O nome Rāmāyāna significa “Feitos de Rāma”. Este épico, baseado em fatos históricos, foi narrado pelo sábio Vālmiki e transcrito ao alfabeto devanāgarī entre os séculos IV e III a.C.
Narra as aventuras de Rāma, a sétima encarnação de Viṣṇu, para resgatar sua esposa Sītā das mãos do demônio Rāvaṇa, seu raptor.
Sītā e Rāma são o paradigma perfeito dos amantes que superam todas as dificuldades para que o amor e a bondade triunfem.
O Rāmāyāna é um dos textos mais significativos da literatura asiática. Apresentamos aqui uma versão abreviada, oriunda das Purāṇas, acompanhada de uma análise dos símbolos desta linda narrativa.
O Rāmāyāna segundo a narração da Śiva Purāṇa
“Em seu tempo, Śiva encarnou sob a forma de um macaco chamado Hanumān, célebre por sua força e suas proezas. Desde muito jovem, Hanumān, o mais poderoso dos macacos, tinha uma audácia extrema.
“Numa manhã, confundiu o Sol com uma fruta, e quis devorá-lo, mas renunciou a pedido dos deuses… Foi para perto de Sugrīva, o irmão de Bali, rei dos macacos, que este tinha exilado na floresta.
“Foi ali que ele se aliou com Rāma, que também vivia no exílio com seu irmão Lakṣmaṇa e que se lamentava porque o demônio Rāvaṇa havia raptado Sītā, sua esposa. Rāma matou o poderoso rei dos macacos, Bali, que era malvado.
“A pedido de Rāma, Hanumān, robusto e poderoso, partiu à procura de Sītā com um exército de macacos. Quando soube que ela se encontrava na cidade de Laṅkā (no Ceilão), atravessou com um pulo o mar, o que ninguém fizera antes, e lá chegou.
“Depois de muitas proezas, deu a Sītā o [anel], sinal de reconhecimento que Rāma lhe havia fornecido… e a consolou [anunciando a chegada do seu amado]. No caminho, destruiu os jardins de Rāvaṇa e matou vários demônios (rākṣasas). Matou até o filho de Rāvaṇa…
“Esse macaco heróico espalhou o desastre por onde passou, mas foi afinal capturado. Rāvaṇa mandou que envolvessem seu rabo com tecidos embebidos em óleo e ateou fogo nele. Hanumān aproveitou para incendiar a cidade toda.
“Depois disso pulou no mar, apagando assim o fogo de sua cauda, e alcançou a outra margem. Sem nenhum sinal de cansaço ou de sofrimento, entregou a Rāma a jóia que Sītā usava na testa.
“Com a ajuda do exército dos macacos, transportou pedaços de montanhas e construiu uma ponte sobre o mar.
“Rāma instalou um liṅgaṁ de Śiva e o venerou para conseguir a vitória. Depois, atravessou o mar e sitiou Laṅkā com o exército dos macacos. O herói Hanumān comandou o exército de Rāma, matando muitos rákṣasas (seres demoníacos). Curou Lakṣmaṇa, ferido por uma azagaia envenenada com esperma de touro.
“Destruiu Rāvaṇa, sua família e seus servos, depois, acompanhou novamente Rāma e Lakṣmaṇa a seu eremitério… Obrigou todos os rākṣasas a submeter-se a Rāma e realizou inúmeros feitos. Estabeleceu o culto de Rāma no mundo.
“Era a encarnação de Śiva, a quem recorriam todos seus fiéis. Tinha salvo a vida de Lakṣmaṇa e humilhado os demônios. Ele é chamado de mensageiro de Rāma no mundo. Protege àqueles que o veneram.” Śiva Purāṇa, Ṣaṭarudra Saṁhitā, xx.
A História
A história do Rāmāyāna começa com o nascimento dos quatro filhos do rei Daśarāṭha, da casa de Rāghu, a dinastia solar do norte da Índia. Ele é o soberano de Kośala, cuja capital é a cidade de Ayodhya.
Daśarātha tem três esposas: Kauśalya, Kaikeyī e Sumitrā. Da primeira nasce Rāma, Bhārata da segunda, e os gêmeos Lakṣmaṇa e Śatrughna de Sumitra, a mais jovem.
