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Equanimidade ou indiferença?

Você está andando numa rua escura. Virando uma esquina, vê um homem batendo numa mulher. O que você faz? Passa ao longo fingindo que nada viu ou intercede em favor da vítima? Possuo a firme convicção de que a postura do yogi perante o mundo (bem como o lugar que ele ocupa em nossa sociedade), deve ser embasada na correta compreensão dos ensinamentos que a nossa bela tradição nos legou.

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jñānayoga

Você está andando numa rua escura. Virando uma esquina, vê um homem batendo numa mulher. O que você faz? Passa ao longo fingindo que nada viu ou intercede em favor da vítima?

Possuo a firme convicção de que a postura do yogi perante o mundo (bem como o lugar que ele ocupa em nossa sociedade), deve ser embasada na correta compreensão dos ensinamentos que a nossa bela tradição nos legou.

Não obstante, vejo com preocupação que algumas versões comentadas do Yoga Sūtra apresentam traduções e interpretações que, ao invés de deixar o praticante mais próximo do que seria a vida de Yoga e seu objetivo, a liberdade, o alienam, não apenas da herança dos ṛṣis do passado, mas também dele mesmo e da sociedade.

equanimidade

Por exemplo: qual seria a atitude correta de um yogi na situação acima descrita? Interceder ou ignorar o sofrimento da mulher? Voltaremos sobre esta questão mais adiante.

Escrevo este texto à guisa de contribuição para a correta compreensão daquele que considero um dos mais importantes sūtras do Yoga de Patañjali: o I:33.

Gosto de chamá-lo “o sūtra das quatro chaves”, pois o que o autor nos propõe nele é a possibilidade de viver os relações da maneira mais justa e equilibrada a partir do cultivo de quatro atitudes específicas. Isso, desde que compreendamos devidamente o que o sūtra significa. Assim, vejamos o que ele diz:

maitrīkaruṇāmuditopekṣaṇāṁ sukhaduḥkha-
puṇyāpuṇyaviśayāṇāṁ bhāvanātaśchittaprasādanam ||

“O psiquismo se purifica cultivando atitudes de amizade, compaixão, alegria e equanimidade, diante da felicidade, do sofrimento, da virtude e da equivocação, respectivamente”.

Antes de continuarmos, cabe um importante esclarecimento: este sūtra não é de autoria do sábio Patañjali, mas de Buddha. No ensinamento budista, os quatro pontos que são abordados neste sūtra recebem o nome comum de brahmavihārās, ou as quatro casas do Ser.

Essas quatro casas de Brahman são benevolência ou amizade (metta), compaixão (karuṇā), alegria empática (mudita) e equanimidade (upekkha).

Professores diferentes dão traduções muito distintas para este sūtra, o que pode provocar confusão na mente de alguns estudantes. A diferença não está em questões menores, como por exemplo se traduzimos a palavra cittam como mente ou psiquismo ou de que maneira escolhemos montar a sintaxe da frase de Patañjali.

Essa diferença está em algo que, se traduzido precipitadamente ou deixando de lado o contexto maior em que o Yoga acontece, irá inevitavelmente nos conduzir à uma tremenda confusão na hora de viver a vida: o conceito de upekṣaṇāṁ.

Porém, antes de entrarmos nesse assunto, cabe explanar devidamente o significado do sūtra. Para tanto, nada melhor que citarmos o mais autorizado dos comentaristas de Patañjali, Śrī Vyāsa:

“Destas atitudes, a amizade deve dirigir-se àqueles que são felizes, a compaixão àqueles que estiverem angustiados, a alegria aos que estão realizando ações corretas e o espírito de equanimidade em relação àqueles que estiverem presos na equivocação”.

“Este tipo de pensamento dá nascimento a virtudes elevadas e o psiquismo se torna puro. O psiquismo purificado, unidirecionado, atinge a estabilidade”.

A receita de Patañjali revela-se de uma simplicidade e eficiência extraordinárias. Ser capaz de aplicá-lá no nosso cotidiano nos leva, como diz Vyāsa, ao estado de unidirecionalidade, o estado de Yoga, no qual somos capazes de viver em liberdade. Estas quatro chaves formam dois binômios:

I.
1. É desejável manter uma atitude de amizade perante aqueles que são felizes.
2. É desejável manter uma atitude de compaixão perante aqueles que sofrem.

