fluxos de pensamentos.

Delta 0,5 a 3,5 Considerado como sendo o inconsciente, sem sonho, sono profundo (prājña).

No yoganidrā, as ondas cerebrais estão neste nível, enquanto o praticante permanece em sono consciente profundo, além das atividades experimentadas nos outros níveis.

O relaxamento deve vir primeiro: quando se pratica yoganidrā pela primeira vez, há uma boa chance de não experimentar o estado de yoganidrā.

Os praticantes podem estar muito relaxados, com ondas cerebrais diminuindo de Beta para Alfa ou Teta, mas não diminuindo para o nível Delta.

Outra possibilidade, que com freqüência acontece no início, é cair no sono no nível Delta, perdendo a atenção consciente e assim não experimentando o verdadeiro yoganidrā.

Seja Paciente: É importante ser muito paciente ao se praticar yoganidrā. O relaxamento que acontece nos níveis Alfa e Teta pode ser muito útil para a saúde física, emocional e mental.

Não é ruim que não experimentemos inicialmente a profundidade do yoganidrā e não entremos conscientemente no Sono Profundo e em Delta.

Estas experiências relaxantes são uma parte muito legal da vida e nos preparam para as experiências profundas do Yoga Nidra.

Ondas Cerebrais Delta, Não Alfa: Existe alguma confusão sendo divulgada sobre o yoganidrā e ondas cerebrais.

Possivelmente devido ao fato de que muitas experiências tem início no nível Alfa, muitos ensinam que alfa é o objetivo do yoganidrā.

Embora os níveis Alfa e Teta possam ser passos muito úteis no caminho, o objetivo final do yoganidrā é experimentar o sono consciente profundo, que está relacionado com as ondas cerebrais delta.

A prática verdadeira do yoganidrā, no fim das contas, conduz a atenção consciente além de qualquer nível de funcionamento físico do cérebro.

Yoganidrā significa Sono Yogico, não Sonho Yogico
Yoganidrā significa Sono Yogico, não Sonho Yogico
Yoganidrā significa Sono Yogico, não Sonho Yogico

Sono Yogico, Não Sonho Yogico: Lembremos, o aspirante quer alcançar o Yoga Nidra, Sono Profundo consciente, onde os samskāras, que são a força motriz por trás do karma, podem ser purificados em sua forma sem forma, latente.

Este processo acontece além, ou abaixo, de toda a atividade dos estados mentais Desperto e Sonho. Yoganidrā significa Sono Yogico, não Sonho Yogico.

Yoganidrā e Pára-Quedismo

O estado de consciência versus os métodos: os métodos usados pelo yoganidrā treinam a mente a focar no interior cada vez mais sutil, até, finalmente, a atenção mergulhar na imobilidade e na ausência total de objetos.

Os métodos não são o yoganidrā, apenas levam até ele. O yoganidrā é um estado de consciência, não os métodos que nos conduzem até este estado. Esta é uma questão que causa confusão e necessita um pouco de reflexão para compreender.

Os métodos são a preparação: pense em pára-quedismo. Entramos em um avião, que alça vôo e ganha altitude. O piloto posiciona o avião no lugar certo e diminui a velocidade.

Então, finalmente, pulamos para fora do avião e iniciamos o pára-quedismo. Nenhum dos passos que levou até o pára-quedismo é o pára-quedismo, nem o avião por si está relacionado diretamente com o pára-quedismo.

O avião e as ações de decolar, ascender e voar eram somente a preparação para o momento onde podemos executar a parte denominada de pára-quedismo.

Variedade dos métodos: existem muitos tipos e tamanhos diferentes de aviões dos quais podemos saltar de pára-quedas. Podemos também saltar de pára-quedas de um penhasco, prédio ou ponte altos.

Estes são os métodos que nos levam ao ponto de salto para o pára-quedismo. O mesmo é verdade para os vários métodos que nos levam para o ‘ponto de salto’ para o estado de yoganidrā.

Pulando para fora: entrar em yoganidrā é como pular para fora do avião.

Há muitos métodos que podemos usar para treinar a mente a mover a atenção de tal forma que possamos pular para fora dos estados de consciência Desperto e Sonho, para a experiência de consciência plena do Sono Profundo (Prajna). Esta é a experiência do yoganidrā.

O yoganidrā está além de qualquer visualização ativa
que possa nos levar na direção do yoganidrā

Busque o Profundo Além da Imaginação: Existe uma razão pela qual é tão importante reconhecer que o Yoga Nidra é um estado e não um método.

É muito fácil praticar as técnicas, mas também é fácil pensar, de modo incorreto, que o objetivo é somente o relaxamento através da visualização ativa.

Visualização ativa por si pode ser um prática muito útil, mas ao permanecer em suas águas rasas perdemos o profundo valor do yoganidrā.