Rāma, o primogênito, é designado seu sucessor. Aos 16 anos de idade, e acompanhado por seu irmão Lakṣmaṇa, ele derrota os demônios a pedido do yogin Viśvāmitra, que instrui ambos na vida espiritual, bem como no manejo de certas armas mágicas que lhes serão de imensa utilidade no futuro.
Mais ou menos na mesma época em que nascem estes garotos, o rei-yogin Jānaka, governante de Mithīla, encontra uma linda menina enterrada na gleba, na ocasião do ritual anual de plantio.
Filha da Mãe-Terra, ela é adotada pelo rei e chamada de Sītā, palava sânscrita que significa menina bonita, mas também significa sulco.
Quando Sītā chega à idade de casar, o pai promove um svāyambāra, um torneio no qual ela irá escolher seu noivo dentre os pretendentes que comparecerem e completarem certas provas que demonstrem sua força, inteligência e destreza.
Rāma e Lakṣmaṇa comparecem acompanhados pelo sábio Viśvamitra e Rāma vence o torneio, quebrando o arco que Śiva havia presenteado ao rei Janaka, que os outros pretendentes nem sequer haviam conseguido levantar. Rāma casa com Sītā e todos voltam para a cidade de Ayodhya.
Após 12 anos de feliz casamento, o rei Daśaraṭha, que nessa época já está sentindo o peso dos anos e as batalhas travadas no passado, começa a perceber sinais de mal-agouro no céu e resolve acelerar o processo da transferência do poder para o primogênito, anunciando à assembléia de Kośala que irá abdicar do trono em favor do príncipe Rāma.
Porém, na véspera da coroação, a rainha Kaikeyi, cujos ciúmes são alimentados por Manthara, uma aia do palácio que odeia em silêncio Rāma, exige do rei que Bhārata, seu próprio filho, seja coroado e que Rāma seja exilado na floresta por 14 anos.
O rei, com o coração partido, cede aos desejos de Kaikeyī, a quem devia a vida e havia dado a palavra de que faria qualquer coisa para lhe retribuir o gesto. Rāma aceita a decisão do pai e, acompanhado por Sītā e Lakṣmaṇa, parte para a floresta Chitrakut.
Pouco depois da partida dos três, o rei falece de pena. O principe Bhārata, por sua vez, se recusa a aceitar o trono e permanece administrando o reino na qualidade de regente, aguardando pelo retorno do seu querido irmão.
Ao invés de ocupar o trono, coloca nele as sandálias de Rāma e governa em seu nome. Rāma, fiel à palavra empenhada ao pai, decide cumprir o prazo de exílio, mesmo ao ser chamado por Bhārata.
Um detalhe curioso: o país que nós conhecemos como Índia, chama-se Bhārata em sânscrito, por causa desta personagem da nossa história.
Rāma, Sītā e Lakṣmaṇa constróem uma pequena cabana na floresta e levam uma vida tranquila e simples, alimentando-se daquilo que a natureza lhes fornece.
Em suas andanças pelo mato, uma demônia chamada Surpaṇakā, irmã de Rāvaṇa, soberano da ilha de Śrī Laṅkā, tenta seduzir sem sucesso os irmãos e frustrada tenta, também sem sucesso, matar Sītā.
Lakṣmaṇa corta com suas flechas o nariz e as orelhas da demônia. Sua família, humilhada, tenta matar ambos os irmãos, mas é dizimada por eles.
Surpaṇakā, sedenta de vingança, procura Rāvaṇa, que decide destruir Rāma e sequestrar a princesa, cuja beleza exerce sobre ele imensa atração. Para essa tarefa, é ajudado pelo demônio Māricā, que assume a forma de um antílope dourado e se mostra para a princesa.
Sītā, fascinada pelo animal, pede a Rāma que o capture. Rāma corre atrás do antílope enquanto Lakṣmaṇa permanece cuidando da sua cunhada.
Um tempo depois, Sītā ouve gritos de Rāma pedindo sua ajuda e pede a Lakṣmaṇa que socorra seu irmão.