II.
3. É desejável manter uma atitude de alegria perante aqueles que fazem o que é certo.
4. É desejável manter uma atitude de equanimidade perante aqueles que fazem o errado.

I. Amizade pelos felizes, compaixão pelos infelizes

A primeira parte do primeiro binômio é fácil de se interpretar, compreender e aplicar: Patañjali sugere que escolhamos nossos amigos dentre aqueles que são felizes. Isso é totalmente espontâneo para quem tem um psiquismo “normal”, bem estruturado: naturalmente nos sentimos atraídos por aqueles que manifestem felicidade, pois a felicidade é a nossa natureza essencial.

Felicidade, ānanda, ou plenitude, pūrṇam, são aquilo que somos. A pessoa feliz funciona como um espelho para nos lembrar que já somos a plenitude que possamos estar buscando. Olhar para alguém feliz, ou estar em presença de alguém feliz, nos lembra da nossa própria natureza.

Aplicar a segunda parte deste primeiro binômio requer, por momentos, um esforço deliberado. Compaixão não é sentir pena de alguém que sofre, seja um ser humano próximo ou distante, seja um animal de estimação ou uma planta. Compaixão é fazer um esforço ativo, que se traduz em ações concretas, para acabar com o sofrimento dos demais.

Não é, portanto, ficar sofrendo junto com a pessoa, nem ficar paralisado chorando pelos males do mundo, mas agir para que os males do mundo tenham um final. Ou pelo menos, aqueles males que estiver ao nosso alcance evitar.

Ao usar a expressão “esforço deliberado”, aponto para o fato de que, se a atitude de compaixão não surgir naturalmente em nós, devemos lembrar da importância dela, por exemplo, nos colocando na pele do outro, compreendendo o outro e aceitando-o como ele ou ela é.

II. Alegria perante o certo, equanimidade perante o errado

A primeira parte do segundo binômio é igualmente fácil de se cultivar: aplaudir as causas justas, aprovar a atitude do nosso vizinho que recolhe as fezes do seu cachorro na rua, celebrar o fato de Bill Gates ter doado a quase totalidade da sua imensa fortuna para financiar projetos educacionais na Índia, são atitudes muito naturais e fáceis, que não requerem nenhum esforço da nossa parte.

Quando alguém faz a coisa certa, a pessoa que vive o dharma se alegra espontaneamente. Não há nenhum esforço envolvido nisto, mas mesmo assim é desejável lembrarmos e termos isto presente, como meio de alimentar nosso pensamento com impressões mentais construtivas para fazer frente, perante outras questões, à avalanche de más notícias que nos invade através dos meios de comunicação. Porém, para o yogi, a coisa não termina por aí, felizmente.

A segunda parte deste segundo binômio, assim como a segunda parte do primeiro, já requer um certo esforço. Não um esforço no sentido de ficarmos congelados sem nada fazer quando estamos testemunhando algo errado que acontece, mas um esforço para, mantendo o estado de equanimidade, eliminar ou diminuir esse erro, usando nossas forças e o que estiver ao nosso alcance para contribuirmos com uma solução concreta, se for o caso.

Voltaremos logo mais sobre este tema. Agora, recapitulando o sūtra, lembremos que devemos cultivar o seguinte:

1) atitudes de amizade perante os que forem felizes,
2) atitudes compassivas em relação àqueles que sofrem,
3) atitudes de alegria perante quem faz o que é certo, e
4) atitudes de equanimidade perante quem faz o errado.

Definindo upekṣaṇāṁ

Porém, esta é a nossa tradução-interpretação do sūtra, à luz daquilo que compreendemos ao longo dos anos de dedicação ao estudo do Yoga e implementação na prática. A discussão que possa surgir, ficará necessariamente polarizada entre os dois conceitos que dão título a este texto: devemos traduzir upekṣaṇāṁ como equanimidade ou como indiferença?

A pergunta é pertinente, uma vez que uma quantidade expressiva de traduções do Yoga Sūtra disponíveis atualmente indica que upekṣaṇāṁ quer dizer indiferença. Pessoalmente, sou da opinião de que esta maneira de traduzir esta importante lição de Patañjali é perigosa e equivocada.

