A raiva nada mais é do que uma expressão da dor e da expectativa. Nós esperamos que certas coisas aconteçam, mas há um obstáculo entre o que acontece e nós mesmos. Noutras palavras, entre aquele que deseja e aquilo que é desejado, há um obstáculo bloqueando o cumprimento do que é desejável. Devido a este obstáculo, o desejo é desviado.
A Chandogya Upanishad, um belo texto antigo do Yoga, nos ensina sobre a natureza do Ser, partindo de uma situação peculiar: o grande sábio Uddalaka Aruni envia seu filho Svetaketu, então com doze anos de idade, para estudar com um renomado mestre, com quem vive durante mais doze anos
Esta série de três textos que aqui iniciam tem como propósito esclarecer alguns pontos importantes em relação a Īśvara, a inteligência universal, seu papel nas nossas vidas e ao Karma Yoga. Estes temas, infelizmente, são bastante mal compreendidos na atualidade. Começaremos por este último, que deveria, penso, ser chamado Yoga da vida e não Yoga da ação.
Uma vez, um yogi vivia numa densa floresta com seus discípulos. Ele ensinava o desapego e repetia incessantemente para os estudantes que o mundo manifestado é pura ilusão. Um dia, um elefante furioso e faminto atacou a ermida onde eles moravam.
Pela negação do que não somos, revela-se a Felicidade que somos.
O poder do livre arbítrio sempre é justo e adequado para nós. Só precisamos assumir a responsabilidade por ele. Dotar o ser humano de livre arbítrio não é como dar um carro sem freios para um adolescente rebelde. Nesse sentido, Īśvara, a inteligência universal, não joga aos dados, como disse Einstein uma vez. O poder do humano pode criar ou destruir.
Como professor de aritmética, você não quer que seus alunos "acreditem" que 2+2=4, mas que compreendam o conceito de adição e possam fazer futuramente suas próprias contas e aplicar esse conceito para resolver questões práticas na vida. Isso exclui a fé, ou a crença na palavra de quem ensina.
Vedānta é a solução para o problema que surge quando me vejo como um mortal imperfeito, sujeito a várias limitações. Essa é a conclusão à qual cada indivíduo chega ao julgar precipitadamente. Vedānta é o ensinamento que resolve este problema. Na visão do Vedānta, você é a solução para o problema que você sofre. "Eu sou Brahman, a totalidade " é Vedānta. Portanto, Vedānta é a solução.
"O Ser está além de nome e de forma, além dos sentidos. Sem início, nem fim, estando além do tempo, do espaço e da causalidade, ele é eterno e imutável. Aquele que percebe o Ser livra-se das garras da morte". Nesta passagem da Kaṭhopaniṣad está o real sentido do Yoga: a busca pela imortalidade. Este é um tema recorrente tanto nesta mesma Upanṣhad quanto em outros śāstras.
O mestre e o discípulo estavam morando recolhidos num lugar tranquilo e isolado. Tinham algumas vacas para lhes fornecer leite, que eram cuidadas pelo estudante. De manhã, depois das aulas, ele as levava até o pasto e no fim do dia as conduzia novamente até o estábulo. Um dia, de noitinha, depois do pôr-do-sol, quando as vacas já estavam no estábulo, ele reparou que as cordas com as quais elas eram amarradas tinham sido perdidas no pasto.
Tempos atrás, escrevi um texto cujo título era “Yoga para que?” Agora, depois de ter respondido algumas vezes para amigos praticantes o que há no Vedānta que fascina tantos yogis, e que nos leva ano após ano de volta para a Índia para continuar estudando, escrevo este outro texto, complementar àquele, para tentar responder a essa questão.
O nome Nirvāṇa Ṣaṭkaṁ significa em sânscrito “Seis Estrofes do Nirvāṇa”. Em apenas 24 versos, o autor resume de maneira magistral todas as dúvidas existenciais, todas as identificações com os papéis desempenhados na vida de um ser humano, bem como oferece as soluções para cada uma das charadas que surgem naturalmente no cotidiano.
Primeiro cuide-se e então você entenderá a si mesmo. O autocuidado é igual ao amor próprio. Amor próprio é tão bom quanto o amor que você tem pelos outros. Fugir do mundo não vai adiantar. Quanto mais você foge do mundo, mais você foge de si mesmo. Swami Chinmayanandaji uma vez disse: "Quanto mais você quer fugir, mais você precisa ficar aqui."
A palavra sânscrita kṣānti freqüentemente é traduzida como "tolerância" ou "capacidade de suportar". Mas essas duas expressões portuguesas trazem um sabor negativo de "sofrimento resignado", quando, ao contrário, kṣānti é uma atitude positiva - não uma resignação dolorosa. Uma tradução melhor seria "acomodação".
Sivaprakasam Pillai foi o afortunado devoto de Śrī Rāmaṇa que, em 1902, postulou a pergunta “Quem sou Eu?” junto com outras igualmente importantes para o mestre, e preservou e contemplou a vida inteira sobre as suas respostas. Esse tesouro de Sabedoria guia e inspira hoje em dia inúmeros buscadores do mundo inteiro.
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