Podemos praticar visualização ativa por muitos anos e não estarmos cientes da profundidade do yoganidrā.

Lembremos da metáfora do pára-quedas, e que embora visualizações ativas possam ser úteis nas práticas que nos conduzem ao yoganidrā, o yoganidrā real surge ao irmos além da imaginação.

Esvaziando: Estando ciente das diferenças dos níveis dentro da prática, podemos trabalhar conscientemente para alcançar a finalidade da prática, o momento de ‘pular para fora do avião’, para a prática esvaziante que é o yoganidrā. Este processo de esvaziamento será descrito mais adiante neste artigo.

Purificando os samskāras, os Padrões Profundos de Hábitos

Examinando: o yoganidrā é um estado muito relaxante e também é extremamente útil para práticas espirituais.

Os yogins usam o yoganidrā para examinar padrões de pensamentos em sua forma latente, não ativa.

O yogins usam o yoganidrā para atenuar os samskāras, a força motriz por trás do karma.

Samskāras: Este nível de consciência é o lugar para onde vão os pensamentos, emoções, imagens e sensações quando terminam sua atuação nos estados Desperto e Sonho.

Estas formas sem forma, ou profundos padrões de pensamentos, são chamados samskaras e são a força motriz das ações, ou karma.

Reduzindo Hábitos Profundos: Assim, o yoganidrā é uma ferramenta para examinar, atenuar e eliminar padrões de hábitos, ou samskaras, os quais não são úteis.

Ações negativas habituais, que normalmente emergem destas impressões profundas, podem assim ser reduzidas e eliminadas através da prática do yoganidrā.

Não Ser Distraído pelo sem Forma: No estado Desperto, padrões de pensamentos podem ser um problema. No estado Sonho, podem formar seqüências de pensamentos que parecem nos arrastar.

Entretanto, imagine que podemos observar nossos padrões de pensamentos quando não estão ativos, quando estão em uma forma dormente, latente, enquanto nós estamos despertos.

Assim eles não podem nos perturbar ou distrair. É isto o que acontece no yoganidrā. O paradoxo é que embora eles não estejam na forma ativa, ainda assim permanecem lá.

Pode ser frustrante tentar conceituar, mas isto é o mais próximo que podemos chegar, ao tentar dizer que eles estão em uma forma sem forma.

Pensamentos Sutis com Pouca Carga: Imagine uma foto na tela do computador. Pode ser uma imagem que achemos agradável ou ofensiva.

Entretanto, imagine que vemos uma tela com os números binários, com zeros e uns que matematicamente formam aquelas imagens no disco do computador.

Não haveria reação alguma. Haveria apenas um agrupamento de números, sem qualquer carga emocional.

É isto o que acontece quando testemunhamos samskāras, as impressões profundas que dirigem o karma, ou ações, enquanto estamos no yoganidrā.

Podem haver traços sutis de emoções, mas são muito, muito sutis e não parecem ter a capacidade de ativar desejos, quereres, gostos, ou aversões.

Transformação dos Samskaras: Pela observação dos samskāras no estado de yoganidrā, uma certa transformação acontece.

Eles começam a perder as cores da aversão e atração. Começam a enfraquecer e são cada vez menos capazes de, posteriormente, controlar nossos pensamentos e ações.

Desta forma, usamos o yoganidrā para reduzir ou suavizar a influência de nossos samskāras que se manifestam como karma.

Quem Eu Sou: Através do yoganidrā, há uma progressiva constatação de que ‘aquele que eu sou é diferente de meus pensamentos’.

No yoganidrā, experimentamos a consciência abaixo ou anterior a toda a atividade do processo mental consciente e daquela atividade que é normalmente inconsciente.

Inicialmente, estar desperto neste lugar, abaixo ou atrás do processo de pensamento, pode ser muito estranho e confuso.

Gradualmente, traz crescente paz na mente e inspiração sobre a natureza de quem nos verdadeiramente somos.

Além da Entrada: No yoganidrā encontramos a entrada para a consciência que opera além de todos os níveis da mente, que nos conduz para a percepção do centro da consciência, ou Eu.

Leva Tempo: Mais uma vez, podemos alcançar ou não o estado de yoganidrā no início. Isto não tem importância.

A experiência profunda do yoganidrā pode acontecer cedo, ou mais tarde, mas com certeza virá com a prática.

De qualquer modo, certamente vamos achar o yoganidrā como sendo uma parte muito relaxante de nossas vidas.

Yoganidrā é como o Pano de Fundo de um Cenário

Perdido em Pensamentos: Imagine que estamos sentados no auditório de um teatro. As cortinas estão fechadas, assim não podemos ver o palco. É semelhante ao estado Desperto.

A cortina do palco forma o estado de sonhar acordado ou de estar perdido em pensamentos, que fica entre os estados Desperto e Sonho.