Upekṣaṇāṁ não pode ser indiferença

Uma pessoa indiferente ao que acontece à sua volta está simplesmente negando sua própria condição humana. Albert Einstein disse uma vez: “O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, mas sim por aqueles que permitem a maldade”.

Isto faz sentido para o amigo leitor? O yogi, encarnação da pessoa consciente e realizada, não pode nem deve ser ou ficar indiferente perante o mal.

Para esclarecer este ponto, lembremos de alguns dos significados da palavra indiferença: ela pode ser definida como falta de interesse, como agir com frieza, apatia ou desamor, ou ainda, como mostrar descaso ou insensibilidade.

Frieza, apatia, desamor, descaso, insensibilidade: são estas palavras que definem adequadamente um praticante de Yoga? Isto não entraria em conflito com os demais valores que Patañjali sugere cultivar nesse sūtra?

Cabe lembrar que a espiritualidade engajada que o Yoga propõe passa muito longe de cultivar essas atitudes em relação a si mesmo, ao mundo, às pessoas e às coisas que nos rodeiam.

Quando pensamos nos sábios e santos que viveram e vivem suas vidas tendo como norte o autoconhecimento e os valores do Yoga, compreendemos que deve haver algo muito errado nesta tradução de upekṣaṇāṁ, já que as palavras, gestos e ações de um jīvaṇmukta, de um iluminado, são exatamente o contrário da frieza, a apatia, o desamor ou a insensibilidade.

Os grandes yogis vivos na atualidade, assim como o exemplo daqueles que já faleceram, nos lembram sempre da importância de uma vida na qual uma parte dos nossos momentos, recursos, tempo e energia, sejam dedicados ao bem comum, a acabar com o mal e o sofrimento do mundo, usando as ferramentas que tivermos ao nosso alcance.

Por outro lado, o tradutor dos sūtras não pode ser um tradutor de palavras, mas de sentidos e contextos. E se, como vimos acima, o valor upekṣaṇāṁ faz parte do ensinamento budista, e significa nesse contexto equanimidade, é assim que ele deve ser traduzido para qualquer língua, mesmo que os lexicógrafos não deem esse sentido ao termo upekṣaṇāṁ.

De Patañjali a Buddha, de Buddha a Kṛṣṇa, de Kṛṣṇa a você

Havendo esclarecido o que compreendemos como sendo a indiferença, cabe-nos, ainda, darmos a definição de upekṣaṇāṁ como equanimidade. Para tanto, iremos pedir a ajuda de Siddharta Gautama, o Buddha.

É bom lembrar que upekṣaṇāṁ (grafado upekkhā, em pâli) é um dos esteios fundamentais do ensinamento do Buddha, constituindo-se, como já vimos, num dos quatro brahmavihārās e ainda, numa das dez atitudes perfeitas, pāramitās, virtudes a serem cultivadas à guisa de purificação, exatamente como o sūtra de Patañjali propõe.

Por outro lado, ainda dentro do budismo, os brahmavihāras, as quatro sublimes atitudes, incluem igualmente o cultivo de upekṣaṇāṁ. A equanimidade, neste contexto, é a ultima dessas atitudes, e se soma à gentileza, a compaixão e à alegria.

Estas quatro atitudes, consideradas divinais, parecem-se muito às quatro chaves que mencionamos naquele sūtra do Yoga.

Assim, na doutrina budista, curiosamente, não há discussão sobre o significado desta palavra: unanimemente, todos, desde os veneráveis lamas aos praticantes e estudiosos do budismo, traduzem-na como equanimidade.

Portanto, apoiados no bom-senso e naquilo que vemos nos śāstras e no exemplo dos yogis realizados, bem como no que observamos no budismo, podemos concluir que o significado real do termo upekṣaṇāṁ é equilíbrio ou equanimidade, e não indiferença em relação a nós mesmos, ao mundo ou aos demais.

Como virtude yogika, upekṣaṇāṁ é manter a temperança em face às vicissitudes que a vida nos coloca. É cultivar o equilíbrio interior, como ensina Śrī Kṛṣṇa na Bhagavadgītā, tanto na vitória como na derrota.

Noutras palavras, isso quer dizer que o yogi é essencialmente livre dos condicionamentos que fazem a mente flutuar.