Lakṣmaṇa, preocupado, traça um círculo mágico de proteção em torno da cabana e diz para Sītā não sair dele. Rāvaṇa aparece disfarçado de monje mendicante e pede alimento à princesa.
Ela, imprudentemente, convida o demônio o entrar no circulo mágico e é imediatamente raptada por ele, que a arrasta pelos ares.
Em sua fuga, Rāvaṇa derrota e fere mortalmente o rei dos abutres, Jatāyū, irmão de Gāruḍa, o deus-águia, que serve como montaria para Viṣṇu.
Enquanto isso, os dois irmãos capturam o antílope e percebem, tarde demais, a artimanha em que caíram. Ao voltarem para a cabana, encontram o agonizante Jatāyū, de quem ouvem sobre o rapto da princesa.
Quando os irmãos, desesperados de dor, procuram pistas dela, encontram uma monja chamada Śābarī que os direciona para os poderosos macacos Sugrīva e Hanumān.
Enquanto isso, ao chegar à ilha de Laṅkā, Sītā é mantida prisioneira no Aśokavāṇa, um jardim interior nos fundos do palácio de Rāvaṇa. O demônio tenta seduzir a princesa, de quem recebe sucessivas negativas.
Na cidade dos macacos, Kiṣkiṇḍha, Rāma e Lakṣmaṇa travam contato com o rei Sugrīva, que fora destronado por Vali.
Em troca de ajuda para encontrar e resgatar Sītā, Rāma derrota Vali em batalha e ganha a amizade de Hanumān, um macaco extremamente poderoso e inteligente.
Uma vez recuperado o trono, Sugrīva envia emissários em todas as direções em busca da princesa.
Hanumān, levando o anel de Rāma, vai para o sul, onde ouve do abutre Sampati que Sītā permanece cativa na ilha de Laṅkā.
De posse dessa informação, Hanumān assume uma forma gigantesca e, de um único salto, atravessa o mar.
Uma vez na ilha, assume a forma de um pequeno mico e procura por sinais da princesa em todos os lugares.
Encontrando-a na floresta escondida atrás do palácio, dirige-se a ela desde uma arvore, falando em sânscrito.
Ao ouvi-lo, a princesa pensa ser mais um truque de Rāvaṇa para seduzi-la, mas pecebe que o esse mico conhece detalhes da vida de Rāma que o demônio jamais poderia conhecer.
Quando Hanumān lhe mostra o anel de casamento e lhe dá a notícia de que brevemente será resgatada, ela redobra as suas esperanças.
Hanumān, então, assume a sua forma gigante e semeia a destruição e o caos no palácio e na cidade, incendiando tudo à sua volta e anunciando a Rāvaṇa sua iminente queda.
Porém, o demônio, cego, não lhe dá ouvidos. O poderoso macaco retorna com as boas novas para o continente, onde um exército de ursos e macacos se prepara para invadir a ilha.
A eles se une Vibhiṣana, o irmão do próprio Rāvaṇa, que percebe a tremenda equivocação que este cometeu ao sequestrar a princesa.
Ao chegar o exercito à beira do mar meridional, é construída uma ponte até a ilha, com a ajuda de golfinhos e tartarugas.
Rāma e Lakṣmaṇa, à frente do exército, invadem Laṅkā e uma terrível batalha é travada entre eles e os demônios, que conclui com a derrota e morte de Rāvaṇa e o resgate da princesa Sītā.
Findo o período do exílio, os príncipes retornam felizes, junto com Lakṣmaṇa e Hanumān para a cidade de Ayodhya, onde a coroação de Rāma finalmente acontece.
Diwali, o festival das luzes
O povo acorda no meio da noite para receber a família, e acende réstias de lamparinas de óleo nas portas e janelas das casas para indicar-lhes o caminho até o palácio.
É por isso que, muitos milênios depois dessa história ter acontecido, a cada ano, no Festival das Luzes, Diwali, os indianos continuam acendendo as mesmas lamparinas.
O nome Diwali em hindi deriva do sânscrito, dīpavali, que quer dizer justamente “linhas de lamparinas”.