Embora não ouçamos mais o barulho da rua movimentada, ainda estamos no estado desperto quando sentamos no teatro com as cortinas ainda fechadas.

É como entrar em um local silencioso onde vamos praticar Yoga, um local como nossa sala privada de Meditação ou uma aula de Yoga.

Estar sentado em um teatro, longe da rua, descansando em um estado agradável, é parecido com muitas das práticas de relaxamento, mas isto não é a verdadeira Meditação, que penetra nos estados sutis. Nem é yoganidrā.

Um Passo a Meio Caminho: Gradualmente as cortinas de abrem, e vemos os objetos no palco e os atores. É como estar vendo o estado de consciência Sonho, a mente inconsciente.

É um local de Meditação, onde permanecemos no estado Desperto, permitindo que o véu se abra e que o subconsciente se apresente, enquanto permanecemos focados.

Entretanto, meditação e yoganidrā são duas coisas diferentes. Algumas vezes, pode parecer que o yoganidrā é o estado a meio caminho entre os estados Desperto e Sonho, mas não é assim.

Este local a meio caminho entre os dois estados é apenas um passo ao longo do caminho.

Além dos Sonhos: Imagine que as cortinas do teatro estão completamente abertas, mas ao invés de olharmos para os atores e para o cenário, olhamos para além, para o pano de fundo atrás deles.

Levantamos da cadeira, passamos pelo palco e pelo atores e vamos para os fundos do palco, ignorando completamente o cenário e os atores.

Olhamos, mas não conseguimos ver algo. É como se o teatro tivesse se transformado em um deserto em uma noite sem lua.

Ali, atrás dos atores, como um oceano de vácuo, sentimos, estranhamente, que não está vazio. É como se estivesse totalmente cheio de potencial ou existência, mas sem uma forma específica.

Esta é a natureza do yoganidrā. É como estar no estado Sono Profundo (prājna), e mesmo assim estar totalmente consciente. Não há sonho sendo encenando, nem fantasias, nem mundo sutil.

Sono Profundo sem Forma: O yoganidrā não está entre os estados Desperto e Sonho, está além deles. Equivale ao estado Sono Profundo, onde não há imagens, nem dramas sendo encenados.

Há somente uma profunda imobilidade permanente que é rica em consciência. É como estar consciente do pano de fundo infinito e imóvel que existe atrás dos atores no palco vazio.

É um estado onde se começa a ver o potencial puro da existência sem forma. Ainda não é o samādhi, ou turīya, que fica além destes quatro estados de consciência, mas está muito próximo.

Yoganidrā é um Processo de Esvaziamento

Saltando para a Imobilidade e o Silêncio: No yoganidrā a mente não está vagando.

Não há imaginação guiada, nem exploração e nem esforço de qualquer tipo para ficar atento a um objeto ou a uma parte do próprio corpo ou ser. Ao invés, vamos para um profundo estado de esvaziamento.

Os outros processos e práticas são usados para gentilmente guiar a atenção para dentro, cada vez mais, até que a atenção finalmente escorregue, deslize ou pule para a consciência imóvel, profunda e silenciosa do sono consciente profundo (prājna), ou yoganidrā.

Na hora de ‘saltar’ para o yoganidrā, aqui está o que acontece:

  • Na prática do yoganidrā, convidamos nossa atenção para ir fundo na imobilidade e silêncio, no espaço no meio do peito.
  • Enquanto avançamos no estado do yoganidrā, queremos ‘esvaziar, esvaziar, esvaziar’ o campo da mente.
  • Podem haver pensamentos na mente no estado Sonho, mas continuamos indo para o yoganidrā. Assim como nossa atenção deixa as atividades do mundo exterior, também deixa o estado de mente Sonho, e vamos mais profundo.
  • Deste excelente ponto de observação, toda a atividade mental é externa e não é percebida.
  • Neste local, abandonamos totalmente qualquer palavra, pensamento, imagem e impressões na mente, que está completamente vazia.
  • É este esvaziamento que nos leva ao yoganidrā, ao sono consciente profundo.
  • Focamos nossa atenção no espaço no meio do peito e vamos aprofundando e aprofundando no yoganidrā.

Investigue o que é, Não Fique Fantasiando: Lembremos, usamos muitos métodos para nos mover para o estado de yoganidrā.

Mesmo podendo usar visualizações para relaxar o corpo e focar a mente, o que é recomendado é a exploração dos aspectos de si mesmo que já estão ali, ao invés de criar uma nova fantasia.

Por exemplo, se visualizamos uma praia ou uma floresta, ou imaginamos sons de animais na natureza, estamos criando uma alucinação na mente.

Se exploramos sistematicamente pontos interiores, ou o fluxo de energia da respiração, estamos examinando aspectos de algo que realmente encontramos e assim podemos ir além.

Relaxamento Versus Sono Profundo: Falando de forma diferente, podemos dizer que há dois usos comuns do nome yoganidrā.