A quarta chave na prática: equanimidade perante o errado

Agora, precisamos terminar de compreender aquilo que Patañjali nos indica na segunda parte do segundo binômio: tratar com equanimidade àqueles que fazem o errado. Como traduzir a equanimidade em ações concretas quando as pessoas agem de maneira deliberada ou involuntariamente errada?

Como já vimos, isso não significa seguir indiferentemente o nosso caminho quando vemos que alguém está produzindo sofrimento noutrem, por exemplo.

O mesmo esforço deliberado que precisamos para agir em relação àqueles que sofrem, deve ser dirigido àqueles que possam produzir sofrimento para os demais, seja de maneira premeditada ou involuntária.

Vou tentar explicar isto contando uma situação que vivi um tempinho atrás. Uma vez, estava dirigindo tarde na noite, numa estrada vazia, perto da praia onde morava na época, na ilha de Santa Catarina.

Chegando numa esquina, vi um homem batendo numa mulher. Parei imediatamente o carro, desci e fui defendê-la pois, desde muito criança, meu pai me instruiu sobre a inviolabilidade e a sacralidade da mulher.

Quando crianças, meus quatro irmãos e eu aprendemos que podíamos brigar entre os meninos, mas nunca deveriamos bater numa menina. Jamais. Igualmente, aprendi que não devia admitir esse tipo de agressão sem reagir.

Assim sendo, a melhor interpretação de upekṣaṇāṁ que consegui fazer naquele momento foi usar a força física para fazer aquele homem, notoriamente bêbado, parar de agredir a mulher.

Porém, para a minha surpresa, quem reagiu contra a minha iniciativa não foi o homem, mas a própria mulher. Soltando toda sorte de impropérios, ela me mandou seguir meu caminho.

Fiquei estarrecido mas, não tendo o que fazer, subi no carro e continuei dirigindo. Para o meu alívio, encontrei um carro de polícia no próximo cruzamento. Expliquei a situação que havia testemunhado e pedi para os policiais fazerem sua parte.

Voltei para casa com a sensação de ter feito a coisa certa. Dormi tranquilamente. Se tivesse me omitido, creio que não iria conseguir conciliar o sono.

Muitas pessoas têm me perguntado, em aula, como lidar com as frequentes situações de violência que testemunhamos nos grandes centros urbanos.

Se eu não tivesse suficiente força física ou confiança em mim mesmo como para interceder pessoalmente num situação em que, por exemplo, alguém está sendo roubado ou agredido, não por isso seguiria meu caminho indiferentemente.

Sempre há a possibilidade de chamar a polícia, gritar para chama a atenção de outrem, pedir ajuda ou dar algum outro tipo de apoio ou assistência à vítima enquanto o socorro não chega.

Cada situação deve ser interpretada dentro do seu devido contexto, e não estamos propondo aqui que os praticantes de Yoga devamos fazer justiça com nossas próprias mãos, mas lembrar que entre bancar o herói temerário e ser insensível ou apático, existe uma enorme distância.

Em algum lugar entre esses dois extremos, está a equanimidade que Patañjali nos propõe cultivar. Cabe a nós encontrar esse caminho do meio em cada situação que a vida nos coloca.

Upekṣaṇāṁ nos relacionamentos

Como aplicar upekṣaṇāṁ na educação dos filhos? Mostrar o limite para eles é algo necessário, mas isso deve ser feito sem demonstrar raiva, cultivando uma atitude serena, sem nenhum tipo de agressão física ou verbal.

Assim, é necessário deixar claro para a criança que, se houver a imposição de um limite necessário, ou até mesmo um castigo, esse castigo se dirige à ação que ela fez, e não a ela mesma.

Do contrário, se a mãe ou o pai da criança demonstrarem raiva ou ódio, ela poderá achar que está sendo descartada integralmente. Atitudes coléricas ou descontrole emocional da parte dos progenitores podem produzir baixa autoestima nas crianças.

Como aplicar upekṣaṇāṁ na relação com o cónjuge? Usando o mesmo recurso: respondendo sempre à pessoa básica, e nunca à ação pontual que ela faz ao estar dominada por medo, raiva ou tristeza. Dessa maneira, nos relacionamos com a pessoa que amamos, e não com seus condicionamentos, crenças ou dificuldades.