Essas lamparinas representam a luz libertadora do conhecimento, e ainda nos lembram da vitória de Rāma sobre o demônio que representa o egoísmo, e o triunfo do amor que vence todos os obstáculos.
Assim conclui-se o Rāmāyāna.
॥ हरिः ॐ ॥
Se quiser ouvir o kīrtan , cântico devocional do Rāmāyāna que celebra o retorno de Sītā Rāma, Lakṣmaṇa e Hanumān para Ayodhya, por favor clique aqui.
Significado oculto do Rāmāyāna
A mitologia tem, dentro do hinduísmo, a mesma função que está reservada ao estudo da história na cultura ocidental.
É através das epopéias destes deuses, heróis, yogins e sábios que o povo indiano encontra inspiração para viver e superar as dificuldades e desafios que a vida possa lhes colocar.
A história do Rāmāyāna é uma lição muito profunda de Yoga, cheia de magia e espiritualidade. Rāma aparece como uma personagem histórica da dinastia solar Kośālā, que é mencionada nas Purāṇas.
Ele foi um rei muito justo e querido. Conhecido pela coragem, compaixão e sabedoria, encarna o paradigma da fidelidade. Seu nome significa aquele que traz graça, luz e paz.
Uma análise profunda do Rāmāyāna nos revela sua visão yogika. As diferentes personagens simbolizam qualidades ou defeitos que facilitan ou obstaculizam o caminho para a liberdade e a plenitude.
Rāma é o ser individual, Jivātma, que está desesperadamente buscando o Ser Ilimitado, Paramātma, representado por Sītā, a princesa cativa.
A princesa foi sequestrada pelo demônio Rāvaṇa, que representa a ignorância, o egoísmo e o apego.
As dez cabeças do demônio simbolizam os cinco órgãos de ação e os cinco sentidos que controlam a existência o homem escravo de seus próprios condicionamentos.
Sītā é levada para o “mundo inferior” (Láṅkā) e mantida presa na floresta aśokavāṇa, que representa a experiência do mundo sensorial.
Lá, ela reza pela chegada do príncipe Rāma e mantém sua mente, sua força interior e sua razão concentradas no amado.
Não obstante, Rāma não consegue resgatar a princesa sem a ajuda de Hanumān, o deus-macaco, que é a própria encarnação da força vital, o prāṇa.
Depois que este indica onde está a princesa Rāma pode organizar e conduz seu exército para a guerra contra as forças de Rāvaṇa.
No final do Rāmāyāna, o príncipe guerreiro consegue, após intensa batalha, vencer o demônio e resgatar a sua amada, voltando para o reino de Ayodhya.
Assim, estabelece-se o reconhecimento da identidade do indivíduo com o Ser Absoluto, Paramātma, que é em última análise, a meta do Yoga, através da “derrota” do ego, ou seja, de cultivar a não-identificação com seus conteúdos, desejos, aversões e vontades.
Um corpo sutil forte e saudável é importante para se ter sucesso no caminho do Yoga. Porém, cabe lembrar que a força do yogin não deriva de nenhum tipo de poder pessoal, mas da entrega a Ishvara, do pranidhāṇa.
Na mitologia hindu, essa forma de prāṇa superior é simbolizada pelo deus-mono, Hanumān, filho de Vāyu, o deus do vento. Hanumān dedica sua existência Ishvara, personificado em Sītā e Rāma.
Ele é tão poderoso que domina os siddhis laghimā e mahimā, as capacidades de tornar-se infinitamente pequeno ou infinitamente grande, é capaz de derrotar os mais poderosos inimigos e realiza proezas milagrosas.
Com toda a sua vitalidade, Hanumān é a encarnação da boa vontade, da curiosidade, da devoção e da força física, que subordina todos seus poderes e sentidos a uma aspiração mais elevada: o conhecimento do Ser Real.
Na batalha, Rāma cortou sucessivamente as cabeças do demônio, mas por cada uma que cortava, mais uma aparecia.
Se quisermos derrotar os nossos “demônios interiores”, precisaremos mirar no coração deles. As cabeças representam os desejos. Elas surgem umas das outras.
Não se mata um demônio dessa maneira. É preciso ir ao coração. Similarmente, não podemos acabar com os desejos tentando realizá-los ou reprimí-los.