Primeiro, o yoganidrā é um exercício de relaxamento, no qual há imaginação ativa. Segundo, o yoganidrā é o estado Sono Profundo consciente (prājna), sem qualquer imagem, que é o significado verdadeiro do yoganidrā.

Vazio no Espaço ao Invés de Vazio no Chakra: As descrições acima sugerem que esvaziamos o espaço no meio do peito.

Embora possamos descrever como o esvaziamento do chakra que existe neste local, isto poderia sugerir alguma forma de visualização, como se estivéssemos tentando ver ou experimentar um objeto chamado cakra.

O uso da palavra espaço sugere que não estamos procurando por um objeto. Em outras práticas com certeza devemos procurar por algum objeto, mas no yoganidrā queremos esvaziar o espaço.

É por conveniência e clareza que o ponto de partida deste esvaziamento interior último é descrito como o esvaziando do espaço no meio do peito.

Corpo e Respiração São Deixamos para Trás: É importante ressaltar que ao entrar no yoganidrā, o estado de Sono Profundo consciente, a consciência do corpo e da respiração foram deixados para trás.

A atenção se moveu muito para dentro, muito além da consciência de qualquer aspecto do corpo físico, da respiração ou imaginação da mente.

Este é um processo sucessivo de se mover para dentro: primeiro o corpo, depois a respiração, depois a mente e então o vazio do yoganidrā, o Sono Profundo consciente.

O yoganidrā é o destino, não a jornada

As Três Cidades: Imagine que estamos em um país chamado Alfabetolândia, deixamos a cidade A em nosso carro, passamos a cidade B e chegamos na cidade C, nosso destino final.

A cidade A está na planície, a cidade B está perto das montanhas e a cidade C esta perto do oceano. Após a viagem, contamos tudo sobre nossa viagem pelo telefone para nossos amigos.

  • Podemos dizer para eles que a cidade C tinha lindas planícies e pastos, mesmo que estas sejam qualidades da cidade A?
  • Podemos dizer para nossos amigos que a cidade C tinha lindas florestas, montanhas e rios, mesmo que estas sejam descrições da cidade B?
  • Não. Quando contamos a eles sobre a cidade C, contaríamos para nossos amigos sobre as belas praias e o oceano, que são uma parte da natureza da cidade C.

Certamente, diríamos sobre as outras cidades no caminho, mas não confundíamos o destino com as cidades e paisagens que encontramos ao longa da viagem. Não atribuiríamos qualidades e experiências das cidades A e B para a cidade C.

Distinção Entre a Jornada e o Destino: Igual a confundir as cidades ao longo do caminho com o destino, é muito comum comentar ou perguntar sobre o yoganidrā, mas na verdade se estar falando sobre experiências dos estados Desperto e Sonho.

O estado Desperto é como a cidade A, o estado Sonho é como a cidade B e o estado Sono Profundo é como a cidade C. Embora o conteúdo, experiências e atividades dos estados Desperto e Sonho (ou sutil) sejam investigados através da Meditação, a exploração destes dois estados ou níveis não é o objeto do estado de consciência Sono Profundo (Prajna) ou Yoga Nidra.

É muito útil para o praticante de meditação e yoganidrā estar ciente destas diferenças. Como comentado no início deste artigo, a meditação e o yoganidrā são companheiros de prática.

Práticas de Yoga nos estados Desperto, Sonho e Sono Profundo certamente são complementares, mas com certeza também são diferentes.

Práticas com Impressões Ativas e Latentes: Saber que existem várias camadas ou níveis ajudará muito a lidar com práticas de Yoga.

Um dos motivos principais é que desta forma temos duas linhas gerais para trabalhar com as práticas.

Uma é trabalhar com processos, imagens ativas e impressões (se nos estados Desperto e Sonho).

A outra é trabalhar com as impressões no estado latente, sem forma, e isto, gostemos ou não, é outro nível de realidade, que está abaixo dos estados Desperto e Sonho. É neste nível que os samskaras, a força motriz por trás do karma, estão armazenados.

Meditação em ação e Meditação sentada, que exploram os estados Desperto e Sonho (sutil), lidam com os níveis de impressões e imagens ativas, até que se expandam para a Meditação profunda ou samādhi.

O Yoga Nidra trabalha diretamente com o nível de consciência latente, que está relacionado com o nível Sono Profundo.

Mais uma vez, os nomes destes níveis e práticas não importam tanto quanto entender que os aspectos ativo e latente existem.

Trabalhar com ambos, cada qual a sua maneira, é muito útil no caminho da autorrealização.

Quarto Local e Ótimo Ponto de Observação: Na metáfora do pais chamado Alfabetolândia, devemos ressaltar que há outro ótimo local de observação, que é dentro de um avião voando alto.

