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Progressão para Mokṣa?

A ideia de progressão não faz muito sentido em relação a mokṣa (liberdade), o objetivo do Yoga. Mokṣa não é sobre ganhar algo que você não tem, mas é sobre reconhecer o que você já é. A progressão é um processo mecânico. Estritamente falando, essa ideia do progresso para mokṣa é enganosa.  Você não pode mensurar esse processo, por exemplo, pensando: “ja fiz metade, ou já cobri 65% das etapas para chegar na meta.”

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mito

A ideia de progressão não faz muito sentido em relação a mokṣa (liberdade), o objetivo do Yoga. Mokṣa não é sobre ganhar algo que você não tem, mas é sobre reconhecer o que você já é.

A progressão é um processo mecânico. Estritamente falando, essa ideia do progresso para mokṣa é enganosa.  Você não pode mensurar esse processo, por exemplo, pensando: “ja fiz metade, ou já cobri 65% das etapas para chegar à meta.”

Podemos melhor, dizer que mokṣa é uma jornada em território desconhecido, na qual você pode fazer algumas descobertas importantes. Mokṣa não é um fenómeno progressivo. É o reconhecimento instantâneo de quem você é. Mokṣa é ser o que você é. Mokṣa é simples.

Tentar mensurar progresso é enganoso. O único que você pode fazer em relação a essa medição é perceber a quantas andam as suas emoções: você deve ter, em alguma altura dessa jornada, algumas experiências que, comparadas com as que teve no passado, não afetam tanto assim o seu bem-estar na atualidade.

Vejamos isso com um exemplo: digamos que duas pessoas olham para um galho de uma mangueira. Uma delas percebe que, nesse galho, há uma linda manga. A outra também tem o potencial de ver, mas não percebeu. De que progresso estamos falando aqui? Não há progresso. 

É só uma questão de manter o foco na direção adequada e perceber o que está aqui para ser visto. Se a segunda pessoa prestar atenção, ela verá a manga. Onde está por exemplo a sua atenção agora? 

A maneira de sentir e de pensar pode indicar como você está em relação a mokṣa. Como estão suas relações? Você sofre? Você faz sofrer alguém? Examine as formas de sentir e de pensar. Questione. E esforce-se para errar menos, se for o caso. 

1 + 2 + 3 = 6? Sim. 
2 āsanas + 3 prāṇāyāmas + 4 meditações + 8 samādhis = mokṣa? Não. 
Não há progressão nesse sentido. 

Há insegurança dentro da pessoa que duvida sobre mokṣa. Você não precisa uma resposta imediata para todas as suas dúvidas. Precisa sim dar uma chance para o ensinamento e eliminar essa insegurança. 

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oração Swāmi Dayānanda Vedānta compaixão
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Swāmi Dayānanda Saraswatī (1930-2015) ensinou a sabedoria tradicional do Vedanta por cinco décadas, na Índia e em todo o mundo. Seu sucesso como professor é evidente no sucesso dos seus alunos: mais de 100 deles são agora Swāmis, altamente respeitados como estudiosos e professores.

Dentro da comunidade hindu, ele trabalhou para criar harmonia, fundando o Hindu Dharma Acharya Sabha, onde chefes de diferentes seitas podem se reunir para aprender uns com os outros.

Na comunidade religiosa maior, ele também fez grandes progressos em direção à cooperação, convocando o primeiro Congresso Mundial para a Preservação da Diversidade Religiosa.

No entanto, o trabalho de Swāmi Dayānanda não se limitou à comunidade religiosa. Ele é o fundador e um membro executivo ativo doAll India Movement (AIM) for Seva.

Desde 2000, a AIM vem trazendo assistência médica, educação, alimentação e infraestrutura para as pessoas que vivem nas áreas mais remotas da Índia.

Havendo crescido em uma pequena vila rural, ele próprio entendeu os desafios particulares de acessar a ajuda enfrentada por pessoas de fora das cidades. Hoje, o AIM for Sevaestima ter ajudado mais de dois milhões de pessoas necessitadas em todo o território indiano.

saṁnyāsin

O Yoga da Bhagavadgītā

Swāmi Dayānanda Saraswatī em Conheça, Śāstras
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