O Yoga é um instrumento indutivo do bem comum, pois a partir do indivíduo, conhece-se o todo e age-se a fim de que todos os seres sejam felizes. O bem comum é realizado quando se respeita o outro como a si mesmo. Esta regra básica parece ser simples; todavia cabem algumas considerações
O mal não pode ser uma força. Se fosse, então teríamos dois opostos – uma força divina e uma força maligna, as quais teriam que ser resolvidas por um outro Todopoderoso diferente daquele que é a força divina. Teríamos, portanto, que criar uma outra força em que aquelas duas existissem.
Há muitos anos já vivo fascinado por uma lista de valores que Krishna ensina para Arjuna naquele diálogo essencial sobre Yoga que é a Bhagavadgītā. Essa parte da instrução sobre como aplicar o Yoga na vida através das atitudes ocupa as estrofes oito a 12 do capítulo XIII desse importante texto. Cultivar valores no cotidiano é essencial para se ter uma vida tranquila e feliz.
Com fazer nossas escolhas, quando defrontados com dilemas aparentemente insolúveis desde o ponto de vista ético? Como conduzir nossas ações para nos manter alinhados com o princípio da não-violência? Como devemos ou podemos viver, de fato, a vida de Yoga?
Devo entender que a ansiedade em relação ao futuro não faz parte de mim, e que em nada me ajuda. Devo entender que o desconhecido será sempre uma mistura de bom e de mau e que eu terei de viver com isso. Devo lembrar que não preciso sentir medo em relação ao futuro ou aos outros. Devo conhecer a mim mesmo com paz.
Fala-se muito hoje de uma crise ética. Sim, há, mas sempre houve, pois o ser humano se equivoca desde que é ser humano. Em épocas de mensalão e de dinheiro escondido nos lugares mais inusitados, faz-se necessária uma reflexão sobre a importância da ética. Ou melhor, sobre o valor da ética.
A situação da sociedade está empobrecida, e a empobrecer progressivamente no que diz respeito a valores comportamentais. Estes valores são extremamente importantes para o bom funcionamento de qualquer tecido social, desde o mais pequeno, por exemplo uma família, ao maior, como por exemplo um país ou mesmo o planeta. Estas regras de conduta sustentam as relações interpessoais tornando-as mais produtivas, sinceras e harmoniosas, originando bem-estar, entendimento e paz.
Ele é um yogi, ela uma yogini; mas, como vai a prática pessoal daqueles que se dedicam, ao ensino do Yoga? Será que alguns professores de Yoga estão transferindo a prática pessoal para os minutos reservados às aulas com os alunos praticantes?
Outro dia me perguntaram se me considero uma yogini. Se me considero uma pessoa em busca dos mais elevados ideais, se pratico as técnicas yogikas, se observo os valores universais e se em conseqüência disso tenho o mínimo de altruísmo
A cada dia que passa, respostas às perguntas mais bobas vão ficando mais e mais difíceis. Se pratico Yoga? Sim. Que tipo? Nenhum, só Yoga mesmo. Se meu pé vem na cabeça? Não, nem quero que venha
O voto de brahmacharya é quádruplo. Esse ensinamento já aparece nas Upanishads. Esse voto não é exclusivo para o mumukshu, aquele que procura a libertação, mas para qualquer pessoa que deseje qualquer tipo de conhecimento
Que devemos fazer para mostrar às pessoas que o Yoga não é vaidade, não é competição, que não fere, que não visa o subjugo alheio e o lucro desmedido?
O aprendizado é uma das formas da Deusa Sarasvati e deve ser visto com atenção e devoção, assim como o conhecimento transmitido. Ainda mais, um que seja milenar como o do Yoga
Embalados pela popularidade do Yoga, publicitários, propagandistas e marketeiros descobriram mais um filão: vincular a imagem de alguns produtos ao Yoga
Desde crianças somos confrontados com aquilo que é correcto e incorrecto. Os desenhos animados são uma das primeiras formas de confrontação com este tema
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