Deste local elevado, podemos olhar para baixo e ver as três cidades (sendo um pais metafórico pequeno). É, de certa forma, como o quarto estado de consciência, chamado turīya, que se refere a consciência pura que permeia os outros três estados.

Nomes Realmente Importam?: De certa maneira, nenhum destes nomes realmente importam. Faz diferença se chamamos de meditação ou yoganidrā?

Importa se dizemos que o Sonhos e o mundo sutil estão em taijasa ou que o Sono Profundo está relacionado com o nível prājna?

O que importa, e muito, é que lembremos que não estamos apenas falando de dois níveis de consciência: o visível e o invisível, o material e o espiritual, aqui e lá, etc.

Não estamos falando apenas de um único nível de consciência que está além do nosso estado típico de consciência, o estado Desperto do dia-a-dia.

Existem dois níveis principais de consciência, ou realidade, ou qualquer outro nome que queiramos usar, que estão além de nosso nível de consciência comum do dia-a-dia.

Isto totaliza três níveis de consciência. O ‘quarto’ nível, é claro, está além destes três. Um destes três níveis principais está relacionado com as impressões latentes, que não estão se expressando de alguma forma.

Os outros níveis estão relacionados com a expressão ativa das ações ou pensamentos (se no estado Desperto ou Sonho). Este processo multi-nível é discutido no artigo ‘Realization Beyond the Gross and Subtle.

Yoganidrā e os Cakras

Cakras: Os estados de consciência Desperto, o Sonho e o Sono Profundo (Prajna) funcionam, de modo predominante, a partir de três chakras distintos.

É relativamente simples perceber que nosso estado Desperto funciona a partir da área do chakra Ajna.

Perceba que esta é a área da face com a qual pensamos, vemos, ouvimos, cheiramos, etc., quando estamos no estado Desperto.

Também podemos dizer que caímos no sono nos chackas inferiores, quando entramos nos estados Sonho e Sono Profundo.

——————————————
Experiência – Cakra
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Vigília — ājña — intercílio

Sonho — viśuddha — garganta

Sono — anāhata — coração
——————————————

Cakra do Coração e o Esvaziamento: O yoganidrā é praticado com o esvaziamento do espaço no meio do peito, o cakra do coração.

  • No estado desperto, a consciência opera a partir do centro da sobrancelha, como o centro de comando para os processos mentais e sensoriais.
  • No estado Sonho, o centro da garganta é o local a partir do qual a consciência opera. O chakra da garganta é descrito com freqüência como o centro da criatividade, e esta criatividade é manifestada, em parte, como seqüências de sonhos.
  • No estado Sono Profundo, a consciência opera a partir do espaço no meio do peito, o centro do coração.

Movendo a Atenção Através dos Três Centros: Assim, na prática do yoganidrā, uma das partes mais efetivas do processo é sistematicamente trazer a atenção dos níveis Desperto e Sonho para o nível de consciência Sono Profundo (prājna) ao mover a atenção pelos três centros, método descrito mais adiante neste texto:

Processo interior sistemático do yoganidrā

Vigília > sonho > sono consciente profundo

Centro do intercílio > garganta > espaço do coração

Vazio no Centro do Coração: É importante ressaltar que a questão dos cakras no yoganidrā é totalmente diferente de escolher qual centro focamos na Meditação.

Nossa predisposição ao nível da personalidade pode ser, por exemplo, de sentimentos no coração ou pensamentos no centro da sobrancelha.

Na meditação, podemos seguir uma destas predileções como o local para se concentrar.

Entretanto, nas profundezas dos três níveis de consciência, todas as pessoas são construídas da mesma forma, e assim o espaço no meio do peito é o espaço para ser esvaziado no yoganidrā.

É o local natural onde a consciência repousa durante o Sono Profundo. Também é importante notar que, em qualquer cakra que possamos estar praticando meditação, pode haver um momento, um instante, em que a atenção entre no canal sutil chamado Brahmānāḍī, que liga o centro da sobrancelha ao cakra da coroa, acima.

Algumas vezes isto é descrito como ver uma luz no fim do túnel. Este processo não deve ser confundido com questões de predisposições para meditação, nem com o esvaziamento no coração do yoganidrā.

O Tantra e os Três Níveis

Tripura: Tri significa três e pura significa cidade. Tripura é a consciência que opera nas “cidades” Desperto, Sonho e Sono Profundo, assim como nos aspectos Consciente, Inconsciente e Subconsciente da mente.

Algumas vezes conceitualizado como o feminino divino (Śakti), comparado ao masculino divino (Śiva), ela permeia as três cidades do mundo Denso, do plano Sutil e da realidade Causal.

Tripura também permeia muitas outras trindades, como a existência inerente no passado, presente e futuro. Isto é uma tradução tántrica dos três níveis de consciência mapeados pelo símbolo do mantra Oṁ e seus níveis vaiśvanāra, taijasa e prājna.