Aplicando reciprocamente essa atitude equânime, ambos cónjuges compreendem que existe espaço no relacionamento para colocarem suas dificuldades, e assim podem crescer juntos. O mesmo pode ser estendido a todos os outros relacionamentos, familiares e extra-familiares.

Equanimidade na Bhagavadgītā

Por outro lado, a única acepcão correta que teríamos para definir upekṣaṇāṁ como indiferença, seria no sentido de cultivá-la em relação aos desejos e aversões do próprio ego, não no sentido de ignorá-los, mas no sentido de permanecermos cientes de que não será pela satisfação deles que nos tornaremos felizes.

O yogi conhece a si mesmo como a felicidade e, consequentemente, não a procura em emoções ou experiências. Para concluir, gostaria de citar a Bhagavadgītā, que guarda um belo ensinamento sobre a equanimidade e como colocá-lá em prática. No capítulo XIV, Śrī Kṛṣṇa diz ao príncipe Arjuna:

“Aquele que em presença de lucidez, atividade ou confusão não sente aversão por elas, nem as deseja em sua ausência; aquele que permanecendo equânime, não age impulsionado pelos guṇas [as três qualidades da natureza] e se mantém tranqüilo e neutro perante elas dizendo: “Isso é ação dos guṇas”;

“Aquele que, inalterável no prazer e na dor, vive [em consciência do] Ser, contemplando com a mesma equanimidade o barro, a pedra e o ouro, mostrando-se o mesmo no prazer e desprazer, no elogio e no impropério, firme, neutro na glória e na ignonímia, assim como em face do amigo e do inimigo, alheio [à identificação com os resultados de] todo tipo de ação, esse homem superou os guṇas”. Bhagavadgītā, XIV:22-25.

Assim, amigo leitor, ao continuar seus estudos do Yoga Sūtra, lembre que, chegando no I:33, é recomendável lembrar que a palavra upekṣaṇāṁ significa muito mais do que simples indiferença. Muita luz no seu caminho.

॥ हरिः ॐ ॥


Publicado originalmente nos Cadernos de Yoga. Leia também o artigo Yoga: Princípios e Fins. Ouça a Canção da Floresta, antigo mantra do Sāmaveda que aborda o tema deste artigo:

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Pedro nasceu no Uruguai, 58 anos atrás. Conheceu o Yoga na adolescência e pratica desde então. Aprecia o o Yoga mais como uma visão do mundo que inclui um estilo de vida, do que uma simples prática. Escreveu e traduziu 10 livros sobre Yoga, além de editar as revistas Yoga Journal e Cadernos de Yoga e o site yoga.pro.br. Para continuar seu aprendizado, visita à Índia regularmente há mais de três décadas.
Biografia completa | Artigos

subhashita

Subhāshitas, Palavras de Sabedoria

Pedro Kupfer em Conheça, Literatura
  ·   1 minutos de leitura

16 respostas para “Equanimidade ou indiferença?”

  1. Caro Pedro,
    Eu já li esse artigo algumas vezes e cheguei a comentar com a minha professora de yoga,pois eu discordo de uma pequena parte,por exemplo.Eu fui casado por 4 anos e sofri muito na minha separação,mas superei.Eu não tenho notícias dela,mas se eu souber alguma coisa em relação a ela não faz diferença na minha vida.Nesse sentido,eu não estou sendo indiferente?
    No yoga sutra comentado por Satchidananda, ele coloca como indiferença e no contexto eu achei bem apropriado. Vc já leu este sutra comentado por ele?
    O importante é que o artigo me fez refletir,só por isso, já valeu ter lido!
    Um abraço,Daniel.

  2. Simplesmente inspirador seu desdobramento deste sutra.
    Mais um texto que vai direto para as apostilas dos nossos cursos.
    Thanx bro!!!!
    Aloha & Harih Om!

  3. Pedro,

    Com relação à Upekṣaṇāṁ nas relações familiares., gostaria de perguntar o que o Yoga nos propõe na seguinte situação: o conjuge, ou os filhos, por determinadas situações, geram uma carga emocional muito forte, medo, raiva, tristeza.
    O indivíduo não pode descarregar nos filhos/conjuge, posto que o que gerou esse desconforto não foi a pessoa, mas o seu comportamento?

