Conheça, Vedānta

Como se processa o conhecimento?

O desejo auspicioso de conhecer, de chegar no objetivo da disciplina que você estuda, nasce na sua família, no seu lar, na cultura onde você vive, ou das pessoas com quem você convive

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Afirmam algumas escrituras que o estudante recebe o conhecimento do professor. Todo o conhecimento que você recebe, é uma quarta parte do que você tem para conhecer. A segunda quarta parte você recebe na digestão do que você aprendeu. Removendo suas dúvidas, conversando com seus colegas, você recebe outra quarta parte. E, pelo seu próprio entusiasmo e motivação, você recebe a última quarta parte.

O desejo auspicioso de conhecer, de chegar no objetivo da disciplina que você estuda, nasce na sua família, no seu lar, na cultura onde você vive, ou das pessoas com quem você convive. No Vedanta, pede-se raciocínio claro. O Vedanta revela para aquele que consegue compreender, que consegue usar corretamente seu intelecto (buddhi). Você é aquilo que você aprendeu, o fruto daquilo que você fez anteriormente. É a força desses karmas que faz a gente nascer aqui.

Expor-se ao conhecimento é obter uma quarta parte daquilo que você precisa realizar. A segunda quarta parte do conhecimento obtém-se por atmakripa, a graça de atma. Havendo estudado as escrituras, os estudantes conversam entre eles, trabalhando suas dúvidas. Isso é chamado vichara, investigação. Com a ajuda daqueles que estão estudando conosco, obtemos outra quarta parte do conhecimento. E, pela sua própria motivação, o estudante obtém a última quarta parte.

Todo conhecimento segue um método determinado. O estudante, vivendo a vida com atentividade, obtém no processo uma quarta parte do conhecimento, outra parte vem do mestre, outra da discussão com os colegas e outra pela força do seu próprio sankalpa.

A conexão com o professor e com o ensinamento e muito importante. Há dois tipos de orientação que devem ser recebidas pelo estudante: a laukika, que a que vale para a vida cotidiana, para viver o dia-a-dia; e a orientação espiritual, que é muito poderosa e deve ser usada para guiar o processo do auto-conhecimento. Ela se chama mananam, que significa remoção das dúvidas.

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Swāmi Dayānanda Saraswatī (1930-2015) ensinou a sabedoria tradicional do Vedanta por cinco décadas, na Índia e em todo o mundo. Seu sucesso como professor é evidente no sucesso dos seus alunos: mais de 100 deles são agora Swāmis, altamente respeitados como estudiosos e professores.

Dentro da comunidade hindu, ele trabalhou para criar harmonia, fundando o Hindu Dharma Acharya Sabha, onde chefes de diferentes seitas podem se reunir para aprender uns com os outros.

Na comunidade religiosa maior, ele também fez grandes progressos em direção à cooperação, convocando o primeiro Congresso Mundial para a Preservação da Diversidade Religiosa.

No entanto, o trabalho de Swāmi Dayānanda não se limitou à comunidade religiosa. Ele é o fundador e um membro executivo ativo do All India Movement (AIM) for Seva.

Desde 2000, a AIM vem trazendo assistência médica, educação, alimentação e infraestrutura para as pessoas que vivem nas áreas mais remotas da Índia.

Havendo crescido em uma pequena vila rural, ele próprio entendeu os desafios particulares de acessar a ajuda enfrentada por pessoas de fora das cidades. Hoje, o AIM for Seva estima ter ajudado mais de dois milhões de pessoas necessitadas em todo o território indiano.

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