Dedicação, devoção, amor e entrega para esta fonte criadora ou Mãe divina é uma dos aspectos mais refinados do Tantra como um traçado direta para a Realização.

Alguns conceitualizam Tripura como uma deidade antropomórfica, enquanto as práticas mais sutis são dirigidas para o Tripura sem forma, o quarto estado além das três cidades. O

Bindu de Śrī Yantra é o símbolo desta elevada Realidade transcendente. A qualidade das três cidades é um aspecto dos mantras Oṁ, Gāyatrī e mahāmṛtyuñjaya.

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Os métodos são muitos e simples

Do denso ao sutil: Existem muitos métodos que levam ao ponto de onde podemos ‘pular’ para o estado de yoganidrā.

A ideia destes métodos preparatórios é que comecemos com nossa atenção nos aspectos mais densos de nosso ser, como por exemplo o corpo físico, e sistematicamente movemos a consciência para dentro, para os níveis mais sutis.

Atenção interior progressiva: por exemplo, mover a consciência da respiração para cima e para baixo como um fluxo de luz na espinha é mais sutil, profundo e interior do que mover a atenção interior através de partes do corpo físico.

Progressivamente, a atenção vai se interiorizando naquele local interno último, de onde se ‘pula’ para o silêncio e imobilidade do yoganidrā.

Muitos caminhos: assim, por exemplo, por quantos caminhos podemos mover a consciência através do corpo físico? Muitos!

Por quantos caminhos podemos trabalhar com a consciência da respiração? Muitos! Por quantos caminhos podemos explorar os fluxos sutis de energia? Muitos!

Yoganidrā é um estado de consciência, embora haja uma variedade de métodos usados para alcançar este estado.

Estados versus métodos: O ponto, mais uma vez, é que embora os vários métodos sejam extremamente úteis para subtilizar cada vez mais a atenção, o yoganidrā é um estado de consciência e não os métodos que nos levam para este estado.

O yoganidrā é o estado de consciência do Sono Profundo (prājña).

Métodos simples levam ao esvaziamento: os vários métodos são muito simples, já que todos envolvem o desvio da atenção não direcionada para caminhos sempre mais sutis.

A dificuldade, se pode ser assim chamada, está na ação determinada e deliberada de se deixar levar pelo esvaziamento, que conduz ao yoganidrā. Mas isto também acontece com a prática.

Universal: Mais uma vez é importante ressaltar que o estado de yoganidrā é universal, independente de termos ouvido alguma vez o nome yoganidrā.

O yoganidrā, como tal, é conhecido pelo yogins a milhares de anos, embora algumas pessoas divulguem incorretamente que o yoganidrā foi inventado a poucas décadas atras por um único professor moderno.

Métodos de Prática

Métodos: a seguir estão esboços de alguns métodos que conduzem ao yoganidrā. O detalhamento das práticas estão em páginas web individuais e podem ser impressas para facilitar a revisão e a prática.

A duração das práticas podem variar de 10 a 20 minutos, de 50 a 60 minutos ou mais. * (Nota do tradutor: os métodos ainda não foram traduzidos).

Yoganidrā é um estado de consciência, não os métodos que nos levam para este estado.

O estado de yoganidrā vem após os métodos: Enquanto revemos e praticamos estes métodos, lembremos que o yoganidrā é o estado de sono consciente (prājña) que vem após ou como o resultado destes métodos, através do esvaziamento do conteúdo de imagens e impressões.

Há um CD de Yoganidrā guiado disponível em inglês, que é similar ao Método 1, que também pode ser gravado com a própria voz para fazer uma prática guiada.

O método 1 envolve as práticas de:

  • Relaxamento completo
  • 61 pontos
  • Respiração na espinha dorsal
  • Consciência nos cakras
  • Yoganidrā

O método 2 envolve as práticas de:

  • Relaxamento completo
  • 61 pontos
  • Prolongada respiração na espinha dorsal
  • Consciência nos cakras
  • Yoganidrā

O método 3 envolve as práticas de:

  • 61 pontos
  • Respiração na espinha dorsal
  • Cakras
  • Yoganidrā

O método 4 envolve as práticas de:

  • 61 pontos
  • Yoganidrā

O método 5 envolve as práticas de:

  • Respiração na espinha dorsal e no centro do umbigo
  • Yoganidrā

O yoganidrā começa a acontecer naturalmente

Começa a acontecer naturalmente: quando a vida inteira de alguém se torna uma com a Meditação, o O yoganidrā começa a acontecer naturalmente.

A natureza do sono diário começa a mudar. Se torna mais consciente quando se quer que seja assim.

Os sonhos são vistos com mais vivacidade e há com freqüência uma sensação de estar dormindo na cama, embora ainda desperto.

