A raiva em si não é nem boa nem ruim. Ela precisa ser reconhecida e aceita. E precisa ser processada. O fato de eu ter raiva não me torna especial. Todo o mundo tem raiva
O vīrabhadrāsana fortalece e alonga pernas e tornozelos. Alonga as virilhas. Reduz o excesso de gordura à volta das ancas. Estimula os órgãos abdominais. Alivia o desconforto ou dor na região lombar. Melhora a capacidade pulmonar pois promove a expansão do tórax.
Antes de começar, cabe o pensamento: nós precisamos mesmo deste tipo de discussão? É este tema realmente relevante para a vida de Yoga? Hoje em dia vemos muitos “profissionais” do Yoga focados em prosperar e totalmente refratários à ideia de olhar com compromisso e sinceridade para o Yoga que afirmam ensinar e praticar. Este tipo de conversação pode nos desviar, de fato, do tema central, que é a liberdade.
Nesta segunda parte do texto veremos alguns importantes aspectos desta prática, especificamente a relevância do upāsana, a meditação sobre os nomes e formas de Īśvara, o papel dos mantras e a contemplação dos mahāvākyas, as grandes afirmações védicas, que são a síntese da visão do Vedānta.
A tradição védica afirma que não há causa real nem razão suficiente para aceitarmos o sofrimento humano como algo natural e para não nos estabelecermos nessa felicidade com as três características que mencionamos acima. Para isso, precisaremos resolver um problema que está vinculado com a ideia que temos sobre nós mesmos.
Quando usamos a expressão “fazer as coisas com o coração”, de modo geral nos referimos a agir com a motivação certa, desde uma postura de sinceridade e honestidade. Por outro lado, dizer que alguém tem “o coração frio” aponta para uma situação em que a pessoa totalmente centrada no próprio interesse, ou que não tem sensibilidade, ou que age com frieza e egoísmo, sem levar em conta os demais.
Tanto no que diz respeito à representação e simbologia das divindades nas diversas espiritualidades, quanto em relação ao tema da consciência, a visão que nos chega da Índia é muito diferente da que estamos acostumados a manejar aqui. Em relação às divindades, entende-se que sejam manifestações da inteligência criativa, presentes tanto na natureza quanto no corpo humano.
Estamos acostumados a ouvir e aceitar sem maiores questionamentos que o Haṭha Yoga, de origem tântrica, é bem mais recente e está completamente separado dos sistemas anteriores a ele, como o Yoga de Patañjali, o Jñāna Yoga, o Karma Yoga, o Mantra Yoga, etc., como se esses sistemas pertencessem a um universo totalmente diferente do contexto em que o Haṭha nasceu. Mas a coisa não é bem assim.
O slackline é uma modalidade esportiva que surgiu entre escaladores de rochas, no tempo ocioso que tinham ao esperar as condições ideais para as escaladas. Apareceu como uma forma de treinar o equilíbrio e aumentar o condicionamento físico. Tudo o que se precisa para praticá-lo e uma corda, esticada entre dois pontos fixos. O desafio é equilibrar-se e caminhar sobre esta fita pelo maior tempo possível.
“Está tudo sob controle”. Costumamos ouvir esta frase, geralmente dita com um grau de orgulho do pronunciante. Orgulho de estar acima do “caos”, do imprevisto e do descontrole. Essa nossa idéia de controle manifesta-se em diferentes âmbitos das nossas vidas, internamente e externamente.
Estou num avião vindo de Paris para o Rio. Abro uma revista e vejo um anúncio insólito, de quatro longas páginas, cujo objetivo é vender perfumes. Porém, ao invés do usual deste tipo de anúncio, um(a) modelo posando e uma frase dizendo como é sofisticado esse perfume, e porque seria necessário comprá-lo, deparo-me com uma longa citação da Bhagavadgītā. Ilustrando as páginas, fotos de um surfista, sua prancha e uma onda, tubular, enorme, daquelas de cortar o fôlego.
Há temor legítimo, raiva legítima, tristeza legítima: "legítimos", porque a sociedade os aceita como tais. A psicologia moderna diz que a raiva é normal e que se deve ficar zangado quando uma situação em particular pede. Da mesma forma, existe um ciúme "normal" e uma tristeza "normal" e porque eles são "normais", não há nada de errado com eles. Estes, então, nós resolvemos espiritualmente.
Costumamos perguntar aos outros “oi, tudo bem?”, mais por conveniência que por interesse. Não fazemos a pergunta realmente atentos a ela e à resposta. Mas se atentarmos às repostas, notaremos que as frases mais comuns são: “na correria”, “cheio de coisa”, “na luta”. Essas frases têm um pano de fundo em comum. Por mais que muitas vezes a resposta indique que a pessoa está bem, indica também que ela está sem tempo.
O mal não pode ser uma força. Se fosse, então teríamos dois opostos – uma força divina e uma força maligna, as quais teriam que ser resolvidas por um outro Todopoderoso diferente daquele que é a força divina. Teríamos, portanto, que criar uma outra força em que aquelas duas existissem.
Após anos de estudos das escrituras, o Professor discursava de maneira eloquente sobre o que é Brahman, sobre a Realidade do Ser. Suas belas palavras inspiravam diversos alunos. Porém o Professor sabia que faltava algo ainda as ser compreendido. Havia eloquência em sua mente e em suas palavras, porém em seu coração, faltava ainda tranquilidade e a verdadeira compreensão.
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