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Ação e Reação, Parte II

O problema não está no papel; o problema é pensar que você é o papel. O marido não é um problema nem é a esposa; é pensar que você é um marido em tempo integral ou uma esposa em tempo integral é onde o problema está. Você deve primeiro perceber que a representação de um papel não é um problema, mas sim as reações é que são o problema.

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Ação e Reação
Parte II

A PESSOA E A PERSONALIDADE

Puruṣa  e Prakṛti

Em sânscrito a pessoa é chamada Puruṣa [que significa “aquele que reside na cidade (o corpo)”]. É Puruṣa quem representa diferentes tipos de papéis tais como o que vê, escuta, pensa, etc… Puruṣa é dotado das três faculdades vinculadas chamadas prakṛti, as quais consistem:

I – a mente e os órgãos de percepção;
II – a força vital e os órgãos de ação;
III – o corpo físico.

Puruṣa e prakṛti não são realmente duas entidades diferentes, visto que como prakṛti este não é independente, não tem status enquanto purusa é independente de prakṛti.

Prakṛti tem três poderes inerentes:

I – jñānaśakti ou o poder de saber/conhecer que inclui a memória;
II – icchāśakti ou o poder de desejar que inclui desejos, dúvidas, emoções e
III – kriyāśakti ou o poder de agir o qual inclui habilidades, poder criativo, etc…

Puruṣa lida com esses três poderes inerentes. Isso é criação.

As faculdades com que Puruṣa lida não são um problema. Com o poder de conhecer, acumulamos uma boa quantidade de conhecimento. Com o poder de desejo, o qual também é um grande poder, alguém pode se entreter com quaisquer números de desejos e com o poder de agir, pode-se preenchê-los.

Há uma representação de papéis envolvida no emprego dessas três faculdades. Aquele que conhece, aquele que deseja, aquele que faz; esses são todos papéis que pertencem a prakṛti e Puruṣa é independente deles.

Uma pessoa, se ela tem que representar papéis na vida, melhor entender os papéis como papéis e a pessoa como pessoa. Um papel se torna um papel somente quando a “pessoa” se torna clara para você. Isto é vivekajñānam, conhecimento discriminativo o qual se adquire pelo estudo das escrituras.

Quando o discriminativo conhecimento de Puruṣa, eu, aquele que representa o papel e prakṛti, o papel não está lá, os papéis se tornam real e a pessoa é esquecida. B é sem dúvida A, mas quando A se torna B, Puruṣa se torna o papel, onde lá não resta qualquer discriminação ou distinção entre os dois.

Quando a discriminação está lá, os desafios dos papéis se tornam divertidos, mas quando não está lá, eles se tornam problemas. Cada problema deixa uma certa reação. O desafio é um fato, reação é o problema.

Se eu ajo em um desafio, eu estou agindo em um fato e então não há um problema real. Então nós podemos identificar dois tipos de problemas:

1 – problemas centrados em papéis ou fatos,
2 – problemas centrados na pessoa ou no “eu”.

Por exemplo: falta de dinheiro, confortos, recursos é o primeiro tipo de problema e isso faz parte da criação. Eu posso agir neles para remover a carência/necessidade.

Mas se essa carência me torna ciumento de alguém que tem dinheiro e confortos, isso é um outro tipo de problema, o problema centrado no “eu”, que me faz sentir triste e frustrado.

Quando isso acontece, as muitas capacidades que eu tenho, tais como os poderes de conhecer, desejar e agir, não estão disponíveis por causa da reação de ciúmes.

Então, reações negam-me todo o poder que eu tenho para agir nas situações para encontrar os desafios. Quando eu reajo eu posso não ser capaz de medir certa situação, apesar dos poderes que estão sob meu comando.

Reação é um Acontecimento

A Reação é um acontecimento. Não consulta seu conhecimento, condição, entendimento, cultura, idade … qualquer coisa. Você conquistou tudo isso na sua vida, mas quando eles não são consultados ao responder numa certa situação, eles são tão bons quanto se não existissem. A reação é um acontecimento, não uma ação consciente.