A consciência facilmente vai para a estabilidade e silêncio que ficam além dos sonhos, no Sono Profundo consciente.

Testemunha e Determinação: Como isto acontece, do Yoga Nidra acontecer naturalmente?

Como gradualmente adquirimos a posição de uma testemunha sobre tudo o que é externo e interno, vai ficando mais fácil pôr de lado conteúdos mentais com um simples ato de determinação, o saṅkalpaśakti. De certa forma, simplesmente vamos para lá, esvaziando e entrando no yoganidrā.

O yoganidrā e a Māṇḍūkyopaniṣad

O pináculo da sabedoria dos antigos sábios está contido nos sintetizados doze versos do Māṇḍūkyopaniṣad, com a essência da filosofia e práticas do mantra Oṁ. É dito que a essência dos Vedas estão nas Upaniṣads e que a essência das Upaniṣads está na Māṇḍūkyopaniṣad.

O Terceiro Nível se refere ao yoganidrā: O terceiro dos quatros níveis de consciência mapeados no Māṇḍūkyopaniṣad, é chamado prājña, que é o nível do Sono Profundo. Este é o domínio do yoganidrā, que é o sono consciente profundo.

Os versos 1 e 2 descrevem o Ser e o Absoluto.

Os versos 3 a 7 explicam os quatro níveis de consciência.

Os versos 8 a 12 delineiam os quatro aspectos do Oṁ.

O Ser e o Absoluto (1-2)

  1. Tudo é Oṁ: Hari Oṁ. O Universo inteiro é a sílaba Oṁ. A seguir está a explicação do Oṁ. Tudo que foi, é ou será, é, em verdade, Oṁ. Tudo o mais que transcenda o tempo, espaço e causa também é Oṁ.
  2. Ātman possui Quatro Aspectos: Tudo, por toda a parte, é em verdade Brahman, a Realidade Absoluta. Este Eu absoluto, Atman, é também Brahman, a Realidade Absoluta. O Atman, ou Eu, possui quatros aspectos através dos quais atua.

Os tres níveis de experiência (3-7)

  1. O primeiro é Desperto / Denso: O primeiro aspecto de Ātman é o Eu no estado Desperto, vaiśvānara. Neste primeiro estado, a consciência está voltada para fora, para o mundo exterior. Através de seus sete instrumentos e dezenove canais, ela experimenta os objetos densos do mundo dos fenômenos.
  2. O segundo é o Sonho / Sutil: O segundo aspecto de Ātman é o Eu no estado Sonho, taijasa. Neste segundo estado, a consciência está voltada para o mundo interior. Também opera através de sete instrumentos e dezenove canais, que empregam os objetos sutis do mundo mental.
  3. O terceiro é o Sono Profundo / Causal: O terceiro aspecto de Ātman é o Eu agindo no estado Sono Profundo, prājña. Neste estado, não há desejo de nenhuma espécie, seja por objetos densos ou sutis, nem qualquer seqüência de sonhos.

No sono profundo, estas experiências recuaram ou submergiram para a área da consciência indiferenciada. Neste local, somos preenchidos com a experiência de felicidade e também podemos conhecer com mais clareza os dois estágios anteriores. Este é o domínio do yoganidrā, sono consciente profundo.

Yoganidrā – Sono Profundo Consciente

Encontre aquele que vive a experiência: Aquele que experimenta estes estados de consciência é a fonte original e onisciente que reside no interior e é o diretor de todos. É o ventre do qual os outros emergem. Todas as coisas se originam desta fonte e se dissolvem nela.

O quarto aspecto é turīya: O quarto aspecto de Ātman ou Eu é turīya, que significa literalmente “quarto”. Neste estado, a consciência não está voltada para fora ou para dentro e nem está fora e dentro ao mesmo tempo.

A consciência está além tanto da cognição quanto da ausência de cognição. Turīya não pode ser experimentada através dos sentidos ou conhecida por comparação, raciocínio dedutivo ou suposição.

Não pode ser descrita, não pode ser compreendida e não pode ser pensada com a mente. É Consciência Pura em si. Este é o Eu real, está na cessação de todos os fenômenos, é sereno, tranqüilo, pleno de felicidade e é único. Este é o Eu real e verdadeiro para ser percebido.

