Āsana, Pratique

Revelando o Guerreiro I

Comumente inserida no Surya Namaskar B ou feita em conjunto com outros ásanas na prática de Hatha, virabhadrásana, a postura do herói, desponta como uma das mais interessantes. No presente texto vamos nos focar nas ações relativas ao posicionamento das diferentes partes do corpo no virabhadrásana I, a primeira das três variações desta postura.

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Comumente inserida no Surya Namaskar B ou em conjunto com outros ásanas na prática de Hatha Yoga, virabhadrásana, a postura do herói ou do guerreiro desponta como uma das mais interessantes e desafiantes que conhecemos. No presente texto vamos nos focar, de início, nas ações necessárias relativas ao posicionamento e alinhamento das diferentes partes do corpo no virabhadrásana I, a primeira das três variações desta postura.

PÉS E PERNAS.

Ao se colocar em Virabhadrásana I, o praticante irá notar, de uma forma consciente, que ao alinhar os calcanhares entre si e elevar os arcos dos pés, o pé que está atrás irá girar para frente e formar um ângulo de 30 graus em relação ao pé que está à frente. Por sua vez, o pé que está à frente se encontra na linha da perna flexionada, enquanto a coxa da perna que acompanha este pé permanece paralela ao solo.

No entanto, devemos atentar que as pessoas cujas pernas são mais compridas, usando o bom senso, precisam separar mais os pés, ao passo que as pessoas de menor estatura devem aproximá-los mais.

Considerando a mobilidade do quadril de cada praticante durante a execução do Virabhadrásana I, há quatro opções para o praticante investigar o ângulo entre os pés com o propósito de melhor se estabilizar no ásana:

1) ambos os calcanhares podem estar na mesma linha, ou

2) o calcanhar do pé da frente pode ficar alinhado com o arco do pé de trás, ou

3) o calcanhar do pé da frente pode ficar alinhado com o dedo maior do pé de trás, ou ainda

4) o calcanhar do pé da frente pode ficar aberto em relação ao pé de trás (i.e., se o pé da frente for o direito, a planta desse pé fica mais para a direita).

JOELHOS E QUADRIL.

Trazendo a atenção para os joelhos nesta postura notamos que o joelho da perna da frente deve estar confortavelmente flexionado e corretamente alinhado ao calcanhar da mesma perna. Uma dica é visualizar uma linha imaginária descer pelo meio do joelho até o espaço entre o primeiro e segundo dedos do pé que está à frente. Deve, no entanto, o praticante evitar pender a perna e o joelho da frente tanto para dentro quanto para o lado de fora, pois irá criar uma compressão desnecessária nas articulações sacroilíacas e na região lombar.

Enquanto o praticante sente o quadril girar naturalmente 45 graus para trás, no lado da perna estendida para trás em relação ao pé da frente, notará que o períneo se contrai e se eleva e a parte baixa do abdômen também se contrai, surgindo o uddiyana bandha. No entanto, recomendável ao praticante certificar-se que os quadris estejam paralelos ao chão.

BRAÇOS, CABEÇA E TRONCO.

Os braços, no ásana do Guerreiro I, estão elevados e estendidos acima e a cabeça se volta um pouco para trás, sem que haja compressão na nuca, enquanto o olhar se direciona para os dedos das mãos e os olhos, rosto e pescoço se mantêm relaxados. Ao crescer verticalmente na postura, o praticante se entrega as sensações que despontam pelo coração percebendo a conexão entre ele e a base do tronco que está voltado em direção ao joelho da perna que está à frente.

Ao notar o espaço que surge entre a cristas ilíacas e as axilas, que estão afastadas entre si, enquanto os ombros ficam girados para trás e para baixo, o praticante ainda percebe o nascer de uma tração pela coluna vertebral que em seguida é beneficiada por uma torção.

Os bandhas surgem na base do tronco e o cóccix aponta para baixo. Em posição neutra, o praticante se entrega às sensações que sente na região do coração e após pelo menos cinco respirações está pronto para iniciar a execução deste ásana para o outro lado. Harih Om!

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Humberto é professor de Yoga em Campinas.
Mantém o excelente blog Yoga em Voga.

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3 respostas para “Revelando o Guerreiro I”

  1. Obrigado, Humberto, pelo texto tão claro e útil.
    Namaste!
    Gilda.

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