Veja por exemplo o caso da raiva, que é uma reação. Você não pode conscientemente se tornar raivoso. Tente. Você pode fingir estar com raiva: você pode levantar o tom da voz, você pode ter um olhar severo, etc… mas você nunca será tão bom quanto uma pessoa realmente zangada. Mesmo seu filho pequeno pode compreender que o pai está fingindo estar com raiva.

Mas se você realmente estiver com raiva, seu filho não estará por perto! Esta diferença é muito óbvia mesmo para uma criança. É algo que é severo e rígido deliberadamente.; então, você sabe o que está fazendo e porque, mas que na verdade existem outras coisas para realmente se zangar, ficar com raiva. Então, você não está consciente do que está fazendo.

É como aquele dedicado discípulo cujo guru pediu para cuidar que as moscas e outros insetos não se aproximassem enquanto o guru estivesse adormecido. Como sempre acontece, uma mosca continua a vir e pousar sobre o nariz do guru, apesar de todos os esforços do discípulo de mantê-la longe.

O discípulo fica tão zangado que pega uma grande pedra e bate na mosca que está sobre o nariz do guru! A mosca morre, mas o guru nunca mais acorda! Então, como reação a raiva/a zanga vem, todo o seu raciocínio desaparece.

Toda a sabedoria é relegada a segundo plano e aquele que responde é no conjunto uma pessoa diferente que é controlada pela raiva ou qualquer que seja outra emoção que assume naquele momento.

Portanto, não é possível a você permanecer conscientemente raivoso ou com ciúmes ou frustrado ou agitado ou triste. Tente. Então você entenderá o que é tristeza! Então, reação é sempre um acontecimento. É mecânico.

Se eu puder ter certeza que essas reações não se venham, isto é, não se apossam de mim, há ações e não há problema. Mas o problema é que eu não sou capaz de me certificar disso e as reações acontecem de qualquer jeito. Minha resolução de não reagir é mais falha do que seguida.

Representação de Papéis é Karmayoga

Este debate é para lhe dar uma compreensão sobre o mecanismo da reação. O fato é que purusa representa o papel e então os problemas do papel não pertencem à Puruṣa. O fato de saber que eu estou representando papéis, já é por si só um grande alívio.

É uma grande coisa saber que eu não sou o marido em tempo integral. Isto significa que minha vida não é coberta por apenas por problemas de marido.

Quando eu sei que ser marido é um papel, ser esposa é um papel, tudo o que eu tenho a fazer é representar o papel de acordo com o roteiro. Isto, na verdade, é o que chamamos de karma Yoga. Svakarma significa ação de acordo com o roteiro.

Todo o papel tem um roteiro e se você conscientemente seguir o roteiro, sua vida se torna karma Yoga.

A representação de papel é participação na criação. De acordo com as escrituras, o senhor é criador e criação ao mesmo tempo; ele é ambas, a causa eficiente e material da criação. E depois de criar o mundo o Senhor não foi dormir; Ele está muito ativo, dinâmico como está evidente na criação por si só.

Isvara, o Senhor em seu papel de criador é chamado Brahma; em seu papel de protetor e sustentador é chamado Visnu e no papel de destruidor Ele é chamado Rudra. Nós podemos ver que Ele está constantemente representando todos esses papéis.

Em todo momento existe criação, uma vez que coisas novas nascem; em todo momento existe destruição, uma vez que coisas velhas são destruídas para dar lugar ao novo.

E esse processo de criação e destruição é constantemente sustentado de uma forma muito significativa para que haja harmonia no mundo. Este momento nasce, é e se vai. Qual é o tempo envolvido nisso? Qual a distância entre o nascimento, sustentação e morte?