Quatro Aspectos do Oṁ (8-12)

  1. Estes quatro estados estão relacionados com o ‘A-U-M’ seguido de silêncio: O Om, mesmo sendo descrito como tendo quatro estados, é indivisível, é Consciência pura. Consciência é Om. Os três sons A-U-M e as três letras A, U, M são identificados com os três estados, o Desperto, Sonho e Sono, e estes três estados são identificados com os três sons e as três letras. O quarto estado, Turiya, somente pode ser percebido no silêncio que está atrás, ou além, dos outros três.
  2. O Som ‘A’ é Desperto / Denso: Vaishvanara é a consciência vivida no estado Desperto e é a letra A, a primeira letra do Om. O som do A é o primeiro e permeia os outros dois sons. Aquele que é ciente deste primeiro nível de realidade consegue a concretização de todos os desejos intensos e é bem sucedido.
  3. O Som ‘U’ é Sonho / Sutil: Taijasa é a consciência vivida no estado Sonho e é a letra U, a segunda letra do Om. Este estado intermediário funciona entre os estados Desperto e Sono, refletindo algumas qualidades dos dois. Aquele que conhece este estado sutil é superior aos outros. Para aqueles que conhecem-no, conhecedores de Brahman, a Realidade Absoluta, nascerão nesta família.
  4. O Som ‘M’ é Sono Profundo / Causal: Prajna é a consciência vivida no estado sem sonho, o Sono Profundo, e é a letra M, a terceira letra do Om. Prajna contém os outros dois estados e é dele que eles emergem, e é para ele que eles recuam ou submergem. Aquele que conhece este estado mais sutil pode entender tudo de si mesmo. Este é o domínio do yoganidrā, sono consciente profundo.

Yoganidrā – Sono Consciente Profundo

O Silêncio após Oṁ é o Eu Verdadeiro: O quarto aspecto é o aspecto sem som do Oṁ. Não é possível de ser expressado e de ser compreendido através dos sentidos ou pela mente.

Com a cessação de todos os fenômenos, até mesmo a felicidade, este aspecto sem som é conhecido. É o estado não dual (advaita) da realidade, único.

Este quarto estado, turīya, é o Eu real ou Ser real. Aquele que tem esta experiência direta se expande para a Consciência Universal.

Sabedoria para viver e compartilhar com outros:

Há somente uma mais alta realidade e muitos professores.

Todos os humanos e demais formas de vida se originam da mesma fonte.

Todas os países, religiões e instituições surgem desta fonte.

Existem muitos livros de sabedoria de muitas eras.

Pensar que há somente um caminho provém da ignorância.

Conversão coercitiva é violência contra outras pessoas.

O objetivo da vida é encontrado dentro de si e não em instituições.

Sabedoria, alegria e liberdade advém do silêncio interior.

Ame a todos, já que somos ondas do mesmo oceano.

Título original deste texto: Yoganidrā: Yogic Conscious Deep Sleep, disponível em www.swamij.com. Reproduzido com autorização do autor. Traduzido pelo yogin Rogério Maniezi, de Florianópolis.

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10 respostas para “Yoganidrā: Sono Consciente do Yoga”

  1. Olá.. Sou extremamente grata pelo material oferecido e pelo retorno em todos os meus questionamentos. Fiquei interessada no CD citado no artigo, mas pelas informações dadas não consegui localizar para aquisição. Teria alguma indicação mais precisa de como adquiri. Grata! Namaste _/\_

  2. Prezados,
    Gostaria de saber sobre locais na zona norte do Rio de Janeiro que ensinam a yoga nidra.
    Grato!

  3. Obrigada pela selecção e tradução do artigo 🙂
    Se eu conseguisse explicar a falta que esta explicação me fazia…
    O yoganidra que aprendi e pelo qual os alunos anseiam todas as aulas, para mim nunca deixou de ser uma descontração induzida… eu fazia o mesmo em algumas aulas de dança antes de começar a praticar yoga. Não significa que seja mau, muito pelo contrário, os efeitos da prática de descontração são bastante positivos. Simplesmente nunca me convenci que o yoganidra fosse apenas isso, principalmente desde que fiz formação para instrutora. Agora vou poder dar as minhas aulas de forma mais consciente, sem misturar conceitos e com a consciência de que o yoganidra é um tamanho desafio. Mil vezes obrigada 🙂

  4. Olá
    obrigada pelos artigos sempre muito bons de seu site. Já tem uns 10 anos que pratico yoga nidrá como sono profundo estilo antigo (mandukya upanishad) mas nunca encontrei um exercício guiado para me facilitar a prática. Ví em seu site um artigo no qual cita cd e texto de exercícios, mas não consegui localizar. Você poderia me passar o link do texto com roteiro do exercicio ou me indicar onde comprar o cd com yoganidrá guiado? no aguardo, agradecida, namaste! Naiana.

  5. Eu tenho experiencias mt parecidas com práticas de yoga e outras religiões parecidas as vzs de forma espontanea ou intuitiva então eu quero tentar esse yoga nidra só que eu tenho um certo medo desses estados profundos da mente, já que eu não os entendo mt bem, vc falou em morte as vzs da a sensação mesmo de que vai morrer qnd chego a certos estados mas me explica uma coisa no yoga nidra não é possivel verbalizar conscientemente ?

  6. Excelente trabalho de tradução. Um texto primordial para o estudo e reflexão sobre o Yoga Nidra. Muito obrigado!

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