Este exemplo é usado para explicar a peculiar situação do sofrimento do homem, dando uma mente humana a uma onda do mar.
Se falarmos para a onda que ela é o oceano, ela precisa compreender primeiramente que a verdade da onda é o oceano. Ela tem que transcender a sua ondidade, a sua identificação com a forma de onda. Então, onda é palavra e significado. Isso é o que chamamos namarūpaḥ. Oceano também é palavra e significado.
A onda atlântica está deprimida, pois percebe que vai morrer na beira do mar, da qual se aproxima inexoravelmente. Ela se sente insignificante, desolada. Aí, aparece uma onda do Oceano Índico do lado dela: “Namaste! Tudo bem?” A onda índica diz para a outra: “você parece triste. O que lhe preocupa?”
A onda atlântica responde: “eu era uma vaga enorme no meio do mar, mas fui trazida pelos ventos para esta plataforma continental e perdi o meu tamanho gradualmente, até me tornar assim. Agora vejo que vou despedaçar-me naquela praia e não consigo evitar esse final.”
A onda índica lhe responde: “eu também sou uma onda, também já fui uma vaga bem grande e, como você, irei igualmente me desintegrar naquelas rochas da praia. Mas, estou tranquila.” A outra lhe pergunta: “mas como você pode estar assim tão tranquila, sendo que nós vamos parar de existir daqui a pouco?”
A onda índica diz: “olha, você é o oceano. Este Ser que você é, é o oceano, não a onda. Olhe para os lados, você existe no oceano, você nasceu no oceano, sua natureza é o oceano. A verdade da onda que você é, é o oceano. Todas nós, vagas, ondas e marolas, somos apenas oceano”.
Esta é uma onda iluminada que, enquanto vive, é livre e celebra. Celebra o fato de ter um corpo de onda enquanto esse corpo dura sabendo que ela, intrinsecamente, é pura água e que, no fim do seu período associada ao corpo da onda, irá continuar sendo o que sempre foi: puro oceano.
Este exemplo é muito claro: cria-se um conflito, uma aparente contradição, que nos leva a resolver a equação jīva = Īśvara; você = completude. A diferença é óbvia. A dualidade é óbvia. A não-dualidade não é óbvia. Senão, não precisaria ser explicada.
Swāmi Dayānanda Saraswatī (1930-2015) ensinou a sabedoria tradicional do Vedanta por cinco décadas, na Índia e em todo o mundo. Seu sucesso como professor é evidente no sucesso dos seus alunos: mais de 100 deles são agora Swāmis, altamente respeitados como estudiosos e professores.
Dentro da comunidade hindu, ele trabalhou para criar harmonia, fundando o Hindu Dharma Acharya Sabha, onde chefes de diferentes seitas podem se reunir para aprender uns com os outros.
Na comunidade religiosa maior, ele também fez grandes progressos em direção à cooperação, convocando o primeiro Congresso Mundial para a Preservação da Diversidade Religiosa.
No entanto, o trabalho de Swāmi Dayānanda não se limitou à comunidade religiosa. Ele é o fundador e um membro executivo ativo doAll India Movement (AIM) for Seva.
Desde 2000, a AIM vem trazendo assistência médica, educação, alimentação e infraestrutura para as pessoas que vivem nas áreas mais remotas da Índia.
Havendo crescido em uma pequena vila rural, ele próprio entendeu os desafios particulares de acessar a ajuda enfrentada por pessoas de fora das cidades. Hoje, o AIM for Sevaestima ter ajudado mais de dois milhões de pessoas necessitadas em todo o território indiano.
Num indo e vindo infinito… Obrigada!
Como uma onda no mar…
Asato ma sadgamaya
OM SAGARAYA NAMAH!
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Gostei desta maneira de vermos a Vida. Simples e profundamente verdadeira. Vou compartilhar no meu Blog. Vale muito a reflexão! Obrigado; Marco Aurélio http://gruponossacasa.wordpress.com
Passar pela vida sem se apegar a ela é muito difícil.
É preciso estar consciente a todo momento… é preciso estar sempre acima de nossa mente, em nós mesmos, mas existem forças influenciadoras por todos os lados, disposições mentais negativas… além dos nossos arquétipos que muitas vezes nos aprisionam… é uma luta, quem disse que é fácil?
Namastê! Om Sai Ram! JaY Guru Dev! Amém!
Amei!
Lindo mesmo!
Namastê.
Harih OM!
Quando ouvi esta história no curso me serviu tanto que procuro, sempre que posso, conta-la. Tenho uma galerinha pequena que varia dos 4 aos 11 anos e eles lembram até hoje das ondinhas surfistas que se divertiam pois elas voltariam outras vezes até a areia mas o interessante é ver na face dos adultos o impacto desta história……. e melhor ainda é perceber que muitos depois de ouvi-la iniciam um processo de transformação interior, bagunça plena e início de entendimento. bah! bom de vivenciar.
Sou grata por um dia ter ouvido esta.
Namastê!
Adriane
Lindo e verdadeiro. E o mais interessante é que boa parte das pessoas tem conhecimento desse onda = oceano mas o dificil é transcender todos os medos e o sentimento de inferioridade que empurra muitos a uma vida sem sentido.
Hoje posso dizer que estou me descobrindo e sentindo todas as trasnformações que a Yoga está me proporcionando. É um sentimento tão indescritivel, sublime. Agardeço a Deus todos os dias por ter me iluminado e guiado a este caminho e peço todos os dias a Ele que me de a fé, a coragem, a disciplina e a sabedoria necessária para continuar nele e voltar pra casa.
Agradeço a vocês, mestres, professores, estudantes e admiradores pois fazem parte disso também. Por não terem desistido, por se dedicarem e por compartilharem esse conhecimento e permitirem que outros iluminem-se. “Ando tão a flor da pele” Mas tá muito, muito bom.
Namastê!
Tudo de Om!
Excelente.
Beijos e Abraços!