Então, todas as deidades estão simultaneamente funcionando. Este é Isvara que está representando todos os seus papéis sem esforço, com facilidade.

Então a criação é e eu sou a pessoa que nasceu neste mundo com um corpo, mente e sentidos. Eu sou dotado com esses poderes e então isto não significa que eu sou meramente um observador da criação. Se eu fosse apenas um observador, teria sido me dado tão somente uma cabeça, sem braços, pernas etc…

Então todos teriam somente cabeças e todos e todos estariam simplesmente olhando um para os outros! Mas isso não vem ao caso. Eu sou dotado com os poderes para conhecer, desejar e agir e recursos que são fornecidos na criação para empregar esses poderes. Portanto, isto significa que eu sou um participante da criação.

Participação significa representar papéis. Purusa não participa; pois pertence à prakrit toda a participação e toda a representação de papéis. Purusa se torna a base dos papéis que são representados. O Purusa permanece intrinsecamente intocável; nenhum papel deixa qualquer vestígio sobre ele. Purusa é sempre puro e todas as impurezas são nada além de reações.

Então, representar papéis de acordo com o roteiro é karma Yoga. Os roteiros são conhecidos por nós ou nós podemos aprender sobre eles nas escrituras ou de alguém que sabe. Não há problema quando se representa papéis.

Há uma escolha em certos papéis e se você achar difícil um papel com o qual se depara, você não precisa representá-lo; você pode escolher um outro de acordo com o seu desejo preferido, mas certifique-se que este não afeta outro.

No entanto, há muitos papéis os quais você não tem escolha. Você nasce e então você é um filho; não há escolha. Ou um filho nasce de você e neste caso você é um pai; de novo não há escolha.

Então, existem muitos papéis os quais você representa, nos quais você não tem nenhuma escolha e há outros como mudar de emprego, onde você tem escolha. Na verdade, não deveria haver um problema em qualquer papel – quanto mais difícil um papel é, mais talentos brotam de você.

ação

O problema não está no papel; o problema é pensar que você é o papel. O marido não é um problema; a esposanão é um problema; um problema é pensar que você é um marido em tempo integral ou uma esposa em tempo integral é onde o problema está.

Você deve primeiro perceber que a representação de um papel não é um problema, mas sim as reações é que são o problema.

Reações Criam a Personalidade

Agora se eu simplesmente dizer. “Não reaja”, isso não vai funcionar porque como eu disse, reação é um acontecimento que não lhe consulta e você pode reagir a isso com muita precaução! Veja o seguinte diálogo com uma pessoa que me disse que não iria mais se zangar;

“Swāmiji, eu não estou mais ficando zangado nesses dias.”
“Eu não acho.”
“Não Swāmiji, eu realmente não estou mais ficando zangado nesses dias.”
“Eu não acho que isso seja verdade. Eu acho que você irá se zangar quando a circunstância certa aparecer.”
“Não Swāmiji, eu não me zango.”
“Eu tenho certeza que você irá se zangar.”
“Não repita mais isso!”
“Sim, você está certo.”

Eu parei com o diálogo porque eu não quis que ele fosse mais longe. Ele estava muito consciente até certo ponto, mas então depois ele começou a demonstrar sinais que iria estourar. Então, simplesmente uma resolução,” Eu não reagirei”, não é suficiente porque a reação é um acontecimento que não me consulta. Isso é imprevisível.

O problema é que cada um é uma personalidade. O Puruṣa, a pessoa é um simples ser, puro, belo, radiante. É essa personalidade que cada um tem que cria problemas. A personalidade nada mais é do que uma coleção de reações incorporadas.

A personalidade que é imprevisível; a pessoa é imprevisível porque ela não é sempre a mesma. Enquanto representa diferentes tipos de papéis, o indivíduo acumula um número de reações as quais não são permitidas expressá-las.