    Mais uma vez, parabéns pelos ótimos textos, cada vez mais simples e objetivos.

    Um abraço

  4. Namastê Pedro,

    Acabei de ler mais uma vez esse artigo. Realmente muito bom! Como é bom ver o yoga assim como filosofia prática que nos ajuda a viver em paz e em felicidade. Nesses últimos anos pela Europa tenho sentido falta de ver o yoga numa abordagem como essa. Em geral, ou se ve o yoga como ginástica exótica ou como uma seita misteriosa. Os cadernos de yoga são uma iniciativa ímpar, esclarecedora do que realmente é o yoga. Seria muito bom uma versão em inglês ou francês dos cadernos, ou mesmo do yoga.pro. Seria uma ótima iniciativa para ajudar a desfazer tantos equívocos que estamos vendo por aí.
    A parte do artigo que trata dos relacionamentos é sublime!
    Então é isso! Se bem entendi nada de indiferença e muita atitude correta para evitar o sofrimento e cultivar o estado de ananda não é?
    Abraços pra você e Ângela!
    Namasteeeeeeee!

  5. Bom dia,

    Gostei muito deste texto, bastante esclarecedor.
    Gostaria de ler o yoga sutra e saber qual edição deveria ler, qual tradução você considera a mais apropriada.

    Obrigada. Namaste.
    Laila

  6. No seu entender a palavra yoga ou ligação é atribuida ao corpo ou ao seu Ser. O que para si é um rajayoga? O que no seu entender necessita de conhecimento. Obrigado

  7. Namaste estimado Pedro Ji!
    Muito grata por mais um texto tão esclarecedor. Faz todo o sentido Upekshanam: referir-se a equanimidade e não a indiferença. Vou partilhar.
    Forte abraço.
    Hari Om!
    Magui.

  8. Pura Luz Pedro! Artigo para ler e reler! Obrigado por partilhar! abraço e Namaste!

  9. É sempre uma grande satisfação ler os textos de Pedro Kupfer. Espero que continue sempre nos oferencendo esta oportunidade.

  10. Vixe, Pedro, que artigo maravilhoso…
    Como são importantes os textos mais profundos do Yoga.
    Obrigado pela lição de sabedoria.
    Rui.

  11. Querido Pedro!
    Maravilhoso esse texto!
    É bonito ver como a verdade quando bem explanada, acessa e é aceita serena e alegremente pela consciência!
    Gracias Pedrito!
    Namaste!
    Jamile.

  12. Oi, Pedro!
    Indubitavelmente equanimidade traduz com mais assertividade a maneira que devemos agir para sermos co-criadores dessa brincadeira divina aqui na terra. Fui dar uma olhada na minha versão desse sutra, e realmente minha tradução traz a palavra indiferença.
    Mas os comentários dizem que a indiferença é em relação ao perverso, na medida em que este está cego para aceitar uma visão humana do comportamento, sendo assim, inútil querermos ensiná-lo nessas condições, fato que se feito, traríamos apenas agitação para nossa mente, aí porque sermos indiferente.
    Mas realmente fica dúbia a compreensão que temos que ter em relação às suas ações, bem como o agir correto intervindo em relação à elas. Na atitude de amabilidade em relação aos felizes, o Swami comenta cultivarmos a amabilidade em relação à inveja, quando vemos outras pessoas felizes, pois isso também existe além de nos vermos espelhados na felicidade alheia.
    Obrigada Pedro, pela sua sabedoria na medida em que vai colocando o conhecimento na prática e compartilhando! Queria que você fizesse uma tradução do Yoga Sutra pra gente.
    Valeu! Beijo.
    Om namah Shivaya!

  13. Sincronicidade.
    Este texto veio em um momento em que estou estudando as reações que tenho às “injustiças” do mundo, a minha porção advogada… é preciso lembrar também que a vida que cada um leva está extamente de acordo com suas escolhas individuais e que, neste aspecto, não devemos nos deixar levar ou viver dentro do mundo sonhado pelos outros. Mas agir com indiferença perante o errado é também fazer parte deste sonho. É preciso fazer as escolhas de como é o mundo que vc quer sonhar.
    Gratidão.
    Namaste!

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