Precisamos mudar a maneira em que nos relacionamos com eles. Rāma arremessou brahmāstra, a arma de Brahmā, e acertou diretamente o coração do demônio. Rāvaṇa morreu em mokṣa, liberto.
A raiz da ditadura do ego, se cabe falarmos em ditadura neste contexto, é a ignorância, avidyā.
Quando a ignorância desaparece, o ego passa a ocupar o lugar que a ele corresponde. Isso acontece através de um processo de maturidade e crescimento interior que nos conduz a mokṣa, a libertação.
Então, a essência mais íntima do ser (ādhyātma), se revela e, como esclarece Patañjali (Yogasūtra, I:3), “repousa em sua própria natureza (svārūpaḥ)”.
Quem consegue entrar em contato primeiramente com Sītā é Hanumān, que simboliza a força vital. Somente depois, o príncipe Rāma pôde resgatar sua amada.
Isso explica porquê, nas práticas de Yoga, é preciso fazer primeiramente as técnicas mais densas, como as purificações, āsana e prāṇayama e, somente depois, passar para as mais sutis, como a meditação e os mantras.
॥ हरिः ॐ ॥
Narração adicional do Rāmāyāna
e comentários de Pedro Kupfer.
Escrito em novembro de 2010.
Aqui há uma versão completa
do Rāmāyāna (em inglês)
Aqui há mais histórias do dharma
Ouça uma linda recitação musicada
do Rāmāyāna, em língua kannada, aqui
Pedro nasceu no Uruguai, 58 anos atrás. Conheceu o Yoga na adolescência e pratica desde então. Aprecia o o Yoga mais como uma visão do mundo que inclui um estilo de vida, do que uma simples prática. Escreveu e traduziu 10 livros sobre Yoga, além de editar as revistas Yoga Journal e Cadernos de Yoga e o site yoga.pro.br. Para continuar seu aprendizado, visita à Índia regularmente há mais de três décadas.
Biografia completa | Artigos
gratidão
Adorei o texto, gosto muito do panteão hindu.
Obrigado
Namastê
Pedro, achei que fosse falar sobre os esquilos. Tão bonita a passagem dos esquilos! O tema da capacidade, bala. _/\_
boa noite!
existe tradução em portugues para o Ramayana?
obrigada!
A quem interessar o Ramayana em português se encontra para download em http://www.4shared.com/office/rm-bFCZWce/O_RAMAYANA_DE_VALMIKI.html, https://pt.scribd.com/doc/282698545/o-Ramayana-de-Valmiki e também em http://www.slideshare.net/JoaoSiberio/o-ramayana-de-valmiki.
Não consigo encontrar o artigo “criatividade e tradição” ! Forte abraço, Rafael.
https://www.yoga.pro.br/criatividade-e-tradicao/
Oi pessoas,
Depois desse texto maravilhoso, deixo a sugestão de uma interpretação lindinha, super bem feita e animada desse épico – “Sita sings the blues” feita pela americana Nina Paley e produzida por doações. A história é narrada por três muppets sombras, ao mesmo tempo que a autora conta seu drama-comédia pessoal moderno. O filme é ainda todo entremeado por canções de jazz de 1920 interpretadas pela vocalista Annette Hanshaw. Tem cerca de uma hora e vinte e dois minutos e pode ser visto no you tube. É brilhante.
Shanti Om,
Camila.
Hanuman matou o demonio, que faz dos demonios os propios desejos do ego, ele foi ajudar o Rama, tambem foi ajudar a Sita onde esta presa, ela esta no jardim interior em Lanka.. os personagens estao no mito e tem um que de importancia para buscar deverdade o eixo do coração aos desregulados sentidos.
Eles não servem em avidya mas criam os demonios do interior. Nos somos suscetiveis as maneiras demonicas mas na mitologia as criações sao efeitos dos desejos que aparecerem por de trás de uma personalidade. Que sao os reis e princesas as grandes personalidades, mas como os mitos vao da historia ao sentimento de um fato que vivemos o nosso.
Jay jay Sita, Rama, e Hanumam. Salve o rei dos reis!