Veja essa situação: você trabalha em um escritório e tem um patrão. Ele é como é, livre para dizer o que bem entender e para fazer o que bem quiser. Ele pede para você cumprir uma ordem e você chega à conclusão que não é apropriado cumpri-la.

Mas, se você dizer isso, ele vai se sentir menosprezado, pois ele tem seus problemas psicológicos e ele não quer que os outros comentem que ele tomou uma decisão errada. Este é o seu ponto fraco e se você insistir nisso, ele irá se enervar.

No entanto, há momentos quando você realmente lhe diz que você é uma pessoa que você não pode fazer alguma coisa que seja errada. E então o patrão fica zangado e lhe diz um monte de coisa. O que você pode fazer?

Você fica igualmente zangado porque também é um ser humano com seus próprios problemas e pontos fracos.

Mas o patrão está numa posição para descarregar toda a sua ira e você não quer que isso aconteça. Você tem que engolir sua raiva porque você não quer perder o emprego. Você não lhe diz tudo o que pensa, porque você quer paz interna!

Você tem que engolir a raiva e passar por cima por razões óbvias. E para onde vai a raiva? Não vai a lugar algum. Ela permanece lá formando o interior da sua personalidade.

Agora olhe para a sua vida. Ser pai é um problema, ser filha é um problema, ser esposa é um problema, ser mãe também é um problema. Todo papel que se representa parece ser provido com problemas.

Isto não é porque a representação de um papel se tornou mais difícil nesses dias; isto ocorre porque há menos discernimento de si mesmo. Você pula de papel a papel, mas cada papel parece deixar a sua marca e confundir o outro papel.

Há um homem que brigou com a esposa. Ele sai de casa e bate a porta fazendo um grande barulho, dizendo que é o marido que ainda manda e está por lá.

Mesmo que ele tenha deixado sua esposa, há um marido que permanece porque o “marido” não era apenas um papel – o eu, a pessoa, era também o marido. Então ele estava zangado.

Ele entra no carro abrindo a porta com força e liga o motor mostrando que o marido ainda está por lá. O marido está lá enquanto ele está dirigindo e até quando chega ao escritório. E isso demonstra como um papel confunde o outro desencadeando uma seqüência de reações.

A pessoa se torna uma personalidade e como uma personalidade, ele é estimulado pelas reações. E reações cristalizam-se para criar uma personalidade fora da pessoa.

Todo mundo possui, desta forma, uma personalidade consistente em reações adversas como raiva, ciúme, aversão, frustração. Então, todo mundo é vulnerável. Há botões dentro da personalidade e a pessoa explode no momento em que um botão é tocado.

A esposa sabe as áreas nas quais seu marido ficará zangado. Ela até avisa as crianças para evitar pedirem certas coisas ou criar certas situações. Todo mundo é uma personalidade previsível e imprevisível, ao invés de ser uma pessoa.

॥ हरिः ॐ ॥

Complete a leitura das outras partes deste livro aqui:
Ação e Reação — Parte I
Ação e Reação — Parte III

Se quiser saber mais sobre a lei de ação e reação e outros temas correlatos, há aqui uma transcrição de belíssimas aulas e sessões de perguntas e respostas sobre o assunto, por Swāmi Paramārthānanda

Tradução de
Humberto Meneghin

॥ हरिः ॐ ॥

+ posts

Swāmi Dayānanda Saraswatī (1930-2015) ensinou a sabedoria tradicional do Vedanta por cinco décadas, na Índia e em todo o mundo. Seu sucesso como professor é evidente no sucesso dos seus alunos: mais de 100 deles são agora Swāmis, altamente respeitados como estudiosos e professores.

Dentro da comunidade hindu, ele trabalhou para criar harmonia, fundando o Hindu Dharma Acharya Sabha, onde chefes de diferentes seitas podem se reunir para aprender uns com os outros.

Na comunidade religiosa maior, ele também fez grandes progressos em direção à cooperação, convocando o primeiro Congresso Mundial para a Preservação da Diversidade Religiosa.

No entanto, o trabalho de Swāmi Dayānanda não se limitou à comunidade religiosa. Ele é o fundador e um membro executivo ativo do All India Movement (AIM) for Seva.

Desde 2000, a AIM vem trazendo assistência médica, educação, alimentação e infraestrutura para as pessoas que vivem nas áreas mais remotas da Índia.

Havendo crescido em uma pequena vila rural, ele próprio entendeu os desafios particulares de acessar a ajuda enfrentada por pessoas de fora das cidades. Hoje, o AIM for Seva estima ter ajudado mais de dois milhões de pessoas necessitadas em todo o território indiano.

subhashita

Subhāshitas, Palavras de Sabedoria

Pedro Kupfer em Conheça, Literatura
  ·   1 minutos de leitura

6 respostas para “Ação e Reação, Parte II”

  1. Oi Pedro!
    Estive a procura do artigo “Ação e reação I” e não encontrei.
    Me ajuda? Obrigada.
    ===============
    Oi Tereza!
    Está aqui: https://www.yoga.pro.br/artigos/1029/1/acao-e-reacao-parte-i
    Beijos. Namaste.
    Pedro.

  2. Obrigada Swamiji, obrigada Pedro!
    Este site é sempre uma fonte de Alimento.
    Om Sri Gurubyo Namah!
    Namastê.

  3. Pedro,

    Obrigado pela resposta!

    Sobre os papéis, é uma verdade que presencio em mim mesmo…minha curiosidade era saber se alguns gurus de certa maneira fogem das relações para que não seja acometidos dos sentimentos normais da nossa natureza: raiva, medo, etc…

    Mas descobri que isso vai depender muito do olhar crítico de quem tem contato com tal guru, posto que é notória a diferença entre charlatões e aqueles que perseguem moksha verdadeiramente.

    Grande abraço.

  4. Swamiji explica a personalidade, mas na visão dele, de quem conhece as escrituras, qual é o comportamento considerado correto?
    Veja, mesmo um ser que se diz iluminado, está envolto nessas \\\’atuações\\\’, então, como é que ele age quando um botão seu é acionado?
    Eu desconfio, para não dizer outra coisa, de gurus que, por mais iluminados que sejam, não estão dispostos a viver os desafios desse mundo: casar-se, ter filhos, relacionar-se profissionalmente com os outros, enfim…
    Gostaria que o Pedro pudesse falar à respeito!
    Um abraço.
    =====
    Não é uma questão de que os renunciantes não aceitem ou estejam fugindo das responsabilidades ou dos desafios que a vida nos coloca, Felipe. A prioridade dessas pessoas é moksha e mais nada. É por isso que eles optam por não terem uma família própria ou deixam de fazer outros trabalhos, entende? 
    Isso não significa que a pessoa cuja prioridade é moksha não exerça nenhuma função na sociedade, ou não faça nada de útil. Pelo contrário: o renunciante está disponível e à serviço de todos. A razão da existência do iluminado é amenizar o sofrimento dos demais. É por isso que o iluminado existe.
    Se a pessoa dita iluminada não viver para isso, nem fizer nada para aliviar a penúria daqueles que estão ao seu lado, seja do tipo que for, seu grau de iluminação será questionável. E, nessa ordem de coisas, seja como pessoa que ajuda ou como pessoa que está ajudando, cada um de nós representa um papel, como diz o texto.
    Namaste!
    Pedro Kupfer.

  5. Não tinha linkado ainda a representação de papéis como karma yoga!!!Adorei.
    E todo restante muito simples e esclarecedor.Que alegria ler isso.
    Valeu Humberto.

    Sabedoria prática de libertação!

    Om shrim klim namah shivaya

  6. Amei a postagem. Interessante é que quando a gente vivencia o Yoga de forma mais livre parece também se libertar de alguns condicionamentos diários, tornando mais claro ver e sentir o que realmente importa.

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